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TRABALHO GINASTICA

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INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
FAGNER H.,GABRIEL M. E RICHARDSON A.
TRABALHO DE GINÁSTICA I
Método Ginástico Francês
Campos dos Goytacazes – RJ
2019
FAGNER H., GABRIEL M. E RICHARDSON A.
TRABALHO DE GINÁSTICA I
Método Ginástico Francês
Trabalho acadêmico da disciplina de Ginástica I, com a finalidade de apresentar o método ginástico francês e suas características.
Orientador(a): Nilo Terra
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
2019
 Sumário 
A ginástica na antiguidade	4
Fundadores do método ginástico Francês	6
O método ginástico Francês	7
Regras gerais para o método francês	8
Uma sessão compreende três partes	9
Aplicação do Método Francês nas escolas brasileiras	10
Bibliografia .................................................................................................................11
2
1- A ginástica na antiguidade 
A ginástica, enquanto atividade física, tem suas origens na Antiguidade, uma vez que os exercícios típicos do esporte já eram desempenhados pelos homens pré-históricos com o intuito de se protegerem de ameaças naturais. Por volta de 2600 a.C., especialmente em civilizações orientais, os exercícios da ginástica passaram a fazer parte de festividades, jogos e rituais religiosos.
Para fins de estudo, podemos classificar as atividades físicas na pré-história dentro dos aspectos: Natural, Utilitário, Guerreiro, Recreativo, Religioso.
I- ASPECTO NATURAL: 	Aqui colocamos as atividades físicas feitas instintivamente, como meio de sobrevivência: Correr para fugir ao perigo ou para alcançar a caça; Nadar para atravessar os rios; Marchar (caminhar) a procura da caça, da pesca, do abrigo; Arremessar a pedra, a lança, para caçar, pescar, guerrear e assim por diante.
II- ASPECTO UTILITÁRIO: Na caça ou na pesca, quantas vezes a lança foi atirada imperfeitamente, deixando o homem sem a sua desejada alimentação. Ele percebeu que precisava "treinar" aquele gesto para que, quando surgisse a situação real frente a sua presa, pudesse ter êxito no lance. Esse treino, essa atividade intencional, essa "evolução técnica" já não mais apenas instintiva, caracteriza o aspecto utilitário.
III- ASPECTO GUERREIRO: Aos poucos, vai o homem dominando a natureza: alguns grupos desenvolvem o pastoreio e a agricultura e já podem abandonar a vida nômade. Mas outros grupos, que ainda vivem da caça e da coleta de frutos silvestres, percebem a fartura daqueles e adestram-se no manejo das armas para atacar e apossar-se do excelente estoque de alimentos. Os sobreviventes do grupo atacado, por sua vez, percebem que não basta criar o gado e armazenar os cereais: é preciso dedicar muita atenção ao preparo para luta e às medidas de segurança. É a educação física sob o aspecto guerreiro. Mais tarde, o crescimento dos aglomerados humanos exige a especialização do trabalho e surgem os homens dedicados exclusivamente à segurança: os soldados. E é na caserna que a Educação Física, através de todos os tempos, encontra apoio enfático e perene.
IV- ASPECTO RECREATIVO: Os homens primitivos brincavam de correr, saltar em altura e extensão; lutavam, dançavam, atiravam ao alvo faziam encenações representando episódios de caça, cenas cômicas, simulações de combates e etc.
V- ASPECTO RELIGIOSO: Para aplacar a ira dos deuses, ou para homenageá-los, o homem pré-histórico realizava atividades rítmicas e danças. Ao ritmo de bastões, tambores, palmas, gritos e outros ruídos, executavam movimentos simbólicos de braços, mãos, dedos, cabeça, tronco, balanceamentos, saltitamentos, passos e corridas, batidas de pés e etc.
Posteriormente, na Grécia, a ginástica ganhou grande destaque, se tornando um elemento fundamental para a educação física dos gregos. De fato, os mesmos a conceberam como uma forma de busca por corpos e mentes sãos, dando à modalidade um papel fundamental na busca do equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais. Além disso, a valorização grega do ideal de beleza humana favoreceu ainda mais a evolução da ginástica, uma vez que sua prática era vista como uma forma de cultuar o corpo.
Já na civilização romana, o esporte se afastou bastante de sua faceta grega, já que a valorização do corpo era vista como algo imoral pelos romanos. Assim, nesta época, a prática da ginástica se resumiu apenas a exercícios destinados à preparação militar. A rejeição do culto à beleza física também foi registrada durante a Idade Média, aspecto que resultou na perda da importância do esporte na época. Desta forma, a ginástica retomou sua evolução somente com o Renascentismo e a revalorização das referências culturais da antiguidade clássica.
Chegando então aos dias atuais, a ginástica moderna teve no início do século XIX seu grande momento, pois foi neste período que surgiram as quatro grandes escolas do esporte (Inglesa, Alemã, Sueca e Francesa) e os principais métodos e aparelhos ginásticos. Desde então, a modalidade não parou de se desenvolver. Em 23 de julho de 1881, foi fundada a Federação Europeia de Ginástica, entidade que se tornaria posteriormente, em 1921, a atualmente conhecida FIG (Federação Internacional de Ginástica).
2- Fundadores do método ginástico Francês
2.1- Francisco Amoros
No século XIX a ginástica francesa esteve ligada a um personagem metafórico, trata-se do coronel espanhol Francisco Amoros, deportado para a França pelo apoio ao exército Napoleônico I na invasão espanhola. 
Amoros passa a viver em Paris desde o ano 1814, a ginástica francesa já surgia respaldada por propostas baseadas na ciência e voltadas a sociedade civil, no entanto, um espírito militarizado ainda pairava de forma marcante.
Conhecido como o “Pai” da ginástica francesa por ser o pioneiro no uso de materiais e um dos precursores das ciências do movimento humano, conseguiu demonstrar uma relação direta que poderiam existir do seu método com a saúde das pessoas. Com o intuito voltado para o desenvolvimento social onde a ginástica contribuiria para a formação do “homem completo e universal”.
Criou um método muito parecido com o do Sueco Henrik Ling, onde a finalidade poderia ser Civil e industrial, militar ou médica. Já Amoros focou mais nos seguintes pontos: Resistência, força, equilíbrio, agilidade, extensão dos músculos, capacidade de andar, correr e pular em grandes alturas, tanto em locais fáceis quanto em locais com grau de dificuldade maiores. Amoros sistematizou um método para moldar o corpo baseado nos ensinamentos da anatomia, da fisiologia e em concordância com as leis mecânicas.
2.2- Georges Démeny
Além de Amoros, pode-se citar o nome de Georges Démeny, Biologista, Fisiologista e Pedagogo de origem Búlgara, como importante colaborador para o desenvolvimento do método ginástico Francês. 
Considerado o fundador da Educação física francesa moderna, ligada ao naturalismo. Juntamente com Marey e F. Lagrange também pode ser considerados um dos fundadores da análise dos movimentos e da medicina desportiva contemporânea. 
Fundador do Círculo de Ginástica Racional, desenvolveu a descoberta das leis termodinâmicas, métodos de pesquisa para um estudo detalhado da motricidade humana, como a cronofotografia.
Apesar de ter sido considerado detentor da herança deixada por Amoros, a ginástica francesa não foi mais a mesma desde então, passou a ser mais concentrada na educação dos “centros nervosos” para economia de energia e menos no desenvolvimento da força física, menos militar e mais pedagógica.
3- O método ginástico Francês
	
	O Método francês possui sua fundamentação voltada para as ciências médicas, tais como a fisiologia e a Anatomia, possuindo um fulcro na Mecânica. Com a contribuição do professor e fisiologista francês Georges Dêmeny (1850 – 1917), considerado por muitos como o grande patriarca do Método francês, o método buscou um embasamento maior nas leis da física e da Biologia, aplicando exercícios físicos e atividades com base científica. 
	
	Bases Fisiológicas- A educação física deverá ser orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a infância a educação física deve visar ao desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na idade adulta o seu papel é manter e melhorar o funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do coração e dos vasos sanguíneos, o valor funcional do aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar a saúde. 
	Bases Pedagógicas - segundo a definição do método, a educação física compreende o conjunto de exercícios cuja prática racional e metódica é susceptível de fazer o homem atingir o mais alto grau de aperfeiçoamento físico, compatível com sua natureza, e utilizando-se de várias formas de trabalho: jogos, flexionamentos, exercícios educativos, aplicações (as grandes famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar, e defender-se), desportos individuais, desportos coletivos. 
	Amoros dizia que na França a ginástica deveria abranger: “A prática de todos os exercícios que tornam o homem mais corajoso, mais intrépido, mais inteligente, mais sensível, mais forte, mais habilidoso, mais adestrado, mais veloz, mais flexível e mais ágil, predispondo-se a resistir a todas as intempéries das estações, a todas as variações dos climas, a suportar todas as privações e contrariedades da vida, a vencer todas as dificuldades, a triunfar de todos os perigos e de todos os obstáculos que encontre a prestar, enfim, serviços assinalados ao Estado e a humanidade”.
3.1- Regras gerais para o método Francês 
I. Grupamento dos Indivíduos - baseado na fisiologia e na experiência, adotou a classificação racional em grupos de valor fisiológico sensivelmente equivalente: educação física elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13 anos); educação física secundária ou pubertária e pós-pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos); educação física superior ou desportiva e atlética (adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e ginástica de conservação para a idade madura (adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos). 
II. Adaptação ao Exercício - o regime de trabalho físico a que serão submetidos depende: do fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos exercícios e das qualidades que estes exercícios são susceptíveis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para compor o programa de exercícios foram elaborados quadros de exercícios por ciclos (elementar, secundário e superior) e que constava de: grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de exercício e regime de trabalho. 
III. Atração do Exercício - os exercícios físicos devem ser higiênicos e salutar quanto maior o prazer com que for praticado. O instrutor deverá esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela escolha judiciosa dos exercícios que variará, frequentemente, pela introdução de jogos em momento oportuno no decorrer da lição e, principalmente, pela emulação e disposição para o trabalho que provocará em sua classe. 
IV. Verificação Periódica da Instrução - a verificação periódica dos exercícios físicos é realizada pelo médico e pelo professor e repousa nos exames fisiológicos e práticos. A verificação médica é efetuada no início e final do ano letivo, seguido de exame prático de dificuldade compatível com o valor físico dos concorrentes. 
3.2- Uma sessão compreende três partes 
	De forma genérica, o método buscava ordenar e aplicar um grupo racionalizado de exercícios e atividades que compreendiam os saltos e saltitos, os lançamentos, os arremessos, as corridas, as marchas e com sua aplicação militar também utilizavam-se de esportes como a esgrima, a natação e a equitação.
I. Preparatória - duração de 2/10 do tempo total da sessão. Comporta evoluções e flexionamentos dos braços, pernas, tronco, combinados, assimétricos e de caixa torácica. 
II. Lição Propriamente Dita - duração de 7/10 da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar e defender-se. 
III. Volta á Calma - duração de 1/10 da sessão. Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios, marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem. 
4- Aplicação do Método Francês nas escolas brasileiras
	
	
No final do século XIX, havia no Brasil uma forte influência do Método Alemão de Ginástica, que foi inicialmente introduzido na Escola Militar. Essa presença instituída no contexto militar, em pouco tempo foi também instituída no contexto escolar, sendo que em 1882, por meio do projeto n.224, a Ginástica (Alemã) passa a ser obrigatória para ambos os sexos, tanto nas escolas primárias, quanto na formação do professorado. Com o tempo, Rui Barbosa notou que esse método não mostrou-se eficiente nas escolas, com preocupação educacional, começou a defender a substituição do Método Alemão. O enfraquecimento do Método Alemão se dá, em princípio, por esse motivo, mas foi certamente reforçado pela derrota Alemã na primeira guerra mundial e pela vinda da missão francesa ao Brasil (1906).
 No Brasil, foi aprovado o Regulamento de Instrução Física Militar (1921), destinado ao Exército e calcado no Projeto Francês, por influência direta da Missão Militar Francesa
 Na direção de difundir esse pensamento educacional no país, em 1929 o Ministério da Guerra, formado por uma comissão de civis e militares, elabora um anteprojeto de lei, no qual o conteúdo dos artigos determinava que a Educação Física fosse praticada por toda a população brasileira e com obrigatoriedade em todas as instituição de ensino (CANTARINO FILHO, 1982).
 Desta maneira, o método Francês de Ginástica foi amplamente difundido nos ensinos primários, secundários e superior, sendo oficialmente utilizado no ano de 1940 por um "total de 88,87%" das escolas de ensino secundário do país (CANTARINO FILHO, 1982, p. 195). Sendo assim a ginástica francesa se consolida contundentemente como o principal fazer pedagógico da Educação Física brasileira.
5- Bibliografia
Disponivel em: <http://congressos.cbce.org.br/index.php/conbrace2015/6conice/paper/download/7804/3459>.
Disponivel em: <https://www.conpef.com.br/anteriores/2015/artigos/8.pdf>.
Disponivel em: <https://www.historiadetudo.com/ginastica>.
Disponivel em: <http://www.ginasticas.com.br/ginasticas/gin_historia.html>.
Disponivel em: <https://redacaopronta.com/2018/10/21/ed-fisica-2/>.
Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/rbce/v37n2/0101-3289-rbce-37-02-0151.pdf>.
Disponivel em: <https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-Aplicadas/História/Biografia-De-Amoros-610400.html>.
DELGADO, L. D. A. Fundamentos Metodológicos da ginástica. Barra do corda: [s.n.], 2012.
SOARES, C. L. Estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Autores Associados, 2013.

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