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Unidade 3 Prof. Dr. Antonio Benedito de O. Junior MATEMÁTICA FINANCEIRA Agenda Fonte: MAIA, J. L.; ALVES FILHO, A. G. Estratégia competitiva na prática: teorias, ferramentas, estratégias e casos no Brasil. Limeira: Paco Editorial, 2015. Na última web, abordei os temas da Unidade 2 do Plano de Ensino da disciplina Na web de hoje abordarei os temas da Unidade 3 do Plano de Ensino: 1. Orçamento de capital 1.1. Planejando investimentos com o orçamento de capital 1.2. Taxa Mínima de Atratividade (TMA) 1.3. Valor Presente Líquido (VPL) 1.4. Taxa Interna de Retorno (TIR) 1.5. Payback descontado 1.6. Método do custo/benefício 1.7. Método da anuidade uniforme equivalente (AE) 2. Arredamento Mercantil (Leasing) 2.1. Ativo Circulante e Ativo Não Circulante 2.2. Leasing operacional 2.3. Leasing financeiro As empresas e as pessoas aplicam dinheiro numa grande variedade de ativos. Alguns são ativos reais (ex.: máquinas e terrenos), e outros são ativos financeiros (ex.: ações e títulos de renda fixa). Finalidade de um investimento => Maximização de seu valor. Ou seja, encontrar ativos que valem mais para a empresa do que custam. Nesse contexto, é muito importante que os gestores entendam os princípios fundamentais de análise de investimentos. Orçamento Refere-se ao planejamento da previsão de despesas e investimentos ao longo de um determinado período por meio de planos financeiros e orçamentários. Orçamento de capital: descrição de todos os investimentos que a organização pretende realizar em determinado período futuro. Isso demanda uma análise de cada investimento que compõe o orçamento. Tempo (dias, semanas, meses, anos, etc.) 0 1 2 n $ $ (-) Pagamento (saídas de dinheiro) $ (+) Recebimento (entradas de dinheiro) (-) (+) $ Fluxo de caixa disponível para avaliação Com base nas informações conjunturais, no desempenho esperado do mercado e na empresa em avaliação, são estabelecidas previsões para os benefícios econômicos de caixa no horizonte de tempo. Há essencialmente dois tipos de fluxos de caixa para avaliação de empresas: Fluxo de Caixa Disponível da Empresa (FCDE)• Fluxo de Caixa Disponível do Acionista (FCDA)• Fluxo de Caixa Disponível da Empresa (FCDE) É o resultado líquido de caixa destinado aos seus credores e acionistas. Calculado a partir do fluxo de caixa operacional líquido do Imposto de Renda, após a dedução de todos os investimentos necessários para viabilizar o crescimento da empresa. Representa, o resultado operacional líquido de caixa da empresa, que pode ser sacado pelos seus credores e acionistas. Se positivo, remunera em forma de juros e dividendos. Fluxo de Caixa Disponível do Acionista (FCDA) É o resultado de caixa que resta aos proprietários, depois de serem deduzidas todas as necessidades de investimentos em ativos fixo e capital de giro visando financiar seu crescimento. Não é o mais utilizado na avaliação de empresas. Valor Total da Empresa (V0) = Valor da Empresa para o Acionista (PL) + Valor das Dividas Utilizado na determinação do valor de uma empresa, calcula-se: NOPAT = EBIT – Imposto de Renda Receita operacional bruta (–) Deduções e impostos = Receita operacional líquida (–) Custos e despesas operacionais (exceto depreciação e amortização) = EBITDA: Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (–) Depreciação = EBIT: Lucro antes dos juros e dos impostos (lucro operacional bruto) (–) Imposto de renda sobre o EBIT = NOPAT: Lucro operacional líquido do imposto de renda (+) Depreciação = FCO: Fluxo de caixa operacional (–) CAPEX: Investimento de Capital (–) Variações nas necessidades de capital de giro = FCDE: Fluxo de caixa disponível da empresa (ASSAF NETO, PÁG. 769) CAPEX – Investimento de Capital representam todos os investimentos em ativos fixos previstos. Ou seja, investimentos incrementais realizados com máquinas, equipamentos, edificações, pesquisas e desenvolvimento, logística, etc. EBITDA é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization” = "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização" Fluxo de Caixa Disponível da Empresa (FCDE) Variações nas necessidades de Capital de Giro Aumentos na necessidade de giro reduzem o caixa e, consequentemente, os fluxos de caixa previstos. Exemplo: Ao se definir em 10% as necessidades de capital de giro, significa que a empresa precisa manter investido em caixa, visando preservar seu equilíbrio financeiro, o equivalente a 10% de seu volume de vendas previsto. Exemplo de Projeções do FCDE de uma empresa para o período de 10 anos. Cálculo da taxa de desconto do FCDE Definidos os fluxos operacionais disponíveis de caixa da avaliação, outra medida a ser estimada refere-se à Taxa Mínima de Atratividade (TMA) desejada para uma tomada de decisão de investimento. Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Taxa de juros mínima que um investidor deseja ganhar quando faz um investimento. Ou o máximo que uma pessoa se dispõe a pagar quando faz um financiamento. É o custo de oportunidade das várias fontes de capital (próprias e de ter- ceiros), ponderado pela participação relativa de cada uma delas na estrutura de financiamento. Representa a medida do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). Essa taxa de oportunidade requerida é obtida de forma a remunerar adequadamente a expectativa de retorno definida pelos diversos proprietários de capital. Taxa Mínima de Atratividade (TMA) É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Fluxo de Caixa Real: apresenta o que já ocorreu, as entradas e saídas efetivas. Fluxo de Caixa Projetado: demonstra o fluxo em um período futuro. Utilizado em período anterior ao investimento, objetivando avaliar a saúde financeira da organização. Saídas de Caixa: representam os custos do investimento e valores investidos. Entradas de Caixa: representam os retornos do investimento. Fluxo de Caixa Real e Projetado É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Fluxo de Caixa É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Fluxos de caixa operacionais: refere-se ao fluxo de caixa originado pelas operações das organizações, tais como: despesas, custos e receitas. Está relacionado à DRE (Demonstração de Resultado do Exercício) e ao capital de giro. Fluxos de caixa de investimento: refere-se à obtenção de recursos pelas organizações, por meio de ativos que representam benefícios futuros (novo maquinário). Ou seja, os investimentos irão gerar incremento de lucros à empresa. Fluxos de caixa de financiamento: representam as formas de obter recursos e quitá-los, por meio de empréstimos, por exemplo. Está relacionado à forma com que a organização irá financiar suas necessidades em recursos e realizar suas negociações com bancos. Tipos de Fluxos de Caixa É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. A parte mais importante da análise de um projeto é estimar corretamente os fluxos de caixa futuros que o projeto irá gerar, que envolvem tanto os investimentos necessários para a implementação do projeto quanto os fluxos líquidos produzidos durante sua vida útil. Por outro lado, projetar os fluxos de caixaapenas não é o suficiente. Para o fluxo de caixa de um projeto devemos considerar apenas os fluxos incrementais. Esses fluxos representam as mudanças que ocorrem no fluxo da empresa em decorrência da decisão de aceitar o projeto. Fluxo de Caixa Incremental É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Exemplo: A ABC S.A. tem uma oportunidade de investir num projeto que elevará as suas receitas de vendas anuais para R$ 14.000 e o seu lucro para R$ 2.800. Para montar o fluxo de caixa anual deste projeto, prepararam-se os dados em uma tabela que relaciona o valor de cada um dos itens da sua demonstração de resultados. Fluxo de Caixa Incremental VPL – Valor Presente Líquido O valor presente líquido (VPL) é uma ferramenta matemática que consiste em trazer a valor presente todo o fluxo de caixa líquido de um projeto. É expresso da seguinte maneira: Sendo, Io: Investimento inicial FCn: Fluxo de caixa ao longo do tempo i: Taxa de desconto (ou custo do capital) n: número do período em que ocorre o fluxo de caixa (mês, ano, etc.) n n i FC IVPL )1( 0 É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Exemplo: Considerando-se uma taxa mínima de atratividade de 20% ao ano, os valores do investimento inicial e fluxos de caixas ao longo de 4 anos conforme tabela abaixo, qual o VPL dos Projetos A e B? Qual é o melhor projeto para ser investido? Projetos Investimento Inicial ($ mil) Fluxo de Caixa ($ mil) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 A 3.000 600 800 1.500 1.800 B 5.000 2.000 2.500 1.500 1.800 VPL – Valor Presente Líquido É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. VP do Ano 0 = - 3.000.000 VP do Ano 1 = (600 / 1.20) = 500.000 VP do Ano 2 = (800 / 1.202) = 555.556 VP do Ano 3 = (1.500 / 1.203) = 868.056 VP do Ano 4 = (1.800 / 1,204) = 868.056 VPL = a soma desses VPs (menos) o investimento inicial VPL = 2.791.666 – 3.000.000 = - 208.333 Projetos Investimento Inicial ($ mil) Fluxo de Caixa ($ mil) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 A 3.000 600 800 1.500 1.800 B 5.000 2.000 2.500 1.500 1.800 VPL – Valor Presente Líquido: Projeto A n n i FC IVPL )1( 0 É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. VP do Ano 0 = - 5.000.000 VP do Ano 1 = (2.000 / 1.20) = 1.666.667 VP do Ano 2 = (2.500 / 1.202) = 1.736.111 VP do Ano 3 = (1.500 / 1.203) = 868.056 VP do Ano 4 = (1.800 / 1,204) = 868.056 VPL = a soma desses VPs (menos) o investimento inicial VPL = 5.138.888 – 5.000.000 = 138.888 VPL – Valor Presente Líquido: Projeto B n n i FC IVPL )1( 0 Projetos Investimento Inicial ($ mil) Fluxo de Caixa ($ mil) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 A 3.000 600 800 1.500 1.800 B 5.000 2.000 2.500 1.500 1.800 Exemplos: VPL – Valor Presente Líquido É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. São análises otimistas, realistas e pessimistas sobre um grupo de variáveis que tem impacto no retorno do investimento. Variáveis que influenciam o Valor Atual Líquido ou Retorno sobre o investimento: por exemplo, participação de mercado, vendas, custos variáveis e fixos. Assume-se que as variáveis são independentes. Isto é, atribui-se valores diferentes a apenas uma variável e mantém as outras constantes ou de forma mais complexa e real assumindo que são independentes. Análise de sensibilidade É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Exemplo: Considere que uma determinada empresa faça um investimento inicial de $ 150.000.000 e apresente as seguintes informações referentes à expectativa de ganho futuro nos próximos 10 anos. Qual o VPL do projeto? Preço de venda por unidade = $ ▪ 30,00 Mercado = ▪ 75 milhões de unidades => participação = 20% (15.000.000) Custo variável = ▪ 80% do preço Custo fixo = $ ▪ 40.000 Custo de oportunidade = ▪ 18% a.a. Vida útil = ▪ 10 anos (depreciação linear) (150.000/10 = 15.000) IR = ▪ 30% lucro antes do IR Análise de sensibilidade Primeira etapa: Determinar o fluxo de caixa ▪ Preço de venda por unidade = $ 30,00 ▪ Mercado = 75 milhões de unidades => participação = 20% (15.000.000) ▪ Custo variável = 80% do preço ▪ Custo fixo = $ 40 milhões ▪ Custo de oportunidade = 18% a.a. ▪ Vida útil = 10 anos (deprec.=15.000) ▪ IR = 30% lucro antes do IR Segunda etapa: Calcular o VPL Análise de sensibilidade É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. ... Segunda etapa: Calcular o VPL (Valor Presente Líquido) FC 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 39.500,00 VAL 33.474,58 28.368,28 24.040,92 20.373,66 17.265,81 14.632,05 12.400,04 10.508,51 8.905,51 7.547,05 TOTAL 177.516,41 VPL => Total do fluxo a Valor Presente ( - ) Investimento Inicial = 177.516,41 -150.000 = 27.516,41 VPL (Valor Presente Líquido) VAL (Valor Atual Líquido) Análise de sensibilidade É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Agora vamos considerar as seguintes alterações no projeto. ▪ Preço de venda por unidade = $ 36,00 (> 20%) ▪ Mercado = 75 milhões de unidades => participação = 14% (< 30%) ▪ Custo variável = 85% do custo variável anterior (360.000,00) ▪ Custo fixo = $ 40 milhões ▪ Custo de oportunidade = 18% a.a. ▪ Vida útil = 10 anos (depreciação linear) ▪ IR = 30% lucro antes do IR Análise de sensibilidade É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Primeira etapa: determinar o fluxo de caixa Preço de venda por unidade = ▪ $ 36,00 (> 20%) Mercado = ▪ 75 milhões de unidades => participação = 14% (< 30%) Custo variável = ▪ 85% do custo variável anterior (360.000,00) Custo fixo = $ ▪ 40 milhões Custo de oportunidade = ▪ 18% a.a. Vida útil = ▪ 10 anos (depreciação linear) IR = ▪ 30% lucro antes do IR Análise de sensibilidade É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Primeira etapa: determinar o fluxo de caixa ▪ Preço de venda por unidade = $ 36,00 (> 20%) ▪ Mercado = 75 milhões de unidades => participação = 14% (< 30%) ▪ Custo variável = 85% do custo variável anterior (360.000,00) ▪ Custo fixo = $ 40 milhões ▪ Custo de oportunidade = 18% a.a. ▪ Vida útil = 10 anos (depreciação linear) ▪ IR = 30% lucro antes do IR Análise de sensibilidade Primeira etapa: determinar o fluxo de caixa ▪ Preço de venda por unidade = $ 36,00 (> 20%) ▪ Mercado = 75 milhões de unidades => participação = 14% (< 30%)▪ Custo variável = 85% do custo variável anterior (360.000,00) ▪ Custo fixo = $ 40 milhões ▪ Custo de oportunidade = 18% a.a. ▪ Vida útil = 10 anos (depreciação linear) ▪ IR = 30% lucro antes do IR Análise de sensibilidade Segunda etapa: Calcular o VPL É ciência social que estuda os fenômenos relacionados com obtenção e a utilização dos recursos materiais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. FC 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 26.900,00 Fluxo * TA / (1,18^1) / (1,18^2) / (1,18^3) / (1,18^4) / (1,18^5) / (1,18^6) / (1,18^7) / (1,18^8) / (1,18^9) / (1,18^10) VAL 22.796,61 19.319,16 16.372,17 13.874,72 11.758,24 9.964,61 8.444,58 7.156,43 6.064,77 5.139,63 TOTAL 120.890,92 VPL => Total do fluxo a Valor Presente ( - ) Investimento Inicial = 120.891 -150.000 = 29.109 VPL(Valor Presente Líquido) VAL(Valor Atual Líquido) TA(Taxa de Atratividade) Atratividade) Análise de sensibilidade TIR – Taxa Interna de Retorno A taxa interna de retorno mede a rentabilidade intrínseca de um projeto, considerando-se o valor investido e os retornos líquidos ao longo de um período considerado. É dada por: Da mesma forma que o VPL, é usado costumeiramente a calculadora HP 12 C e o software excel para realização do cálculo da TIR. n n TIR FC I )1( 0 0 Exemplo TIR – Taxa Interna de Retorno Em português, Payback significa retorno do investimento Prazo de Payback: é o prazo necessário para que o investimento retorne, ou seja, iguale o valor investido. Payback Projeto I: Projeto II: O Payback do projeto I é de 3 períodos, enquanto o do projeto II é de 5 períodos. No projeto I o investimento retorna mais rápido o que, à principio, o tornaria mais interessante. Payback – Exemplo Apesar de ser muito utilizado nas decisões cotidianas tomadas por supervisores e baixos escalões de chefia, o prazo de Payback apresenta, enquanto método de análise de viabilidade econômica, duas falhas graves: 1. Não leva em conta a distribuição do fluxos de caixa dentro do prazo de Payback (ou seja, não leva em conta o conceito de valor do dinheiro no tempo). 2. Não analisa os fluxos de caixa esperados após o prazo de Payback. Payback: problemas do método do prazo de A tabela abaixo mostra três projetos de investimento: A, B e C. Ano Projeto A Projeto B Projeto C 0 -100 -100 -100 1 20 50 50 2 30 30 30 3 50 20 20 4 60 60 250 Prazo de Payback de todos os projetos: 3 anos. Mas será que todos esses projetos possuem a mesma qualidade em temos de retorno do investimento? Payback – Exemplo de problemas Pelo critério do Payback simples a resposta seria SIM. Mas sabemos essa resposta está errada. Por exemplo, entre os projetos A A e B, o projeto B é preferível, pois é melhor receber 50 na data 1 do que 50 na data 3 e o VPL do projeto B é maior que o do projeto A. Portanto o critério de Payback falha ao não levar em conta a distribuição dos fluxos de caixa ao longo do tempo. Pelo critério do Payback os projetos B e C seriam igualmente interessantes. Porém se analisarmos os fluxos de caixa esperadas para além do prazo de payback, veremos que o projeto C é melhor pois seu VPL é maior. Isso significa que os projetos são igualmente bons? Payback Descontado Para contornar as falhas do Payback simples, foi criada uma variante, chamada: Método do Payback descontado. Dessa forma, descontamos os fluxos de caixa de cada projeto pela Taxa Mínima de Atratividade. Cálculo do Payback Descontado Taxa mínima de atratividade: 10% ao ano Ano Projeto A Proj. A descont. Projeto B Proj.B descont. 0 -100 -100 -100 -100 1 20 20/ (1,10) = 18,1818 50 50/(1,1) = 45,4545 2 30 30/(1,10)2 = 24,7933 30 30/(1,1)2 = 24,7933 3 50 50/(1,10)3 = 37,5657 20 20/(1,1)3 = 15,026 4 60 60/(1,10)4 = 40,9808 60 60/(1,1)4 = 40,9808 Projeto A: a soma dos fluxos de caixa descontados dos 3 primeiros anos equivale a: 18,1818 + 24,7933 + 37,5657 = 80,540 Faltam • 19,4592 para alcançar os 100 do desembolso inicial. Se o • 4º ano for esperado inteiro, haverá um retorno de 40,9808. Como só precisamos de um retorno de 19,4592 dividimos 19,4592 / 40,9808 = 0,4748 ano. Portanto, o • Payback descontado será de 3,5 anos. Projeto B: soma dos fluxo descontadas dos três primeiros anos equivale a: 45,4545 + 24,7983 + 15,0260 = 85,2738 Faltam • 11,7262 para os 100 do desembolso inicial. Se o quarto ano for esperado inteiro, haverá um retorno de • 40,9808. Como só precisamos de um retorno de 11,7262 dividimos 11,7262 / 40,9808 = 0,2861 ano. Portanto, o • Payback descontado será de 3,3 anos. Conclusão: O projeto B é mais atrativo pois o prazo de Payback é menor, ou seja, o investimento retornará mais rapidamente. Cálculo do Payback Descontado • Índice de viabilidade econômica • Serve para verificar a relação entre o valor atual dos custos, e o valor atual dos ingressos equiparando estes valores. • Quanto maior o índice, melhor o retorno do investimento. • Sendo: – b1 = valor do fluxo de caixa – K = TMR – n = período – c1 = valor do investimento Método do Custo/Benefício (B/C) • B/C > 1: os benefícios do investimento são maiores que seus custos. • B/C = 1: indica que os benefícios do investimento trazidos a valor presente são iguais ao custo do investimento trazido a valor presente. • B/C < 1: neste caso, a empresa deve rejeitar a proposta de investimento, pois os custos são maiores do que os benefícios gerados. Método do Custo/Benefício (B/C) A empresa CDB pretende adquirir um terreno no valor de R$ 100.000,00, com fluxos de caixa de R$ 41.000,00 durante 3 anos, e taxa mínima de atratividade (TMA) de 10%. Calcule o custo benefício do investimento, analise e explique a viabilidade econômica de adquirir o terreno. Método do Custo/Benefício (B/C): Exemplo Conclusão: considerando-se que o custo do terreno é R$ 100.000,00 e o benefício é R$ 101.960,93, obtém-se um valor de B/C de 1,02. Como o B/C = 1,02 > 1,0; é viável adquirir o terreno. Ano 1 2 3 Total b1 = 41.000,00 B = 37.272,73 33.884,30 30.803,91 101.960,93 k (TMA) = 0,1 C = 100.000,00 n = 3 B / C = 1,02 C = 100.000,00 Dados Utilizado para selecionar projetos distintos por meio de um • parâmetro comum, que possa ser definido como critério de comparação. Ou seja, iguala o cenário desejado em um período futuro • no qual os valores serão comuns. O método de VPL, nos casos em que os períodos de tempo • são distintos entre os projetos analisados, não apresenta uma única solução. Anuidade Uniforme Equivalente (AE) é um indicador do tipo • “quanto maior melhor”. Método da Anuidade Uniforme Equivalente (AE) Qual projeto (A ou B) é melhor para investir? Pelo VPL: Projeto B é melhor do que o A Pela TIR: Projeto A é melhor do que o B. Pelo AE: AEA = 2,00 > AEB = 0,98, portanto, o projeto A é melhor do que o B. Por esse critério, num processo decisório, devemos escolher a proposta de investimento que apresenta a maior AE. Método da Anuidade Equivalente (AE): Exemplo Projeto 0 1 2 3 VPL TIR AE A -10 13 R$ 1,82 30,0% 2,00 B -10 5 5 5 R$ 2,43 23,4% 0,98 i 0,1 Um contrato jurídico de cessão do uso de um bem, por parte de seu proprietário (o arrendador), em favor de outro agente econômico (o arrendatário). Ativo:• representa o conjunto de bens e direitos da empresa. Ativo circulante: • são os bens e os direitos que podem ser convertidos em valores monetários no curto prazo. Ativo não circulante: • representa os bens e direitos destinados a permanência da empresa a longo prazo. Arrendamento Mercantil (Leasing)Esse tipo de contrato prevê o período de tempo do contrato e suas condições financeiras, englobando encargos, taxas e impostos, a remuneração do arrendador e a amortização do financiamento. Conjunto de processos compõe a contraprestação. Ao final do contrato, o arrendatário possui as seguintes • opções: Devolver o bem ao arrendador;– Renovar o contrato, renegociando ou não suas condições;– Exercer a opção de compra do bem, pagando por ele o que se – denomina de valor residual garantido. Arrendamento Mercantil (Leasing) Contrato firmado entre arrendador e arrendatário em que se prevê que o arrendador está obrigado a facilitar ao arrendatário o uso temporário de um determinado bem especificado. Obrigação do arrendador: manter o bem em perfeito estado de funcionamento, por um período de tempo inferior à sua vida útil. No Brasil, a legislação apresenta duas considerações obrigatórias para que uma operação seja considerada como leasing operacional: 1) Opção de compra não poder constar como determinação do contrato, e sim determinada ao final do contrato, além disso, seu valor deve ser equivalente ao valor de mercado do bem. 2) O montante da somatória das prestações pagas deve ser inferior a 75% do valor de compra. Leasing Operacional A empresa ABO pretende realizar um contrato de leasing com o fabricante (arrendador) de determinado equipamento. Para tomar a decisão, é preciso calcular o valor financeiro mínimo da prestação anual que pagará. Pesquisando as informações necessárias, verifica-se que: • Valor do equipamento: $ 9.000,00 • Vida útil estimada: 3 anos • Prazo da operação: 3 anos • IR para o arrendador: 30% • Custo de capital: 7% a.a. • Gastos anuais estimados: $ 1.000,00 ao ano Cálculo do benefício fiscal = gastos gerais x alíquota IR = 1.000 x 0,3 = 300,00 Cálculo da depreciação = investimento inicial/ano x alíquota de IR = 0,3 (9.000/3) = 900,00 Agora, vamos calcular o fluxo de caixa Leasing Operacional – Exemplo: Leasing Operacional – Exemplo: A prestação mínima a ser cobrada da arrendatária será igual a uma Anuidade Equivalente (AE) calculada sobre o VPL do arrendador. O valor da anuidade equivalente ou prestação permite ao arrendador auferir uma rentabilidade compatível com seu custo de oportunidade do capital. Ano 0 1 2 3 Custo inicial 9.000,00 Gastos gerais 1.000,00 1.000,00 1.000,00 Benefício fiscal 300,00 300,00 300,00 Depreciação 900,00 900,00 900,00 Fluxo de caixa 9.000,00 2.200,00 2.200,00 2.200,00 taxa 0,07 VP 9.000,00 2.056,07- 1.921,57- 1.795,86- VPL 3.226,50 Leasing Operacional – Exemplo: Levando-se em conta exclusivamente os termos financeiros da operação, o valor monetário da prestação anual de equilíbrio deve ser de $ 238.846,77 167.192,74 238.846,77 Muito semelhança com uma operação de financiamento. O contrato firmado de leasing financeiro, uma determinada empresa poderá, em seu vencimento, exercer as seguintes opções:: 1) adquirir o bem e revendê-lo, recuperando parte de seu investimento; 2) renovar o contrato em vigor, inclusive podendo pretender trocar o objeto do contrato original por outro, mais desenvolvido tecnologicamente, com os devidos acréscimos financeiros correspondentes, caso existam. Leasing Financeiro Componentes de um contrato de leasing financeiro: Contraprestação:• trata-se do valor relativo ao pagamento realizado pela arrendatária ao arrendador, durante o prazo de vigor do contrato. Opção de compra• : trata-se do elemento que permite a clara diferenciação entre um contrato de leasing financeiro e um contrato padrão de aluguel de equipamentos. Valor residual garantido:• trata-se de uma proporção do valor do contrato. Leasing Financeiro Cálculo da taxa de arrendamento: VO = Valor da operação. Rt = Valor da prestação do período t. VRG = Valor residual garantido (% em relação a VO). n = prazo da operação. Leasing Financeiro BONS ESTUDOS! Conte comigo! Matemática Financeira Obrigado! Prof. Dr. Antonio Benedito de O. Junior
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