Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bromatologia Adriana Bramorski 1 Composição Dietética recomendada (DDR) Dose ingestão (dietética) recomendada (Dietary Recomended Ingested, DRIs) São níveis de ingestão de nutrientes essenciais estabelecidos pelo USA e Canadá adequados ao atendimento das necessidades nutricionais de praticamente todas as pessoas saudáveis, incluindo valores para a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis. Deferindo das recomendações anteriores (RDA) visando apenas ausência de sintomas de deficiência. DRI's 1) EAR (Estimated Average Requirement) - Necessidade média estimada 2) RDA (Recommended Dietary Allowance) - Ingestão dietética recomendada 3) AI (Adequate Intake) - Ingestão Adequada 4) UL (Tolerable Upper Intake Level) - Limite superior tolerável de ingestão Os RDAs são baseados na ingestão diária suficiente para evitar o aparecimento de deficiência nutricional em, pelo menos, 95% da população. Os RDAs servem como guias gerais úteis para avaliar a adequação das dietas. Entretanto, as RDAs têm várias limitações, dentre elas: ¨ RDAs representam uma ingestão média ideal para grupos de pessoas e são melhor usadas para avaliar o estado nutricional de grupos populacionais. ¨ As RDAs são projetadas para atenderem as necessidades de pessoas saudáveis e não levam em conta necessidades que surjam com infecções, doenças metabólicas ou doenças crônicas. ¨ Como o conhecimento presente das necessidades nutricionais é incompleto, podem haver necessidades nutricionais desconhecidas. Nenhum alimento único pode ser considerado completo, mesmo que atinja RDA para todos os nutrientes conhecidos. ¨ As RDAs não definem o nível “ótimo”de qualquer nutriente, uma vez que os níveis ótimos são difíceis de definir. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 2 VITAMINAS São um grupo de compostos orgânicos essenciais em pequenas quantidades, necessários ao crescimento normal e à manutenção da vida. Regularizam a liberação de energia dos alimentos e auxiliam na formação e manutenção dos tecidos do corpo. ¨ Algumas vitaminas podem ser sintetizadas pelo organismo, mas a maior parte delas precisam ser supridas na dieta diária de pessoas saudáveis e normais e, sua ausência ou absorção inadequada provoca doenças de carências específicas. As vitaminas, embora de natureza orgânica, não fornecem energia, mas auxiliam no metabolismo dos macronutrientes. AS VITAMINAS PODEM SER CLASSIFICADAS EM DOIS GRUPOS: Lipossolúveis – A, D, E, K Hidrossolúveis – C e o complexo B As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas em quantidades significativas no corpo, o que significa que precisam ser incluídas na dieta diariamente. As vitaminas lipossolúveis são armazenadas na gordura corpórea e podem alcançar níveis tóxicos, quando em excesso. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 3 VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS VITAMINA A Ë É um álcool, concretamente um retinol, que se encontra presente em forma de isômero 11-cis ou todo trans. ¨ Encontra-se presente fundamentalmente no fígado, sobre tudo no azeite de fígado de certos pescados O beta caroteno é um pigmento laranja presente nas cenouras e outros tecidos vegetais. Possui a eficácia biológica da vitamina A e é a forma desta vitamina presente nos vegetais. Ocorrência Vitamina A se origina de dois grupos de compostos: ¨ Carotenóides pró vitamina A ¨ Retinol ou vitamina A pré-formada Vitamiana A pré-formada Encontra-se no fígado (a maior fonte desta vitamina, pelo fato de ser o principal órgão armazenador), gema de ovo, leite integral e produtos lácteos, como manteiga, creme de leite e queijo. Embora as carnes em geral tenham traços de vitamina A, os óleos de fígado de bacalhau, é importante fonte de vitamina A. A margarina é outra fonte de vitamina A, pois a legislação bromatológica torna obrigatória sua fortificação com esta vitamina durante o fabrico (15.000 a 50.000 UI/kg). No reino vegetal as mais ricas fontes em carotenóides são dois óleos extraídos de palmáceas: o dendê (amarelo-dourado) e o de buriti (vermelho) PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 4 Quanto as frutas e hortaliças, as mais ricas em carotenóides biologicamente ativos são aqueles de cor vermelho-alaranjado (cenoura, moranga, abóbora madura, manga e mamão); ou verde-escuro (devido a enorme quantidade de clorofila, que mascara os pigmentos carotenóides), como mostarda, couve, agrião Atenção O fato de um vegetal ser alaranjado ou vermelho não lhe garante a atividade de vitamina A, como é o caso de certos milhos, ou de tomate e beterraba, cuja coloração atraente se origina de pigmentos como xantofilas, licopeno ou betaina Carotenóides Embora as plantas não contenham vitamina A pré-formada, algumas são fontes bastante ricas em seus precursores, oriundos de um família de pigmentos lipossolúveis e poliinsaturados, os carotenóides, característicos por sua cor amarelo, alaranjada ou vermelha. Cerca de apenas 10% dos carotenóides identificados na natureza possuem atividade de vitamina A ( mais importante dos quais é o all-trans-β-caroteno). Quanto aos carotenóides dietéticos ¨ Apenas a metade do β-caroteno ingerido, ou menos, é absorvido. Com relação aos carotenóides absorvidos, mas não convertidos em vitamina A no intestino, são armazenados principalmente no tecido adiposo, sendo responsáveis pela cor amarela das gorduras de depósito Reposição de vitamina A ¨ Como o processo fotoquímico, se registra certa perda de vitamina A, é necessário um aporte contínuo de vitamina A com a dieta. ¨ Uma deficiência da mesma da lugar a uma diminuição de seus níveis sangüíneos e um aumento do tempo necessário para a formação de nova rodopsina trans na exposição a luz solar. ¨ Este processo, denominado adaptação ao escuro, é lento se o conteúdo de vitamina A dos tecidos é baixo. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 5 Funções Participa do processo visual Atua na manutenção da pele e das mucosas (por participar da diferenciação das células epiteliais e das células calciformes (sintetizam e secretam muco) Atua no crescimento e reprodução Essencial na manutenção da resistência às infecções (influencia o sistema imunológico e a expressão genética), em crianças desnutridas, sua deficiência leva a um maior risco de diarréias, doenças respiratórias Necessidades nutricionais 8 A vitamina A é armazenada no fígado em quantidades relativamente grandes. Não sendo freqüente registro de deficiências suficientemente graves, como para causar problemas clínicos, ao menos que a carência se prolongue de maneira contínua por períodos de tempo relativamente grandes, isto é, durante muitos meses. DDR: 700 a 900 μg Vitamina A (100 g) Retinol equivalente (ug) Abacate 20 Alface 425 Caqui 250 Cenoura crua 1.100 Damasco (fresco) 202 Escarola (crua) 2.000 Espinafre cozido 570 Fígado (de boi cru) 3.020 Mariscos 430 Óleo de peixe 300 Equivalentes de retinol (ER) e Unidades Internacionais (UI) são dois métodos diferentes de descrever a quantidade de vitamina A nos alimentos. 1 µg de retinol = 333 UI PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 6 Toxicidade: Os sintomas comuns incluem dor nos ossos, dermatite escamosa, aumento do fígado e baço, náusea e diarréia. É impossível ingerir quantidades tóxicas de vitamina A a partir dos alimentos comuns. A maioria dos casos de toxicidade de vitamina A é devido ao uso de doses maciças de suplemento de vitaminaA. ¨ A ingestão elevada de β-caroteno parece não ser tóxica, embora cause hipercaroternemia, mas não eleve os níveis de vitamina A. ¨ A ingestão de doses maciças de β-caroteno diariamente leva à carotenodermia, resultando em um aumento de seu armazenamento na gordura subcutânea, tornando a pele acentuadamente amarela ou alaranjada, principalmente nas solas dos pés e palmas das mãos. A suspensão do caroteno terapêutico ou diminuição da ingestão de fontes de carotenóides facilmente revertem o quadro cutâneo PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 7 VITAMINA D Existem duas formas fisiologicamente ativas de vitamina D: ¨ Vitamina D2 ou ergocalciferol (encontrado em alimentos de origem vegetal, utilizada na fortificaçào de alimentos) ¨ Vitamina D3 ou colecalciferol resulta da transformação não enzimática do precurosr 7-deidrocolesterol (intermediário na síntese de colesterol). A síntese de vitamina D no corpo requer a luz solar Colecalciferol (D3) é produzido na pele, por irradiação UV de 7- deidrocolesterol. 7-deidrocolesterol também é encontrado nos óleos de fígado de peixes, excelentes fontes de vitamina D Portanto, enquanto o corpo for exposto adequadamente ao sol, há pequena ou nenhuma necessidade dietética de vitamina D. As melhores fontes dietéticas de vitamina D3 (colecalciferol) são peixe de água salgada (especialmente salmão, sardinha e arenque), fígado e gema de ovo. Leite, manteiga e outros alimentos são, rotineiramente, enriquecidos com ergocalciferol (D2) preparado pela irradiação do ergosterol de levedura. Função A viatmina D participa do metabolismo do cálcio e do fosfato e intervém na calcificação do osso. No adulto a deficiência de vitamina D produz a osteomalácia, um amolecimento dos ossos. Nas crianças, sua deficiência afeta o crescimento dos ossos, dando lugar a pernas arqueadas, articulações edemaciadas (inchadas), e produz a enfermidade denominada raquitismo. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 8 Necessidades nutricionais Infantes (0 a 1 ano): 10 µg Adultos: 5 µg Na ausência de exposição a luz solar, a ingestão diária de vitamina D deverá aumentar de 2 a 3 vezes A ingestão média de vitamina D das poucas fontes alimentares é inferoir a 4µg. 1UI = 0,025 mcg de vitamina D3 Fonte (100g) m g UI Manteiga 1,4 56 Leite integral 0,08 3 Queijo cheddar 0,3 12 Ovos inteiros 1,3 52 Arenque defumado 3 120 Sardinhas Atlântico enlatada em óleo 6,8 272 Atum em lata 5,9 236 Fígado bovino 0,4 16 Óleo de fígado de bacalhau 250 10.000 Óleo de fígado de tubarão 60,5 2.420 Toxicidade A ingestão excessiva de vitamina D pode resultar em séria toxicidade, cujos principais sintomas são: hipercalcemia, hipercalciúria, anorexia, fraqueza, vômitos, constipação, dores articulares, desorientação, perda de peso. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 9 A ingestão diária de infantes não deve exceder a 400 UI. Doses tóxicas mínimas foram estimadas em 1000UI a 2000UI/dia para infantes e para adultos com determinadas enfermidades. VITAMINA E Vitamina E é uma mistura de tocferóis A vitamina E ocorre na dieta como uma mistura de vários compostos estreitamente relacionados, chamados tocoferóis. A forma mais ativa de vitamina E é o α-tocoferol. Os tocofeóis ocorrem em grandes concentrações no germe de trigo, amêndoas e avelãas, e são encontrados também, nos óleos vegetais, principalmente aqueles com ácidos graxos poliinsaturados, como o extraído do germe do trigo, girassol, caroço de algodão, dendê, amendoim, milho e soja Termoestável na ausência de oxigênio, mas se oxida lentamente por ação do oxigênio atmosférico, ação essa acelerada pela exposição a luz, calor, álcalis, gorduras rançosas e a presença de íons metálicos. Por isso, a perda de tocoferol é mínima no armazenamento dos óleos vegetais, mas torna-se apreciável durante a cocção. É necessário para a normalidade da função reprodutora, integridade muscular, e a resistência dos eritrócitos a hemólise. Bebês prematuros alimentados com formulas pobres em vitamina E, às vezes desenvolvem uma forma de anemia hemolítica que pode ser corrigida por suplementação com vitamina E. Necessidades nutricionais As recomendações dietéticas (RDA) para vitamina E em todas as idades referem-se a mg de α-tocoferol ou seu equivalente biológico. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 10 A média de ingestão diária é 15 mcg de α-tocoferol. Por isso, a deficiência desta vitamina é rara. Fonte µg/100 g Ovo de Galinha 50 Gema de ovo de galinha 147 Carne bovina crua moída 4 Fígado bovino cru 104 Fígado de frango 80 Brócolis cru 154 Repolho cru 149 Couve-flor crua 191 Couve crua 275 Morangos crus 14 Farinha de trigo integral 1,1 Obs: 1UI = 0,666 mg de vitamina E Toxicidade Parece ser a menos tóxica das vitaminas lipossolúveis. Nenhum caso de toxicidade foi registrado com doses de 1.600 mcg/dia. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 11 VITAMINA K A vitamina K é encontrada naturalmente como K1 (filoquinona), em vegetais verdes, e K2 (menoquinona), que é sintetizada por bactérias intestinais. A vitamina K se encontra amplamente distribuída na natureza, mas em concentrações baixas, uma vez que os alimentos mais ricos contém cerca de 1 mg/100g de alimento. Aparece de forma abundante em vegetais folhosos de cor verde escura, como a couve, espinafre, alface e nos brócolis, encontra-se em menores concentrações no fígado de boi e porco. Cereais, frutas e leite de vaca apresentam baixos teores de vitamina K A vitamina K é resistente a perdas por cocção Função A vitamina K é necessária par o processo de coagulação sangüínea. Em circunstâncias normais o organismo, o organismo obtém a vitamina K a partir de ambas as fontes e não existe problemas para manter quantidades suficientes nos tecidos. A situação pode mudar durante tratamento prolongado com antibióticos, quando se perdem numerosas bactérias intestinais. Necessidades nutricionais D.D.R recomendada para adultos na faixa de 90-120µg/dia PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 12 Fonte vit K µg/100 g Ovo de Galinha 50 Gema de ovo de galinha 147 Clara de ovo de galinha 0,02 Carne bovina crua moída 4 Peito de frango cru 0,01 Fígado bovino cru 104 Fígado de frango 80 Brócolis cru 154 Repolho cru 149 Cenoura crua 13 Couve-flor crua 191 Couve crua 275 Maçã crua com casca 0,5 Morangos crus 14 Farinha de trigo integral 1,1 PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 13 VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS Vitaminas hidrossolúveis diferem das vitaminas lipossolúveis em vários aspectos importantes. A maioria é facilmente excretada, uma vez que sua concentração ultrapasse o limite renal. Portanto, a toxicidade é rara. ¨ Deficiências dessas vitaminas ocorrem com relativa rapidez em dieta inadequada. A maior parte das vitaminas hidrossolúveis são convertidas em coenzimas, que são utilizadas nas vias de geração de energia ou na hematopoiese (síntese de glóbulos vermelhos). Devido ao papel central que essas vitaminas desempenham no metabolismo energético, deficiências aparecem primeiro em tecidos de crescimento rápido. ¨ Sintomas típicos incluem:dermatite, glossite (edema e vermelhidão na língua), queilite no canto dos lábios e diarréia. Em muitos casos, o tecido nervoso também está envolvido, devido a sua alta demanda energética ou efeitos específicos da vitamina. Alguns dos efeitos neurológicos podem incluem neuropatia periférica (formigamento dos nervos nas extremidades), depressão, confusão mental, falta de coordenação motora e indisposição. Principais vitaminas hidrossolúveis Vitamina B1 ou vitamina F Tiamina Vitamina B2 Riboflavina Vitamina B3 ou PP Niacina (ácido nicotínico ou nicotinamida) Vitamina B5 Ácido Pantotênico Vitamina B6 Pirodoxina Vitamina B12 Cianocobalamina Vitamina BC, B9 Folacina (ácido fólico) Vitamina H Biotina Vitamina C Ácido Ascórbico PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 14 VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS QUE LIBERAM ENERGIA TIAMINA (VITAMINA B1) [Forma a coenzima tiamina pirofosfato (TPP)] A tiamina em combinação com o fósforo forma a coenzima tiamina pirofosfato (TPP), que é necessária para as reações chaves catalisadas pelo complexo piruvato desidrogenase e pelo complexo α-cetoglutarato desidrogenase. Intervém na conversão do piruvato em acetil-CoA em muitas reações similares que supõe liberação de dióxido de carbono e oxidação, um processo denominado descarboxilação oxidativa.. A geração celular de energia é severamente comprometida na deficiência da tiamina Ë A vitamina é fosforilada nas células da mucosa em tiamina fosfato e nesta forma é transportada para o fígado pela circulação portal, sendo este órgão de maior concentração desta vitamina, juntamente com os rins e coração. Tiamina ou Vitamina B1 encontra-se numa grande variedade de fontes animais , como carnes magras e vísceras (especialmente fígado, coração e rins), gema de ovo e fontes vegetais (grãos integrais, levedura, casca dos cereais e nozes). O enriquecimento rotineiro de cereais garante a ingestão adequada de tiamina numa dieta mista normal. Recomendações A necessidade de tiamina está na faixa de 1,0-1,5 mg/dia para o adulto normal. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 15 Fonte (100 g) mg vit B1 Levedo de cerveja 17,57 Cacau 1,8 Amendoim 0,79 Levedura 0,71 Avelã 0,46 Tamarindo 0,44 Amêndoa 0,25 Pimenta 0,25 Castanha de caju 0,25 Agrião 0,12 Aspargo 0,12 Fruta-do-conde 0,11 Mostarda 0,11 Alface 0,08 Repolho 0,06 Manga 0,05 Maçã 0,03 Maracujá 0,03 Deficiência e toxicidade A deficiência severa da tiamina dá lugar ao Beribéri, enfermidade caracterizada por um extensa deterioração do sistema nervoso e circulatório, extenuação muscular e edema. ¨ Perda de apetite, constipação e náusea estão entre os sintomas mais precoces da deficiência de tiamina. ¨ Depressão mental, neuropatia periférica, irritabilidade e fadiga são outros sintomas precoces e provavelmente relacionados diretamente ao papel da tiamina na manutenção do tecido nervoso sadio. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 16 Sintomas de deficiência de tiamina moderada a severa incluem confusão mental, ataxia (passo inseguro ao caminhar e incapacidade geral de exercer controle fino das funções motoras) e oftalmoplegia (perda de coordenação dos olhos). Esse conjunto de sintomas é geralmente chamado síndrome de Wernicke-Korsakoff e é observado mais comumente em alcoólatras crônicos. Não são conhecidos efeitos tóxicos da tiamina em doses clinicamente recomendadas, entretanto reações adversas à tiamina podem ocorrer, mas são raras, como por exemplo náuseas, edema pulmonar e colapso cardiovascular. RIBOFLAVINA (B2) É PARTE DO FAD E FMN A riboflavina pertence a um grupo de pigmentos fluorescentes amarelos denominados flavinas. Substância estável ao calor, à oxidação e aos ácidos, mas é degrada pela ação da luz, principalmente ultravioleta. Apesar de ser uma vitamina hidrossolúvel, tem solubilidade limitada. Essas características fazem com que a riboflavina seja pouco destruída durante o cozimento ou no processamento dos alimentos. A ingestão de suplementos que contenham riboflavina faz com que a urina adquira uma coloração amarelada. A riboflavina é o precursor das coenzimas flavina adenina dinucleotídeo (FAD) e flavina mononucleotídeo (FMN), ambas envolvidas numa ampla variedade de reações de redox.. As coenzimas de flavina são essenciais para a produção de energia e a respiração celular. A riboflavina (vitamina B2) é distribuída amplamente nos alimentos, entretanto aparece em pequenas quantidades. Entre os alimentos podemos destacar leite e seus derivados (queijo e requeijão), carnes, vísceras como fígado e rins e produtos de cereais. Também é produzida pelas bactérias presentes normalmente no intestino. Por isto, raras são às vezes que se registra deficiência no homem. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 17 A ingestão diária recomendada (IDR) de riboflavina é 1,2-1,7 mg para o adulto normal. Fonte (100g) mg Vit B2 Fígado (de qualquer animal) 3,01 Torresmo 2,25 Leite em pó 1,46 Carne seca bovina 0,95 Queijo tipo minas 0,75 Amêndoa 0,67 Folha de mandioca 0,6 Carne frita de aves 0,57 Cogumelo 0,46 Avelã 0,41 Castanha de caju 0,34 Lentilha 0,33 Couve 0,31 Coentro 0,28 Salsa 0,24 Abacate 0,24 Mostarda 0,22 Agrião 0,1 Alface 0,08 Manga 0,06 Maça 0,05 Deficiência e toxicidade A deficiência da riboflavina é caracterizada pela queilite, estomatite, glossite e dermatite seborréia. Lesões oculares também são comuns. Esta deficiência pode levar a anemia (normocrômica e normocítica). A deficiência é observada em alcoólatras crônicos Riboflavina é essencialmente não tóxica PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 18 NIACINA É PARTE DO NAD E NADPH Populações que utilizavam milho como alimento principal da alimentação desenvolviam uma doença chamada pelagra. Descobriu-se que uma alimentação ricas em proteínas de alto valor biológico poderia previnir a ocorrência da pelagra. Niacina é o nome normal da vitamina, englobando duas substâncias, a nicotinamida e o ácido nicotínico. Ambas solúveis em água e álcool e moderadamente resistentes ao calor Função Niacina (ácido nicotínico) e niacinamida (nicotinamida) são ambos convertidos às coenzimas de oxidação-redução NAD+ e NADP+ no corpo. No mínimo 200 enzimas são dependentes de NAD e NADP, que atuam como aceptores ou doadores de hidrogênio, são relacionados a glicólise, respiração tecidual e síntese de gorduras. Recomendações Recomenda-se 15 a 19 mg/dia Fontes alimentares As fontes alimentares mais ricas de tiamina são carnes magras,vísceras, aves, peixes, amendoim e outros legumes e cereais enriquecidos Fonte mg Fonte mg Carne de aves (defumada) 15,5 Arroz integral 5,2 Amendoim 15,5 Carne bovina magra 5,2 Coelho 12,8 Carne bovina gorda 4,7 Lagarto 8,2 Pinhão 4,5 Carne de galinha, magra 8 Cogumelo 4,2 Grão de cevada 7,2 Grão de trigo 3,6 PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 19 Deficiência e toxicidade Entre os vários sintomas da deficiência de niacina podemos citar: fraqueza muscular, anorexia, indisposição e erupção cutânea. Deficiências pronunciadas levam à pelagra, que caracteriza-se pelos três D: dermatite, diarréia e demência, tremores e língua amarga (popurlamente a língua de “boi”) Ocorre em alcoólatras, pacientes com problemas de má absorção severa e idosos em dietas muitorestritas. Gestação, lactação e doença crônica levam a necessidades aumentadas de niacina, mas uma dieta variada fornece as quantidades suficientes. A niacina pode ser sintetizada pelo organismo humano a partir do aminoácido triptofano, mas a proporção desta síntese é insuficiente para manter um bom estado de saúde. 60 mg de triptofano são necessários para a produção de 1 mg de niacina e ocorre só depois de toda a necessidade de triptofano do organismo (para a síntese protéica e produção de energia) ter sido satisfeita Administração de niacina prolongadamente e em grandes doses para animais pode aumentar a concentração lipídica no fígado e decrescer a quantidade de colina neste órgão, podendo afetar a função hepática. Altas doses pode também interferir no metabolismo da metionina PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 20 PIRODOXINA (Vitamina B6) FORMA A COENZIMA PIRODOXAL FOSFATO Pirodoxina, pirodoxal, piridoxamina são todas formas de ocorrência natural da vitamina B6. Todas estas três formas são eficientemente convertidas pelo corpo em pirodoxal fosfato, que é necessário para síntese, catabolismo e interconversão de aminoácidos. Função Pirodoxal fosfato é essencial para a produção de energia a partir de aminoácidos e pode ser considerada uma vitamina de liberação de energia. Coenzima que age no metabolismo de gorduras, proteína e aminoácidos. Entre suas funções principais a pirodoxal fosfato atua nas reações: Transaminação (transfere grupos amino NH2 de um aminoácido para formar outro aminoácido diferente e um ceto-análogo) Desaminação (remoção dos grupos amina de aminoácidos liberando resíduos de carbono para fins energéticos) Dessulfuração (transferência de grupos sulfidrila SH da metionina para serina formando a cisteína) Descarboxilação (remoção de um grupamente carbocila COOH de alguns aminoácidos, necessária para a síntese de serotonina, norepinefrina e histamina a partir do triptofano, tirosina e histidina, respectivamente). A pirodoxina, faz parte da enzima fosforilase, auxilia na liberação do glicogênio hepático e muscular como glicose 1-fosfato. Recomendações A dose estabelecida é na faixa de 1,4-2,0 mg/dia para o adulto normal. Esta necessidade aumenta na gestação, lactação e pode também aumentar um pouco com a idade Fontes alimentares A pirodoxina é encontrada principalmente ligada à porção protéica dos alimentos, sendo as principais fontes carnes, vísceras, leveduras, germe de trigo e cereais integrais . PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 21 Fonte (100 g) Mg Vit B6 Fígado de boi 1,45 Frango 0,6 Hambúrguer bovino 0,35 Queijo cheddar 0,023 1 Banana 0,66 1 Abacate 0,48 10 Ameixas secas 0,22 1 Tomate cru 0,1 1 Maçã 0,07 10 Damascos secos 0,06 Deficiência e toxicidade Estudos experimentais em ratos têm demonstrado que a deficiência de vitamina B6 leva a dermatite, diminuição do crescimento, esteatose hepática, anemia, decréscimo da resposta imune entre outros efeitos. Os efeitos da deficiência da vitamina B6 são muito parecidos com aqueles provocados pela deficiência de riboflavina e niacina. ÁCIDO PANTOTÊNICO E BIOTINA TAMBÉM SÃO VITAMINAS QUE LIBERAM ENERGIA O ácido pantotênico é razoavelmente estável durante o cozimento e o armazenamento, porém perdas significativas podem ocorrer durante o processamento e refino dos alimentos Função O ácido pantotênico é um componente da coenzima A (CoA), sendo portanto necessário ao metabolismo dos lipídeos, proteínas e carboidratos através do ciclo de Krebs. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 22 Recomendações Recomenda-se que a ingestão diária adequada do ácido pantotênico esteja entre 4 a 7 mg/dia. Fontes alimentares Ë Por serem amplamente distribuídas nos alimentos, é raro a deficiência desta vitamina no homem., sendo as melhores fontes ovo, fígado, rins, leveduras, couve-flor, brócolis entre outras fontes. O ácido pantotênico pode ser sintetizado pela microflora intestinal, entretanto pouco se sabe acerca do valor dessa contribuição. Fonte mg B5 Fígado bovino (100g) 6,3 Germe de trigo, 1 xícara 2,24 Amendoim torrado, 1 xícara 2 Farinha de aveia, 1 xícara 1,88 Salmão, 100 g 1,11 Frango, 100 g 0,98 Leite, 1 xícara 0,78 10 Tâmaras 0,65 1 Papaia 0,66 Morangos, 1 xícara 0,5 Deficiência e toxicidade Por sua alta distribuição em várias fontes dietéticas não se tem relatos da deficiência de ácido pantotênico e também não são conhecidos maiores efeitos tóxicos. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 23 BIOTINA Estável ao calor, solúvel em água e álcoool e bastante suscetível à oxidação. Absorção e excreção Em humanos, a absorção de biotina é feita na parte proximal do intestino. A biotina é transportada na circulação sangüínea por uma glicoproteína. A excreção é feita por via urinária. Função É o grupo prostético de várias reações de carboxilação, sendo a mais notável o piruvato descarboxilase (necessária para a síntese de oxaloacetato para a gliconeogênese e para repor o ciclo de Krebs), a acetil CoA carboxilase (biossíntese de ácidos graxos) e propionil CoA carboxilase (metabolismo da metionina, leucina e valina) Também está intimamente relacionada ao metabolismo da vitamina B12 e do ácido pantotênico. Suplementação com biotina parece atuar no tratamento da acne e da seborréia Recomendações O fato de a biotina ser sintetizada por bactérias dificulta o estabelecimento de recomendações. Acredita-se que uma ingestão 30 e 100µg por dia é adequada para o ser humano. Fontes alimentares ¨ Uma das melhores fontes de biotina é o leite (humano e de vaca), o fígado, a gema de ovo, chocolate e ovos e é sintetizada por bactérias intestinais A clara de ovo contém uma proteína, avidina, que se une a biotina. Por conseguinte, as pessoas que consomem grandes quantidades de clara de ovo crua pode apresentar deficiência de biotina. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 24 Fonte ( 100 g) Mcg Biotina Levedura de cerveja 200 Fígado de galinha 170-210 Fígado de boi 96 Gema, crua 60 Amendoim 34 Chocolate 32 Noz pecã 27 Farelo de trigo 22,4-25,5 Farinha de aveia 22-31 Ovo inteiro, cozido 20-25 Amêndoa 18 Melado 9 Carne bovina 1,6-3,4 Deficiência e toxicidade Não é comum a deficiência de biotina em humanos. Sinais de deficiência incluem: dermatite, anorexia, glossite, hipercolesterolemia, dores musculares, depressão e anormalidades cardíacas. Não são conhecidos efeitos tóxicos dessa substância em indivíduos recebendo até 200 mg por dia. VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS HEMATOPOIÉTICAS Ácido fólico (folacina) A folacina não é estável ao calor, entretanto é bastante estável em relação à luz. Essas características levam a perdas consideráveis de ácido fólico no processamento de alimentos a temperaturas elevadas PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 25 Função ¨ Importante na formação de hemácias ¨ Auxilia no funcionamento gastrintestinal normal ¨ Auxilia no metabolismo protéico e síntese do DNA e RNA Recomendações Recomenda-se de 150 a 200 µg de folato por dia Fontes alimentares O suprimento de folacina é obtido facilmente, sendo que as melhores fontes são as vísceras, o feijão e os vegetais de folhas verdes como o espinafre, o aspargo o brócolis. Bactéria intestinaistambém podem sintetizar o ácido fólico. Fonte mcg Ac. Fólico Fígado bovino 100g 339 Levedo 1 c sopa 313 Espinafre 1 xíc 262 Brócolis 1 xíc 78 Alface 1 xíc 76 Germe de trigo, 1 xíc 70 Farelo de trigo 1 xíc 40 Repolho cru 1 xíc 40 1 Banana 24 1 Gema de ovo 23 Leite, 1 xícara 12 PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 26 Deficiência e toxicidade Há várias causas de deficiência de folato, incluindo ingestão inadequada, absorção deficiente, demanda aumentada e metabolismo deficiente As deficiências podem ser resultado de uma baixa ingesta com a dieta, destruição durante a preparação dos alimentos pelo calor prolongado, e o reaquecimento das comidas, ou de escassa absorção intestinal As necessidades de folato aumentam durante os períodos de crescimento, gestação e lactação e enfermidades hemolíticas ou parasitárias, os parasitos podem limitar a absorção instestinal de folato, provocando uma deficiência do mesmo. ¨ Prematuros, de baixo peso ao nascer, são de alto risco para deficiência de folatos. ¨ O risco de deficiência de folato é especialmente alto nas pessoas de idade avançada que vivem sozinhas, que consomem alimentos muito elaborados e possivelmente reaquecidos várias vezes. A deficiência de folacina pode resultar na diminuição do crescimento, na anemia megaloblástica (similar a deficiência de vitamina B12), em glossite e em distúrbios gastrintestinais. Acredita-se que o ácido fólico não é tóxico, pois doses elevadas com 400 mg/dia administradas por 5 meses foram bem toleradas por humanos. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 27 VITAMINA B12 (COBALAMINA, CIANOCOBALAMINA) O cobalto, um mineral, é parte essencial a vitamina B12. A anemia perniciosa (uma forma de anemia que pode conduzir a prejuízo neurológico permanente e óbito) é causada por uma falta do fator intrínseco, uma glicoproteína secretada no estômago que liga a vitamina B12 e auxilia na sua absorção. Facilmente destruída pela luz, ácidos, bases e agentes oxidantes, o processamento dos alimentos como o cozimento leva a perdas significativas. Função Essencial para o funcionamento normal de todas as células, particularmente as da medula óssea, sistema nervoso e trato gastrintestinal Essencial no metabolismo dos ácidos nucléicos (material no qual o código genético é impresso) Recomendações Recomenda-se 2 µg de cianocobalamina por dia. Na gravidez ou na lactação as mulheres necessitam de uma dose maior desta vitamina. Fontes alimentares A vitamina B12 está presente em alimentos de origem animal como a carne, especialmente o fígado e rins. Nos alimentos derivados dos vegetais encontram-se em pequenas quantidades, quando existe. O fígado armazena um suprimento de vitamina B12 para até 6 anos. Portanto, deficiências de vitamina B12 são extremamente raras. São ocasionalmente observadas deficiências em pessoas mais velhas, devido à produção insuficiente do fator intrínseco e/ou HCl no estômago A cobalamina é sintetizada unicamente por alguns microrganismos, e a flora intestinal produz em quantidades muito pequenas. Por conseguinte, resulta especialmente importante administrar suplementos desta vitamina ou levedura a pessoas submetidas a uma dieta vegetariana estrita. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 28 Fonte mcg Fígado bovino, 100 g 113 Marisco, ½ xícara 80 Ostra, ½ xícara 20 Caranguejo, ½ xícara 10 Atum, 100 g 3,4 Hamburger bovino, 100 g 2,1 Leite, 1 xícara 0,89 Ovo 0,59 Frango, 100 g 0,34 Deficiência e toxicidade A deficiência de vitamina B12 causa a anemia perniciosa ou megaloblástica, caracterizada pelo aparecimento de células vermelhas maiores e imaturas, mas em número menor que o normal. A deficiência de vitamina B12 também pode resultar em problemas neurológicos, problemas de pele, diarréia e perda de apetite. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 29 VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO) Ë O escorbuto, uma doença comum entre os marinheiros e viajantes no século XV foi curada com adição de suco de limão na alimentação ¨ Conhecido como ácido ascórbico na sua forma reduzida e como ácido deidroascórbico na sua forma oxidada, facilmente oxidado pelo calor. A oxidação pode ser acelerada pela presença de cobre e pelo pH alcalino. Essas características fazem com que muita vitamina C seja perdida ou jogada fora na água de cozimento. ¨ O processamento e a exposição de frutas e verduras à luz levam também a perdas significativas de vitamina C. Funções Ë Entre múltiplas funções, o ácido ascórbico tem a capacidade de receber e ceder elétrons, o que lhe confere um papel importante com antioxidante. ¨ O ácido ascórbico é necessário para a produção e manutenção do colágeno, participando na hidroxilação da prolina formando a hidroxiprolina ¨ Essencial para a oxidação da fenilalanina e da tirosina e para conversão de folacina em ácido tetrahidrofólico (THFA). ¨ Necessário para a redução do ferro férrico a ferro ferroso no trato intestinal Acredita-se também que a vitamina C poderia atuar na prevenção e no tratamento do câncer, na diminuição do risco de doenças cardiovasculares, no tratamento de hipertensão e na redução da incidência de cataratas. Vale salientar que muitas dessas alegadas funções terapêuticas da vitamina C estão baseadas em estudos epidemiológicos, não sendo totalmente corrobradas em estudos experimentais. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 30 Recomendações ¨ Recomenda-se 60 mg de vitamina C por dia para indivíduos saudáveis ¨ Fumantes podem necessitar de no mínimo 140 mg de vitamina C por dia, mais ainda existem controvérsias sobre esta recomendação adicional. Fontes alimentares ¨ O ácido ascórbico é amplamente encontrado nas frutas cítricas e folhas vegetais cruas. as melhores fontes são: laranja, limão, acerola, morango, brócoli, repolho, espinafre e outros.. Fonte (100 g) Mg Ác. ascorbico Folha de mandioca 311 Caju 219 Goiaba 218 Salsa 146 Pimentão 140 Casca da tangerina 136 Pimenta-malagueta 121 Cheiro verde 101 Couve-de-bruxelas 102 Kiwi 74 Morango 70 Laranja 70 Abacaxi 61 Pitomba 54 Manga 53 Limão 51 PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com Bromatologia Adriana Bramorski 31 Deficiência e toxicidade Ë A deficiência grave do ácido ascórbico causa o escorbuto, caracterizado por fenômenos hemorrágicos pelo aumento da permeabilidade da parede de pequenos vasos sangüíneos, pelo decréscimo da excreção urinária, concentração plasmática e tecidual de vitamina C. Ë Os sintomas incluem fraqueza, sangramento, falta de apetite, anemia, edema, inflamação nas gengivas, dor entre outros sintomas. Referências Bibliográficas KRAUSE, M. V., AND MAHAN, L. K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, 8 ed., São Paulo: Roca, 1995. pp. 71-11. GUILLIAND, J. C.; LEQUEU, B. As vitaminas – do nutriente ao medicamento. São Paulo: Santos, 1995. DEVLIN, T. M. Manual de Bioquímica com correlações clínicas. São Paulo: Edgar Blücher, 1998. pp. 916-932,437-470. LEHNINGER, A. L. Princípios de Bioquímica. São Paulo: Editora Sarvier. 1984. MONTGOMERY, R., CONWAY, T. W., AND SPECTOR, A. A. Bioquímica - Casos y Texto. 6 ed.,Madrid: Hardcourt Brace de Espanã,1998. pp. 1-30. Dutra de Oliveira, J. E. & Marchini, J. S. Ciências Nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998. pp. 133-139. PDF criado com pdfFactory Pro versão de avaliação www.pdffactory.com http://www.pdffactory.com
Compartilhar