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Aspectos Jurídicos na 
Gestão Corporativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO 1 – Aspectos Jurídicos na Gestão Corporativa 
 
1. REGULAÇÃO E ASPECTOS JURÍDICOS 
2. ESTRUTURA JUDICIAL 
3. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos gerais 
4. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos específicos 
5. ASPECTOS TRABALHISTAS NA GESTÃO CORPORATIVA 
6. LEI DA CONCORRÊNCIA 
7. INFRAÇÕES POR COMPETÊNCIA NO ÂMBITO CORPORATIVO 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Módulo 2 – FORMAS DE ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAIS 
 
1 ORGANIZAÇÃO DE NEGÓCIOS: IMPORTÂNCIA, OBJETIVOS, 
PRINCÍPIOS 
1.1 Por que é importante organização no meu negócio? 
1.2 Qual é a organização? 
1.3 Qual é o propósito da organização? 
1.4 Por que é importante organização no meu negócio? 
1.5 Como começar a organizar o meu negócio? 
1.6 Que princípios devem ter em conta quando a Organização? 
 
2 ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 
2.1 Organização Característica 
 
3 Comunicação organizacional 
 
4 Dinâmica de negócios e organização 
 
5 Organização informal 
5.1 As principais características da organização informal 
5.2 As principais características da organização formal 
 
6 Vantagens da organização informal 
 
7 Deficiências de endereço em capacidade de gestão 
 
8 RESUMO 
 
8.1 Nível intermediário 
 
 
 
 
Módulo 3 – INCETIVOS DOS INVESTIMENTOS NA GESTÃO CORPORATIVA 
 
1. Gestão Corporativa 
2. Adesão à Gestão Corporativa 
2.1 Sociedades anônimas 
2.2 Sociedades limitadas 
2.3 Pequenas Empresas Familiares 
3. Situações Propícias ao Investimento em Gestão Corporativa 
 
4. Encargos da Implantação de um sistema de Gestão Corporativa 
 
5. Incentivos ao investimento na Gestão Corporativa – Vantagens e 
benefícios 
 
5.1 Menor Custo de Capital 
5.2 Maior retorno sobre os investimentos 
5.3 Maior valorização nos índices da Bovespa 
5.4 Redução de Conflitos e Riscos 
5.5 Melhor Desempenho 
 5.5.1 Eficiência técnica e produtividade 
 
Módulo 4 – LEI QUE REGEM O DIREITO AMBIENTAL, OS CONTRATOS A 
PROPRIEDADE INTELECTUAL 
 
1. LEIS QUE REGEM O DIREITO AMBIENTAL 
 1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL 
 1.2 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 1.3 LEI DE CRIMES AMBIENTAIS 
 1.4 OUTRAS LEIS AMBIENTAIS 
 1.5 SISNAMA, CONAMA, IBAMA 
 
2. LEIS QUE REGEM OS CONTRATOS 
 2.1 TEORIA DOS CONTRATOS E GESTÃO CORPORATIVA 
 2.2 CÓDIGO CIVIL 
 2.3 LEI DAS LICITAÇÕES 
 
3. LEI DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
MÓDULO 5 – Métodos de treinamento 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Treinamento 
 
2 MODELO DE TREINAMENTO 
 
3 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS 
 
4 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 
 
5 EXERCÍCIO DO COACHING NA GESTÁO CORPORATIVA 
 
6 CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos Jurídicos na Gestão Corporativa 
 
 
 
Sílvia Cristina da Silva 
Nome da Disciplina: Aspectos Jurídicos na Gestão 
Corporativa Módulo 1 - Faculdade Campos Elíseos (FCE) 
– São Paulo – 2016. 
Guia de Estudos – Módulo 1. 
 
Orgs.: Cláudia Regina Esteves 
 
 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversa Inicial 
 
 
No primeiro módulo, abordaremos sobre os aspectos jurídicos no âmbito da 
gestão corporativa, sua regulação e as leis mais utilizadas nesse meio. Para 
tanto, num primeiro momento estudaremos a estrutura judicial encontrada hoje 
no Judiciário brasileiro, bem como sua regulamentação, proibições e deveres. 
Além disso, faremos todo um recorrido a respeito da gestão corporativa em seus 
aspectos gerais e específicos, além de abordar de forma sistemática os aspectos 
trabalhistas passando rapidamente pela Lei da Concorrência e as Infrações por 
competência no âmbito corporativo. 
 
Sendo assim, com a descrição de toda a trajetória, podemos dar início a nossa 
jornada de estudos. 
 
Desejo sabedoria e muito aprendizado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1. REGULAÇÃO E ASPECTOS JURÍDICOS 
 
O Brasil é uma República Federativa, que consiste no Distrito Federal, 26 
estados e mais de 5.000 municípios. Sua capital é Brasília, localizada no Distrito 
Federal. A ordem jurídica brasileira faz parte do sistema de Direito Civil e é 
baseado em codificação e legislação promulgada pelos poderes legislativos 
adequados nos níveis federal, estadual e municipal. 
A lei básica do país é a Constituição Federal, que estabelece: 
(I) o sistema de governo; 
(II) a atribuição de competências para os poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário; e 
(III) a autoridade legislativa das administrações federais, estaduais e municipais. 
Em 1990, através da implementação de um Programa Nacional de 
Desestatização ("Programa de Privatização"), o Governo brasileiro começou a a 
se retirar das atividades que tinham sido constitucionalmente reservadas para 
ele ou outras áreas em que a livre empresa poderia vir a executar de forma mais 
eficiente do que o governo. Como resultado do programa de privatização, muitas 
agências reguladoras foram criadas com o objetivo de regular todas as 
atividades que são consideradas essenciais para a economia do país e da 
população. Portanto, todas as agências reguladoras brasileiras desenvolvem um 
papel crucial na regulação do desenvolvimento de atividades que envolvem, por 
exemplo, saúde, agricultura, abastecimento e alimento, telecomunicações, 
energia, óleo e gás, transporte aero e fluvial, mineração, recursos naturais, etc. 
Andrade 2011, diz que no que tange aos contratos celebrados com a 
Administração Pública, a Lei 8.666 / 1993 (Lei de Licitações) é o principal 
instrumento jurídico que regula todos os contratos firmados entre a Gestão 
Corporativa e a Administração Pública. Ela estabelece uma série de princípios, 
procedimentos e requisitos que devem ser observados pela parte privada e pelos 
órgãos da Administração Pública envolvidos no processo de licitação pública. 
 
 
 
Um outro aspecto importante do sistema regulatório brasileiro é que, 
qualquer pessoa física ou jurídica que tem a intenção de desenvolver atividades 
comerciais (Indústrias, Comércio Geral e prestações de serviços) deve obter 
uma série de registros e licenças para operar de forma legal. Os registros e 
licenças para a gestão corporativa estar efetivamente regulamentada serão 
analisados e concedidos por organismos da Administração Pública federal, 
estadual e municipal. Tais inscrições irão variar de acordo com o 
desenvolvimento da atividade e da localização. 
 
 2. ESTRUTURA JUDICIAL 
 
Segundo Barros, 2010, o sistema judiciário brasileiro é organizado pela 
Constituição Federal do Brasil, que divide a estrutura judicial em tribunais 
federais e estaduais. Em termos gerais, os tribunais brasileiros têm jurisdição 
sobre qualquer litígio relacionado com o território brasileiro. Os tribunais federais 
têm jurisdição exclusiva sobre qualquer ação judicial em que o Governo federal 
ou de qualquer de suas agências ou organismos quase governamentais tem 
interesse em comum, bem como sobre casos que envolvem Estados 
estrangeiros ou agências internacionais. Todos os Tribunais trabalhistas e 
eleitorais também estão sob jurisdição federal. 
No entanto, a maior parte de todos os litígios tanto das gestões 
corporativas quanto as públicas, são entretidas perante os tribunais estaduais. 
Independentemente de um processo ser arquivado em uma entidade federal ou 
um tribunal estadual, as partes têm o direito constitucional de recorrer a um 
tribunal superior através de recurso. Nesse sistema, cada Estado possui sua 
unidade da federação e tem o seu próprio Tribunal estadual onde ingressar com 
esse recurso, chamado de apelação. Num nível superior, chamado de 2ª 
Instância, a estrutura judicial têm dois Tribunais superiores, que são chamados 
de "Superior Tribunal de Justiça" (STJ) e o "SupremoTribunal Federal" (STF), 
ambos localizadasem Brasília. Em termos gerais, o primeiro tem jurisdição sobre 
qualquer caso decidido por tribunais estaduais ou federais de apelações se a 
 
 
 
decisão proferida por qualquer um desses tribunais viola a lei federal. Este último 
tem jurisdição sobre questões constitucionais e também pode rever decisões de 
qualquer tribunal, caso a Constituição tenha sido violada. 
Barros ainda assina que o Brasil é uma jurisdição de direito civil e as 
decisões são baseadas na aplicação das leis estatutárias. Onde não há 
disposição legal específica, os Tribunais podem decidir, quer com base em usos 
e práticas analógicas e gerais, ou pela aplicação de princípios gerais de Direito. 
Em geral, os precedentes não são vinculativos, mas tendem a ser respeitado 
pelos Tribunais inferiores. 
Todas as regras de processo civil são federais e aplicáveis em todo o país, 
permitindo que os advogados os coloquem em prática a nível nacional. O 
processo civil enfatiza testemunhos orais e concentra grande parte da coleta de 
provas em mãos do juiz. O Brasil concede mais poderes para os juízes a fim de 
controlar o processo e de obter provas do que se encontra normalmente em 
outros países onde também se aplica o direito civil. Por isso, somente advogados 
atuantes na gestão corporativa podem cobrar seus honorários de forma 
particular, o que não é possível na Administração Pública. No entanto, ainda 
atuando na gestão corporativa, o profissional jurídico não pode, por exemplo, 
cobrar por depoimentos que a parte irá fazer ou perguntas dirigidas à parte 
contrária. 
 
 
 
Além disso, o sistema brasileiro permite uma multiplicidade de recursos, 
apelos particularmente provisórios que podem atrasar processo por longos 
períodos. Finalmente, todas as decisões são tomadas por juízes. O Tribunal do 
júri, por sua vez, só ocorre nos crimes cometidos contra a vida de uma pessoa, 
tais como casos de assassinato em primeiro grau e aborto. 
 
 
 
Os tribunais federais têm jurisdição exclusiva sobre 
qualquer ação judicial 
 
 
 
Síntese 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos gerais 
 
O Brasil tem uma economia aberta em que o comércio internacional 
desempenha um papel vital onde é regulado legalmente por vários órgãos. O 
país está atualmente classificado como o terceiro maior exportador de produtos 
agrícolas do mundo, de acordo com a Organização Mundial do Comércio. 
Impulsionada por jogadas fortes do mercado e buscando melhorar a confiança 
dos investidores, o Brasil aprovou importantes mudanças em seu quadro legal e 
o regulamentou de forma mais eficaz nos últimos anos, nas sábias palavras de 
Goyos, 2003. Embora a burocracia ainda é dita ser uma restrição em certas 
circunstâncias, mecanismos seguros e expeditos para o investimento 
estrangeiro são importantes pontos em vigor atualmente, bem como as regras 
de câmbios de moeda. 
O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é composto pelos seguintes 
órgãos reguladores e de supervisão: 
 
 
 
No entanto, a maior parte de todos os litígios tanto das 
gestões corporativas quanto as públicas, são 
entretidas perante os tribunais estaduais. 
Independentemente de um processo ser arquivado em 
uma entidade federal ou um tribunal estadual, as partes 
têm o direito constitucional de recorrer a um tribunal 
superior através de recurso. 
 
 
(I) o Conselho Monetário Nacional ("CMN"); 
(Ii) o Banco Central do Brasil ("BACEN"); 
(Iii) a Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"); 
(Iv) a Superintendência de Seguros Privados ("SUSEP"); e 
(V) o Escritório de Previdência Complementar. 
 
O CMN, em conjunto com o BACEN e a CVM, regula o setor bancário 
brasileiro. A política financeira e monetária no Brasil é de responsabilidade do 
CMN. Ele supervisiona as questões monetárias, de crédito, orçamentária, fiscal 
e questões da dívida pública. O CMN estabelece regras sobre: 
 
(I) crédito; 
(Ii) concessão de empréstimos e limites de capital; 
(Iii) emissão da moeda brasileira (Real); 
(Iv) reservas de ouro e divisas; 
(V) a poupança, câmbio e políticas de investimento; e 
(vi) mercados de capitais. O BACEN e a CVM, por sua vez, são responsáveis 
pela execução efetiva dos referidos regulamentos dos mercados e pela 
supervisão. 
 
A Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 instituiu o BACEN e dá algumas 
diretrizes, tais como: 
 
(I) executar as diretrizes monetárias e de crédito estabelecidas pelo CMN; 
(II) regular e fiscalizar as instituições financeiras brasileiras, tanto públicas como 
privadas; 
(III) controlar o fluxo de entrada de moeda estrangeira e de saída; e 
(IV) supervisionar os mercados financeiros brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos específicos 
 
No Brasil, dois tipos de gestão corporativa que são utilizadas 
principalmente em transações de negócios são: a empresa de responsabilidade 
limitada e as sociedades. Em termos gerais, a sociedade de responsabilidade 
limitada oferece uma série de vantagens práticas e é recomendável se os 
parceiros desejam simplicidade e flexibilidade na estrutura corporativa, incluindo 
menores custos de manutenção e a inaplicabilidade de algumas formalidades 
legais que são obrigatórias para as empresas. Porém, os investidores desejam 
sempre que a empresa emita obrigações ou outros títulos no futuro, para se 
tornar uma empresa de capital aberto, bem como para admitir outros grupos de 
investidores, em seguida, a adoção de uma estrutura de corporação que seja 
preferível dando mais expansão a ela. A corporação também é preferível para 
empreendimentos que têm um número maior ou diferentes grupos de acionistas. 
Existem duas categorias de registros públicos de pessoas jurídicas no 
Brasil: registros civis de pessoas jurídicas e de comércio. Ambos têm jurisdição 
estadual. A entidade de negócio, ou seja, a sociedade de responsabilidade 
limitada deve ser registrada na Junta Comercial do Estado onde a sede da 
empresa está localizada, bem como no quadro do comércio de qualquer outro 
Estado onde a empresa abra uma filial. Já as sociedades simples, associações 
e fundações são registradas no registro civil de pessoas jurídicas. Os 
documentos corporativos, por sua vez, tais como alterações aos artigos de 
associações ou o estatuto social, conforme o caso, bem como certas atas das 
reuniões de associados, deve ser apresentado com o respectivo registro da 
empresa. 
Além disso, a sociedade de responsabilidade limitada brasileira, que se 
assemelha a uma sociedade de responsabilidade limitada americana (LLC), é o 
tipo mais comum de empresa no Brasil. Hoje em dia, é responsável por uma 
estimativa de 70% a 85% de todas as empresas constituídas no Brasil. Elas 
variam de pequenas empresas com poucos associados para algumas das 
maiores empresas do país. A sociedade de responsabilidade limitada requer 
 
 
 
pelo menos dois associados. Eles podem ser pessoas físicas ou jurídicas, 
brasileiros ou estrangeiros. Se eles não são residentes no Brasil, eles devem ter 
um advogado no Brasil com poderes para representá-los em assuntos 
corporativos em geral, e para tramitar o processo em seu nome. De acordo com 
as leis brasileiras, os ativos da empresa não estão ligados a valor líquido dos 
associados, eles só serão responsabilizados se eles abusam de seus poderes 
ou violam a lei ou os estatutos. 
No caso em que os ativos da empresa não são suficientes para suportar 
as obrigações da companhia, passando o capital social sem ser totalmente 
integralizado, os associados respondem solidariamente até ao montante do 
capital social. Se o capital social subscrito foi totalmente integralizado pelos 
sócios, eles serão o único responsável até ao montante de suas respectivas 
participações no capital social. Além disso, a sociedade de responsabilidade 
limitada brasileira é organizada através de estatutos, que é um acordo escrito 
entre sócios que devem ser preparados,elaborados de acordo com o Código 
Civil Brasileiro e contem claramente as intenções dos sócios para a empresa, 
tais como fins para os quais a empresa foi constituída, capital social, 
administradores, autoridade dos administradores, etc. 
A incorporação de uma sociedade de responsabilidade limitada ocorre 
com o registro dos estatutos da empresa na Junta Comercial do Estado onde a 
sede da empresa está localizada, concomitantemente com o seu registro junto à 
Receita Federal para a emissão do número de identificação fiscal (o "CNPJ"). 
Uma vez que a empresa está devidamente inscrita junto à Receita Federal, será 
autorizada a abrir contas bancárias no Brasil e executar contratos. Após a sua 
constituição, a empresa de responsabilidade limitada precisa obter outras 
licenças padrão, como o Imposto Municipal, o Imposto Estaduais (se aplicável) 
e a Licença de Operação. Dependendo atividades da empresa, outras licenças 
podem ser necessárias, tais como registros em órgãos governamentais (por 
exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA). No caso de a 
empresa realizar atividades de importação e / ou exportação, tal companhia 
precisará obter uma licença emitida pelo Departamento de Comércio Exterior, 
chamado RADAR. 
 
 
 
As alterações aos estatutos da sociedade exigem a aprovação de 
associado(s) que representam pelo menos 75% do capital social e também deve 
ser registrado na Junta Comercial, ou seja, as sociedades de responsabilidade 
limitada devem adotar um sistema de contabilidade, que consiste em 
contabilidade regular de informação comercial e financeira relacionada com as 
suas atividades. 
Qualquer remessa de recursos para o Brasil por sócios estrangeiros, tanto 
como um investimento ou como um empréstimo, devem ser registrados com o 
sistema eletrônico do Banco Central do Brasil. Esse registro é essencial para o 
futuro pagamento de lucros para os associados estrangeiros, repatriação de 
capital (para investimentos de capital), e / ou pagamento de juros e principal 
(para empréstimos). Todos os estrangeiros que detêm participação em 
sociedades brasileiras devem estar registrados no Cadastro Nacional de 
Pessoas Jurídicas para obter um número de identificação de contribuinte das 
empresas (CNPJ) se eles são uma entidade jurídica, ou um número individual 
de identificação de contribuinte (CPF) se eles são pessoas físicas. 
Por sua vez, o capital social de uma sociedade de responsabilidade 
limitada é dividido em quotas, que podem ser atribuídas e transferidas. O número 
e a propriedade das quotas devem ser identificados nos estatutos da empresa. 
Se não há disposição em contrário dos estatutos, as transferências de quotas 
para outros associados ou terceiros são permitidas, a menos que estes 
representem mais de um quarto do capital social que não concorda com essa 
transferência. Como regra geral, nenhum estoque de capital mínimo é exigido 
(exceções em caso de obtenção de certas licenças). No entanto, o capital social 
deve ser coerente com as necessidades operacionais iniciais da empresa. No 
caso em que seja necessário mais, os associados podem aumentar o capital 
social da empresa a qualquer momento, desde que o estoque de capital 
existente já tenha sido realizado através de uma alteração dos estatutos. 
Não obstante, os associados podem pagar o capital social com dinheiro, 
créditos ou bens, e não há prazo legal estabelecido pela lei para o pagamento 
dos mesmos. Serviços não podem ser prestados em troca de pagar em capital 
social. Já os aumentos de capital só serão permitidos após o pagamento integral 
 
 
 
 
do valor anteriormente subscrito. A sociedade de responsabilidade limitada pode 
ser gerida por uma ou mais pessoas, sócios ou não, cidadãos brasileiros ou 
estrangeiros, desde que sejam residentes no Brasil. O gerente será responsável 
pela gestão e representação da empresa. 
Os estatutos podem estabelecer diferentes níveis de controle para a 
empresa e determinar quais os assuntos que dependem de autorização prévia 
dos parceiros, para além das questões já previstas pela lei. 
Como regra geral, os gestores da empresa não são responsáveis por atos 
praticados no curso normal dos negócios. No entanto, há casos que sim, sendo 
eles: 
1 - Se envolvem em condutas negligentes ou abusivos (abuso ou uso 
indevido de poderes corporativos), embora dentro do nível das suas funções ou 
poderes; ou 
2 - Ato em violação da lei ou dos estatutos, que será realizada 
pessoalmente pelo responsável no âmbito do direito civil pelos prejuízos que 
causaram. Por outro lado, a legislação brasileira prevê outros tipos de entidades 
empresariais, como a sociedade simples), a sociedade em conta de 
participação), a sociedade coletiva, a sociedade limitada (Sociedade em 
comandita simples), associações e fundações. No entanto, esses tipos de 
entidades jurídicas não são comumente adotadas, a menos que haja uma 
decisão de negócios ou razão específica operacional que justifica a adoção de 
qualquer um destes tipos de pessoas jurídicas. 
Em 2011 um novo tipo de gestão corporativa foi criada a Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI (que é uma sociedade de 
responsabilidade limitada individual). A EIRELI é formada por uma única pessoa, 
brasileiro ou estrangeiro. Desde que a EIRELI foi criada, houve uma discussão 
pessoa jurídica poderia formar uma EIRELI. Mesmo que o Departamento de 
Registro Empresarial e Integração-DREI (a autoridade federal brasileira que 
regula as Câmaras de Comércio) estabeleceu que EIRELI não poderia ser 
formada por pessoas jurídicas, algumas ações judiciais foram movidas para 
discutir este assunto. Não há nenhuma decisão final ainda sobre este assunto. 
 
 
 
 
 
Para existir validamente, a EIRELI será arquivada perante a Câmara de 
Comércio do Estado onde ela está localizada. A EIRELI deve ter um capital 
mínimo de 100 (cem) vezes o salário mínimo em vigor no Brasil, que serão 
totalmente subscritos e integralizados na data da sua constituição, e seu 
proprietário será responsável por suas obrigações até ao montante do seu 
capital social. 
 
 
 
 
A cessão e transferência de propriedade da EIRELI é permitida. No 
entanto, não é permitido que um indivíduo seja o proprietário de mais do que 
uma EIRELI. As regras aplicáveis a uma sociedade de responsabilidade limitada 
serão aplicadas na forma mutatis mutandis a uma EIRELI. 
 
Síntese 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A incorporação de uma sociedade de responsabilidade limitada 
ocorre com o registro dos estatutos da empresa na Junta Comercial 
do Estado onde a sede da empresa está localizada. 
No Brasil, dois tipos de gestão corporativa que 
são utilizadas principalmente em transações 
de negócios são: a empresa de 
responsabilidade limitada e as sociedades. Os 
estatutos podem estabelecer diferentes níveis 
de controle para a empresa e determinar quais 
os assuntos que dependem de autorização 
prévia dos parceiros, para além das questões 
já previstas pela lei. 
 
 
 
 5. ASPECTOS TRABALHISTA NA GESTÃO CORPORATIVA 
 
Uma das características mais significativas do sistema de trabalho do 
Brasil é que as leis regulam os detalhes das relações de trabalho / gestão numa 
extensão muito maior do que em outros países. Além disso, o conceito de 
negociação coletiva também é muito forte no Brasil. Abaixo elencaremos alguns 
desses aspectos: 
 
✓ Código Trabalhista Brasileiro 
A maioria dos direitos dos trabalhadores são compilados no que é conhecido 
como o Código do Trabalho, ou CLT ("Consolidação das Leis do Trabalho"). Os 
direitos trabalhistas básicos concedidos aos empregados no Brasil são os 
seguintes: 
 
✓ Limite legal de horas normais de trabalho 
A legislação brasileira determina que as horas de trabalho no Brasil são limitadas 
a 44 horas por semana ou oito horas por dia (inciso XIII, o artigo 7º da 
Constituição Federal),salvo disposições em contrário através de uma convenção 
ou de um acordo celebrado com o sindicato relevante. 
 
✓ Período de férias 
Após a conclusão de cada período de doze meses de trabalho, os empregados 
têm direito a férias pagas de até 30 dias, além de um pagamento suplementar 
igual a um terço desse montante. 
 
✓ Salário mínimo 
Os empregados têm direito a um salário mínimo federal obrigatório mensal, que 
é reajustado anualmente pelo governo brasileiro (atualmente de R $ 880,00, 
oitocentos e oitenta reais). Alguns Estados brasileiros também definem um 
salário mínimo regional, que devem ser respeitado por uma empresa de 
desenvolvimento de suas atividades naquele Estado. Além disso, acordos de 
 
 
 
negociação coletiva podem igualmente fixar um salário mínimo, que deve ser 
concedido se for maior do que o salário mínimo federal / estadual. 
 
✓ 13º salário 
Direito a uma gratificação anual chamado de 13º salário, normalmente pago no 
final do ano, com base em um doze avos dos seus ganhos de Dezembro para 
cada mês trabalhado naquele ano. O empregador deverá pagar 50% do 13º 
salário previamente entre fevereiro e novembro do mesmo ano a que o 13º 
salário é relacionado, a critério do empregador, a menos que o empregado 
solicita o avanço 
desse valor junto com suas férias em janeiro do ano em que o 13º salário está 
relacionado. 
 
✓ Lucro / partilha de resultados 
Participação de um plano de lucros / resultados partilha da empresa, 
implementado por um programa específico negociado entre empregadores, 
empregados e sindicato dos Trabalhadores, nos termos da Lei Federal nº 10.101 
de 2000. 
 
✓ Pagamento de hora extra 
Empregados no Brasil têm direito a pagamento de horas extras com um subsídio 
adicional de pelo menos 50% da taxa horária; trabalho extraordinário aos 
domingos e feriados, quando autorizado, devem ser pagos com um subsídio 
adicional de pelo menos 100% da taxa horária. O acordo coletivo de trabalho 
aplicável pode definir um subsídio de horas extras superior. 
 
✓ Licença maternidade 
Empregados no Brasil têm direito a licença-maternidade remunerada de 120 dias 
(o valor pago pelo empregador é compensado por contribuições para o INSS 
regido pela Lei 11.770 de 2008 que estabelece que os empregadores podem se 
 
 
 
 
 
estender à licença maternidade por um período adicional de dois meses, desde 
que o empregador pague os salários do empregado durante este período 
adicional e o empregado seja membro do programa do governo federal chamado 
de "Empresa Cidadã". Os empregadores que concedem este benefício aos seus 
empregados têm direito a um benefício fiscal; 
 
✓ Licença de paternidade 
Empregados no Brasil têm direito a 5 dias de licença de paternidade; Lei 13.257 
de 2016 que estabelece que os empregadores podem se estender a licença de 
paternidade a um período de 15 dias adicionais, totalizando 20 dias, desde que 
o empregador pague os salários do empregado durante este período adicional e 
o empregado seja membro do mesmo programa "Empresa Cidadã", aplicável 
para a licença de maternidade. Os empregadores que concedem este benefício 
aos seus empregados têm direito a um benefício fiscal. 
 
 6. LEI DA CONCORRÊNCIA 
 
Ribeiro, 2007 traz à tona a discussão sobre a defesa da concorrência no 
Brasil baseando-se no artigo 173, § 4º, da Constituição Federal e na Lei 12.529 
de 2011 que visa proteger princípios constitucionais como o da livre iniciativa e 
da concorrência aberta, a função social da propriedade, defesa dos 
consumidores e a repressão ao abuso do poder econômico. O Sistema Brasileiro 
de Defesa da Concorrência (SBDC) é responsável pela defesa da concorrência 
no Brasil. O SBDC é composto principalmente pelo Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica (CADE), diretamente envolvida na prevenção e investigação 
de condutas anticompetitivas e da Secretaria de Acompanhamento Econômico 
(SEAE), que é responsável pela defesa da concorrência. 
O CADE tem dois atributos principais: preventivos e repressivos. O papel 
preventivo refere-se à análise e controle de fusões que podem conduzir a 
concentração econômica ou para o abuso de uma posição dominante no 
 
 
 
mercado. O papel repressivo tem o objetivo de identificar e punir os agentes 
econômicos que tenham praticado infrações contra a ordem econômica (conduta 
anticompetitivas). No Brasil, um sistema de notificação pré-fusão teve de ser 
adotada desde 2012. Assim, as empresas devem apresentar as suas operações 
ao CADE e esperar por uma decisão favorável antes de tomar quaisquer 
medidas que visem à implementação do acordo. 
A lei da concorrência brasileira estabelece que a notificação obrigatória 
será exigida nos casos de quaisquer atos ou acordos em que: 
 
1 - qualquer uma das entidades envolvidas na operação, ou o respectivo "grupo 
de empresas" a que pertencem, teve um faturamento bruto anual ou volume 
global de negócios igual ou superior a R $ 750.000.000,00 (setecentos e 
cinquenta milhões de reais) no Brasil, durante o ano fiscal anterior; 
cumulativamente com: 
2 - o faturamento bruto anual ou o volume global de negócios no Brasil, por 
qualquer outra entidade envolvida ou o seu respectivo "grupo de empresas", 
igual ou superior a R $ 75.000.000,00 (setenta e cinco milhões de reais), durante 
o ano fiscal anterior. 
 
De acordo com a resolução do CADE não deve ser entendido por grupo de 
empresas: 
 
1 - Um conjunto de empresas sujeitas a um controle comum, interna ou 
externamente; e 
2 - As empresas nas quais as empresas mencionadas no item (I) acima espera, 
direta ou indiretamente, pelo menos 20% (vinte por cento) do capital social ou 
do capital votante; 
 
Em respeito aos fundos de investimento, o CADE aprovou alterações 
significativas para a definição de "grupo econômico", estabelecido pela 
Resolução CADE n. 02/2014. De acordo com as novas regras, a seguinte 
definição deve ser considerada como parte do mesmo grupo econômico: 
 
 
 
 
1 - O volume de negócios dos acionistas titulares, direta ou indiretamente, pelo 
menos 50% das cotas do fundo envolvido na transação (por meio de participação 
individual ou de acordo de acionistas); e 
 
2 - O volume de negócios das empresas do portfólio controlados pelo fundo de 
investimento diretamente envolvido na transação e as empresas nas quais o 
fundo detenha, direta ou indiretamente, pelo menos 20% de seus estoques de 
capital ou de voto. 
No entanto, no caso da transação envolvendo fundos de investimento 
estará sujeito a submissão obrigatória, à informações sobre outros fundos de 
investimento sob a mesma direção e as empresas terão que ter portfólio que 
podem ser necessários para fins de avaliação dos efeitos de concorrência no 
mercado. 
O prazo máximo para a análise a ser realizada pelas autoridades de 
concorrência é de 240 dias, o que pode ser prorrogado por até 60 dias, a pedido 
das partes, ou até 90 dias, a pedido do CADE. Seu Regimento Interno prevê a 
aprovação automática de transações que não são revistas no prazo legal aqui 
referido. No entanto, de notar que os casos apresentados no âmbito do processo 
sumário são decididos pela Geral-Superintendência, o prazo de 30 (trinta) dias 
é o que será respeitado. Já com relação à fusão, a Geral-Superintendência 
também tem o direito de conceder folga sobre as transações que não colocam 
problemas de concorrência sem a sua submissão ao Tribunal do CADE. Sob tais 
circunstâncias, o direito do Tribunal de arrogar jurisdição e avaliar a transação é 
preservado, bem como o direito de terceiros para desafiar as decisões do 
Superintendente perante o Tribunal. Diante de tal fato é possível e terceiros 
apelos das partes, uma vez que o Geral-Superintendência limpa a operação e 
as partes têm de esperar por um período de 15 dias para fechar e implementar 
a nova transação. 
 No que diz respeito aos acordos associativos, tendo em vista a faltade 
uma definição legal sobre esse conceito quando a lei foi promulgada, houve uma 
grande incerteza jurídica em termos de apresentações envolvendo contratos 
gerais celebrados entre partes que atingiram os limiares legais referidos acima. 
 
 
 
 
No entanto, mais recentemente o CADE introduziu a definição de "acordos 
associativos" através da Resolução nº. 10/2014. 
De acordo com a nova resolução, um Acordo associativo equivale a um 
ato de concentração se o seu termo legal for igual ou superior a dois anos ou, 
no momento da renovação, o período de 2 anos é atingido ou ultrapassado, e: 
 
(I) sempre que dá origem a sobreposição horizontal entre as partes contratantes 
ou seus respectivos grupos econômicos em relação ao objeto do acordo, a sua 
quota de mercado for superior a 20%; ou 
II - sempre que dá origem a ligações verticais entre as partes contratantes ou 
seus respectivos grupos em relação ao objeto do acordo, pelo menos uma delas 
detém 30% ou mais da quota de mercado em um mercado afetado verticalmente 
relacionado, e desde que o acordo contenha: 
 
(A) uma cláusula de participação nos lucros / prejuízos, ou 
(B) obrigações de exclusividade decorrentes do acordo. 
 
A concentração de Atas está sujeita à apresentação obrigatória às 
autoridades que não podem ser implementadas antes da decisão do CADE, sob 
pena de nulidade. Em caso de não cumprimento do período obrigatório de 
espera, assim consumindo ou implementando a transação ou uma parte dela 
que deve resultar em uma multa de R $ 60.000,00 (sessenta mil reais) a R$ 
6.000.000,00 (seis milhões de reais), além do processo administrativo para 
avaliar os aspectos de concorrência da operação. Os atos implementados antes 
da liberação também podem ser declarados nulos e sem efeito. 
Por outro lado, de acordo com essa lei, as submissões devem ser 
apresentadas às autoridades, preferencialmente, após a execução de um 
documento vinculativo entre as partes e antes de sua implementação, e as partes 
devem manter inalteradas as estruturas físicas e condições de concorrência 
entre elas. As partes são, portanto, impedidas de promover qualquer cessão de 
bens ou exercício de influência de um para outro, bem como a partilha de 
qualquer informação sensível que não sejam estritamente necessárias para a 
execução dos documentos vinculativos. 
 
 
 
 
A este respeito, em 20 de maio de 2015, o CADE publicou suas Diretrizes, 
visando estabelecer padrões a serem utilizados como referência para empresas 
em negociações. As orientações não são vinculativas, mas são um indicador 
importante da abordagem rigorosa do CADE para essas práticas. Deve ser 
possível para as partes para solicitar uma autorização de precaução do Relator 
para a implementação da transação, desde que as circunstâncias do caso assim 
o exigirem e são mantidas as condições para a preservação da reversibilidade 
da operação. O ônus de demonstrar perdas financeiras, mediante as partes, 
resultantes de um atraso de encerramento, são significativamente elevados. 
No mesmo sentido, a concentração de atas podem resultar na exclusão 
da concorrência numa parte substancial do mercado relevante, ou pode criar ou 
dar força a uma posição dominante, ou resultar na dominação de mercado 
relevante. No entanto, a transação pode ser autorizada se os estritos limites 
necessários para a realização dos seguintes objetivos são observados, 
alternativa ou cumulativamente: 
 
(I) aumento de produtividade ou de forma competitiva; 
(II) aumento da qualidade do produto ou serviço; ou 
(III) aumento de eficiência e desenvolvimento tecnológico / econômico, 
 
 
 
Ao analisar a transação, o SBDC levará em consideração qualquer destes 
ganhos de eficiência. Finalmente, nos casos em que os potenciais efeitos 
anticoncorrenciais são identificados, o CADE pode bloquear toda a transação 
prevista ou, mais provável, condicionalmente aprová-lo, de se envolver em 
negociações e exigindo que as partes para executar o chamado Compromisso 
em Controle de Concentração - ACCs. 
 
 
CADE introduziu a definição de "acordos associativos" através da 
Resolução nº. 10/2014. 
 
 
 
 
 7. INFRAÇÕES POR COMPETÊNCIA NO ÂMBITO 
CORPORATIVO 
 
A Lei da Concorrência estabelece, em seu artigo 36, que qualquer ato, 
intencional ou não, capaz de produzir os seguintes efeitos, ainda que tais efeitos 
não sejam alcançados, será considerada uma violação da ordem econômica: 
 
(I) limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre 
iniciativa; 
(II) para controlar um mercado relevante de um determinado produto ou serviço; 
(III) para aumentar os lucros em uma base discricionária; ou 
(IV) ao abuso de uma posição dominante em um determinado mercado. 
 
A conduta é analisada numa base caso a caso, utilizando uma abordagem 
de Estado de razão. Por sua vez, o n.º 3 do artigo 36 da mesma lei prevê uma 
lista não exaustiva de condutas que possam constituir uma violação da ordem 
econômica na medida em que eles podem produzir qualquer um dos efeitos 
mencionados no artigo 36, acima referido, tais Como: 
 
(I) a fixação de preços; 
(II) as restrições territoriais e de base de clientes; 
(III) acordos de exclusividade; 
(IV) a recusa de negociar; 
(V) impedir acessos de concorrentes; 
(VI) a discriminação de preços; 
(VII) Preço de Revenda de manutenção, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Lei da Concorrência estabelece também multas para as empresas 
envolvidas que variam de 0,1% a 20% da receita no segmento de atividade 
envolvida no ano anterior à abertura do processo administrativo. A Resolução do 
CADE publicada em 31 de maio de 2012 prevê uma lista dos segmentos de 
atividade de negócios que devem ser levados em consideração como base para 
o cálculo de possíveis multas, de acordo com o artigo 37 da lei. Com relação a 
multas administrativas pessoais para os gestores, a nova lei prevê uma série de 
multas de 1% a 20% da multa aplicada à empresa. Além disso, no caso de 
associações, as faixas aplicáveis se dão a partir de um mínimo de R$ 50.000,00 
(cinquenta mil reais) e um valor máximo de R $ 2.000.000.000,00 (dois bilhões 
de reais). 
Além das multas pecuniárias estabelecidas acima, e considerando a 
gravidade da infração, as seguintes penalidades podem também se aplicar: 
 
(I) a expensas do infrator, a publicação de meia página do resumo da 
sentença em um jornal nomeado pelo tribunal durante dois dias 
consecutivos, de uma a três semanas consecutivas; 
(II) proibição de processos de financiamento ou de licitação oficiais que 
envolvam compras, vendas, obras, serviços ou concessões de 
serviços com as autoridades federal, estadual, municipal e do Distrito 
 
A lei da concorrência brasileira estabelece que a notificação 
obrigatória será exigida nos casos de quaisquer atos ou acordos 
em que: 
 
1 - qualquer uma das entidades envolvidas na operação, ou o 
respectivo "grupo de empresas" a que pertencem, teve um 
faturamento bruto anual ou volume global de negócios igual ou 
superior a R$ 750.000.000,00, durante o ano fiscal anterior; 
cumulativamente com; 
2 – onde o faturamento bruto anual ou o volume global de 
negócios no Brasil, por qualquer outra entidade tenha sido 
envolvida no seu respectivo "grupo de empresas". 
 
 
 
Federal e entidades relacionadas, por um período igual ou superior a 
cinco anos; 
(III) recomendação de licenças obrigatórias para patentes de titularidade 
do infrator; 
(IV) da empresa spin-off, transferência de controle societário, venda de 
ativos, cessação parcial de atividades; entre outros. 
 
 Considerações Finais 
 
Finalizando o módulo 1, esperamos que você tenha compreendido quais 
os aspectos jurídicos mais relevantes na gestão corporativa. Além disso, 
destacar que o Brasil tem alcançado uma posição de destaque na economia 
global na última década e atualmente é um dos países em desenvolvimentomais 
dinâmicas do mundo. O mercado interno, devido a um plano de distribuição de 
renda bem-sucedida, compreende hoje mais de cem milhões de consumidores 
com poder de compra relevante. As operações de comércio internacional 
quadruplicaram de 2002 a 2012. O tráfego de aeroportos e estradas dobrou no 
mesmo período. Na agricultura, o Brasil ocupa o primeiro lugar como exportador 
de carne, frango, suco de laranja, café, açúcar e segundo lugar como exportador 
de soja. Tal cenário, no entanto, não pode ser sustentado e continuado sem o 
desenvolvimento de projetos de infra estruturas para o fornecimento das 
exigências mencionadas acima. O Governo percebeu que a infra estrutura 
disponível não seria suficiente e os tempos que virão com base nas perspectivas 
futuras não são tão prósperos. 
Sendo assim, recentemente, o Governo brasileiro anunciou uma nova 
rodada de concessões no valor de até R $ 190,000,000,000.00 (cento e noventa 
milhões de reais) em investimentos. Isto é esperado para ser o maior plano de 
investimentos em infraestrutura a ser implantado no Brasil. Além disso, as 
oportunidades no setor de infraestrutura brasileira estão relacionados não só 
 
 
 
 
para concessões, parcerias público-privadas e obras públicas contratadas 
diretamente com o Governo brasileiro, mas também com os suprimentos 
complexos e abrangentes de bens e serviços necessários para realizar tais 
contratos, o que significa grandes oportunidades para cada todos os tamanhos 
de negócios. Neste sentido, torna-se indispensável para conhecer e 
compreender as formas pelas quais a relação entre o governo e a gestão 
corporativa pode interagir. 
Finalmente, para poder administrar uma empresa ou uma organização de 
maneira eficiente, é preciso ter em conta várias regras que devem ser aplicadas 
ao pé da letra. Desde materializar complexas ideias até cuidar dos detalhes mais 
simples e pequenos, tudo é muito importante para conseguir sempre o melhor 
rendimento. A gestão corporativa, segundo o que pudemos ver no estudo acima, 
implica em conhecer muitos aspectos como a administração dos investimentos, 
as leis que regem toda essa prática, a logística, o potencial do capital humano e 
outras questões que são fundamentais para que uma organização possa chegar 
a ser eficiente e alcançar seus objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas de Organizações Empresariais 
 
 
 
Professor: Sílvia Cristina da Silva 
Disciplina: Aspectos jurídicos na Gestão Corporativa – 
Módulo 1 – Formas de organização Empresariais 
Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. 
 
Guia de Estudos 
 
Orgs.: Cláudia Regina Esteves 
 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversa Inicial 
 
 
Neste quarto módulo, discutiremos a as formas de constituição das organizações 
empresariais. Nesse apanhado, vamos explicar organização de negócios: 
importância, objetivos, princípios. Além disso, veremos a comunicação 
organizacional, bem como a dinâmica de negócios e organização em seus 
aspectos formal e informal. Verificaremos as vantagens da organização informal 
e as deficiências de endereço em capacidade de gestão. Finalmente, veremos 
como incentivar uma melhor prática de gestão. Agora com a descrição de toda 
a trajetória, podemos iniciar a nossa jornada. 
 
 
 
 
 
 
 Ótimos estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 Organização de Negócios: Importância, objetivos, princípios 
 
CORDEIRO (2011), alega que o início de uma empresa e / ou negócio 
começa com o primeiro passo "Planejamento" (que nos diz que será aquilo que 
vai fazer). Após a conclusão desta etapa continuamos com o seguinte a 
"Organização" (isto se refere a maneira como será feita). Dessa forma, uma 
organização é, portanto, um processo estabelecido por etapas, que todos devem 
aprender a alcançar o melhor desempenho como empresa. A organização é o 
arranjo ordenado de recursos e funções consideradas necessárias para cumprir 
um objetivo, ou seja, é a criação da estrutura necessária para a sistematização 
racional dos recursos, determinando hierarquias, layout, correlação e 
agrupamento de atividades, a fim de realizar e simplificar funções de negócios. 
O objetivo é simplificar o trabalho, coordenar e otimizar as funções e recursos, 
isto é, seu objetivo é mostrar tudo para ser simples e fácil para aqueles que 
trabalham na empresa e para os clientes. 
Na fase de estrutura de organização permitirá melhor coordenação dos 
recursos e atividades para alcançar as metas estabelecidas no planejamento 
que será projetado. 
 
1.1 Por que é importante organização no meu negócio? 
 
GARCIA (2005), aponta que a organização de sucesso ajuda a atingir os 
objetivos da seguinte maneira: 
- Ela ajuda a fazer melhor uso dos meios disponíveis; 
- Ela ajuda a ter uma melhor compreensão e comunicação entre os membros da 
empresa; 
 
 
 
- Fornecer métodos para que possam realizar as atividades de forma eficiente, 
com o mínimo esforço; 
- Evitar a lentidão e ineficiência de atividades, reduzindo custos e aumentando a 
produtividade; 
- Reduz ou mesmo elimina a duplicação de esforços, através da definição de 
papéis e responsabilidades. 
O início de uma empresa e / ou negócio começa com o primeiro passo 
"Planejamento" (que nos diz que é o que vai fazer) após a conclusão desta etapa 
continuamos com o seguinte a "Organização" (isto nos diz que a maneira assim 
vai). Fazer e sociedades gestoras corretamente é, portanto, um processo 
estabelecido por etapas, que todos devem aprender a alcançar o nosso melhor 
desempenho como empresa. 
 1.2 Qual é a organização? 
 
GARCIA (2005) também aponta que a organização é o arranjo ordenado de 
recursos e funções consideradas necessárias para cumprir o nosso objetivo, ou 
seja, é a criação da estrutura necessária para a sistematização racional dos 
recursos, determinando hierarquias, layout, correlação e agrupamento de 
atividades, a fim de realizar e simplificar funções de negócios. 
 1.3 Qual é o propósito da organização? 
O objetivo é simplificar o trabalho, coordenar e otimizar as funções e recursos, 
isto é, seu objetivo é mostrar tudo para ser simples e fácil para aqueles que 
trabalham na empresa e para os clientes. Na fase de estrutura de organização 
permite melhor coordenação dos recursos e atividades para alcançar as metas 
estabelecidas no planejamento que é projetado. GARCIA (2005). 
 
 
 
 
 
1.4 Por que é importante organização no meu negócio? 
A organização de sucesso ajuda a atingir os objetivos. 
Ele ajuda a fazer melhor uso dos meios disponíveis 
Ela ajuda a ter uma melhor compreensão e comunicação entre os membros da 
empresa. 
Fornece métodos para que possam realizar as atividades de forma eficiente, com 
o mínimo esforço. 
Evitar a lentidão e ineficiência de atividades, reduzindo custos e aumentando a 
produtividade. 
Reduz ou mesmo elimina a duplicação de esforços, através da definição de 
papéis e responsabilidades. GARCIA (2005) 
 
1.5 Como começar a organizar o meu negócio? 
Temos de começar por conhecer e definir 4 primeiros passos. A partir deles 
podemos salvar uma grande quantidade de dados que servirão para criar a 
estrutura organizacional da nossa empresa. SILVA (2005). 
- SabeR o propósito da empresa. 
- Dividir o trabalho em operações ou atividades. 
- Atividades de grupo em outras áreas. 
- Definir a atividade, obrigação e uma área de delegação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 Que princípios devem ter em conta quando a Organização? 
Estabelecer uma organização hoje é baseada em princípios que devem ser 
seguidos completamente para excelente organização empresarial, segundo 
SILVA (2005): 
Objetivo: Todas as atividades estabelecidas na organização devem estar 
relacionadascom os objetivos e propósitos da empresa, existência de um lugar 
ou área que só se justifica se ela serve para realmente alcançar os objetivos. 
Expertise: O trabalho de uma pessoa deve ser limitado na medida do possível, 
a realização de uma única atividade; O âmbito de aplicação mais específica deve 
ter ao menos um indivíduo, uma maior eficiência e a sua habilidade. 
Hierarquia: É necessário estabelecer centros de autoridade que se emanam 
necessárias para atingir planos de comunicação, em que a autoridade e o fluxo 
de responsabilidade do mais alto executivo para o nível mais baixo são 
necessários. 
Unidade de controle: Ao determinar um centro de autoridade e decisão para 
cada função deve ser atribuído um único chefe e os subordinados não devem 
relatar a mais de um chefe. 
Divulgação: A obrigação de cada posição é cobrir autoridade e 
responsabilidade que deve ser publicada e disponibilizada por escrito a todos os 
membros da empresa que se relacionam com ele. 
Coordenação: Unidades de uma organização devem ser sempre mantidas em 
equilíbrio (marketing, finanças, produção, recursos humanos). 
Balanço: há uma necessidade de aplicação equilíbrio dos princípios ou técnicas, 
no entanto, devem ser equilibradas para garantir a eficácia global da estrutura 
para atender os objetivos da empresa em qualquer estrutura. 
Flexibilidade: O mais surpreendente é a tomada de decisões para dar maior 
flexibilidade à estrutura de uma organização, poder desempenhar melhor o seu 
propósito. Em cada estrutura deve incorporar procedimentos e técnicas para 
antecipar e reagir à mudança. A estrutura da organização permite a melhor 
 
 
 
 
coordenação dos recursos e atividades para alcançar os objetivos estabelecidos 
durante o planejamento da mesma. 
 
2 Organização empresarial 
 
A seção maior de lidar quando falamos em administração de empresas é 
a organização. Em seguida, é necessário estudar o conceito de organização e 
seu papel na empresa. Dessa forma, vamos ver como classificar diferentes tipos 
de organização e, finalmente, tentar verificar o seu design e comunicação que 
deve existir em todas essas organizações. Sabemos que as principais tarefas de 
administração de empresas onde estão o planejando e a organização. Depois 
do primeiro planejamento de tarefas, começamos com a organização. A 
organização é o design e manutenção de um sistema operacional baseado em 
determinar os papéis a serem cumpridas por cada pessoa que integra a 
empresa, bem como as relações estabelecidas entre eles. O objetivo da 
organização é maximizar os resultados obtidos com a colaboração, o trabalho e 
a relação de todos os membros de uma empresa. 
 
 2.1 Organização Característica 
De acordo com GARCIA (2005), a função organizacional é estabelecer as 
diferentes funções organizacionais em uma lógica e eficaz para criar uma 
estrutura que possa constituir num meio eficaz para alinhar as diferentes 
atividades a fim de realizá-las para atingir os objetivos. 
Assim, poderíamos dividir a função organizacional em duas partes, segundo 
GARCIA (2005); 
 
 
 
 
 
 
 
a) funções organizacionais: 
- Os objetivos atribuídos a cada pessoa deve atender a todas as características 
de alvos (consistentes, mensuráveis no tempo, realizáveis, aceites por todos os 
interessados, flexíveis às mudanças no meio ambiente, hierárquicos e fáceis de 
entender). 
- As atividades a serem desempenhadas por cada pessoa devem ser 
perfeitamente definidas e claras 
- A determinação de áreas e níveis de autoridade de cada pessoa. 
 
b) Criação de estrutura: 
- Dividir as atividades totais da empresa em atividades de grupo que contribuam 
para alcançar os objetivos. 
- Atribuir a cada grupo de atividade responsável com a finalidade de 
supervisionar o trabalho de cada membro da pessoa grupo. 
- Coordenar horizontalmente e verticalmente ao longo da estrutura criada. 
 
Classificação da organização 
 Já quando se fala neste tema, GARCIA (2005), informa que existem dois 
tipos de organização: formal e informal. 
- Organização formal: a organização é formal quando as pessoas estão 
trabalhando em conjunto para alcançar uma série de objetivos previamente 
definidos e comuns: 
- Cada parte sabe o papel que deve desempenhar e os limites de sua autoridade. 
- Deve permitir um certo grau de autonomia para utilizar as suas capacidades e 
competências de cada pessoa. 
- Segue o princípio do objetivo: uma organização é eficaz se ela permite que 
cada pessoa a contribua com o seu trabalho para alcançar os objetivos da 
empresa. 
- Seguir o princípio da eficiência: uma organização é eficiente quando se é capaz 
de atingir os objetivos com o menor custo possível. 
- A organização informal: São metas estabelecidas comum a todos os indivíduos, 
mas determinam metas individuais para cada um deles. 
 
 
 
2.1 Organização empresarial – fluxogramas 
 
Na seção anterior, quando se classificou a organização, vimos que esta 
compõe um conjunto de indivíduos. Cada um deles terá uma série funções, 
cargos, responsabilidades que serão representados pelo desenho da 
organização. O projeto de organização é uma representação gráfica dos vários 
componentes da organização, da sua distribuição e da sua ordem. Neste texto a 
chamaremos estrutura organizacional de uma empresa, segundo SILVA (2005): 
Uma organização deve diferenciar: 
- Os elementos que compõem a organização. 
- Os diferentes níveis e posições de autoridade. 
Existem muitos tipos de organização. Vamos olhar para a principal e mais 
comum no mundo dos negócios: os departamentos funcionais, territorial, o 
produto e matriz. 
 
 
 
 
FONTE: http://www.ufal.edu.br/nti/institucional/1nti.jpeg/view 
 
 
 
 
http://www.ufal.edu.br/nti/institucional/1nti.jpeg/view
 
 
 
- Diagrama funcional com funções de departamentos definidos (diretor, 
responsável) e, quando os departamentos acrescentam ao papel de 
determinada área de negócio (finanças, marketing, ...) 
Agora vamos continuar com os diferentes tipos de organogramas de 
negócios. SILVA (2005), estabelece alguns como podemos ver abaixo: 
 
- Regional Organizacional: a ênfase da organização encontra-se com as áreas 
geográficas. 
- Organização por produto: a ênfase é sobre os produtos fabricados a partir de 
muitas referências. 
 
FONTE: http://areasdeintegracao.blogspot.com.br/2014_08_01_archive.html 
 
 
 3 Comunicação organizacional 
 
Comunicação, em seu sentido mais geral, é a transmissão de informações 
de um emissor para um receptor, para que este possa entender. Nos negócios, 
A comunicação organizacional não se limita ao que precede. As funções da 
comunicação organizacional são, de acordo com GARCIA (2005): 
 
 
 
http://areasdeintegracao.blogspot.com.br/2014_08_01_archive.html
 
 
- Assegurar que todos sabem os objetivos que a empresa propôs. 
- Certifique-se de que qualquer membro da empresa obtém as informações 
necessárias para a tomada de decisões relativas à realização dos objetivos. 
- Criar e gerir um clima adequado para a colaboração e cooperação entre as 
pessoas, através da transmissão de mensagens adequadas. 
- Para facilitar a obtenção das informações necessárias para a boa execução de 
planos de negócios. 
- Relacionar-se com a empresa com o meio ambiente através de uma troca de 
informações adequado. 
Em suma, durante esta unidade, temos investigado o conceito de 
empresa e temos visto os diferentes tipos de negócios que podemos encontrar 
dependendo de uma série de variáveis, tais como propriedade do capital, o 
tamanho da empresa, setor de atividade ou estrutura do mercado. Finalmente, 
temos percebido a importância da gestão de negócios para a empresa. 
 
 
 4 Dinâmica de negócios e organização 
 
Dentro deste tópico, vamos aprofundar e relembrar um pouco mais os 
seguintes pontos, segundo GARCIA (2005): 
- Concepção e estrutura organizacional 
- Organização empresarial- Tipos de organizações 
Uma boa organização empresarial depende de processos e 
procedimentos que, juntos, alcançam os objetivos a serem alcançados dentro de 
uma empresa. A organização é o design e manutenção de um sistema 
operacional baseado em determinar os papéis a serem cumpridos por cada 
pessoa que integra a empresa, bem como as relações estabelecidas entre elas. 
 
 
 
 
 
 
O objetivo da organização é maximizar os resultados obtidos com a colaboração, 
o trabalho e a relação de todos os membros de uma empresa, sem dúvida, a 
organização é a base para a obtenção de excelentes resultados, pois com eles 
é alcançada a faixa de propósito. 
A fim de estabelecer controles e processos que são executados de forma 
consistente e adequado à organização, concebidos e analisados, determinam o 
cumprimento das metas a curto ou a longo prazo, a fim de estabelecer controles 
e processos que estão constantemente sendo feitos. Este processo não deve 
estar falando de uma administração eficiente, se não há nenhum plano de 
organização e processo de estruturação. Pelo planejamento e boa organização 
todos os fatores de risco que impedem o cumprimento dos termos e objetivos 
declarados são tidos em conta. Logo, uma boa organização dentro de uma 
empresa reflete muito na sua imagem externa e interna, pois determina a 
capacidade dele para enfrentar qualquer evento, com ele é alcançado. GARCIA 
(2005) 
É por isso que é muito importante antes de discutir administração a um 
plano organizacional que não mostra como nós começamos e onde estamos 
indo, é importante para manter os planos para quaisquer alterações futuras e 
impede apropriadamente para evitar danos de qualquer tipo para uma estrutura 
corporativa, de acordo com GARCIA (2005): 
- A organização, como o elemento final do aspecto teórico, inclui, complementos 
e leva até o último detalhe tudo o que afirmou pensando em como ser um 
negócio. 
- Verificar como é grande a importância da organização, que, por vezes, perdeu 
de vista de muitos autores que é apenas uma parte da administração, levando à 
hostil a este último, como se a primeira representasse a teórica e científica e o 
segundo a prática e a empírica. 
- Construir o ponto de enlace entre os aspectos teóricos; os objetivos que foram 
alcançados e as metas que devem ser cumpridas. 
 
 
 
 
 
 
A organização, em última análise se refere à estrutura planejada e 
colocada em prática para que as metas e objetivos planejados possam ser 
realizados, também se refere à forma como eles devem ser em funções, 
hierarquias e atividades para fazer, abrange o que é do organograma. Funções 
e atividades que são estruturadas, da forma como se olha para o futuro, imediata 
e remota, e da própria organização que são os dados finais do aspecto estático 
ou mecânico. Diz-nos especificamente como e quem vai fazer tudo, verá os 
perfis de trabalho, o emprego certo para a pessoa certa. Quando a organização 
termina, continua a agir de modo que tudo o que elevou-a em prática, faz com 
que a mesma integre, dirija e controle os passos e / ou processos que se seguem 
para que estes já pertençam à dinâmica. GARCIA (2005). 
Além disso, a organização exige constantemente que se tenha em conta 
os seres humanos e materiais que podem ser disponibilizados, novamente é 
encontrar o emprego certo para a pessoa certa, para acomodá-los. Desde hoje 
em dia a maioria dos talentos não estão expostos a situações reais como 
conceito teórico dirigindo sozinho sem ir para o lado empírico. É igualmente 
importante que a integração da estrutura de negócios seja tratado para todos os 
componentes da empresa que está ciente de todos os eventos relacionados com 
a empresa. SILVA (2005). 
 
 5 Organização informal 
 
A organização informal é a estrutura social que regula a forma de trabalhar 
dentro de uma organização na prática. É o conjunto de comportamentos, 
interações, normas, relações pessoais e profissionais através do qual o trabalho 
é feito e as relações entre pessoas que compartilham uma organização comum 
são construídas. Ela consiste em um conjunto dinâmico de relacionamentos, 
redes sociais, comunidades de interesse comum, e fontes de motivação 
emocional. A organização informal desenvolve organicamente e 
espontaneamente em resposta a mudanças no ambiente de trabalho, o fluxo de 
pessoas, e as dinâmicas sociais complexas dos seus membros. SILVA (2005) 
 
 
Entendida de forma eficaz, a organização informal complementa as 
estruturas mais explícitas, planos e processos de organização formal pode 
acelerar e melhorar as respostas a acontecimentos imprevistos, incentivar a 
inovação, permitem às pessoas para resolver problemas que exigem 
colaboração. A natureza da organização informal torna-se mais clara quando 
suas principais características são justapostas com os da organização formal. 
SILVA (2005) 
 
5.1 As principais características da organização informal: 
As principais características da organização informal, são elas, de acordo com 
CORDEIRO (2011): 
• Em constante evolução 
• Dinâmica e flexibilidade 
• Excelente motivação 
• Difícil definição 
• É necessário ter experiência para ser visto 
• Trate as pessoas como indivíduos 
• Juntos pela confiança e reciprocidade 
Essencial para mudar rapidamente situações ou ainda não totalmente 
compreendidas 
 
5.2 As principais características da organização formal: 
As principais características da organização formal, segundo CORDEIRO 
(2011), são: 
 
 
 
 
 
 
 
• Rigidez 
• Estaticidade 
• Excelente alinhamento 
• Hierarquia 
• Unidos por regras codificadas e fim 
• Fácil de entender e explicar 
• Fundamental para lidar com situações que são conhecidas e 
consistentes. 
• Desvantagens de grupos informais. 
 
As organizações informais também têm as seguintes desvantagens e 
problemas que requerem atenção da administração potenciais, são elas nas 
palavras de CORDEIRO (2011): 
 
1. A resistência à mudança 
Perpetuando os valores e estilo de vida faz com que grupos informais se tornem 
excessivamente protetores da cultura e, portanto, resistem à mudança. Por 
exemplo, se a restrição da produção era a norma em um grupo de gestão 
autocrática, deve permanecer assim, apesar das mudanças de gestão ter 
permitido uma gestão mais participativa. 
 
2 Conflito 
Encontrar satisfação pode levar os membros do grupo informais ficar fora dos 
objetivos organizacionais formais. O que é bom para ele e desejado pelos 
membros do grupo informal, no entanto, nem sempre é bom para a organização. 
Dobrando o número de coffee breaks e a duração da refeição é possível ser 
desejável para os membros do grupo, mas claro, menos rentável para a 
empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
3. Rumorologia 
Mal informado, os funcionários comunicam informações falsas não verificadas e 
que podem criar um efeito devastador sobre os trabalhadores. Isso pode 
enfraquecer a moral, estabelecer atitudes ruins, resultando em desvio ou até 
mesmo o comportamento violento. 
 
4. Cumprimento 
O controle social promove e incentiva o cumprimento entre os membros do grupo 
informal que a sua relutância em agir de forma muito agressiva, ou agir muito 
alto, faz com que isso prejudique a organização formal para sufocar a iniciativa, 
a criatividade e a diversidade de resultados. 
 
 6 Vantagens da organização informal. 
 
Embora as organizações informais e potenciais problemas criem desafios 
para a gestão, mas também fornecem uma série de benefícios para a 
organização formal. Os planos formais, políticas, procedimentos e padrões não 
podem resolver todos os problemas em uma organização dinâmica, portanto, os 
sistemas informais se misturam com a ajuda formal, você faz o seu trabalho. 
Além disso, os gestores são menos propensos a controlar os trabalhadores 
quando eles se dão conta da organização informal está cooperando com eles. 
 
 
Issoincentiva a delegação, descentralização e aos trabalhadores de apoio 
técnico, sugerindo uma provável melhoria no desempenho e produtividade 
global. GARCIA (2005) 
 
 
 
 
 
 
 7 Deficiências de endereço em capacidade de gestão 
Por exemplo, se um gerente é fraco no planejamento e na análise 
financeira, um subordinado informalmente pode ajudar na preparação de 
relatórios através de quaisquer sugestões ou participação direta. Atuar como 
uma válvula de segurança, pode-se dizer, os funcionários experimentam 
frustração, estresse e problemas emocionais com a administração e outros 
funcionários se esta é má. O grupo informal fornece um meio para aliviar esta 
pressão emocional e psicológica, permitindo que uma pessoa fale sobre eles 
entre amigos aberta e honestamente. GARCIA (2005). 
 
 
 8. RESUMO 
 
Dentro de um grupo empresarial é de grande importância denotar lugares 
hierárquicos para certos tipos de operação dentro da mesma, uma vez que 
depende da decisão e da mesma forma em que a pessoa que vai ser dada tal 
poder deve ter a teoria e a prática para realizar adequadamente o seu papel nela, 
uma vez que anda de mãos dadas com o conhecimento e responsabilidade, 
deve-se fazer todo o possível para que ele possa transmitir conhecimento 
pessoal, apresentar novas propostas, tendo em conta a capacidade do fator 
humano que conta e a capacidade dos mesmos. 
A autoridade é definida como um poder ou capacidade de fazer algo. Ela 
também é o poder de uma pessoa sobre outra que é subordinada. E, finalmente, 
uma ou mais pessoas abrangidas por qualquer poder ou controle. A autoridade 
dentro de uma empresa é medida a partir do ponto de vista da faixa ou grau tem 
dentro da organização. A este respeito, é importante distinguir que essa 
autoridade se relaciona com o título ou a posição que a pessoa tem dentro da 
empresa e não com suas características pessoais ou atributos. 
 
 
 
Quando uma posição de autoridade está desocupada, a pessoa que 
deixou o cargo dá a autoridade que lhe representa. A autoridade permanece com 
a posição e com o seu novo proprietário. Quando a autoridade é exercida, é 
esperado cumprimento de ordens emitidas pelo chefe da autoridade. Dessa 
forma, CORDEIRO (2011), aponta que o poder de uma pessoa sobre outra que 
é subordinado, diz respeito a: 
• Trabalho de casa 
• Delegação de autoridade 
• Responsabilidade 
• Construção de confiança 
 
A organização, como um todo, é dividida em níveis que representam 
"habitats" de certos grupos de pessoas com diferentes tarefas de decisão com 
características comuns a elas confiadas. Continuando nesse mesmo diapasão, 
as funções de nível mais estratégico de responsabilidade que afetam toda a 
empresa e assumem a responsabilidade pelos objetivos a médio e longo prazo, 
são elas: 
 
 8.1 Nível intermediário 
 
Controle e planejamento geral, atividades de programação. 
Nível de gestão 
Desenvolvimento, implementação e monitoramento de processos de negócios. 
Comissão: grupo de pessoas a quem um determinado assunto para decidir sobre 
isso como um grupo deve ser responsável. 
Formal estabelecido como parte da estrutura organizacional, com capacidade 
para a tomada de decisões. 
Informal, sem delegação de autoridade, criada para analisar qualquer matéria 
por sua própria iniciativa de uma pessoa ou grupo, conforme visto anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
8.2 O organograma 
 
A estrutura organizacional de uma organização está uma representação 
gráfica dos seus vários componentes, conforme vimos no texto, como também a 
sua distribuição e o seu fim. Deve apresentar uma descrição completa da 
empresa, deve, portanto, incluir a diferenciação de seus componentes e a 
distribuição dos diferentes níveis e cargos de decisão, responsabilidade e 
autoridade. Em conclusão, a importância que requer estes diferentes pontos 
dentro de um plano de uma boa organização denota, destacando a importância 
de usar a direção certa, sem perder as metas propostas anteriores alavancando 
o sucesso ou fracasso de uma pequena entidade ou alta demanda, onde se deve 
ter pleno conhecimento de cada um dos membros da equipe e explorar cada 
uma das capacidades dos recursos humanos, sem perder o conhecimento. 
Lembrando que elas devem designar hierarquias dentro da organização 
e manter o conhecimento de todos e de cada um dos membros de todas as áreas 
para atender a pessoa e seu papel específico dentro dela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Considerações Finais 
 
Finalizando o módulo esperamos que você tenha compreendido a respeito das 
formas de organizações empresarias. As empresas precisam de profissionais 
capazes de integrar habilidades e conhecimentos no campo da administração e 
direito, para habilitá-lo para os cargos com poder de decisão ou conselhos para 
aqueles que gerem a organização. No campo legal, com particular há a ênfase 
para a gestão corporativa, onde estudamos por que é tão importante 
organização num negócio e qual é o propósito dessa organização. Além disso, 
descobrimos por que é importante organização numa organização e como 
começar a organizá-la. Por fim, verificamos quais os princípios que se deve ter 
em conta quando se fala em organização empresarial e sua dinâmica de 
negócios. Definimos o que é uma organização informal e as principais 
características da organização formal, além das vantagens da organização 
informal. Finalmente, estudamos as deficiências de endereço em capacidade de 
gestão e os incentivos de uma melhor prática nessa gestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incentivos ao Investimento na Gestão Corporativa 
 
 
 
Sílvia Cristina da Silva 
Disciplina Aspectos jurídicos na Gestão Corporativa – 
Módulo 3 - Incentivos ao Investimento na Gestão 
Corporativa 
Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. 
Guia de Estudos 
 
Orgs.: Cláudia Regina Esteves 
 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversa Inicial 
 
Neste quinto módulo, discutiremos os incentivos ao investimento na gestão 
corporativa. Nesse apanhado, vamos explicar em que consiste a gestão 
corporativa, sua adesão, bem com as situações propícias ao investimento nessa 
gestão. Além disso, veremos quais são os encargos da implantação de um 
sistema de gestão corporativo e os incentivos a esse investimento, discutindo as 
vantagens e benefícios. Dentro desse tópico, também elencaremos quais são os 
conceitos de menor custo de capital, maior retorno sobre os investimentos, maior 
valorização nos índices da Bovespa, redução de conflitos e riscos e o melhor 
desempenho. Finalmente, analisaremos o que vem a ser a eficiência técnica e a 
produtividade. Sendo assim, com a descrição de toda nossa trajetória, podemos 
iniciar a nossa jornada de sucesso. 
 
 
 
 Ótimos estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 Gestão Corporativa 
 
Para entendermos melhor o que vem a ser a Gestão Corporativa (ou 
Governança Corporativa) e os princípios que a compreendem, vamos, 
primeiramente, a um breve resumo e contextualização de seu surgimento. 
 Até a década de 1930, a cultura empresarial dominante, advinda da 
grande potência dos Estados Unidos, era de um modelo em que os proprietários 
tinham o poder sobre as decisões administrativas de suas empresas, sendo eles 
mesmos os ocupantes dos altos cargos da gestão. No entanto, com as 
mudanças do cenário financeiro mundial, especialmente após a Segunda 
Grande Guerra, a força e o dinamismo da economia americana tomaram rumos 
mais complexos. Abriu-se espaço, a partir de então, e cada vez mais, para 
estruturas de propriedade dispersa, por meio das ações dessas empresas 
negociadas no mercado de capitais. Posteriormente, a nova tendência passou 
também a ser observadaem outros países. 
 O ingresso desses investidores deu uma nova cara às empresas, cujo 
conjunto de proprietários (acionistas, no caso) tornou-se disperso de tal forma 
que a interferência direta destes nas decisões administrativas e o acesso aos 
importantes cargos ficou impraticável. O controle passou, então, a ficar nas mãos 
privilegiadas dos sócios majoritários ou de gestores profissionais contratados. 
 O fato é que esse conjunto disperso de proprietários, combinado com o 
crescimento da empresa, configuravam um quadro de vulnerabilidade e risco, 
pois, qual fosse caso, os administradores poderiam agir em interesse próprio, 
sem levar em conta a empresa como um todo, os acionistas e demais partes 
envolvidas com o negócio. Por exemplo, executivos e conselheiros contratados 
tenderiam a agir de forma a maximizar seus salários, garantir sua estabilidade 
no emprego e assegurar mecanismos que lhes conferissem mais poder. Por 
outro lado, no caso dos sócios majoritários, poderia haver situações irregulares 
de sucessão de poder ou a adoção de uma visão imediatista – e perigosa – de 
administração. Além disso, nem sempre havia acessibilidade, para os acionistas, 
aos relatórios e estratégias adotadas pelos gestores. 
 
 
É, portanto, nesse contexto que começaram a surgir as primeiras 
percepções da necessidade da adoção de um parâmetro que alinhasse os 
interesses dos envolvidos e garantisse a perpetuação da empresa. Em 1976, 
Jensen e Meckling, propuseram medidas que incluíam práticas de 
monitoramento, controle e ampla divulgação de informações, a fim de minimizar 
o problema e assegurar o sucesso da empresa. Assim surgiu o conceito de 
Governança Corporativa. 
 O primeiro código de boas práticas de Governança Corporativa originou-
se na Inglaterra – o Relatório de Cadbury – em 1992. Mas, no mesmo ano, nos 
Estados Unidos, a empresa General Motors também elaborou o seu, seguida 
pelas maiores companhias conterrâneas. 
 No Brasil, por sua vez, em 1995, se deu a criação do Instituto Brasileiro 
de Conselheiros de Administração (IBCA), intitulado Instituto Brasileiro de 
Governança Corporativa (IBCG) em 1999, segundo o qual: 
 
“Governança Corporativa é o sistema pelo qual as empresas 
e demais organizações são dirigidas, monitoradas e 
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, 
conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização 
e controle e demais partes interessadas.” 
(http://www.ibgc.org.br) 
 
 Sendo assim, esse sistema de gestão se estabelece a partir da separação 
entre proprietários e administradores, ou, melhor dizendo, entre propriedade e 
gestão. Nesse sentido, pode ser definido como um sistema de diretrizes e 
normas que equilibram o poder entre os shareholders, isto é, os proprietários 
(acionistas controladores e minoritários), e os stakeholders (gerentes, 
empregados, clientes, fornecedores, governo e comunidade). Em grande parte 
das organizações que já utilizam o modelo de governança corporativa, sua 
estrutura organizacional está baseada em Acionistas, Conselho de 
Administração e Presidente. A proposta é, resumidamente, o uso eficiente dos 
recursos e a adoção de mecanismos de transparência e prestação de contas. 
 
 
 
http://www.ibgc.org.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
Especificamente, segundo o Código das Melhores Práticas de Governança 
Corporativa do IBGC, os Princípios Básicos de Gestão Corporativa podem ser 
apresentados como: 
 
Transparência: Mais do que a obrigação de informar e o 
desejo de disponibilizar para as partes interessadas as 
informações que sejam de seu interesse e não apenas 
aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. 
A adequada transparência resulta em um clima de 
confiança, tanto internamente quanto nas relações da 
empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao 
desempenho econômico-financeiro, contemplando 
também os demais fatores (inclusive intangíveis) que 
norteiam a ação gerencial e que conduzem a criação de 
valor. 
 
Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os 
sócios e demais partes interessadas (stakeholders). 
Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer 
pretexto, são totalmente inaceitáveis. 
 
 
 
 
 
Em 1976, Jensen e Meckling, propuseram medidas que 
incluíam práticas de monitoramento, controle e ampla 
divulgação de informações, a fim de minimizar o problema 
e assegurar o sucesso da empresa. Assim surgiu o 
conceito de Governança Corporativa. 
 
 
 
Prestação de Contas (accountability): Os agentes de 
governança devem prestar contas de sua atuação, 
assumindo integralmente as consequências de seus atos e 
omissões. 
 
Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governança 
devem zelar pela sustentabilidade das organizações, 
visando a sua longevidade, incorporando considerações de 
ordem social e ambiental na definição dos negócios e 
operações. 
 
2 Adesão à Gestão Corporativa 
 
Os princípios da Governança Corporativa são aplicáveis a qualquer 
organização, independentemente do porte, natureza jurídica (Terceiro Setor; 
Cooperativas; Sociedades Limitadas; e Sociedades Anônimas), tipo de controle 
(Estatal; Familiar/Multifamiliar; Não Familiar; Estrangeiro; e Institucional) ou 
forma de controle (Definido; Difuso; e Pulverizado ou Disperso). 
 
 
 
 
2.1 Sociedades anônimas 
 As sociedades anônimas, especialmente as de capital aberto, por 
características inerentes de responsabilidade social e busca de investimentos de 
terceiros no mercado de valores mobiliários, são as mais inclinadas à Gestão 
Corporativa. Já lhes são impostas obrigações, como a divulgação de 
informações, equidade entre os agentes e bom relacionamento com os 
stakeholders. Dessa forma, os princípios de Governança vêm somar, atendendo 
suas necessidades e organizando, de maneira regulamentada, suas exigências. 
 
 
Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios 
e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas 
discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. 
 
 
 
2.2 Sociedades limitadas 
 
 A principal característica desta sociedade é que a responsabilidade dos 
sócios está limitada ao valor do capital social (quotas). O Código Civil de 2002, 
instituído pela Lei nº 10.406, regula, dentre outras coisas, a forma como as 
decisões devem ser tomadas entre os sócios, os quóruns necessários para 
aprovação de determinados assuntos, requisitos formais para eleição do 
administrador da sociedade e procedimentos para sua destituição. 
 Como em outros tipos administrativos, sucede que, nas sociedades 
limitadas, o interesse social, ou da sociedade empresária, nem sempre coincide 
com o interesse dos sócios. Além disso, comumente acontece que os interesses 
convergentes no início do empreendimento, passam a divergir entre os sócios à 
medida que as atividades empresariais se desenvolvem, especialmente quanto 
às questões de repartição dos lucros. Sob essa ótica, fica demonstrada como a 
adesão à gestão Corporativa é bem-vinda. 
 
2.3 Pequenas Empresas Familiares 
 
 Talvez esse não pareça ser o tipo de empresa que, primeiramente, seria 
recomendada à Gestão Corporativa. Todavia, quando relações familiares se 
misturam a relações empresariais, os desafios são multiplicados. Ambas as 
realidades coexistem: ora parentes, ora sócios. Aos empresários de Micro e 
Pequenas Empresas Familiares são exigidas múltiplas habilidades, muitas 
vezes, desenvolvidas mais pelo perfil nato de empreendedorismo, quase que 
unicamente por instinto, do que por técnica profissionalizada baseada em 
planejamento estratégico. 
 Quando ocorrerem conflitos de interesses, as diretrizes do sistema de 
Governança Corporativa poderão conduzir os sócios a um equilíbrio que vise o 
bem da empresa. Ademais, com uma boa governança, as tarefas de 
gerenciamento são mais bem divididas, as decisões são tomadas

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