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AULA 2 AUDITORIA TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA Profª Sayuri Unoki de Azevedo 2 CONVERSA INICIAL Olá! Seja bem-vindo à aula que apresenta as disposições legais vigentes na economia tributária trabalhista e previdenciária. Nesta aula, você irá conhecer as disposições legais trabalhistas e previdenciárias e o que se constitui como desoneração da folha de pagamento. Irá também ampliar seus conhecimentos sobre planejamento e economia tributária, relacionando os encargos sociais e trabalhistas à desoneração da folha de pagamento. Vamos estudar também a reforma trabalhista em relação à economia tributária, a partir da Lei n. 13.467/2017. Desejo a você bons estudos! CONTEXTUALIZANDO A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) surgiu pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, sancionada por Getúlio Vargas, então presidente do Brasil. Foi chamada consolidação, e não código, justamente pela importância de unificar toda a legislação trabalhista existente no Brasil – efetivamente consolidando-a. Resultado de mais de dez anos de trabalho, desde a criação da Justiça do Trabalho em 1939, o principal objetivo da CLT é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas, de forma a atender à necessidade de proteção do trabalhador. Com a CLT, surge o termo celetista, para denominar os trabalhadores que possuem registro em carteira de trabalho, diferindo-os dos profissionais autônomos, dos servidores públicos estatutários e dos microempreendedores individuais (Zanlunca, 2017). A CLT foi modificada ao longo do tempo para contemplar as necessidades relacionadas ao trabalho no Brasil, incluindo as alterações com a Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017. TEMA 1 – DISPOSIÇÕES LEGAIS TRABALHISTAS A legislação trabalhista é um conjunto de leis e normas que visam regulamentar as atividades trabalhistas, abordando os direitos e obrigações do trabalhador e do empregador. Pode-se analisar a legislação trabalhista sob duas instâncias: no direito individual (direitos particulares do empregador ou trabalhador) e no direito coletivo (sindicato). Quando o trabalhador conhece os seus direitos, pode exigir efetivamente o seu cumprimento por meio de reclamatória trabalhista. Uma relação trabalhista precisa ser voluntária (não pode ser forçada), ser retribuível (o trabalhador deve http://queconceito.com.br/direitos-do-trabalhador http://queconceito.com.br/direitos-do-trabalhador 3 ser retribuído, ter um pagamento como contrapartida de seu trabalho), dependente (as partes devem ser dependentes uma da outra, sendo o trabalhador dependente do salário e o empregador dependente do esforço/trabalho do empregado) (Legislação Trabalhista, 2018). 1.1 Jornada de trabalho, descanso e trabalho noturno A seção II da CLT (art. 58 ao 65) trata da jornada de trabalho, sendo relevante destacar (Brasil, 1943): Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. Art.59 - § 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. Vejamos a seção que trata de empregados horistas, diaristas e mensalistas (Brasil, 1943): Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. §1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. Depois, jornadas de trabalho com horários diferenciados (Brasil, 1943): Art. 59-A - Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Depois, horas extras (Brasil, 1943): Art. 59 - §1 - A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Art. 50) A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. 4 A seção III da CLT (art. 66 ao 72) trata do período de descanso, sendo destacados os trechos que vamos estudar no restante do tema. Primeiramente descanso intrajornada: "Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso." (Brasil, 1943, art. 66). Na sequência, temos intervalo para almoço (Brasil, 1943): Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. Cabe aqui, porém, salientar a inclusão feita pela Lei n. 13.467/2017, em seu art. 611-A, item III (Brasil, 2017a): Art. 611-A - A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas. Vejamos a ideia de Descanso Semanal Remunerado – DSR (Brasil, 1943): Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. Por fim, o art. 73, seção IV da CLT, trata da jornada de trabalho noturna (Brasil, 1943): Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 1.2 Remuneração ou salário? Martins (2009, p.212) define remuneração da seguinte forma: 5 o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de sua família. A remuneração é composta de: horas extras; adicional noturno; adicional de periculosidade; adicional de insalubridade; descanso semanal remunerado; comissões; prêmios habituais; gratificações (a partir da segunda gratificação); gorjetas; ajuda de custo habitual. O salário, por sua vez, é um dos tipos de remuneração, sendo especificamente a contraprestação devida ao empregado pela prestação de serviços, em decorrência do contrato de trabalho (Qual a diferença..., 2018). A empresa podeadiantar o salário dos empregados, realizando o pagamento até o 15º dia útil e limitado a 50% do salário do empregado. No momento do adiantamento, registra-se contabilmente um Débito em conta de Adiantamento de salário, com contrapartida de um Crédito no Caixa/Banco. No momento do lançamento em conta de salários a pagar, por competência, realiza-se um Débito em conta de salários a pagar, tendo como contrapartida o adiantamento lançado anteriormente, com um Crédito em conta de Adiantamento de Salário. 1.3 Imposto de renda pessoa física - IRPF O IRPF é um imposto federal brasileiro que incide sobre o ganho do empregado, quando ultrapassado um valor mínimo de remuneração (IRPF, S.d.). O IRPF é retido na fonte como uma forma de antecipação do pagamento e é cobrado pela Receita Federal. A empresa deve realizar o desconto do imposto (obrigatório) mensalmente, diretamente no salário do trabalhador, e repassar o valor para a Receita Federal. O valor a ser descontado depende do salário do empregado, incidindo as alíquotas correspondentes na Tabela 1. Tabela 1 – Incidência mensal (abril ano-calendário de 2015) Base de cálculo mensal (em R$) Alíquota % Parcela a deduzir do imposto (em R$) Até 1.903,98 – – De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,8 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,8 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 Fonte: Brasil, 2015b. http://irrftabela.com.br/ 6 Vejamos um exemplo: Base de cálculo: R$ 3.500,00 1º- Cálculo da alíquota(15%): R$ 3.500,00 X 15% = R$ 525,00 2º- Dedução da parcela: R$ 525,00 - R$ 354,80 = R$ 170,20 Resultado: Imposto a ser retido do salário = R$ 170,20 1.4 Faltas e atrasos injustificados O empregado que não cumpre seu horário integral da semana pode ter descontado o valor correspondente ao descanso semanal remunerado. Isso ocorre em casos em que não há, por parte do trabalhador, justificativa da falta ou atraso, conforme estabelecido no art. 11 do Decreto n. 27.048/49: “Art. 11 – Perderá a remuneração do dia de repouso o trabalhador que, sem motivo justificado ou em virtude de punição disciplinar, não tiver trabalho durante toda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho” (Brasil, 1949). Observa-se que o trabalhador perde o valor do DSR da semana em que tiver faltas ou atrasos injustificados, independentemente da quantidade que possuir na semana. No caso das férias, e do décimo terceiro, os descontos seguem a regra do art. 130 e parágrafo 1º da CLT: "Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários” (Brasil, 1943). Além disso, o art. 473 da CLT estabelece as demais condições em que o empregado poderá deixar de comparecer ao trabalho sem prejuízo do salário. 1.5 Vale-transporte Conforme o parágrafo único do art. 4º, da Lei n. 7.418/85 e inciso I do art. 9º do Decreto n. 95.247/87, o vale-transporte deve ser custeado tanto pelo empregado como pelo empregador: Lei 7.418/85 Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales-Transporte necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice- versa, no serviço de transporte que melhor se adequar. Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico. Lei- 95.247/87 Art. 9° O Vale-Transporte será custeado: 7 I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; II - pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior. Para fins de utilização de deslocamento para o local de trabalho e retorno para residência, o trabalhador deverá receber o vale-transporte adiantado. Diante disso, a contabilidade da empresa realizará lançamentos específicos. No momento do adiantamento, serão dois: Débito – adiantamento de vale-transporte Crédito – banco No final do mês, por competência, outros três: Débito – salários a pagar (correspondente a 6% - parte empregado) Débito – despesa com vale-transporte (excedente da parcela do empregado – parte empregador) Crédito – adiantamento de vale-transporte O vale-transporte, concedido nas condições e limites definidos, no art. 2º da Lei n. 7.418/1985, no que se refere à contribuição do empregador: a) não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos; b) não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; c) não se configura como rendimento tributável do trabalhador. 1.6 Vale-alimentação O empregador não é obrigado por lei a conceder o benefício do vale- refeição ou do vale-alimentação, a menos que esteja previsto no contrato de trabalho ou na convenção coletiva. No entanto, conforme o art. 458 da CLT (Brasil, 1943), uma vez concedido pelo empregador, quando não é feito desconto de nenhum percentual do trabalhador, o benefício passa a ter natureza salarial e é incorporado ao salário para todos os efeitos legais, ou seja, reflete também no pagamento das obrigações tributárias (INSS, FGTS etc.) e das verbas trabalhistas. Em caso de desconto, ele não pode exceder a 20% (vinte por cento) do salário-contratual (Brasil, 1943, art. 458, parágrafo 3º). Somente não está obrigada de efetuar o desconto do trabalhador a empresa que estiver inscrita no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), desde que o benefício concedido ao trabalhador não seja dado em espécie 8 (dinheiro). Contudo, a empresa que não participar do programa deverá fazer o recolhimento do FGTS e INSS sobre o valor do benefício concedido para o trabalhador. Observa-se que outros tópicos correspondentes à legislação trabalhista não foram passíveis de serem tratados apenas neste capítulo, como férias (CLT art. 129,134,136 e 137; CF art. 7º; art. 28 da Lei n. 8.212/91; art. 15 da Lei n. 8.036/90; e IRRF – Ato Declaratório Interpretativo RFB n. 28/09), Décimo Terceiro (gratificação natalina instituída no Brasil no ano de 1962), dentre outros. Contudo, todos os pontos devem ser atentados pelo auditor trabalhista e previdenciário. TEMA 2 – DISPOSIÇÕES LEGAIS PREVIDENCIÁRIAS A principal base do Direito Previdenciário é a Constituição Federal (CF) de 1988, que estabelece em seu art. 201 (Brasil, 1988): Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no §2º. Visando direcionamento ao que precisará ser de conhecimento do auditor para realização de seu trabalho, não serão contemplados os direitos dos segurados conforme o Regime Geral da Previdência – será tratado, efetivamente, como ocorre o financiamento da Seguridade Social e as principais obrigações da empresa e do empregado. Importante ressaltar que a base de cálculo da contribuição previdenciária é o salário de contribuição. Tal denominação decorre do fato de que alguns trabalhadores não possuem salário, como por exemplo os profissionais autônomos. É sobre o salário-de-contribuição que incidirão as alíquotas da contribuição previdenciária. 2.1 Contribuição previdenciáriado empregado Na folha de pagamentos, consta o valor descontado de cada um dos funcionários a título de contribuição previdenciária, cujo total permanecerá retido pela empresa (registrada no passivo na conta contribuições previdenciárias a 9 recolher), para futuro recolhimento, obedecido o prazo legalmente concedido (pagamento até o dia 20 do mês subsequente; se não houver expediente bancário neste dia, o recolhimento deve ser antecipado para o dia útil anterior). O valor a ser recolhido depende do salário de contribuição do empregado, conforme tabela abaixo. Tabela 2 - Alíquotas da contribuição para a Previdência Social Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso 2018 Salário de Contribuição (R$) Alíquota Até R$ 1.693,72 8% De R$ 1.693,73 a R$ 2.822,90 9% De R$ 2.822,91 a R$ 5.645,80 11% Fonte: INSS, 2017. A base para cálculo de contribuição previdenciária inclui: férias e 1/3 de férias, exceto o abono pecuniário; décimo terceiro; diária de viagem; hora-extra; comissão e gratificações; aviso prévio; adicional de insalubridade ou de periculosidade. Contudo, o valor de contribuição está limitado a R$ 621,03 (11% de R$ 5.645,80). 2.2 Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) A tabela a seguir apresenta as principais contribuições previdenciárias a cargo das empresas. Tabela 3 – Contribuições das empresas Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 8% Contribuição à Previdência Social (INSS) 20% Salário-Educação 2,5% SENAC/SESC 1,5% SENAI/SESI 1% SEBRAE 0,6% INCRA 0,2% Risco de Acidente do Trabalho (RAT) 1%, 2% ou 3% Vejamos os itens da tabela: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – Trata-se de um depósito mensal feito obrigatoriamente pelo empregador em uma conta bancária da Caixa Econômica Federal no nome do empregado, não 10 havendo desconto do empregado. É uma garantia do empregado em caso de demissão. Contribuição à Previdência Social (INSS) – Incide sobre o total das remunerações pagas pela empresa, devidas ou creditadas, no decorrer do mês, a segurados que prestem serviços (pessoas físicas). Salário-Educação – É uma contribuição social prevista no art. 212, parágrafo 5º, da CF (Brasil, 1988), “para financiamento do ensino fundamental público. O Decreto 6.003/2006 trouxe novas regulamentações para o salário-educação” (Legislação Trabalhista, S.d.). Contribuição a Terceiros – O INSS poderá arrecadar e fiscalizar contribuição por lei devida a terceiros, desde que provenha de empresa, segurado, aposentado ou pensionista a ele vinculado, aplicando-se a essa contribuição, no que couber, o disposto nesta lei. Inclui: Incra; Senai; Sesi; Senac; Sesc; Senat; Sest; Sebrae; Senar; Sescoop; DPC e Fundo Aeroviário. Riscos Ambientais de Trabalho (RAT) – Destina-se ao financiamento da aposentadoria especial e incapacidade decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Varia de acordo com o grau de risco de acidentes e moléstias ocupacionais, a saber: 1%, nos riscos de grau leve; 2%, nos riscos de grau médio; 3%, nos riscos de grau máximo. TEMA 3 – DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO A Desoneração da Folha de pagamento constitui uma forma de benefício fiscal para empresas, concedido pelo Governo Federal, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento econômico do Brasil. Você já estudou, no tema anterior, sobre a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), em que as empresas contribuem com um percentual (alíquota) de 20% sobre a folha de pagamento. Também entende-se que é um encargo da empresa, não devendo ser confundido com a contribuição paga pelos empregados. Desonerar a folha de pagamento se consubstancia em não aplicar a CPP, aplicando em substituição a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Desta forma, não há mais incidência do tributo sobre a folha de pagamento e sim tributo sobre a Receita Bruta da empresa à alíquota de 1,5% até http://www.normaslegais.com.br/legislacao/decreto6003_2006.htm https://www.jornalcontabil.com.br/tag/cprb/ 11 2,5%, dependendo do produto fabricado descrito na Tabela de Incidência de IPI (TIPI) relacionados na Lei. (CPRB..., 2018). O benefício da desoneração da folha de pagamento permite reduzir a carga tributária incidente sobre os salários. Tal desoneração gera a redução dos custos com a mão de obra, permitindo que a empresa possa aumentar as contratações e, portanto, aumentar a oferta de empregos no país. Inicialmente, o regime fiscal de desoneração da folha de pagamento era obrigatório para muitas empresas, conforme a Lei n. 12.546/2011, que instituiu (criou) o regime. A partir de 2015, a Lei n. 13.161 tornou o regime opcional, devendo a empresa verificar o que mais lhe convém, ou seja, se é melhor para a empresa recolher a contribuição convencional ou aderir à nova forma de tributação. Em 2017, a Medida Provisória (MP) n. 774 restringiu o benefício para alguns poucos setores da economia, como o de transporte, de construção civil e de comunicações. Contudo, a medida provisória n. 794/2017 revogou (tornou sem efeito) a MP 774/2017, não havendo mais as restrições dos setores TEMA 4 – PLANEJAMENTO E ECONOMIA TRIBUTÁRIA (ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS; DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO) O termo economia tributária é utilizado como referência a empresas que, de forma lícita, consegue a redução do pagamento de um ou mais tributos devidos (Zanlunca, 2018). Considerando-se os encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre as empresas, o planejamento e a economia tributária ocorrem em relação ao custo atrelado à mão de obra. Apesar do fato de que as empresas que estão sujeitas à desoneração da folha de pagamento conseguem reduções tributárias que podem ser mais significativas, verificou-se no tópico anterior que uma análise em relação a esta substituição tributária deve ser realizada, considerando a especificidade da empresa. Isso ocorre porque nem todas as empresas estão sujeitas à possibilidade de desoneração da folha de pagamento, a depender do produto vendido pela empresa. Dessa forma, para análise do custo de mão de obra da empresa, faz-se necessário verificar, além do tipo de produto, quais encargos trabalhistas e previdenciários vão incidir sobre a as remunerações dos empregados, que são obrigações pagas pela empresa (Zanlunca, 2018). 12 Apresentamos a seguir um exemplo para que a empresa consiga efetuar o comparativo do custo da mão de obra considerando os encargos trabalhistas e previdenciários em relação à desoneração da folha de pagamento. Tabela 4 - Exemplo de análise de custo de mão de obra com CPP Descrição Valor-base % correspondente Memória de cálculo Total folha R$ 650.000,00 Total empregados 210 Índice de rotatividade 30 meses 40% = 12 meses / 30 (índice de rotatividade em meses) Previsão aviso- prévio indenizado Rotatividade 3,333% = 40% (rotatividade em %) / 12 meses Média de atestados pagos pela empresa R$ 7.200,00 1,108% = 7.200 (atestados) / 650.000 (total folha) Vale-transporte R$ 30.240,00 4,654% = 30.240 (VT) / 650.000 (total folha) 13º salário Um doze avos 8,333% = 1 mês / 12 meses Férias 1 salário + 1/3 11,111% = 1,3333 (salário) / 12 meses DSR Dias não úteis / dias úteis 16,667% = 4 (dia não útil mês – domingo) / 24 (dias úteis mês – inclui sábado) Encargos previdenciários INSS 20% RAT 3% Considerou-se o maior percentual, mas varia de 1% a 3% Salário-educação 2,50% Contribuição a terceiros 3,30% FGTS 8,00% Previsão multa FGTS (rescisão) 4,00% Total encargos previdenciários 40,80% = 20% + 3% + 2,5% + 3,3% + 8% + 4% Previdenciário sobre férias, 13º e DSR 14, 733% = 40,8% (total encargos previdenciários) X 36,111% (soma % - férias, 13º e DSR) %Total 100,739% Soma valores em verde Observa-se, pela Tabela 4, queo total adicional de encargos incidentes sobre a folha dos empregados da empresa é de 100,739%; ou seja, para os salários totais pagos de R$ 650.000, a empresa ainda tem um desembolso 13 adicional de R$ 654.803,50. Contudo, se a empresa do exemplo possui a opção de desoneração da folha de pagamento à alíquota de 2,5% sobre a Receita Bruta (R$ 2.380.000), ao invés de 20% de Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), qual a situação tributária mais vantajosa? Tabela 5 – Análise com a desoneração da folha de pagamento Descrição Valor-base % correspondente Memória de cálculo Total folha R$ 650.000,00 Total empregados 210 Índice de rotatividade 30 meses 40% = 12 meses / 30 (índice de rotatividade em meses) Previsão aviso- prévio indenizado Rotatividade 3,333% = 40% (rotatividade em %) / 12 meses Média de atestados pagos pela empresa R$ 7.200,00 1,108% = 7.200 (atestados) / 650.000 (total folha) Vale-transporte R$ 30.240,00 4,654% = 30.240 (VT) / 650.000 (total folha) 13º salário Um doze avos 8,333% = 1 mês / 12 meses Férias 1 salário + 1/3 11,111% = 1,3333 (salário) / 12 meses DSR Dias não úteis / dias úteis 16,667% = 4 (dia não útil mês – domingo) / 24 (dias úteis mês – inclui sábado) Encargos previdenciários RAT 3% Considerou-se o maior percentual, mas varia de 1% a 3% Salário-educação 2,50% Contribuição a terceiros 3,30% FGTS 8,00% Previsão multa FGTS (rescisão) 4,00% Total encargos previdenciários 20,80% = 3% + 2,5% + 3,3% + 8% + 4% Previdenciário sobre férias, 13º e DSR 7,511% = 20,8% (total encargos previdenciários) X 36,111% (soma % - férias, 13º e DSR) %Total 73,517% Soma valores em verde Na Tabela 5, o total adicional de encargos incidentes sobre a folha dos empregados da empresa é de 73,517%; ou seja, para os salários totais pagos de 14 R$ 650.000, a empresa ainda tem um desembolso adicional de R$ 477.860,50. A redução foi devido à desoneração de 20% na folha de pagamento. Contudo, soma-se a este montante o valor correspondente a 2,5% sobre a Receita Bruta (R$ 2.380.000), que corresponde a R$ 59.500. Conclusão: ao calcular a alíquota de 2,5% sobre R$ 2.380.000 (Receita Bruta), temos como resultado um valor de R$ 59.500, que somado ao valor da análise com a desoneração da Folha de Pagamento, de R$ 1.127.860,50, totaliza R$ 1.187.360,50, gerando uma economia tributária de R$ 117.443 (9%), em comparação à análise custo de mão de obra com CPP (R$ 1.304.803,50). TEMA 5 – REFORMA TRABALHISTA E ECONOMIA TRIBUTÁRIA (LEI N. 13.467/2017) A Lei n. 13.467/2017 e a Medida provisória 808/2017 tornaram obrigatórias as mudanças decorrentes da reforma trabalhista, alterando a CLT. As principais alterações, conforme o Ministério do Trabalho (2017b, p. 3 e 4), foram: II. A jornada de trabalho padrão permanece de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Mediante acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, o cumprimento da jornada diária poderá ser negociado entre patrões e empregados, desde que respeitados os limites máximos de 220 horas mensais e de 12 horas diárias, e os limites mínimos de 11 horas para o intervalo entre duas jornadas (interjornada) e de 30 minutos para o intervalo intrajornada; III. As empresas que celebram acordos com os sindicatos de trabalhadores para participação nos lucros e resultados (PLR) poderão pactuar o pagamento da PLR em até quatro vezes (de acordo com a divulgação do balanço patrimonial e/ou dos balancetes legalmente exigidos), garantido o parcelamento em no mínimo duas vezes; IV. A formação de um banco de horas, sendo garantida a conversão para o banco da hora que exceder a jornada normal com um acréscimo de no mínimo 50%; V. Em locais de difícil acesso ou não servido por transporte público, caso o empregador forneça a condução, a empresa e o sindicato laboral poderão definir a forma de remuneração ou de compensação pelo tempo gasto pelo trabalhador no percurso para chegar ao local de trabalho e para retornar para sua casa; VI. O estabelecimento de um intervalo durante a jornada de trabalho (intrajornada) com no mínimo 30 minutos; VII. Estabelecimento de um plano de cargos e salários; VIII. Trabalho remoto, como o home office; IX. Remuneração por produtividade; X. Dispor sobre a extensão dos efeitos de uma norma coletiva de trabalho, convenção ou acordo coletivo de trabalho, após o término do seu prazo de validade ("ultratividade"); XI. Ingresso no Programa de Seguro-Emprego; XII. Registro da jornada de trabalho; XIII. Regulamento Empresarial. 15 Durante o trabalho de auditoria trabalhista e previdenciária, o auditor precisa estar atento se todos os ajustes com a nova legislação foram feitos quando da vigência da Lei. Se não foi feito e a empresa está fazendo errado, é necessário o máximo de cautela em caso de decisão de adequação à lei, pois alterações após três ou mais meses depois da vigência da lei podem caracterizar direito adquirido. Além das principais alterações já destacadas anteriormente, algumas questões decorrentes da nova legislação merecem atenção especial da empresa e, obviamente, do auditor. A primeira consiste na mudança na jornada 12x36 horas, em que não há o pagamento em dobro em caso de o dia de trabalho cair em domingo ou feriado. Outra mudança ocorre com a prorrogação da hora noturna. Por exemplo, se um empregado trabalha das 22h às 7h da manhã, receberá adicional noturno apenas até às 5h. Após isso, não há mais prorrogação da hora noturna e recebe- se hora normal. A MP 808/2017 também trouxe o perfil do trabalho intermitente, modificando integralmente o art. 457 da CLT, e também tratou da mulher gestante. Sobre a gestante que trabalha em ambiente insalubre, independentemente do nível de risco, a empresa não precisa transferi-la de função, desde que haja uma declaração médica que permita a ela o trabalho na mesma função. Sobre o trabalho intermitente: a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não regulamentava o trabalho intermitente. O contrato com o menor número de horas era o parcial, que tinha no máximo 25 horas semanais (substituídas por 30 horas semanais, com a reforma trabalhista). O contrato intermitente, por sua vez, não define uma carga horária mínima de horárias trabalhadas. Na prática, o funcionário poderia até ser contratado para prestar duas horas de serviço por semana — ou por mês. Os limites máximos de jornada garantidos pela Constituição são mantidos, no entanto: 44 horas semanais e 220 horas mensais (Caldas, 2017). No caso do trabalho intermitente, o empregador deve fazer todos os descontos cabíveis na remuneração do empregado com relação à contribuição previdenciária. Contudo, ressalta-se dois pontos: 1. Empregado que na competência (mês) receber menos que 1 salário mínimo - Suponha, como exemplo, uma empresa que contrata um empregado na modalidade intermitente por 15 dias por R$ 500 reais por mês para 12 dias trabalhados. No momento do pagamento, a empresa faz a retenção correspondente a 8%, e paga as demais verbas (férias, 13º...). Se o empregado só trabalhou para esta empresa nesta competência, o 16 valor para fins de previdência social será de R$500, ou seja, inferior a 1 salário mínimo. Neste caso, conforme a nova legislação, o período não contará para tempo de serviço ou para fins de carência. Havia a possibilidade, quando da vigência da Medida Provisória (MP) 808/2017, de o trabalhador que não teve remuneração de no mínimo 1 salário mínimo contar a competência se pagar a diferença (não obrigatória) até limite de 1 salário mínimo (8% da diferença) para a previdência social. Contudo, com o fim da vigência da MP 808/2017 em 23 de abril de 2018, o trabalhador poderá perder direito a esse benefício. 2. Empregado com mais de um trabalho intermitente na competência (Mês) - Exemplo:Se o trabalhador foi contratado como intermitente por 10 dias e na mesma competência já prestou serviço para outra empresa, deve- se cuidar para que não haja o recolhimento acima do teto máximo do INSS (R$ 5.645,80). Ou seja, se ele já recolher sobre R$ 5 mil, faz-se apenas da diferença até o teto. Se já recolheu sobre o teto, não se faz nenhuma retenção. Além dessas mudanças, há outras que também são relevantes, como o caso das alterações em relação à terceirização, tema de aula específica. Ao analisarmos as alterações trabalhistas decorrentes da nova legislação, percebe- se a oportunidade de as empresas ajustarem suas práticas, adequando-se em tempo oportuno às mudanças, reduzindo os gastos com pessoal e, consequentemente, realizando o que chamamos de economia tributária. 17 FINALIZANDO Nesta aula, estudamos as principais disposições legais trabalhistas e previdenciárias, entendendo o que é possível para algumas empresas optar pela desoneração da folha de pagamento, substituindo a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) por outra alíquota incidente sobre a Receita Bruta, de acordo com o produto desenvolvido pela empresa. Além disso, você também aprendeu como ocorre a análise para fins de planejamento e economia tributária, relacionando os encargos sociais e trabalhistas e a desoneração da folha de pagamento. Finalmente, compreendeu a reforma trabalhista em relação à economia tributária a partir da Lei n. 13.467/2017, visto que muitas das alterações decorrentes da nova legislação trazem diversos benefícios para as empresas, como a não necessidade de pagamento em dobro em caso de o dia de trabalho cair em domingo ou feriado para jornadas 12x36 horas, bem como a possibilidade de intervalo de 30 minutos ao invés de 1 hora. LEITURA COMPLEMENTAR Texto de abordagem teórica GLASENAPP, R. B. Fundamentos do direito do trabalho. _____. Direito trabalhista e previdenciário. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. Texto de abordagem prática AZEVEDO, M. C.; TONELLI, M. J. Os diferentes contratos de trabalho entre trabalhadores qualificados brasileiros. Revista de Administração Mackenzie, n. 3, v. 15, 2014. 18 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. BRASIL. Decreto n. 27.048, de 12 de agosto de 1949. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 ago. 1949. _____. Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 ago. 1943. _____. Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 14 maio 1990. _____. Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 25 jul. 1991. _____. Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 14 jul. 2017a. BRASIL. Ministério da Fazenda. Receita Federal. Tabela IRPF. 2015b. Disponível em <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/irpf-imposto-de- renda-pessoa-fisica>. Acesso em: 26 jun. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho. Perguntas e respostas sobre a proposta de modernização da legislação trabalhista. 21 mar. 2017b. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/03/ministerio-do-trabalho- lanca-cartilha-sobre-modernizacao-da-legislacao-trabalhista>. Acesso em: 26 jun. 2018. BRASIL. Medida Provisória n. 774, de 30 de março de 2017. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 30 mar. 2017c. _____. Medida Provisória n. 794, de 9 de agosto de 2017. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 ago. 2017d. _____. Medida Provisória n. 808, de 14 de novembro de 2017. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 14 nov. 2017e. CALDAS, E. Reforma trabalhista: como funciona o trabalho intermitente. Época Negócios, 23 jul. 2017. Disponível em <https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/07/reforma-trabalhista- como-funciona-o-trabalho-intermitente.html>. Acesso em: 26 jun. 2018. 19 CPRB: Como funciona a desoneração da folha de pagamento. Rede Jornal Contábil, 2018. Disponível em <https://www.jornalcontabil.com.br/cprb-como- funciona-desoneracao-da-folha-de-pagamento/>. Acesso em: 26 jun. 2018. INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Tabela de alíquotas para a Previdência Social. 2017. Disponível em <https://www.inss.gov.br/servicos-do- inss/calculo-da-guia-da-previdencia-social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/>. Acesso em: 26 jun. 2018. IRPF. Contábeis, s.d. Disponível em <http://www.contabeis.com.br/termos- contabeis/irpf>. Acesso em: 26 jun. 2018. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. In: Que conceito. S.d. Disponível em: <http://queconceito.com.br/legislacao-trabalhista>. Acesso em: 26 jun. 2018. MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2009. QUAL a diferença entre salário e remuneração? Guia Trabalhista, s.d. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/diferenca-salario- remuneracao.htm>. Acesso em: 26 jun. 2018. ZANLUNCA, J. C. Cálculos de encargos sociais e trabalhistas. Guia Trabalhista, S.d. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/custostrabalhistas.htm> Acesso em: 26 jun. 2018.
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