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RESUMO DE ANÁLISES FARMACÊUTICAS (1)

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RESUMO DE ANÁLISES FARMACÊUTICAS
O que são produtos farmacêuticos?
	São medicamentos, cosméticos, enxaguantes bucais/produtos para uso oral, etc. Ou seja, são produtos acabados para uso direto ou hospitalar.
	Qualquer produto apresenta variação, pois nenhum processo produtivo pela regulação totalmente precisa. O que se deve atentar é a intensidade dessa variação, que deve ser pequena. Tomando como exemplo um comprimido de 50mg de IFA, em um mesmo blister podemos encontrar comprimidos com 50,001mg, 50,002,g, 49,999mg, todos dentro de uma pequena e determinada faixa de variação de peso.
	Os aspectos de qualidade se apresentam de formas diferentes nas diferentes apresentações farmacêuticas, sejam elas sólidas, liquidas etc. Dentro da categoria de formas sólidas temos: comprimidos, cápsulas, pós e partículas. Todas essas variações da forma farmacêutica (FF) sólida apresentam o insumo farmacêutico ativo (IFA) associados aos excipientes/ adjuvantes. Os excipientes/adjuvantes podem não ser farmacologicamente ativos, mas são capazes de modular a farmacocinética (principalmente) e a farmacodinâmica.
	Comprimidos não revestidos são misturas homogêneas de pós que foram comprimidos sob alta força de compressão. Já os comprimidos revestidos apresentam borrifamento de sua superfície a fim de proteger contra a oxidação, dissolução precoce no intestino dentre outras finalidades.
	O comprimido ao absorver água se torna intumescido e começa a rachar, com isso há a liberação do fármaco, o qual será dissolvido e os excipientes formarão pó em suspensão. Esses excipientes são geralmente lactose, amido e estearato de Mg. O estearato de Mg é uma mistura de ácidos graxos saturados de cadeia longa de origem vegetal, sendo subproduto da biossíntese de ácidos graxos. O fato dos excipientes ficarem em suspensão é devido à insolubilidade do amido em água.
	Os excipientes/adjuvantes correspondem à função de preenchimento e adição de volume, apresentando ação galênica (farmacotécnica) e farmacocinética. A lactose sozinha em um comprido irá esfarelar com comprimido, sendo necessário o estearato de Mg, o qual é higroscópico, garantindo o fluxo de pó pela máquina, mas sua quantidade não deve ser exagerada, pois o fato de ser higroscópico em grande massa no comprimido não é interessante.
	Com o intumescimento do comprimido e a liberação do fármaco em solução, a concentração do mesmo na solução até sua concentração máxima. A concentração do fármaco em solução depende da quantidade de estearato de Mg, pois se este estiver em maior quantidade que o determinado, a cinética de liberação do fármaco será mais lenta.
	O gráfico a seguir ilustra as curvas de biodisponibilidade relativa de fármacos análogos.
In vivo, os excipientes/adjuvantes atuam na modificação dos dados de Cmáx e Tmáx. Mudanças nos excipientes/adjuvantes de 1 e 2 podem tornar a curva destes fármacos mais similar a curva de 4.
	O principio dos medicamentos genéricos consiste em produtos com a mesma apresentação farmacêutica, via de administração, mesmo perfil de liberação, mesma dose do mesmo IFA e mesma indicação terapêutica, mas seus excipientes podem ser diferentes, sem deixar de apresentar o mesmo perfil farmacocinético com valores de Cmáx, Tmáx e ASC semelhantes.
	O medicamento referencia é o primeiro registrado no país, não necessariamente o detentor da patente, mas também pode ser o primeiro a ser registrado após a queda da patente.
	 O medicamento similar é aquele que apresenta mesma dose do mesmo IFA, via de administração indicação terapêutica e forma farmacêutica, mas pode apresentar ou não o mesmo perfil farmacocinético. Pode apresentar marca diferente do genérico. As diferenças farmacocinéticas do medicamento similar são interessantes, pois pode ser terapeuticamente funcional nos casos em que os medicamentos referência e genérico não o são.
	O medicamento genérico e o referencia são intercambiáveis, pois apresentam a mesma ação farmacocinética, diferente do medicamento similar quando se relaciona com o referencia e genérico, devido a possível diferença no perfil farmacocinético.
	Uma mesma empresa pode fabricar o medicamento de referência, o genérico e o similar a fim de estar presente em todos os nichos de mercado. 
	Medicamentos administrados por via intravenosa não requerem curva de biodisponibilidade, pois nesse caso a mesma é de 100%, valendo tal curva apenas para formas farmacêuticas solidas. Essa determinação também vale para injetáveis intramusculares e subcutâneos, porém nesses casos diferentes excipientes/adjuvantes podem permitir a formação de depósitos do fármaco, o que promove lenta liberação do fármaco. Medicamentos com alta solubilidade e absorção apresentam biodisponibilidade próxima a 100%, sendo também isentos dos estudos de biodisponibilidade relativa. Os estudos de biodisponibilidade relativa comparam Cmáx, Tmáx e ASC do medicamento referência com o candidato a genérico.
	Requisitos de qualidade, segurança e eficácia são de suma importância no processo produtivo de produtos farmacêuticos, devendo estar presentes de forma concomitante, porém sem sobreposição.
	Nos testes pré-clínicos e nos clínicos de fase I presume-se uma forma farmacêutica para o fármaco, a qual será testada a fim de verificar se é eficaz, enquanto que nos testes de fase II e III a forma farmacêutica já foi definida e sua segurança e eficácia estão sendo testados.
	Para um medicamento ser classificado como novo ele dever obedecer aos seguintes requisitos:
· Forma farmacêutica diferente do medicamento referencia;
· Nova via de administração;
· Alguma mudança estrutural no IFA.
A ANVISA deve ser avisada antes da fabricação do medicamento novo, e antes de sua comercialização.
	Cada medicação deve ter sido aprovada na fase clínica. Pode ter uma nova descoberta e pedida inclusão da mesma. Os testes clínicos devem ser feitos em adultos, principalmente, de acordo com o alvo terapêutico.
Polimorfismo
	Diferentes formas sólidas para o mesmo composto químico. Isso pode influenciar na dissolução, ou seja, a concentração plasmática será diferente, podendo até causar toxicidade ao organismo, se estiver acima da janela terapêutica.
	Um contato com a farmoquímica que produz o IFA assegura que não aconteçam problemas, e o registro junto a ANVISA pode ser feito por até 3 fabricantes e nele deverá conter a via de produção, a qual não poderá ser mudada em relação ao registrado.
Controle Qualidade
	
	Referencia 16/2005
	
	
	Similar 17/2005
	
	
	Genérico
	 IFA
	
	Manipulação
	Excipientes/adjuvantes
	Pacientes
	Magistral
	Solventes 
	
	Hospital manipulado
	Água
	
	Parenteral 
	
	
	Enteral
	
	
	Biológico 55/2010
	
 
 
			Regulamentação pela RDC214/2006
 Boas práticas de fabricação 	promove a organização do processo industrial: fabricação, distribuição, transporte, armazenamento e dispensação todas essas etapas tem regulamentação própria.
	Indústria Farmacêutica
	Fornecedor
	Indústria Farmoquímica
	Produz medicamentos
	
	Produz os insumos
	Insumo
	
	Insumo 
	Medicamento
	
	
	 Produto acabado
	
	
	
	
	
	 Paciente
	
	
	O fornecedor é responsável pela qualidade do produto acabado, por seu transporte. A responsabilidade pela qualidade do produto acabado se justifica pelo fato de que fornecedores no país compram os insumos em grandes lotes e os fraciona, reembala e revende os insumos. Em suma a responsabilidade pelo produto é de quem passa adiante. Se a farmoquímica produz os insumos e consequentemente vende-os para a farmacêutica, a responsabilidade de possíveis desvios de qualidade do produto é da segunda, mesmo que o desvio de qualidade seja no insumo.
	O IFA ao passar da farmoquímica para o fornecedor é acompanhado de laudo de controle de qualidade. O fornecedor também emite um laudo de controle de qualidade pela manipulação que executou sobre o IFA. Se os laudos da farmoquímica edo fornecedor não coincidirem, a responsabilidade é o anterior, ou seja, da farmoquímica. Todo esse processo e as etapas produtivas devem ser documentados a fim de permitir a rastreabilidade. A farmoquímica pode atuar como fornecedor direto para a farmacêutica, dependendo da demanda, o que reduz possíveis falta de coincidência entre os laudos de controle de qualidade. O laudo de controle de qualidade pode ser executado pela própria e empresa ou por laboratórios terceirizados
	Farmoquímica
	
	Fornecedor
	
	Farmacêutica
	
	Insumo
	CQ
	
	CQ
	Produto acabado
	CQ
 Logo que o produto chega à farmacêutica fica em quarentena
	Insumo
	
	Produto semi-acabado
	
	Produto acabado
(RDC214/2006)
	
	Produto acabado embalado
	
	Armazenamento, distribuição e dispensação.
	
	CQ
	
	CQ
	
	CQ
	
	CQ
	
	
	
	Ainda está em fabricação
	
	
	
	
	
	
		Pequenos desvios de qualidade fora das especificações técnicas são aceitáveis na avaliação do controle de qualidade, mas tais desvios não são válidos para insumos e ativos.
	Aviar a receita é executar aquilo que está na prescrição. A prescrição deve dizer qual é o ativo, qual o número de cápsulas, mas não diz como fabricar.
	O nível de responsabilidade quanto ao CQ, segurança e eficácia do produto industrial e do magistral deve ser o mesmo.
	O numero de registro de um medicamento embute um processo produtivo e uma composição determinada, se esse processo ou composição muda, a biodisponibilidade, segurança e qualidade podem ser mudadas, e tais mudanças devem ser informadas a ANVISA.
	Em tese o controle de qualidade de produtos magistrais devia seguir as mesmas etapas descritas acima para o processo produtivo industrial, porém o custo desse processo para os produtos magistrais é muito grande, pois os produtos magistrais são individualizados.
	A farmacopeia contém compêndios de insumos a serem comercializados, se apenas uma empresa fabrica tal insumo, este não estará presente na farmacopeia, o mesmo vale para medicamentos novos. 
Impurezas em insumos farmacêuticos
	IFA, excipientes/adjuvantes e água são considerados insumos. Cápsulas, comprimidos, injetáveis, soluções para uso interno e eterno são produtos acabados. 
	Colírios são estéreis, uma vez que devem conter antimicrobianos, enquanto que injetáveis de dose única não apresentam diferente dos de doses múltiplas que não a apresentam. Água para injetáveis devem ser estéreis, o que já não é necessário para produtos de uso externo ou oral.
	A qualidade do produto depende da finalidade de seu uso, mas também da origem do insumo. A qualidade sobre a água não se foca tanto em sua origem, onde seu único requisito de qualidade é ser potável e do sistema de abastecimento, de acordo com a regulamentação.
	Exemplos de origem de insumos são vias de síntese dos mesmos, as quais podem apresentar diferenças de laboratório para laboratório, o que pode influir na qualidade do produto final.
	Solventes em geral devem ser monitorados, pois apesar da mesma via de síntese do insumo, os solventes podem ser diferentes de laboratório para laboratório. No controle de qualidade de insumos pesquisam-se solventes residuais no produto final, através da perda por evaporação. Esses solventes podem ser orgânicos ou água.
	Para detectar a água residual no produto final, a mesma pode ser titulada por titulação redox, mas esse método não é muito preciso, uma vez que outras substancias podem sofrer reação redox, o que não é ideal. 
	A origem do insumo pode ser de síntese orgânica, de produção biotecnológica ou extração de produtos naturais. A rota de síntese e todo processo envolvido na produção do insumo deve ser descrita para a ANVISA e, no registro o método de garantia da qualidade deve estar presente, bem como a presença de impurezas. Há métodos que são universais para os produtos, os quais estão na farmacopeia.
	Para que o insumo seja registrado deve-se conhecer:
· A substancia;
· A via de obtenção;
· O método de identificação através de IF, espectrofotometria UV/VIS, métodos químicos;
· Teor de umidade e água;
· Presença de impurezas inorgânicas como cloreto, sulfato e metais pesados;
· Índice de decomposição;
· Detecção de substancias relacionadas através de cromatografia por camada fina ou HPLC;
· Solubilidade;
· Ponto/faixa de evolução;
· Teor do insumo através de titulação, absorção, espectrofotometria UV/VIS, HPLC.
Mesmo contendo na farmacopeia e estando validados os métodos de garantia de qualidade e de ausência de impurezas, os mesmo devem ser revalidados, principalmente para observar se o que está presente na farmacopeia é reproduzível.
O que é qualidade?
	É a monitoração de um produto e depende da origem do mesmo, sua finalidade de modo quantitativo e qualitativo, através de vários parâmetros. Tais parâmetros são conjunto de valores numéricos ou não que se adequam a uma finalidade definida. No entanto, tais parâmetros não são estáticos, sendo susceptíveis a mudanças, e as quais são as responsáveis pelas revisões da farmacopeia.
	Um dos testes que atuam na busca da qualidade é o teste para resíduo solúvel, o qual consiste na quantificação após a filtragem, secagem e pesagem da substancia que não sofreu dissolução/solubilização.
	Para determinação de impurezas há ensaios quantitativos e semi quantitativos (ensaios limite), onde os ensaios limite verificam se as impurezas estão acima ou abaixo do limite aceitável. O limite inferior de detecção é o mínimo que se pode ser determinado pelo método. Não é vantajoso utilizar método de análise de teor para impurezas, bem como para substancias com pouca especificidade, no entanto, é interessante observar quanto de impureza pode interferir na determinação do teor.
	Polimorfismo do insumo em estado sólido, por apresentar formas diferentes, apresentam energias de interação diferentes, como o ponto de fusão. Alguns métodos para identificam polimorfismos:
· Utilização de microscopia óptica;
· Determinação do ponto/faixa de fusão, o que pode ser bastante alterado;
· Solubilidade;
· Utilização de IF;
· Difração;
· Calorimetria no calorímetro.
	Deve-se escolher um método analítico em que os excipientes não interfiram na análise do produto acabado. O método titulométrico não é muito específico, mas é interessante na descoberta de grupos funcionais. É interessante o uso de técnicas analíticas mais simples, porém validadas, a fim de serem inseridas na rotina laboratorial. Alguns métodos de análise do produto acabado são:Ordem de prioridade
· Titulometria;
· Espectrofotometria UV/VIS;
· HPLC.
Alguns métodos de análise de IFA e outros insumos:
· Titulometria;Ordem de prioridade
· Espectrofotometria UV/VIS;
· HPLC.
Titulometria
· Meio aquoso: consistem métodos ácido – base, redox, de precipitação e de complexação, porém a maior parte dos fármacos não é hidrossolúvel.
· Meio não aquoso: consiste em métodos ácido-base e pode ter redox no caso de análise de água (Carl Fisher).
· Titulometria de neutralização em meio não aquoso: é um método aplicado a insumos, onde se observa a solubilidade, sendo usado em caso do meio apresentar um eletrólito fraco. Soluto e solvente reagem entre si, dependendo das características do solvente.
	 A constante dielétrica do solvente é uma medida física de polaridade, e sua capacidade de dor (protogênico) ou de receber (protofílico) o próton é considerada. O solvente também pode ser aprótico, o que não implica em apolaridade, mas sim em dizer que não é captor de prótons. Um solvente anfiprótico tem capacidade de autoprotólise, e é a partir dessa propriedade que surgem os conceitos de pka e pkb. Para escolha do solvente deve-se observar sua pureza e acessibilidade, e os hidrocarbonetos, os solventes orgânicos apróticos, ácidos como o acético e o sulfúrico e o DMF são solventes interessantes. O ácido acético é um dos mais usados. 
	Nesse tipo de titulação o titulante é aceptor de prótons e o solvente atua solvatando, e com isso a força do analito se mantém máxima, pois não há interferência do solvente.
· Titulação acidimétrica:o titulante é um ácido e o analito uma base. Acontece por titulação direta.
 
	Na titulação de sais a água interfere competindo e modulando a força do analito, por isso se utiliza Carl Fisher para descobrir o teor de água. A fim de retirar a água, se utiliza anidrido acético, repetindo Carl Fisher para ver se há água residual. No entanto, o excesso de anidrido acético também é problemático quando junto de aminas primárias, formando amidas com estas e impedindo a titulação. Se Carl Fisher não detectar água, adiciona-se a mesma até o mínimo especificado e repete-se Carl Fisher, pois se este não detectar água, pode significar excesso de anidrido.
Titulantes:Curvas de pH similares
 Mais forte e barato
I. HCl
II. HBr
III. H2SO4
IV. HNO3
V. HI
VI. HClO4
	SV - solução volumétrica de concentração definida titulada.
	SR - solução reagente de concentração definida não titulada.
	SI – solução indicadora.
· Titulação alcalimétrica: nesse caso a SV é uma base (titulante) e o analito é um ácido. Os solventes usados são DMF, 1,4 dioxana e hidrocarbonetos aromáticos.
Ensaios de dissolução de formas farmacêuticas sólidas
	Correspondem à simulação da dissolução do fármaco no organismo, sendo realizada e um meio para liberação, avaliando a taxa/velocidade de liberação do fármaco. A curva de biodisponibilidade permite ver a concentração plasmática do IFA e seus metabólitos e possíveis alterações na ação do IFA.
	São requisitos dos ensaios de dissolução:
· Recipiente com meio de dissolução.
· Temperatura em torno de 37º, seu aumento facilita a liberação do IFA.
· Agitação controlada, pois seu aumento pode levar a quebra da FF sólida.
Obedecendo estes 3 requisitos busca-se obter 100% de dissolução.
	A validação do ensaio de dissolução dever abordar: 
· Validação analítica: observando se é reprodutível.
· Validação in vivo/in vitro: a fim de que o ensaio in vitro seja equivalente ao in vivo. 
Não é interessante que os dados da validação in vivo/in vitro sejam de domínio público, o que confere vantagem econômica a indústria produtora do medicamento referencia.
	As formas farmacêuticas sólidas (FFS) são em geral comprimidos e cápsulas e necessitam de etapas de desintegração e dissolução até serem absorvidas. A taxa de dissolução e o tempo que isso ocorre influenciam na absorção e na biodisponibilidade do IFA. A taxa de liberação do IFA é maior quanto menor o tamanho da partícula.
	Os ensaios de dissolução permitem o desenvolvimento de novas formas de liberação, e também permitem a avaliação lote a lote nas alterações pós-registro. No entanto, essas alterações pós-registro podem ser perigosas, pois podem alterar a segurança do produto. Esses ensaios permitem a avaliação da qualidade do produto em função do tempo e condições de armazenamento, o que permite a monitoração dos processos de fabricação, minimizando o risco da falta de bioequivalência entre os lotes.
	São fatores que influenciam a dissolução:
· Fisiológicos:
· Ação no TGI pode ser influenciada pelo pH, pela ação de tampões e de enzimas.
· Motilidade intestinal pode estar alterada e alterar a dissolução.
· O fluxo e o tempo de permanência.
· Variações interindividuais.
· Formulativos:
· Fatores inerentes ao fármaco como solubilidade, tamanho, estado cristalino, características ácido-base.
· Fatores inerentes aos excipientes.
	A dissolução aumenta a concentração do IFA em função do tempo em uma exponencial dupla. A velocidade de dissolução do fármaco a partir do estado sólido é definida como a quantidade de substancia que passa para o estado solvatado por unidade de tempo.
	Se o meio de dissolução saturar, menor será a dissolução. Isso depende da velocidade de remoção de partículas da superfície pelo líquido do meio, dependendo do KPS final.
dC/dT . dm/dT =( K.S.D/h) . (Cs – Ci), sendo K uma constante inerente ao fármaco, h o tamanho da camada estagnante e D coeficiente de difusão.
	Meio de dissolução
c	camada estagnante
	Partícula sólida
	 A condição de Sink diz que, in vivo, tão logo o fármaco é dissolvido é absorvido, não tendo gradiente de concentração, havendo equilíbrio em curto espaço de tempo. Não há efeito retardante de diminuição do gradiente de concentração.
	A fim de simular in vitro usa-se grande volume de meio, de 5 a 10 vezes o volume de saturação. Ct < 0,2 a 0,3 Cs (3 -5x o volume de saturação) dm/dT = (K.S.D/h) . Cs
	A liberação modificada mimetiza o organismo. Se o medicamento apresenta liberação entérica do IFA, usa-se como meio uma solução ácida e ver se não dissolve, se não dissolver troca-se o meio ou alcaliniza-o e vê se dissolve.
Fatores que influenciam:
· Geometria:
· Alinhamento do equipamento.
· Nivelamento do equipamento.
· Possíveis vibrações na bancada.
· Agitação:Aproximadamente 4 – 5%
· 75/100 rpm para o aparato de cesta.
· 50/75 rpm para o aparato de pá.
· Temperatura de aproximadamente 37ºC.
· Calibração do equipamento.
	O meio de dissolução deve ser deaerado, a fim de que não formem bolhas, pois as mesmas alteram o volume de dissolução. Tensoativos aumentam a solubilização, como exemplos, temos o laurel sulfato de sódio, o polisorbato. Os tensoativos também influenciam na molhabilidade e na solubilização micelar (concentração > CMC; influencia no tamanho e no número de micelas, na afinidade de na solubilidade).
	As amostras retiradas do meio presente no aparato devem ser filtradas para que sejam retiradas as impurezas. É interessante que o fármaco não fique retido no filtro, sendo interessante quantifica-lo antes e depois da filtragem, a fim de quantificar as perdas. Essa quantificação é por espectrofotometria UV/VIS ou cromatografia liquida acoplada a UV/VIS.
	A fim de realizar o ensaio de dissolução utiliza-se 6 unidades por lote, onde a taxa de dissolução deve estar acima de 70%, se estiver abaixo repete-se o teste com mais 6 comprimidos e realiza-se a média dos 12 e, se ainda assim estiver abaixo de 70% repete-se o ensaio com mais 12 comprimidos e realiza-se a média dos 24.
Biofármacos e produtos biológicos
	Insulina pode ser produzida a partir de extrato de pâncreas de boi e de porco, onde a partir do extrato do pâncreas de porco retira-se uma alanina e coloca-se uma treonina, sendo transformada em insulina humana, consistindo em um produto biológico semissintético. A utilização de bactérias e de leveduras com RNA recombinante também pode gerar insulina humana.
	O que caracteriza o produto biológico é a origem ser biológica, possuir processo por meio biológico ou substancias ativas obtidas por processos biológicos. A RDC 55/2010 regulamenta a produção de biofármacos.
Qualidade em produtos biológicos
	Como/o que monitorar?
Os biofármaco apresentam uma única substancia quimicamente definida, possuindo espectro de massa único com único pico. Polidispersa (quimicamente variável) AA conservada glicosilação variável.
	Argumentos contra biossimilares ou biogenéricos é que não são a mesma substancia. Se for a mesma substancia, fazem-se ensaios farmacocinético, apresentando similaridade, onde os métodos para isso são inequívoco. Porém, não se dá para ter certeza em relação à farmacodinâmica, pois a conformação pode se diferente, gerando efeitos diferentes. Se for a mesma substancia, mesma farmacocinética e mesma farmacodinâmica, assegurando efeito positivo e assim eficácia, mas não garante segurança. Não podendo, conseguindo provar a segurança em relação à imunogenicidade. O processo é o produto.
Formas farmacêuticas liquidas (FFL)
	Para calibrar um picnômetro utiliza-se água destilada, põe-se no frasco até extravasar, mede-se o peso do picnômetro com a água e também dele sem água, e realiza-se a subtração entre esses valores. A massa de água é obtida por essa diferença de massa do picnômetro. A água presente no picnômetro está a uma determinada temperatura, a qual foi medida antes, pois o picnômetro não possui termômetro. Há uma tabela que contém a relação da densidade da água em várias temperaturas, e detentores desse valor e da massa de água no picnômetro temos volume do mesmo. Feito isso se enche o picnômetro como produto a ser testado e aplicam-se os valores na seguinte equação:
Volume do picnômetro = massa do produto/dp (densidade do produto)
A massa do produto é encontrada pela pesagem dos frascos do produto cheios e vazios, realizando-se a diferença entre esses valores.
	Líquidos com dose única precisam de 5 segundos para escoar, pois não são administrados diretamente ao paciente, tendo maior aceitação.
	Teste de gotejamento:
A cada 20 gotas sai do frasco do produto um determinado volume, o qual deve ter uma determinada massa do ativo, por exemplo, 200mg.
AgNO3 (0,1N) + NaCl AgCl 		O PM do NaCl = 580,9g NaCl - 100mL
0,09 g NaCl – x 			x=10mL
Como essa reação é 1:1, podemos aceitar que Eqg = PM
1mL AgNo3 = Eqg . N/1000 = 58. 0,1/1000
1mL AgNO3 0,1 N = 0,0058g NaCl
15mL AgNO3	= x
X=0,087g NaCl
Titulação Potenciométrica
· Potenciometria direta: determina a atividade da espécie iônica medindo a f.e.m da célula. Neste tipo de potenciometria a composição da solução não é alterada. A medida do pH pelo pHmêtro é uma potenciometria direta.
	O eletrodo do pHmêtro é um eletrodo de oxirredução, sendo possível através da DDP medir a transformação da energia química em elétrica. O eletrodo do pHmêtro é pautado na estrutura da pilha com ponte salina, a qual conecta os dois eletrodos. A ponte salina é escolhida conforme o material a ser utilizado, sendo a mais utilizada a que apresenta KCl, onde Cl- e K+ tem migração igual, não alterando a medida da DDP. A ponte salina reduz a migração e a permeação, bem como a contaminação se comparada à pilha simples, que possui apenas uma membrana. A ponte salina provê a continuidade elétrica e reduz o potencial Juncional da célula.
	Na potenciometria há um eletrodo indicador que indica as mudanças no pH e um eletrodo de referência, o qual não se altera. A conexão entre o eletrodo indicador e o de referência é dada pelo potencial da junção líquida. 
f.e.m = EREF - EIND + EJ
	Há redução do potencial do eletrodo de referência conforme aumenta a concentração de KCl, o que reduz influência do potencial da junção líquida, para que isso seja obtido e ideal usar KCl e eletrodo de Ag/AgCl. Se não for possível usar KCl, muda-se a junção líquida de acordo com o analito.
· Titulação potenciométrica: conforme se adiciona volume à reação há interferência. Deve-se medir o pH inicial e, conforme se adiciona titulante o potencial é alterado. Nessa titulação há variação brusca, a qual atua na detecção do ponto final. 
	No gráfico V versus pH a variação brusca é um ponto tênue de inflexão, então se deriva este gráfico a fim de que o ponto de inflexão fique bem evidenciado. Como na primeira derivada o ponto de inflexão é dado por extrapolação, realiza-se a segunda derivada a fim de temos o ponto de fato.Valores em uma tabela para que se possam calcular os pontos da curva
Na primeira derivada: ΔpH/ ΔV
Na segunda derivada Δ2pH/ΔV2
Δ2pH = (ΔpH/ΔV)2 - (ΔpH/ΔV)1
· Determinação analítica do ponto final:
Vpf = Vsta + ΔV |A|/ |A| + |B|
Esse volume do ponto final é o que entra no cálculo do fator de análise.
· 
· O eletrodo padrão de H é usado para aferir os eletrodos de referência secundários. Dentre os eletrodos secundários temos:
· Calomelano: Hg2Cl2(s) + 2e- 2Hg + 2Cl-
Seu potencial é altamente dependente da concentração de KCl.
· Ag/AgCl: é o mais usado, sendo mais resistente e não se contamina fácil, pode ser usado com temperaturas mais altas. Precauções:
· O nível de líquido interno deve estar sempre acima da solução da amostra.
· Se o nível do líquido interno estiver abaixo da solução da amostra, esta pode entrar no eletrodo.
· O líquido interno se ser sempre trocado.
	Podem-se usar outras pontes salinas como KNO3 ou Na2SO4 para a análise de cloreto, dentre outras.
· Eletrodos indicadores redox: são eletrodos de Pt, Au e Pd, sendo o de Pt o mais utilizado.
· Eletrodos de membrana: podem ser de 2 tipos:
· Cristalina: é mais simples composto de LaF2 e atua detectando concentração de F soluções odontológicas.
· Não cristalina: de vidro (silicato) e apresenta Na+ e H+, sendo usado no pHmêtro. O óxido de silício está intercalado com cátions soltos, os quais podem se solubilizar na amostra, por isso é importante trocar o líquido interno do eletrodo para não dar falso positivo. Utilizar a segunda derivada aumenta a precisão do resultado.
· Vantagens da titulação potenciométrica:
· Grande sensibilidade, percebendo mudanças de potencial que não são visíveis por indicadores visuais.
· Pode usar com soluções coradas e suspensões.
· Permite a determinação de diferentes inflexões em pH diferentes.
· Pode ser aplicada a meio não aquoso, o que reduz o risco de contaminação.
· Não precisa usar várias amostras.
· Não precisa de padrão
	
Estudos de Estabilidade
	Não se devem encarar as formulações farmacêuticas como simples misturas de moléculas e, sim como misturas complexas que, mesmo que apresentem um único fármaco, estará em uma forma farmacêutica e pode interagir com os componentes presentes nestas formas, as quais estão submetidas à adição de conservantes a fim de evitar degradação das mais diferentes formas.
	Tendo a Dipirona como exemplo, a mesma se encontra e forma farmacêutica líquida, cujo veículo é água, a qual pode ser deionizada, destilada, purificada por osmose reversa ou miliQ, ou seja, água pura é um requisito para administração de fármacos por via oral. No entanto, estes tipos de água apresentam distintos componentes que podem ou não alterar a estabilidade da formulação durante o período de validade.
	As formulações farmacêuticas são misturas complexas, pois apresentam, pelo menos, água, conservantes, quelantes, algo para tornar palatável e o próprio IFA.
	O Paracetamol é encontrado nas formas de xarope, solução oral em gotas, comprimidos. A Dipirona é encontrada na forma de supositório, xarope e solução oral em gotas e comprimidos. Estes fármacos não sofrem hidrólise, por isso apresentam diferentes formulações aquosas. Já o AAS não é apresentado em forma de solução oral, pois sofre hidrólise, não apresentando estabilidade quando o veículo é água.
· O que é estabilidade?
É a capacidade de determinada formulação, em sistema específico de acondicionamento, se manter dentro de suas especificações físicas, químicas, microbiológicas, terapêuticas e toxicológicas, quando mantidas sob condições definidas de armazenamento.
O sistema de acondicionamento deve ser considerado, pois os componentes da formulação podem interagir entre si e com os componentes da embalagem, como acontece no Cetoconazol (para caspa) que sofre degradação pela luz, gerando produtos coloridos, devendo ser acondicionado ao abrigo da luz.
· O que é validade?
É o tempo durante o qual o produto poderá ser usado, caracterizado como o período de vida útil, fundamentado nos estudos de estabilidade, devendo ser indicado nas embalagens primária e secundária. É o período a partir da data de fabricação e embalagem da formulação até o período em que a atividade química e biológica não seja menor que um nível pré – determinado de potência, onde suas propriedades físicas não terão mudado apreciavelmente e de forma não deletéria.
Tendo como exemplo a Dipirona solução oral em gotas de 500mg/mL, a qual apresenta validade de aproximadamente 24 meses, baseada em seus estudos de estabilidade, onde, durante este período há atividade biológica, havendo perda da validade quando houver queda de 10% da atividade, na qual o tempo em que a concentração declarada leva para se reduzir em 10% é o prazo de validade.
É importante verificar se o lote da embalagem primária é o mesmo que da embalagem secundária. O prazo de validade é até o ultimo dia do mês indicado. Não se pode usar matéria prima com validade menor que a do produto acabado, ou seja, para o produto acabado, se determina o prazo de validade a partir do prazo da matéria prima, devendo ser menor que o último.
Dependendo da janela terapêutica do fármaco, a redução de 10% da concentração que marca o fim da validade, não implica na ausência deefeito, se o mesmo ainda se mantiver acima da CMI, mas se essa redução leva a concentração abaixo da CMI, não é recomendado o uso, principalmente dos antibióticos.
Todas as substancias estão sujeitas a degradação física ou química, onde os produtos de degradação podem ser inócuos ou tóxicos. Um exemplo é a vitamina C quando acondicionada em locais quentes apresenta a produção de furfural, o qual apresenta DL50 de 65mg/Kg, sendo tóxico.
Fatores que alteram a estabilidade:
· Estabilidade da matéria prima;
· Potencial de interação fármaco – excipiente;
· Processos de manufatura;
· Forma farmacêutica e composição;
· Embalagem;
· Condições ambientais durante o transporte, estoque e manipulação do paciente;
· Tempo entre fabricação e uso.
O Azuleno é derivado da Camomila e possui ação antiinflamatória, mas apresenta afinidade pelo plástico de embalagens primárias, migrando da formulação para o plástico, perdendo sua ação. Para estes casos se recomenda embalagens primárias de alumínio ou vidro.
Tipos de estabilidade:
· Física;Garantidas na indústria e na farmácia de manipulação.
Garantem
· Química;
· Microbiológica;
· Terapêutica;
· Toxicológica.
		Fatores intrínsecos (produtivos):
· Interações com excipientes e com a embalagem;
· pH;
· Tamanho da partícula;
· Qualidade da embalagem;
· Traços de impureza.
	Fatores extrínsecos:
· Temperatura;
· Luz;
· Umidade;
· O2.
Fatores que alteram a estabilidade física:A estabilidade química é a que mais acontece.
· Cor, odor, sabor, ausência de cristais em solução;
· Tempo de desintegração adequado;
· Dissolução adequada – relacionada com biodisponibilidade;
· Dureza e friabilidade adequadas;
· Separação entre as fases, em emulsão;
· Aparecimento de polimorfismos – tempos de dissolução distintos.
Fatores que alteram a estabilidade química:
· Hidrólise – aumento de umidade favorece a hidrolise, sendo muito comum em fármacos que são ésteres (AAS), lactamas (Amoxacilina), amidas (Cloranfenicol), lactonas (Pilorcapina). Para evitar a hidrólise: substituir/ reduzir a água por glicerina e sorbitol, usar suspensão em vez de solução, utilizar solução tampão, controlar temperatura e umidade, utilização de embalagem primária impermeável.
· Oxidação – luz e presença de metais são catalizadores, sendo muito comum em aminas primárias, aldeídos, alcenos, benzeno com heteroátomos adjacentes, tióis e compostos de enxofre. Para evitar a oxidação: utilizar água deionizada, utilizar quelantes como EDTA e antioxidantes, utilizar embalagens opacas/ âmbar.
· Fotólise – os fármacos susceptíveis são a vitamina A, as vitaminas do complexo B, as vitaminas D e E, Dipirona, Metotrexato e Ácido Fólico.
Estabilidade Microbiológica:
· Manutenção da estabilidade dentro dos limites microbianos para determinada forma farmacêutica;
· Controle por BPF, utilização de conservantes (antibióticos), limpeza dos instrumentos de fabricação e embalagem.
Estabilidade toxicológica:
· Manutenção a inocuidade sem aumento significativo da toxicidade. 
· Na faixa de 80%da validade há a formação de produtos tóxicos, como acontece com o Paracetamol.
A RDC 12/2012 confere a responsabilidade pela qualidade ao fabricante, sendo o mesmo responsável pela presença de produtos de degradação.
São requisitos para medicamentos novos:
· Estudo de estabilidade intrínseca da molécula e mecanismo de degradação;
· Identificação dos produtos de degradação;
· Validação da metodologia analítica capaz de detectar a decomposição.
	Para determinação do prazo de validade e das condições de armazenamento. A regulação dos estudos de estabilidade está presente na RDC 29/2005.
Estudos de estabilidade:
· Estudo de estabilidade acelerada: acelera as condições de degradação devido a condições forçadas de armazenamento e com isso é possível calcular a cinética de degradação. Deve ser associado aos estudos de longa duração a fim de que seja possível avaliar o impacto de curtas exposições fora daquelas estabelecidas no rótulo, como acontece no transporte. Esse teste depende da natureza do fármaco e do tipo de formulação envolvida. Para estimativa da validade se avalia o efeito da temperatura, umidade, oxidação e fotólise. As amostras são avaliadas em tempo 0, 30, 90 e 180 dias. Há a necessidade de testes de estresse, de acordo com a molécula, a fim de detecta a taxa de degradação, podendo identificar a estabilidade intrínseca, as vias de degradação e quais os produtos. Com isso pode-se escolher os melhores excipientes a fim de reduzir a degradação. Sabendo a via de degradação pode-se obter o aprimoramento das formas farmacêuticas a fim de evitar a degradação.
· Estudos de longa duração: são realizados durante todo o período de validade. Os resultados são usados para confirmar o prazo de validade e, recomendar as condições de armazenamento. São realizados sob condições normais de temperatura e umidade.
· Estudos de estabilidade de acompanhamento: as análises realizadas são doseamento, quantificação dos produtos de degradação, dissolução e pH. São realizados em câmaras climáticas e dependem da forma farmacêutica.
Determinando a cinética de degradação é possível calcular o prazo de validade, pois se pode determinar a ordem da reação, identificando se a mesma é de ordem 0, primeira ou segunda/ pseudo primeira. A determinação da ordem oferece suporte físico e matemático, uma vez que relaciona velocidade de degradação com a validade. Dependendo da ordem da reação há equações específicas para o cálculo da validade. A ordem da reação depende da concentração de reagentes, da temperatura, do pH, da radiação e da presença de catalizadores.
· Reações de ordem 0: não dependem da concentração dos componentes da reação e sim da solubilidade, pode ser usada para fármacos que sofrem hidrólise.
K = -dC/dt C = C0 – Kt, onde C é a concentração do fármaco ao longo do tempo, C0 é a concentração inicial, K é a constante de degradação e t é o tempo.Para determinação do prazo de validade:
t = (C – C0) / - K
 onde C é 90% de C0, ou seja C0 – 10% de C0
· Reações de primeira ordem: dependem da concentração do IFA.
lnC = lnC0 –KtPara determinação do prazo de validade:
t = lnC – lnC0/-K
onde C é 90% de C0, ou seja C0 – 10% de C0
· Reações de pseudo primeira ordem ou segunda ordem:
1/C = 1/C0 + Kt
Para determinação do prazo de validade:
t = (1/C – 1/C0) / K
Material de amostragem e embalagem
	A amostragem é o processo que permite aprender algo acerca de uma população com base em uma amostra extraída da mesma. Amostra é uma porção finita de uma população, universo ou um “todo” e que permite tirar conclusões sobre este universo a partir dos dados obtidos nas observações ou medidas executadas sobre ela.
Amostra Representativa:
 	
Tamanho do lote
Nível de Qualidade Aceitável (NQA) - Número máximo de defeitos em 100 unidades está relacionado ao tipo de defeito que está sendo analisado. 
Tipos de defeito:
No envase deve-se adicionar o produto até o ombro, sendo referente ao valor declarado, a fim de evitar derramamento na linha de produção.
Defeitos críticos: Criam condições perigosas ou inseguras para o usuário ou para o processo de fabricação. NQA 0,04 %. São exemplos: fungos, pontas internas de vidro. Se aparecer 1 em um lote, este é reprovado, a menos que o lote seja muito grande.
Defeitos maiores: Indica a redução de qualidade de um produto para seu uso ou aceitação pelo cliente. NQA 1,0 %. São exemplos: trinca em frasco, sujeira interna, boca obstruída.
Defeitos menores: Indica desvio de especificação, pode causar pequena redução no rendimento do processo. NQA 2,5 %. São exemplos: bolha em frasco, falha em gravação que não comprometa o texto, fundo deformado.
Defeitos de aparência: Não compromete a comercialização do produto. NQA 6,5 %. São exemplos: gravação borrada, sujeira externa, dobras no vidro, rugas.
A porcentagem de sílica e de óxidos é diferentes nos vidros, o que promove a diferença de qualidade entre os tipos de vidros.
Recipientes para uso farmacêutico
Estão em contado direto com o produto, sendo a embalagem primária. Devemter fechamento adequado conforme a forma farmacêutica, devendo conter o produto durante todo o período de validade e mantendo as características do produto. Devem ser inertes e inócuos, de modo a não reagirem com o produto.
Classificação do fechamento:
· Bem fechado: não entram sólidos ou líquidos, evitando a perda do conteúdo sob condições normais de manuseio e estocagem.
· Hermeticamente fechado: impermeável a ar ou gases, podem apresentar válvulas. São recomendados para produtos de dose única, onde contém determinada quantidade do fármaco, destinada a ser administrada de uma só vez e que uma vez aberto não poderá ser fechado como garantia de sua esterilidade.
· Selado: É aquele fechado pela fusão do material do recipiente. Também é um recipiente para dose única. Ex. ampolas.
· Lacrado: É fechado com dispositivo adaptado que revela irreversibilidade se o recipiente tiver sido aberto.
Composição química das embalagens:
· Vidro: dióxidos de silício, boro, óxidos de potássio, cálcio e sódio, sendo o dióxido de silício o mais usado. Os vidros neutros são compostos pelos borossilicatos, contendo pouco ou nenhum óxido alcalino, sendo o mais utilizado para vidrarias (Carning®, Pyrex® e Vycor ®), sendo estes os vidros de tipo 1. Os vidros Wheaton contém borossilicatos, mas possuem óxidos alcalinos, sendo os vidros do tipo 2. Já os vidros Wheaton que contém óxidos de sódio e cálcio são mais alcalinos, sendo os vidros de tipo 3.
· Tipo 1: apresentam dióxido de silício e de boro, são vidros neutros e que apresentam alta resistência térmica, mecânica e hidrolítica. São indicados para acondicionamento de medicamentos para administração intramuscular ou parenteral.
· Tipo 2: são vidros alcalinos que sofrem desalcalinização interna por ação de óxido de enxofre, apresentam resistência hidrolítica elevada. São indicados para substancias neutras e ácidas que não sofram facilmente alteração de pH. Não é indicado para acondicionamento de medicamentos alcalinos, pois os mesmo irão permear a parede o recipiente a fim de restaurar a alcalinidade.
· Tipo 3: apresentam alta concentração de sódio e cálcio, média resistência hidrolítica e boa resistência mecânica. Seu uso é recomendado para soluções de uso tópico, oral e parenteral, quando aprovados nos testes de estabilidade.
· Tipo 4 ou NP: são vidros alcalinos contendo sódio e cálcio, apresentam baixa resistência hidrolítica, não sendo indicado para uso parenteral, apenas para uso tópico e oral.
· Vidros incolores: são recomendados para nutrição parenteral, principalmente quando se trata de misturas, a fim de evitar (através da visualização) que haja interação entre os componentes da mistura e precipitação de algum.
· Vidros coloridos artificialmente: contém ferro ou manganês, ou podem ser coloridos naturalmente como os vidros Bohemia.
· Vidros âmbar: apresentam menor transmitância, logo, menos luz o atravessa, onde os vidros mais espessos tem ainda menor transmitância.
Testes para recipientes de vidro:
· Avaliação visual: toma-se uma amostra de um lote e segundo a tabela abaixo os seguintes defeitos podem levar a reprovação do lote.
	Nesta tabela se observa que, independente da quantidade do lote, sempre se aparecer 1 defeito crítico o lote será reprovado, enquanto que os demais defeitos podem ter sua tolerância aumentada conforme maior for o lote.
· Avaliação físico-química: após aprovação das amostras na avaliação visual, se avaliam os defeitos maiores e menores.
· Defeitos maiores: medida da dimensão (com paquímetro), capacidade (utilizar solução alcóolica 25%, enchendo até o ombro. A embalagem deve permitir um excesso mínimo, a fim de considerar possíveis perdas), choque térmico (com diferença de temperatura de mais ou menos 42ºC, mergulhar os frascos e retirar a fim de verificar se houve rachaduras ou trincamento).
· Defeitos menores: peso (é importante para o enchimento mecânico, pois se a alteração do peso dos frascos for muito gritante não há enchimento).
· Avaliação química: verificação da resistência hidrolítica. Utiliza-se ácido (geralmente sulfúrico) a fim de titular a alcalinidade. Teste do vidro pulverizado, utilizado para os tipos 1,3 e NP, com o objetivo de medir o potencial de liberação da estrutura interior do vidro (o vidro deve ser quebrado e pulverizado, com posterior titulação com ácido sulfúrico). Teste do extrato aquoso é utilizado para vidros do tipo 2 (deixa-se água dentro do frasco por algum tempo, retirando-a e titulando com ácido sulfúrico) esse teste é realizado com os vidros do tipo 2, pois não pode ser realizado o da pulverização em função deste vidro sofrer desalcalinização interna, mas não externa. Teste da transmissão de luz (o vidro é cortado, lavado e secado, com posterior medida de transmitância no espectrofotômetro no comprimento de onda de 290 – 450 nm) e teste do arsênico, o qual é realizado para vidros do tipo 1.
· Plásticos: Grupos de resinas sintéticas de alto PM, que durante processo de fabrico passaram pelo estado plástico sendo susceptíveis de serem moldadas. FORMATO DOS RECIPIENTES: garrafas, frascos, tubos, seringas, gotejadores, tampas. FABRICAÇÃO (MÉTODOS): molde, compressão, extrusão, injeção, sopro. COMPOSIÇÃO: POLÍMEROS E ADITIVOS (polímero, tecnologia de transformação, uso) mais usado polietileno (alta, média e baixa densidade). Suas vantagens são peso reduzido e não são quebráveis, enquanto que sua desvantagem é não ser translúcido. 
· Polietileno: há dois tipos : alta pressão e baixa densidade e alta densidade e baixa pressão. Podem ser lineares ou ramificados, onde os ramificados apresentam espaços entre as cadeias, permitindo a passagem de substancias.
· Poliestireno: são transparentes usados para medicamentos sólidos e termoestáveis.
· PVC: são termoplásticos, usados para medicamentos de uso parenteral e nos blísteres.
Testes para plásticos:
· TESTE DO RESÍDUO NÃO VOLÁTIL: cadinho – 50ml de extrato da amostra – evaporar em banho-maria – secar por 1h a 105ºC – fazer branco . A diferença entre o peso do resíduo do branco e da amostra não deve ser superior a 15mg 
· TESTE DO RESÍDUO PELA IGNIÇÃO: Apenas se o resíduo volátil for maior que 5 mg. Proceder com a amostra anterior queimar no bico de Bunsen – levar à mufla. a diferença entre o peso do resíduo do branco e da amostra não deve ser superior a 5mg 
· TESTES DE METAIS PESADOS: 20ml do extrato da amostra – tubo de comparação de cor – seguir como no ensaio limite de metais pesados 
· CAPACIDADE TAMPÃO: Determinar a alcalinidade ou acidez da amostra do plástico. Titular (potenciometricamente até pH=7,0) 20ml do extrato (recentemente extraído) com HCl 0,01N ou NaOH 0,01N – fazer branco. Mesmo titulante para o branco e a amostra: a diferença entre os 2 volumes não é maior que 10ml. Diferentes titulantes para o branco e a amostra: a soma dos 2 volumes não é maior que 10ml 
· TESTE DE TRANSMISSÃO DA LUZ : Semelhante ao descrito para recipientes de vidro Preparo da amostra: cortar – lavar - secar 
· PARA TERMOPLÁSTICOS: PRINCIPAIS PROBLEMAS: Permeação de vapores e outras moléculas em ambas as direções. Liberação de constituintes do plástico para dentro do produto. Absorção ou adsorção de moléculas da droga ou íons no material plástico
· TESTE DA ACIDEZ OU ALCALINIDADE: 100mL de solução S – adicionar 0,15mL da solução indicadora BRP (azul de bromotimol, vermelho de metila, fenolftaleína), titular com NaOH 0,01M. Não deve necessitar mais de1,5mL da solução titulante. 100ml de solução S – adicionar 0,2mL de solução indicadora de alaranjado de metila, titular com HCl 0,01M. Não deve necessitar mais de 1,0mL da solução titulante. 
· ABSORÇÃO NO ULTRAVIOLETA: Evaporar a secura 100ml de solução S – retomar o resíduo com 5mLde hexano, Traçar o espectro entre 250 e 320nm. O máximo de absorção, não deve superar a 0,2500. 
· SUBSTÂNCIAS REDUTORAS: 20ml de solução S – adicionar 2mL H2SO4 0,5M e 20mL de KmnO4 0,01M; repouso por 15’, adicionar 1g de KI e titular com Na2S2O4 0,005M. Efetuar ensaio do branco com 10mL de água. A diferença entre as titulações não deve ultrapassar3mL 
· TESTE DE TRANSMISSÃO DA LUZ -
· Cápsulas: apresentam corpo e tampa e diferentes tamanhos.
As capsulas gelatinosas podem ser duras ou maleáveis, as ultimas recomendadas para líquidos e óleos.
No enchimento automático podem acontecer de cápsulas permanecerem abertas.
	Tipos de defeitos:
· DEFEITOS CRÍTICOS NQA 0,01% - PODEM CAUSAR O VAZAMENTO DO PRODUTO, BAIXO PESO DA DOSAGEM NA CÁPSULA. 
–FURADA 
–DUPLA TAMPA 
–APARAS E REBARBAS DENTRO E/OU FORA DA CÁPSULA 
–AMASSADAS 
–BURACO DE ÓLEO 
–CORPO CURTO 
· DEFEITOS MAIORES NQA 0,04% - PODEM CAUSAR PROBLEMAS NA OPERAÇÃO DE ENCHIMENTO 
–CÁPSULA SEPARADA 
–MÁ JUNÇÃO 
–TAMPA CURTA OU LONGA 
–CORPO LONGO 
· DEFEITOS MENORES NQA 0,25% - DEPRECIAM A APARÊNCIA DO PRODUTO 
–ENRUGADA 
–FUNDO AMASSADO 
–PINTAS E MANCHAS 
–BOLHAS 
–SUJAS 
Validação da metodologia analítica
	A RE 899/2003 é o guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. A ICH ficou em consulta pública por 10 anos, no período de 1995 -2005.
	As análises da matéria prima e do produto acabado devem ser arquivadas, os métodos para matéria prima podem ser diferentes dos para produto acabado. A validação da metodologia analítica garante a reprodutibilidade dos métodos. Os métodos podem ser cromatográficos e não cromatográficos como titulação, espectrofotometria UV-VIS, imunológicos e microbiológicos. Os métodos cromatográficos exigem padrões primários ou secundários, já a espectrofotometria UV-VIS pode usar os mesmos padrões da titulometria. A%1cm =580. Se alterar qualquer etapa da metodologia. Incluindo solventes, nova rota de síntese, dentre outros, deve acontecer nova validação.
	Categorias de testes:
Estes testes requerem os seguintes ensaios:
	
	A metodologia analítica deve ser revalidada nas seguintes circunstâncias:
· Mudança na síntese de substancia ativa;
· Mudança na composição do produto acabado;
· Mudança no procedimento analítico.
Critérios de análise:
· Especificidade: É a capacidade que o método possui de medir exatamente o composto de interesse na presença de outros componentes tais como impurezas, produtos de degradação e componentes da matriz.
· Seletividade: A seletividade avalia o grau de interferência de espécies como outro ingrediente ativo, excipientes, impurezas e produtos de degradação, bem como outros compostos de propriedades similares que possam estar, porventura, presentes. A seletividade garante que o pico de resposta (MÉTODO CROMATOGRÁFICO) seja exclusivamente do composto de interesse. Detectores de CLAE modernos comparar o espectro obtido na separação da amostra com o de um padrão a fim de garantir a identificação. Adição padrão: preparação de uma curva analítica com a adição da substância de interesse na amostra comparada com uma curva analítica só com o padrão. 
· Linearidade: É a capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração da na amostra, dentro de um intervalo especificado. 
Para CLAE, y equivale à área do pico, enquanto que na espectrofotometria é a absorvância, é uma variável dependente, pois depende e varia com a concentração. X é a concentração/quantidade da amostra. B, apesar de ser o intercepto, não necessariamente vai estar na origem. 
O critério mínimo aceitável do coeficiente de correlação (r) deve ser 0,99 apesar de variar de -1 a 1, e significa a correlação entre os pontos da reta. Já o coeficiente de determinação (R2) é diferente do r e indica se a hipótese é real, sendo uma correlação entre a teoria e o valor obtido pelo método, varia de 0 a 1, sendo 1 equivalente a 100% de correspondência entre o valor de referencia e o calculado.
· Precisão: é a avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Esta é considerada em três níveis: 
· Repetitividade (precisão intra-ensaio) - concordância entre os resultados dentro de um curto período de tempo com o mesmo analista e mesma instrumentação. A repetitividade do método é verificada por no mínimo 9 (nove) determinações, contemplando o intervalo linear do método, ou seja, 3 (três) concentrações, baixa, média e alta, com 3(três) réplicas cada ou mínimo de 6 determinações a 100% da concentração do teste.
· Precisão intermediária (inter-ensaio) -concordância entre os resultados do mesmo laboratório, mas obtidos em dias diferentes, com analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes. Para a determinação da precisão intermediária recomenda-se um mínimo de 2 dias diferentes com analistas diferentes.
· Reprodutibilidade (inter-laboratorial) - concordância entre os resultados obtidos em laboratórios diferentes como em estudos colaborativos, geralmente aplicados à padronização de metodologia analítica, por exemplo, para inclusão de metodologia em farmacopeias. 
A precisão pode ser expressa como desvio padrão relativo (DPR) ou coeficiente de variação (CV%) DPR< 2% bom e DPR< 5% aceitável.
· Limite de detecção: Limite de detecção é a menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectado, porém não necessariamente quantificado, sob as condições experimentais estabelecidas. A estimativa do limite de detecção pode ser feita com base na relação de 3 vezes o ruído da linha de base. Pode ser determinado pela equação, LD = DPa x 3 / IC.
Onde: DPa é o desvio padrão do intercepto com o eixo do Y de, no mínimo, 3 curvas de calibração construídas contendo concentrações do fármaco próximas ao suposto limite de quantificação. Este desvio padrão pode ainda ser obtido a partir da curva de calibração proveniente da análise de um número apropriado de amostras do branco; IC é a inclinação da curva de calibração. 
· Limite de quantificação: é a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas. Principalmente usado para quantificar impurezas, produtos de degradação em fármacos e produtos de degradação em formas farmacêuticas e é expresso como concentração do analito (por exemplo, porcentagem p/p ou p/V, partes por milhão) na amostra. Determinando-se o ruído da linha de base e considera-se como limite de quantificação aquela concentração que produza relação sinal-ruído superior a 10:1. Pode ser determinado pela equação: LD = DPa x 10 / IC, Onde: DPa é o desvio padrão do intercepto com o eixo do Y de, no mínimo, 3 curvas de calibração construídas contendo concentrações do fármaco próximas ao suposto limite de quantificação. Este desvio padrão pode ainda ser obtido a partir da curva de calibração proveniente da análise de um número apropriado de amostras do branco; IC é a inclinação da curva de calibração. 
· Exatidão: é a concordância entre os valores dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação ao seu valor verdadeiro. ICH e ANVISA estabelecem a obediência de um mínimo de 9 determinações de 3 níveis de concentração (3 concentrações em triplicata = 9 determinações) . Constitui a chave da validação. Recuperação (%) deve estar entre 98 a 102%. 
Adição de padrão: É o método mais utilizado para validação de processos analíticos. Utilizado quando for difícil ou impossível preparar ou obtiver um branco da matriz sem a substância de interesse. Consiste na "fortificação" da amostra, ou seja, na adição de soluções com diferentes concentrações do analito de interesse seguida pela determinação da concentração do analito adicionado. Quantidades conhecidas da substância são adicionadas em diferentes níveis numa matriz da amostra, antes do procedimento de preparo da amostra, que já contenha quantidades (desconhecidas) da substância. A amostra sem adição do padrão e cada uma das amostras com o padrão adicionado devem ser analisadas e as quantidades medidas relacionadas com a quantidade adicionada. 
Em resumo, adiciona-se uma massa de padrão com algumas das concentrações a serem testadas e observa-se o pico de determinada concentração de amostra e do padrão com a amostra, a diferença entre esses dois picos deve ser equivalente ao padrão,se não for há algum tipo de impureza que absorveu junto, conferindo um valor de diferença entre os picos maiores que o do padrão.
· Robustez: Esse critério mostra a confiabilidade de um resultado analítico quando o método é submetido a variações deliberadas de condições analíticas. São ensaios realizados em outros laboratórios, com outros analistas, e com pequenas variações nas medidas dos aparelhos, a fim de detectar se os resultados são estatisticamente iguais, se forem estatisticamente iguais o método é robusto.
Métodos cromatográficos e Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)
Todos os tipos de cromatografia apresentam um suporte, fase estacionária, fase móvel, sendo o suporte a coluna cromatográfica. Os tipos de cromatografia são os seguintes:
· CROMATOGRAFIA LÍQUIDO-SÓLIDO (ADSORÇÃO) 
Está baseado nas interações do SOLUTO com os centros ativos de um ADSORVENTE SÓLIDO, finamente dividido = FE. 
Alumina (básica), Carvão ou SÍLICA GEL(ligeiramente ácida). 
Para CLAE partículas de até 5 m. 
FM - compete pelos sítios de adsorção polar, com as moléculas do soluto. 
São bem separados os solutos solúveis em solventes orgânicos. 
· CROMATOGRAFIA LÍQUIDO-LÍQUIDO (PARTIÇÃO) 
Principio - distribuição das moléculas do soluto entre duas fases líquidas imiscíveis. 
Suporte inerte (sílica gel) que retém a fase líquida (FE) 
A CLL é dividida em duas categorias, com base nas polaridades relativas das FE e FM. 
CLL normal - quando a FE = polar e a FM = apolar. 
CLL invertida (reversa) - FE = apolar e a FM = polar. 
Na CLL as FE e FM são escolhidas para serem tão pouco solúveis uma na outra quanto possível, porém a FM pode provocar uma lenta remoção da FE. 
Solução: saturar a FM com a FE = pré-coluna. É ideal a pré-coluna com o mesmo recheio que a coluna, a fim de proteger a coluna da pressão do jato da fase móvel, reduzindo a pressão ao entrar na coluna, com isso não há arrastamento do material da coluna, pode arrastar o da pré-coluna, mas como este é o mesmo da coluna não há grandes problemas.
Neste item se encaixa a CROMATOGRAFIA DE PAR IÔNICO, por ser um processo de partição. 
	
· CROMATOGRAFIA EM FASE LIGADA
Atua por separação líquido-líquido. Pode ser normal ou reversa, dependendo do que estiver na coluna. Há ligação de C18 com a sílica, onde a coluna que estará em contato com a amostra é C18/C8, pois quanto mais carbonos mais apolares será a fase ligada. As cadeias de C18 e C8 se ligam a OH da sílica. A FM deve apresentar pH entre 2,8 e 8 a fim de não atacar a fase ligada, pois a fase ligada é muito sensível ao pH. As fases ligadas podem ser normal contendo grupamentos amino (usadas quando a FM é mais apolar) e ciano (quando a polaridade de FM é intermediária); e reversa contendo grupamentos ciano ( quando a FM é mais polar), octadecil ou fenil.
· CROMATOGRAFIA POR PERMEAÇÃO DE GEL
Separa por tamanho e forma das moléculas, não usa sílica e sim Sephadex®, o qual apresenta vários tipos e tamanhos diferentes que determinarão o limite de massa molecular que pode ser excluído. Esses tamanhos diferentes se referem ao poro, onde partículas menores passam mais rápido que as maiores.
· CROMATOGRAFIA DE TROCA IÔNICA
RESINAS DE TROCA IÔNICA consistem em pérolas de substâncias orgânicas altamente polimerizadas, reticulados, contendo grande número de grupos ácidos ou básicos. Apesar das resinas serem insolúveis em água, os grupos ativos são hidrófilos e têm vários graus de afinidade para solutos iônicos.

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