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Aspectos Jurídicos na Gestão Corporativa SUMÁRIO MÓDULO 1 – Aspectos Jurídicos na Gestão Corporativa 1. REGULAÇÃO E ASPECTOS JURÍDICOS 2. ESTRUTURA JUDICIAL 3. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos gerais 4. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos específicos 5. ASPECTOS TRABALHISTAS NA GESTÃO CORPORATIVA 6. LEI DA CONCORRÊNCIA 7. INFRAÇÕES POR COMPETÊNCIA NO ÂMBITO CORPORATIVO 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Módulo 2 – FORMAS DE ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAIS 1 ORGANIZAÇÃO DE NEGÓCIOS: IMPORTÂNCIA, OBJETIVOS, PRINCÍPIOS 1.1 Por que é importante organização no meu negócio? 1.2 Qual é a organização? 1.3 Qual é o propósito da organização? 1.4 Por que é importante organização no meu negócio? 1.5 Como começar a organizar o meu negócio? 1.6 Que princípios devem ter em conta quando a Organização? 2 ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 2.1 Organização Característica 3 Comunicação organizacional 4 Dinâmica de negócios e organização 5 Organização informal 5.1 As principais características da organização informal 5.2 As principais características da organização formal 6 Vantagens da organização informal 7 Deficiências de endereço em capacidade de gestão 8 RESUMO 8.1 Nível intermediário Módulo 3 – INCETIVOS DOS INVESTIMENTOS NA GESTÃO CORPORATIVA 1. Gestão Corporativa 2. Adesão à Gestão Corporativa 2.1 Sociedades anônimas 2.2 Sociedades limitadas 2.3 Pequenas Empresas Familiares 3. Situações Propícias ao Investimento em Gestão Corporativa 4. Encargos da Implantação de um sistema de Gestão Corporativa 5. Incentivos ao investimento na Gestão Corporativa – Vantagens e benefícios 5.1 Menor Custo de Capital 5.2 Maior retorno sobre os investimentos 5.3 Maior valorização nos índices da Bovespa 5.4 Redução de Conflitos e Riscos 5.5 Melhor Desempenho 5.5.1 Eficiência técnica e produtividade Módulo 4 – LEI QUE REGEM O DIREITO AMBIENTAL, OS CONTRATOS A PROPRIEDADE INTELECTUAL 1. LEIS QUE REGEM O DIREITO AMBIENTAL 1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL 1.2 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 1.3 LEI DE CRIMES AMBIENTAIS 1.4 OUTRAS LEIS AMBIENTAIS 1.5 SISNAMA, CONAMA, IBAMA 2. LEIS QUE REGEM OS CONTRATOS 2.1 TEORIA DOS CONTRATOS E GESTÃO CORPORATIVA 2.2 CÓDIGO CIVIL 2.3 LEI DAS LICITAÇÕES 3. LEI DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL MÓDULO 5 – Métodos de treinamento 1 INTRODUÇÃO 1.1 Treinamento 2 MODELO DE TREINAMENTO 3 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS 4 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 5 EXERCÍCIO DO COACHING NA GESTÁO CORPORATIVA 6 CONCLUSÃO Aspectos Jurídicos na Gestão Corporativa Sílvia Cristina da Silva Nome da Disciplina: Aspectos Jurídicos na Gestão Corporativa Módulo 1 - Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2016. Guia de Estudos – Módulo 1. Orgs.: Cláudia Regina Esteves Faculdade Campos Elíseos Conversa Inicial No primeiro módulo, abordaremos sobre os aspectos jurídicos no âmbito da gestão corporativa, sua regulação e as leis mais utilizadas nesse meio. Para tanto, num primeiro momento estudaremos a estrutura judicial encontrada hoje no Judiciário brasileiro, bem como sua regulamentação, proibições e deveres. Além disso, faremos todo um recorrido a respeito da gestão corporativa em seus aspectos gerais e específicos, além de abordar de forma sistemática os aspectos trabalhistas passando rapidamente pela Lei da Concorrência e as Infrações por competência no âmbito corporativo. Sendo assim, com a descrição de toda a trajetória, podemos dar início a nossa jornada de estudos. Desejo sabedoria e muito aprendizado! 1. REGULAÇÃO E ASPECTOS JURÍDICOS O Brasil é uma República Federativa, que consiste no Distrito Federal, 26 estados e mais de 5.000 municípios. Sua capital é Brasília, localizada no Distrito Federal. A ordem jurídica brasileira faz parte do sistema de Direito Civil e é baseado em codificação e legislação promulgada pelos poderes legislativos adequados nos níveis federal, estadual e municipal. A lei básica do país é a Constituição Federal, que estabelece: (I) o sistema de governo; (II) a atribuição de competências para os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; e (III) a autoridade legislativa das administrações federais, estaduais e municipais. Em 1990, através da implementação de um Programa Nacional de Desestatização ("Programa de Privatização"), o Governo brasileiro começou a a se retirar das atividades que tinham sido constitucionalmente reservadas para ele ou outras áreas em que a livre empresa poderia vir a executar de forma mais eficiente do que o governo. Como resultado do programa de privatização, muitas agências reguladoras foram criadas com o objetivo de regular todas as atividades que são consideradas essenciais para a economia do país e da população. Portanto, todas as agências reguladoras brasileiras desenvolvem um papel crucial na regulação do desenvolvimento de atividades que envolvem, por exemplo, saúde, agricultura, abastecimento e alimento, telecomunicações, energia, óleo e gás, transporte aero e fluvial, mineração, recursos naturais, etc. Andrade 2011, diz que no que tange aos contratos celebrados com a Administração Pública, a Lei 8.666 / 1993 (Lei de Licitações) é o principal instrumento jurídico que regula todos os contratos firmados entre a Gestão Corporativa e a Administração Pública. Ela estabelece uma série de princípios, procedimentos e requisitos que devem ser observados pela parte privada e pelos órgãos da Administração Pública envolvidos no processo de licitação pública. Um outro aspecto importante do sistema regulatório brasileiro é que, qualquer pessoa física ou jurídica que tem a intenção de desenvolver atividades comerciais (Indústrias, Comércio Geral e prestações de serviços) deve obter uma série de registros e licenças para operar de forma legal. Os registros e licenças para a gestão corporativa estar efetivamente regulamentada serão analisados e concedidos por organismos da Administração Pública federal, estadual e municipal. Tais inscrições irão variar de acordo com o desenvolvimento da atividade e da localização. 2. ESTRUTURA JUDICIAL Segundo Barros, 2010, o sistema judiciário brasileiro é organizado pela Constituição Federal do Brasil, que divide a estrutura judicial em tribunais federais e estaduais. Em termos gerais, os tribunais brasileiros têm jurisdição sobre qualquer litígio relacionado com o território brasileiro. Os tribunais federais têm jurisdição exclusiva sobre qualquer ação judicial em que o Governo federal ou de qualquer de suas agências ou organismos quase governamentais tem interesse em comum, bem como sobre casos que envolvem Estados estrangeiros ou agências internacionais. Todos os Tribunais trabalhistas e eleitorais também estão sob jurisdição federal. No entanto, a maior parte de todos os litígios tanto das gestões corporativas quanto as públicas, são entretidas perante os tribunais estaduais. Independentemente de um processo ser arquivado em uma entidade federal ou um tribunal estadual, as partes têm o direito constitucional de recorrer a um tribunal superior através de recurso. Nesse sistema, cada Estado possui sua unidade da federação e tem o seu próprio Tribunal estadual onde ingressar com esse recurso, chamado de apelação. Num nível superior, chamado de 2ª Instância, a estrutura judicial têm dois Tribunais superiores, que são chamados de "Superior Tribunal de Justiça" (STJ) e o "SupremoTribunal Federal" (STF), ambos localizadasem Brasília. Em termos gerais, o primeiro tem jurisdição sobre qualquer caso decidido por tribunais estaduais ou federais de apelações se a decisão proferida por qualquer um desses tribunais viola a lei federal. Este último tem jurisdição sobre questões constitucionais e também pode rever decisões de qualquer tribunal, caso a Constituição tenha sido violada. Barros ainda assina que o Brasil é uma jurisdição de direito civil e as decisões são baseadas na aplicação das leis estatutárias. Onde não há disposição legal específica, os Tribunais podem decidir, quer com base em usos e práticas analógicas e gerais, ou pela aplicação de princípios gerais de Direito. Em geral, os precedentes não são vinculativos, mas tendem a ser respeitado pelos Tribunais inferiores. Todas as regras de processo civil são federais e aplicáveis em todo o país, permitindo que os advogados os coloquem em prática a nível nacional. O processo civil enfatiza testemunhos orais e concentra grande parte da coleta de provas em mãos do juiz. O Brasil concede mais poderes para os juízes a fim de controlar o processo e de obter provas do que se encontra normalmente em outros países onde também se aplica o direito civil. Por isso, somente advogados atuantes na gestão corporativa podem cobrar seus honorários de forma particular, o que não é possível na Administração Pública. No entanto, ainda atuando na gestão corporativa, o profissional jurídico não pode, por exemplo, cobrar por depoimentos que a parte irá fazer ou perguntas dirigidas à parte contrária. Além disso, o sistema brasileiro permite uma multiplicidade de recursos, apelos particularmente provisórios que podem atrasar processo por longos períodos. Finalmente, todas as decisões são tomadas por juízes. O Tribunal do júri, por sua vez, só ocorre nos crimes cometidos contra a vida de uma pessoa, tais como casos de assassinato em primeiro grau e aborto. Os tribunais federais têm jurisdição exclusiva sobre qualquer ação judicial Síntese 3. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos gerais O Brasil tem uma economia aberta em que o comércio internacional desempenha um papel vital onde é regulado legalmente por vários órgãos. O país está atualmente classificado como o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, de acordo com a Organização Mundial do Comércio. Impulsionada por jogadas fortes do mercado e buscando melhorar a confiança dos investidores, o Brasil aprovou importantes mudanças em seu quadro legal e o regulamentou de forma mais eficaz nos últimos anos, nas sábias palavras de Goyos, 2003. Embora a burocracia ainda é dita ser uma restrição em certas circunstâncias, mecanismos seguros e expeditos para o investimento estrangeiro são importantes pontos em vigor atualmente, bem como as regras de câmbios de moeda. O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é composto pelos seguintes órgãos reguladores e de supervisão: No entanto, a maior parte de todos os litígios tanto das gestões corporativas quanto as públicas, são entretidas perante os tribunais estaduais. Independentemente de um processo ser arquivado em uma entidade federal ou um tribunal estadual, as partes têm o direito constitucional de recorrer a um tribunal superior através de recurso. (I) o Conselho Monetário Nacional ("CMN"); (Ii) o Banco Central do Brasil ("BACEN"); (Iii) a Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"); (Iv) a Superintendência de Seguros Privados ("SUSEP"); e (V) o Escritório de Previdência Complementar. O CMN, em conjunto com o BACEN e a CVM, regula o setor bancário brasileiro. A política financeira e monetária no Brasil é de responsabilidade do CMN. Ele supervisiona as questões monetárias, de crédito, orçamentária, fiscal e questões da dívida pública. O CMN estabelece regras sobre: (I) crédito; (Ii) concessão de empréstimos e limites de capital; (Iii) emissão da moeda brasileira (Real); (Iv) reservas de ouro e divisas; (V) a poupança, câmbio e políticas de investimento; e (vi) mercados de capitais. O BACEN e a CVM, por sua vez, são responsáveis pela execução efetiva dos referidos regulamentos dos mercados e pela supervisão. A Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 instituiu o BACEN e dá algumas diretrizes, tais como: (I) executar as diretrizes monetárias e de crédito estabelecidas pelo CMN; (II) regular e fiscalizar as instituições financeiras brasileiras, tanto públicas como privadas; (III) controlar o fluxo de entrada de moeda estrangeira e de saída; e (IV) supervisionar os mercados financeiros brasileiros. 4. GESTÃO CORPORATIVA: Aspectos específicos No Brasil, dois tipos de gestão corporativa que são utilizadas principalmente em transações de negócios são: a empresa de responsabilidade limitada e as sociedades. Em termos gerais, a sociedade de responsabilidade limitada oferece uma série de vantagens práticas e é recomendável se os parceiros desejam simplicidade e flexibilidade na estrutura corporativa, incluindo menores custos de manutenção e a inaplicabilidade de algumas formalidades legais que são obrigatórias para as empresas. Porém, os investidores desejam sempre que a empresa emita obrigações ou outros títulos no futuro, para se tornar uma empresa de capital aberto, bem como para admitir outros grupos de investidores, em seguida, a adoção de uma estrutura de corporação que seja preferível dando mais expansão a ela. A corporação também é preferível para empreendimentos que têm um número maior ou diferentes grupos de acionistas. Existem duas categorias de registros públicos de pessoas jurídicas no Brasil: registros civis de pessoas jurídicas e de comércio. Ambos têm jurisdição estadual. A entidade de negócio, ou seja, a sociedade de responsabilidade limitada deve ser registrada na Junta Comercial do Estado onde a sede da empresa está localizada, bem como no quadro do comércio de qualquer outro Estado onde a empresa abra uma filial. Já as sociedades simples, associações e fundações são registradas no registro civil de pessoas jurídicas. Os documentos corporativos, por sua vez, tais como alterações aos artigos de associações ou o estatuto social, conforme o caso, bem como certas atas das reuniões de associados, deve ser apresentado com o respectivo registro da empresa. Além disso, a sociedade de responsabilidade limitada brasileira, que se assemelha a uma sociedade de responsabilidade limitada americana (LLC), é o tipo mais comum de empresa no Brasil. Hoje em dia, é responsável por uma estimativa de 70% a 85% de todas as empresas constituídas no Brasil. Elas variam de pequenas empresas com poucos associados para algumas das maiores empresas do país. A sociedade de responsabilidade limitada requer pelo menos dois associados. Eles podem ser pessoas físicas ou jurídicas, brasileiros ou estrangeiros. Se eles não são residentes no Brasil, eles devem ter um advogado no Brasil com poderes para representá-los em assuntos corporativos em geral, e para tramitar o processo em seu nome. De acordo com as leis brasileiras, os ativos da empresa não estão ligados a valor líquido dos associados, eles só serão responsabilizados se eles abusam de seus poderes ou violam a lei ou os estatutos. No caso em que os ativos da empresa não são suficientes para suportar as obrigações da companhia, passando o capital social sem ser totalmente integralizado, os associados respondem solidariamente até ao montante do capital social. Se o capital social subscrito foi totalmente integralizado pelos sócios, eles serão o único responsável até ao montante de suas respectivas participações no capital social. Além disso, a sociedade de responsabilidade limitada brasileira é organizada através de estatutos, que é um acordo escrito entre sócios que devem ser preparados,elaborados de acordo com o Código Civil Brasileiro e contem claramente as intenções dos sócios para a empresa, tais como fins para os quais a empresa foi constituída, capital social, administradores, autoridade dos administradores, etc. A incorporação de uma sociedade de responsabilidade limitada ocorre com o registro dos estatutos da empresa na Junta Comercial do Estado onde a sede da empresa está localizada, concomitantemente com o seu registro junto à Receita Federal para a emissão do número de identificação fiscal (o "CNPJ"). Uma vez que a empresa está devidamente inscrita junto à Receita Federal, será autorizada a abrir contas bancárias no Brasil e executar contratos. Após a sua constituição, a empresa de responsabilidade limitada precisa obter outras licenças padrão, como o Imposto Municipal, o Imposto Estaduais (se aplicável) e a Licença de Operação. Dependendo atividades da empresa, outras licenças podem ser necessárias, tais como registros em órgãos governamentais (por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA). No caso de a empresa realizar atividades de importação e / ou exportação, tal companhia precisará obter uma licença emitida pelo Departamento de Comércio Exterior, chamado RADAR. As alterações aos estatutos da sociedade exigem a aprovação de associado(s) que representam pelo menos 75% do capital social e também deve ser registrado na Junta Comercial, ou seja, as sociedades de responsabilidade limitada devem adotar um sistema de contabilidade, que consiste em contabilidade regular de informação comercial e financeira relacionada com as suas atividades. Qualquer remessa de recursos para o Brasil por sócios estrangeiros, tanto como um investimento ou como um empréstimo, devem ser registrados com o sistema eletrônico do Banco Central do Brasil. Esse registro é essencial para o futuro pagamento de lucros para os associados estrangeiros, repatriação de capital (para investimentos de capital), e / ou pagamento de juros e principal (para empréstimos). Todos os estrangeiros que detêm participação em sociedades brasileiras devem estar registrados no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas para obter um número de identificação de contribuinte das empresas (CNPJ) se eles são uma entidade jurídica, ou um número individual de identificação de contribuinte (CPF) se eles são pessoas físicas. Por sua vez, o capital social de uma sociedade de responsabilidade limitada é dividido em quotas, que podem ser atribuídas e transferidas. O número e a propriedade das quotas devem ser identificados nos estatutos da empresa. Se não há disposição em contrário dos estatutos, as transferências de quotas para outros associados ou terceiros são permitidas, a menos que estes representem mais de um quarto do capital social que não concorda com essa transferência. Como regra geral, nenhum estoque de capital mínimo é exigido (exceções em caso de obtenção de certas licenças). No entanto, o capital social deve ser coerente com as necessidades operacionais iniciais da empresa. No caso em que seja necessário mais, os associados podem aumentar o capital social da empresa a qualquer momento, desde que o estoque de capital existente já tenha sido realizado através de uma alteração dos estatutos. Não obstante, os associados podem pagar o capital social com dinheiro, créditos ou bens, e não há prazo legal estabelecido pela lei para o pagamento dos mesmos. Serviços não podem ser prestados em troca de pagar em capital social. Já os aumentos de capital só serão permitidos após o pagamento integral do valor anteriormente subscrito. A sociedade de responsabilidade limitada pode ser gerida por uma ou mais pessoas, sócios ou não, cidadãos brasileiros ou estrangeiros, desde que sejam residentes no Brasil. O gerente será responsável pela gestão e representação da empresa. Os estatutos podem estabelecer diferentes níveis de controle para a empresa e determinar quais os assuntos que dependem de autorização prévia dos parceiros, para além das questões já previstas pela lei. Como regra geral, os gestores da empresa não são responsáveis por atos praticados no curso normal dos negócios. No entanto, há casos que sim, sendo eles: 1 - Se envolvem em condutas negligentes ou abusivos (abuso ou uso indevido de poderes corporativos), embora dentro do nível das suas funções ou poderes; ou 2 - Ato em violação da lei ou dos estatutos, que será realizada pessoalmente pelo responsável no âmbito do direito civil pelos prejuízos que causaram. Por outro lado, a legislação brasileira prevê outros tipos de entidades empresariais, como a sociedade simples), a sociedade em conta de participação), a sociedade coletiva, a sociedade limitada (Sociedade em comandita simples), associações e fundações. No entanto, esses tipos de entidades jurídicas não são comumente adotadas, a menos que haja uma decisão de negócios ou razão específica operacional que justifica a adoção de qualquer um destes tipos de pessoas jurídicas. Em 2011 um novo tipo de gestão corporativa foi criada a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI (que é uma sociedade de responsabilidade limitada individual). A EIRELI é formada por uma única pessoa, brasileiro ou estrangeiro. Desde que a EIRELI foi criada, houve uma discussão pessoa jurídica poderia formar uma EIRELI. Mesmo que o Departamento de Registro Empresarial e Integração-DREI (a autoridade federal brasileira que regula as Câmaras de Comércio) estabeleceu que EIRELI não poderia ser formada por pessoas jurídicas, algumas ações judiciais foram movidas para discutir este assunto. Não há nenhuma decisão final ainda sobre este assunto. Para existir validamente, a EIRELI será arquivada perante a Câmara de Comércio do Estado onde ela está localizada. A EIRELI deve ter um capital mínimo de 100 (cem) vezes o salário mínimo em vigor no Brasil, que serão totalmente subscritos e integralizados na data da sua constituição, e seu proprietário será responsável por suas obrigações até ao montante do seu capital social. A cessão e transferência de propriedade da EIRELI é permitida. No entanto, não é permitido que um indivíduo seja o proprietário de mais do que uma EIRELI. As regras aplicáveis a uma sociedade de responsabilidade limitada serão aplicadas na forma mutatis mutandis a uma EIRELI. Síntese A incorporação de uma sociedade de responsabilidade limitada ocorre com o registro dos estatutos da empresa na Junta Comercial do Estado onde a sede da empresa está localizada. No Brasil, dois tipos de gestão corporativa que são utilizadas principalmente em transações de negócios são: a empresa de responsabilidade limitada e as sociedades. Os estatutos podem estabelecer diferentes níveis de controle para a empresa e determinar quais os assuntos que dependem de autorização prévia dos parceiros, para além das questões já previstas pela lei. 5. ASPECTOS TRABALHISTA NA GESTÃO CORPORATIVA Uma das características mais significativas do sistema de trabalho do Brasil é que as leis regulam os detalhes das relações de trabalho / gestão numa extensão muito maior do que em outros países. Além disso, o conceito de negociação coletiva também é muito forte no Brasil. Abaixo elencaremos alguns desses aspectos: ✓ Código Trabalhista Brasileiro A maioria dos direitos dos trabalhadores são compilados no que é conhecido como o Código do Trabalho, ou CLT ("Consolidação das Leis do Trabalho"). Os direitos trabalhistas básicos concedidos aos empregados no Brasil são os seguintes: ✓ Limite legal de horas normais de trabalho A legislação brasileira determina que as horas de trabalho no Brasil são limitadas a 44 horas por semana ou oito horas por dia (inciso XIII, o artigo 7º da Constituição Federal),salvo disposições em contrário através de uma convenção ou de um acordo celebrado com o sindicato relevante. ✓ Período de férias Após a conclusão de cada período de doze meses de trabalho, os empregados têm direito a férias pagas de até 30 dias, além de um pagamento suplementar igual a um terço desse montante. ✓ Salário mínimo Os empregados têm direito a um salário mínimo federal obrigatório mensal, que é reajustado anualmente pelo governo brasileiro (atualmente de R $ 880,00, oitocentos e oitenta reais). Alguns Estados brasileiros também definem um salário mínimo regional, que devem ser respeitado por uma empresa de desenvolvimento de suas atividades naquele Estado. Além disso, acordos de negociação coletiva podem igualmente fixar um salário mínimo, que deve ser concedido se for maior do que o salário mínimo federal / estadual. ✓ 13º salário Direito a uma gratificação anual chamado de 13º salário, normalmente pago no final do ano, com base em um doze avos dos seus ganhos de Dezembro para cada mês trabalhado naquele ano. O empregador deverá pagar 50% do 13º salário previamente entre fevereiro e novembro do mesmo ano a que o 13º salário é relacionado, a critério do empregador, a menos que o empregado solicita o avanço desse valor junto com suas férias em janeiro do ano em que o 13º salário está relacionado. ✓ Lucro / partilha de resultados Participação de um plano de lucros / resultados partilha da empresa, implementado por um programa específico negociado entre empregadores, empregados e sindicato dos Trabalhadores, nos termos da Lei Federal nº 10.101 de 2000. ✓ Pagamento de hora extra Empregados no Brasil têm direito a pagamento de horas extras com um subsídio adicional de pelo menos 50% da taxa horária; trabalho extraordinário aos domingos e feriados, quando autorizado, devem ser pagos com um subsídio adicional de pelo menos 100% da taxa horária. O acordo coletivo de trabalho aplicável pode definir um subsídio de horas extras superior. ✓ Licença maternidade Empregados no Brasil têm direito a licença-maternidade remunerada de 120 dias (o valor pago pelo empregador é compensado por contribuições para o INSS regido pela Lei 11.770 de 2008 que estabelece que os empregadores podem se estender à licença maternidade por um período adicional de dois meses, desde que o empregador pague os salários do empregado durante este período adicional e o empregado seja membro do programa do governo federal chamado de "Empresa Cidadã". Os empregadores que concedem este benefício aos seus empregados têm direito a um benefício fiscal; ✓ Licença de paternidade Empregados no Brasil têm direito a 5 dias de licença de paternidade; Lei 13.257 de 2016 que estabelece que os empregadores podem se estender a licença de paternidade a um período de 15 dias adicionais, totalizando 20 dias, desde que o empregador pague os salários do empregado durante este período adicional e o empregado seja membro do mesmo programa "Empresa Cidadã", aplicável para a licença de maternidade. Os empregadores que concedem este benefício aos seus empregados têm direito a um benefício fiscal. 6. LEI DA CONCORRÊNCIA Ribeiro, 2007 traz à tona a discussão sobre a defesa da concorrência no Brasil baseando-se no artigo 173, § 4º, da Constituição Federal e na Lei 12.529 de 2011 que visa proteger princípios constitucionais como o da livre iniciativa e da concorrência aberta, a função social da propriedade, defesa dos consumidores e a repressão ao abuso do poder econômico. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é responsável pela defesa da concorrência no Brasil. O SBDC é composto principalmente pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), diretamente envolvida na prevenção e investigação de condutas anticompetitivas e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), que é responsável pela defesa da concorrência. O CADE tem dois atributos principais: preventivos e repressivos. O papel preventivo refere-se à análise e controle de fusões que podem conduzir a concentração econômica ou para o abuso de uma posição dominante no mercado. O papel repressivo tem o objetivo de identificar e punir os agentes econômicos que tenham praticado infrações contra a ordem econômica (conduta anticompetitivas). No Brasil, um sistema de notificação pré-fusão teve de ser adotada desde 2012. Assim, as empresas devem apresentar as suas operações ao CADE e esperar por uma decisão favorável antes de tomar quaisquer medidas que visem à implementação do acordo. A lei da concorrência brasileira estabelece que a notificação obrigatória será exigida nos casos de quaisquer atos ou acordos em que: 1 - qualquer uma das entidades envolvidas na operação, ou o respectivo "grupo de empresas" a que pertencem, teve um faturamento bruto anual ou volume global de negócios igual ou superior a R $ 750.000.000,00 (setecentos e cinquenta milhões de reais) no Brasil, durante o ano fiscal anterior; cumulativamente com: 2 - o faturamento bruto anual ou o volume global de negócios no Brasil, por qualquer outra entidade envolvida ou o seu respectivo "grupo de empresas", igual ou superior a R $ 75.000.000,00 (setenta e cinco milhões de reais), durante o ano fiscal anterior. De acordo com a resolução do CADE não deve ser entendido por grupo de empresas: 1 - Um conjunto de empresas sujeitas a um controle comum, interna ou externamente; e 2 - As empresas nas quais as empresas mencionadas no item (I) acima espera, direta ou indiretamente, pelo menos 20% (vinte por cento) do capital social ou do capital votante; Em respeito aos fundos de investimento, o CADE aprovou alterações significativas para a definição de "grupo econômico", estabelecido pela Resolução CADE n. 02/2014. De acordo com as novas regras, a seguinte definição deve ser considerada como parte do mesmo grupo econômico: 1 - O volume de negócios dos acionistas titulares, direta ou indiretamente, pelo menos 50% das cotas do fundo envolvido na transação (por meio de participação individual ou de acordo de acionistas); e 2 - O volume de negócios das empresas do portfólio controlados pelo fundo de investimento diretamente envolvido na transação e as empresas nas quais o fundo detenha, direta ou indiretamente, pelo menos 20% de seus estoques de capital ou de voto. No entanto, no caso da transação envolvendo fundos de investimento estará sujeito a submissão obrigatória, à informações sobre outros fundos de investimento sob a mesma direção e as empresas terão que ter portfólio que podem ser necessários para fins de avaliação dos efeitos de concorrência no mercado. O prazo máximo para a análise a ser realizada pelas autoridades de concorrência é de 240 dias, o que pode ser prorrogado por até 60 dias, a pedido das partes, ou até 90 dias, a pedido do CADE. Seu Regimento Interno prevê a aprovação automática de transações que não são revistas no prazo legal aqui referido. No entanto, de notar que os casos apresentados no âmbito do processo sumário são decididos pela Geral-Superintendência, o prazo de 30 (trinta) dias é o que será respeitado. Já com relação à fusão, a Geral-Superintendência também tem o direito de conceder folga sobre as transações que não colocam problemas de concorrência sem a sua submissão ao Tribunal do CADE. Sob tais circunstâncias, o direito do Tribunal de arrogar jurisdição e avaliar a transação é preservado, bem como o direito de terceiros para desafiar as decisões do Superintendente perante o Tribunal. Diante de tal fato é possível e terceiros apelos das partes, uma vez que o Geral-Superintendência limpa a operação e as partes têm de esperar por um período de 15 dias para fechar e implementar a nova transação. No que diz respeito aos acordos associativos, tendo em vista a faltade uma definição legal sobre esse conceito quando a lei foi promulgada, houve uma grande incerteza jurídica em termos de apresentações envolvendo contratos gerais celebrados entre partes que atingiram os limiares legais referidos acima. No entanto, mais recentemente o CADE introduziu a definição de "acordos associativos" através da Resolução nº. 10/2014. De acordo com a nova resolução, um Acordo associativo equivale a um ato de concentração se o seu termo legal for igual ou superior a dois anos ou, no momento da renovação, o período de 2 anos é atingido ou ultrapassado, e: (I) sempre que dá origem a sobreposição horizontal entre as partes contratantes ou seus respectivos grupos econômicos em relação ao objeto do acordo, a sua quota de mercado for superior a 20%; ou II - sempre que dá origem a ligações verticais entre as partes contratantes ou seus respectivos grupos em relação ao objeto do acordo, pelo menos uma delas detém 30% ou mais da quota de mercado em um mercado afetado verticalmente relacionado, e desde que o acordo contenha: (A) uma cláusula de participação nos lucros / prejuízos, ou (B) obrigações de exclusividade decorrentes do acordo. A concentração de Atas está sujeita à apresentação obrigatória às autoridades que não podem ser implementadas antes da decisão do CADE, sob pena de nulidade. Em caso de não cumprimento do período obrigatório de espera, assim consumindo ou implementando a transação ou uma parte dela que deve resultar em uma multa de R $ 60.000,00 (sessenta mil reais) a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), além do processo administrativo para avaliar os aspectos de concorrência da operação. Os atos implementados antes da liberação também podem ser declarados nulos e sem efeito. Por outro lado, de acordo com essa lei, as submissões devem ser apresentadas às autoridades, preferencialmente, após a execução de um documento vinculativo entre as partes e antes de sua implementação, e as partes devem manter inalteradas as estruturas físicas e condições de concorrência entre elas. As partes são, portanto, impedidas de promover qualquer cessão de bens ou exercício de influência de um para outro, bem como a partilha de qualquer informação sensível que não sejam estritamente necessárias para a execução dos documentos vinculativos. A este respeito, em 20 de maio de 2015, o CADE publicou suas Diretrizes, visando estabelecer padrões a serem utilizados como referência para empresas em negociações. As orientações não são vinculativas, mas são um indicador importante da abordagem rigorosa do CADE para essas práticas. Deve ser possível para as partes para solicitar uma autorização de precaução do Relator para a implementação da transação, desde que as circunstâncias do caso assim o exigirem e são mantidas as condições para a preservação da reversibilidade da operação. O ônus de demonstrar perdas financeiras, mediante as partes, resultantes de um atraso de encerramento, são significativamente elevados. No mesmo sentido, a concentração de atas podem resultar na exclusão da concorrência numa parte substancial do mercado relevante, ou pode criar ou dar força a uma posição dominante, ou resultar na dominação de mercado relevante. No entanto, a transação pode ser autorizada se os estritos limites necessários para a realização dos seguintes objetivos são observados, alternativa ou cumulativamente: (I) aumento de produtividade ou de forma competitiva; (II) aumento da qualidade do produto ou serviço; ou (III) aumento de eficiência e desenvolvimento tecnológico / econômico, Ao analisar a transação, o SBDC levará em consideração qualquer destes ganhos de eficiência. Finalmente, nos casos em que os potenciais efeitos anticoncorrenciais são identificados, o CADE pode bloquear toda a transação prevista ou, mais provável, condicionalmente aprová-lo, de se envolver em negociações e exigindo que as partes para executar o chamado Compromisso em Controle de Concentração - ACCs. CADE introduziu a definição de "acordos associativos" através da Resolução nº. 10/2014. 7. INFRAÇÕES POR COMPETÊNCIA NO ÂMBITO CORPORATIVO A Lei da Concorrência estabelece, em seu artigo 36, que qualquer ato, intencional ou não, capaz de produzir os seguintes efeitos, ainda que tais efeitos não sejam alcançados, será considerada uma violação da ordem econômica: (I) limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; (II) para controlar um mercado relevante de um determinado produto ou serviço; (III) para aumentar os lucros em uma base discricionária; ou (IV) ao abuso de uma posição dominante em um determinado mercado. A conduta é analisada numa base caso a caso, utilizando uma abordagem de Estado de razão. Por sua vez, o n.º 3 do artigo 36 da mesma lei prevê uma lista não exaustiva de condutas que possam constituir uma violação da ordem econômica na medida em que eles podem produzir qualquer um dos efeitos mencionados no artigo 36, acima referido, tais Como: (I) a fixação de preços; (II) as restrições territoriais e de base de clientes; (III) acordos de exclusividade; (IV) a recusa de negociar; (V) impedir acessos de concorrentes; (VI) a discriminação de preços; (VII) Preço de Revenda de manutenção, entre outros. A Lei da Concorrência estabelece também multas para as empresas envolvidas que variam de 0,1% a 20% da receita no segmento de atividade envolvida no ano anterior à abertura do processo administrativo. A Resolução do CADE publicada em 31 de maio de 2012 prevê uma lista dos segmentos de atividade de negócios que devem ser levados em consideração como base para o cálculo de possíveis multas, de acordo com o artigo 37 da lei. Com relação a multas administrativas pessoais para os gestores, a nova lei prevê uma série de multas de 1% a 20% da multa aplicada à empresa. Além disso, no caso de associações, as faixas aplicáveis se dão a partir de um mínimo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e um valor máximo de R $ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais). Além das multas pecuniárias estabelecidas acima, e considerando a gravidade da infração, as seguintes penalidades podem também se aplicar: (I) a expensas do infrator, a publicação de meia página do resumo da sentença em um jornal nomeado pelo tribunal durante dois dias consecutivos, de uma a três semanas consecutivas; (II) proibição de processos de financiamento ou de licitação oficiais que envolvam compras, vendas, obras, serviços ou concessões de serviços com as autoridades federal, estadual, municipal e do Distrito A lei da concorrência brasileira estabelece que a notificação obrigatória será exigida nos casos de quaisquer atos ou acordos em que: 1 - qualquer uma das entidades envolvidas na operação, ou o respectivo "grupo de empresas" a que pertencem, teve um faturamento bruto anual ou volume global de negócios igual ou superior a R$ 750.000.000,00, durante o ano fiscal anterior; cumulativamente com; 2 – onde o faturamento bruto anual ou o volume global de negócios no Brasil, por qualquer outra entidade tenha sido envolvida no seu respectivo "grupo de empresas". Federal e entidades relacionadas, por um período igual ou superior a cinco anos; (III) recomendação de licenças obrigatórias para patentes de titularidade do infrator; (IV) da empresa spin-off, transferência de controle societário, venda de ativos, cessação parcial de atividades; entre outros. Considerações Finais Finalizando o módulo 1, esperamos que você tenha compreendido quais os aspectos jurídicos mais relevantes na gestão corporativa. Além disso, destacar que o Brasil tem alcançado uma posição de destaque na economia global na última década e atualmente é um dos países em desenvolvimentomais dinâmicas do mundo. O mercado interno, devido a um plano de distribuição de renda bem-sucedida, compreende hoje mais de cem milhões de consumidores com poder de compra relevante. As operações de comércio internacional quadruplicaram de 2002 a 2012. O tráfego de aeroportos e estradas dobrou no mesmo período. Na agricultura, o Brasil ocupa o primeiro lugar como exportador de carne, frango, suco de laranja, café, açúcar e segundo lugar como exportador de soja. Tal cenário, no entanto, não pode ser sustentado e continuado sem o desenvolvimento de projetos de infra estruturas para o fornecimento das exigências mencionadas acima. O Governo percebeu que a infra estrutura disponível não seria suficiente e os tempos que virão com base nas perspectivas futuras não são tão prósperos. Sendo assim, recentemente, o Governo brasileiro anunciou uma nova rodada de concessões no valor de até R $ 190,000,000,000.00 (cento e noventa milhões de reais) em investimentos. Isto é esperado para ser o maior plano de investimentos em infraestrutura a ser implantado no Brasil. Além disso, as oportunidades no setor de infraestrutura brasileira estão relacionados não só para concessões, parcerias público-privadas e obras públicas contratadas diretamente com o Governo brasileiro, mas também com os suprimentos complexos e abrangentes de bens e serviços necessários para realizar tais contratos, o que significa grandes oportunidades para cada todos os tamanhos de negócios. Neste sentido, torna-se indispensável para conhecer e compreender as formas pelas quais a relação entre o governo e a gestão corporativa pode interagir. Finalmente, para poder administrar uma empresa ou uma organização de maneira eficiente, é preciso ter em conta várias regras que devem ser aplicadas ao pé da letra. Desde materializar complexas ideias até cuidar dos detalhes mais simples e pequenos, tudo é muito importante para conseguir sempre o melhor rendimento. A gestão corporativa, segundo o que pudemos ver no estudo acima, implica em conhecer muitos aspectos como a administração dos investimentos, as leis que regem toda essa prática, a logística, o potencial do capital humano e outras questões que são fundamentais para que uma organização possa chegar a ser eficiente e alcançar seus objetivos. Formas de Organizações Empresariais Professor: Sílvia Cristina da Silva Disciplina: Aspectos jurídicos na Gestão Corporativa – Módulo 1 – Formas de organização Empresariais Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos Orgs.: Cláudia Regina Esteves Faculdade Campos Elíseos Conversa Inicial Neste quarto módulo, discutiremos a as formas de constituição das organizações empresariais. Nesse apanhado, vamos explicar organização de negócios: importância, objetivos, princípios. Além disso, veremos a comunicação organizacional, bem como a dinâmica de negócios e organização em seus aspectos formal e informal. Verificaremos as vantagens da organização informal e as deficiências de endereço em capacidade de gestão. Finalmente, veremos como incentivar uma melhor prática de gestão. Agora com a descrição de toda a trajetória, podemos iniciar a nossa jornada. Ótimos estudos! 1 Organização de Negócios: Importância, objetivos, princípios CORDEIRO (2011), alega que o início de uma empresa e / ou negócio começa com o primeiro passo "Planejamento" (que nos diz que será aquilo que vai fazer). Após a conclusão desta etapa continuamos com o seguinte a "Organização" (isto se refere a maneira como será feita). Dessa forma, uma organização é, portanto, um processo estabelecido por etapas, que todos devem aprender a alcançar o melhor desempenho como empresa. A organização é o arranjo ordenado de recursos e funções consideradas necessárias para cumprir um objetivo, ou seja, é a criação da estrutura necessária para a sistematização racional dos recursos, determinando hierarquias, layout, correlação e agrupamento de atividades, a fim de realizar e simplificar funções de negócios. O objetivo é simplificar o trabalho, coordenar e otimizar as funções e recursos, isto é, seu objetivo é mostrar tudo para ser simples e fácil para aqueles que trabalham na empresa e para os clientes. Na fase de estrutura de organização permitirá melhor coordenação dos recursos e atividades para alcançar as metas estabelecidas no planejamento que será projetado. 1.1 Por que é importante organização no meu negócio? GARCIA (2005), aponta que a organização de sucesso ajuda a atingir os objetivos da seguinte maneira: - Ela ajuda a fazer melhor uso dos meios disponíveis; - Ela ajuda a ter uma melhor compreensão e comunicação entre os membros da empresa; - Fornecer métodos para que possam realizar as atividades de forma eficiente, com o mínimo esforço; - Evitar a lentidão e ineficiência de atividades, reduzindo custos e aumentando a produtividade; - Reduz ou mesmo elimina a duplicação de esforços, através da definição de papéis e responsabilidades. O início de uma empresa e / ou negócio começa com o primeiro passo "Planejamento" (que nos diz que é o que vai fazer) após a conclusão desta etapa continuamos com o seguinte a "Organização" (isto nos diz que a maneira assim vai). Fazer e sociedades gestoras corretamente é, portanto, um processo estabelecido por etapas, que todos devem aprender a alcançar o nosso melhor desempenho como empresa. 1.2 Qual é a organização? GARCIA (2005) também aponta que a organização é o arranjo ordenado de recursos e funções consideradas necessárias para cumprir o nosso objetivo, ou seja, é a criação da estrutura necessária para a sistematização racional dos recursos, determinando hierarquias, layout, correlação e agrupamento de atividades, a fim de realizar e simplificar funções de negócios. 1.3 Qual é o propósito da organização? O objetivo é simplificar o trabalho, coordenar e otimizar as funções e recursos, isto é, seu objetivo é mostrar tudo para ser simples e fácil para aqueles que trabalham na empresa e para os clientes. Na fase de estrutura de organização permite melhor coordenação dos recursos e atividades para alcançar as metas estabelecidas no planejamento que é projetado. GARCIA (2005). 1.4 Por que é importante organização no meu negócio? A organização de sucesso ajuda a atingir os objetivos. Ele ajuda a fazer melhor uso dos meios disponíveis Ela ajuda a ter uma melhor compreensão e comunicação entre os membros da empresa. Fornece métodos para que possam realizar as atividades de forma eficiente, com o mínimo esforço. Evitar a lentidão e ineficiência de atividades, reduzindo custos e aumentando a produtividade. Reduz ou mesmo elimina a duplicação de esforços, através da definição de papéis e responsabilidades. GARCIA (2005) 1.5 Como começar a organizar o meu negócio? Temos de começar por conhecer e definir 4 primeiros passos. A partir deles podemos salvar uma grande quantidade de dados que servirão para criar a estrutura organizacional da nossa empresa. SILVA (2005). - SabeR o propósito da empresa. - Dividir o trabalho em operações ou atividades. - Atividades de grupo em outras áreas. - Definir a atividade, obrigação e uma área de delegação. 1.6 Que princípios devem ter em conta quando a Organização? Estabelecer uma organização hoje é baseada em princípios que devem ser seguidos completamente para excelente organização empresarial, segundo SILVA (2005): Objetivo: Todas as atividades estabelecidas na organização devem estar relacionadascom os objetivos e propósitos da empresa, existência de um lugar ou área que só se justifica se ela serve para realmente alcançar os objetivos. Expertise: O trabalho de uma pessoa deve ser limitado na medida do possível, a realização de uma única atividade; O âmbito de aplicação mais específica deve ter ao menos um indivíduo, uma maior eficiência e a sua habilidade. Hierarquia: É necessário estabelecer centros de autoridade que se emanam necessárias para atingir planos de comunicação, em que a autoridade e o fluxo de responsabilidade do mais alto executivo para o nível mais baixo são necessários. Unidade de controle: Ao determinar um centro de autoridade e decisão para cada função deve ser atribuído um único chefe e os subordinados não devem relatar a mais de um chefe. Divulgação: A obrigação de cada posição é cobrir autoridade e responsabilidade que deve ser publicada e disponibilizada por escrito a todos os membros da empresa que se relacionam com ele. Coordenação: Unidades de uma organização devem ser sempre mantidas em equilíbrio (marketing, finanças, produção, recursos humanos). Balanço: há uma necessidade de aplicação equilíbrio dos princípios ou técnicas, no entanto, devem ser equilibradas para garantir a eficácia global da estrutura para atender os objetivos da empresa em qualquer estrutura. Flexibilidade: O mais surpreendente é a tomada de decisões para dar maior flexibilidade à estrutura de uma organização, poder desempenhar melhor o seu propósito. Em cada estrutura deve incorporar procedimentos e técnicas para antecipar e reagir à mudança. A estrutura da organização permite a melhor coordenação dos recursos e atividades para alcançar os objetivos estabelecidos durante o planejamento da mesma. 2 Organização empresarial A seção maior de lidar quando falamos em administração de empresas é a organização. Em seguida, é necessário estudar o conceito de organização e seu papel na empresa. Dessa forma, vamos ver como classificar diferentes tipos de organização e, finalmente, tentar verificar o seu design e comunicação que deve existir em todas essas organizações. Sabemos que as principais tarefas de administração de empresas onde estão o planejando e a organização. Depois do primeiro planejamento de tarefas, começamos com a organização. A organização é o design e manutenção de um sistema operacional baseado em determinar os papéis a serem cumpridas por cada pessoa que integra a empresa, bem como as relações estabelecidas entre eles. O objetivo da organização é maximizar os resultados obtidos com a colaboração, o trabalho e a relação de todos os membros de uma empresa. 2.1 Organização Característica De acordo com GARCIA (2005), a função organizacional é estabelecer as diferentes funções organizacionais em uma lógica e eficaz para criar uma estrutura que possa constituir num meio eficaz para alinhar as diferentes atividades a fim de realizá-las para atingir os objetivos. Assim, poderíamos dividir a função organizacional em duas partes, segundo GARCIA (2005); a) funções organizacionais: - Os objetivos atribuídos a cada pessoa deve atender a todas as características de alvos (consistentes, mensuráveis no tempo, realizáveis, aceites por todos os interessados, flexíveis às mudanças no meio ambiente, hierárquicos e fáceis de entender). - As atividades a serem desempenhadas por cada pessoa devem ser perfeitamente definidas e claras - A determinação de áreas e níveis de autoridade de cada pessoa. b) Criação de estrutura: - Dividir as atividades totais da empresa em atividades de grupo que contribuam para alcançar os objetivos. - Atribuir a cada grupo de atividade responsável com a finalidade de supervisionar o trabalho de cada membro da pessoa grupo. - Coordenar horizontalmente e verticalmente ao longo da estrutura criada. Classificação da organização Já quando se fala neste tema, GARCIA (2005), informa que existem dois tipos de organização: formal e informal. - Organização formal: a organização é formal quando as pessoas estão trabalhando em conjunto para alcançar uma série de objetivos previamente definidos e comuns: - Cada parte sabe o papel que deve desempenhar e os limites de sua autoridade. - Deve permitir um certo grau de autonomia para utilizar as suas capacidades e competências de cada pessoa. - Segue o princípio do objetivo: uma organização é eficaz se ela permite que cada pessoa a contribua com o seu trabalho para alcançar os objetivos da empresa. - Seguir o princípio da eficiência: uma organização é eficiente quando se é capaz de atingir os objetivos com o menor custo possível. - A organização informal: São metas estabelecidas comum a todos os indivíduos, mas determinam metas individuais para cada um deles. 2.1 Organização empresarial – fluxogramas Na seção anterior, quando se classificou a organização, vimos que esta compõe um conjunto de indivíduos. Cada um deles terá uma série funções, cargos, responsabilidades que serão representados pelo desenho da organização. O projeto de organização é uma representação gráfica dos vários componentes da organização, da sua distribuição e da sua ordem. Neste texto a chamaremos estrutura organizacional de uma empresa, segundo SILVA (2005): Uma organização deve diferenciar: - Os elementos que compõem a organização. - Os diferentes níveis e posições de autoridade. Existem muitos tipos de organização. Vamos olhar para a principal e mais comum no mundo dos negócios: os departamentos funcionais, territorial, o produto e matriz. FONTE: http://www.ufal.edu.br/nti/institucional/1nti.jpeg/view http://www.ufal.edu.br/nti/institucional/1nti.jpeg/view - Diagrama funcional com funções de departamentos definidos (diretor, responsável) e, quando os departamentos acrescentam ao papel de determinada área de negócio (finanças, marketing, ...) Agora vamos continuar com os diferentes tipos de organogramas de negócios. SILVA (2005), estabelece alguns como podemos ver abaixo: - Regional Organizacional: a ênfase da organização encontra-se com as áreas geográficas. - Organização por produto: a ênfase é sobre os produtos fabricados a partir de muitas referências. FONTE: http://areasdeintegracao.blogspot.com.br/2014_08_01_archive.html 3 Comunicação organizacional Comunicação, em seu sentido mais geral, é a transmissão de informações de um emissor para um receptor, para que este possa entender. Nos negócios, A comunicação organizacional não se limita ao que precede. As funções da comunicação organizacional são, de acordo com GARCIA (2005): http://areasdeintegracao.blogspot.com.br/2014_08_01_archive.html - Assegurar que todos sabem os objetivos que a empresa propôs. - Certifique-se de que qualquer membro da empresa obtém as informações necessárias para a tomada de decisões relativas à realização dos objetivos. - Criar e gerir um clima adequado para a colaboração e cooperação entre as pessoas, através da transmissão de mensagens adequadas. - Para facilitar a obtenção das informações necessárias para a boa execução de planos de negócios. - Relacionar-se com a empresa com o meio ambiente através de uma troca de informações adequado. Em suma, durante esta unidade, temos investigado o conceito de empresa e temos visto os diferentes tipos de negócios que podemos encontrar dependendo de uma série de variáveis, tais como propriedade do capital, o tamanho da empresa, setor de atividade ou estrutura do mercado. Finalmente, temos percebido a importância da gestão de negócios para a empresa. 4 Dinâmica de negócios e organização Dentro deste tópico, vamos aprofundar e relembrar um pouco mais os seguintes pontos, segundo GARCIA (2005): - Concepção e estrutura organizacional - Organização empresarial- Tipos de organizações Uma boa organização empresarial depende de processos e procedimentos que, juntos, alcançam os objetivos a serem alcançados dentro de uma empresa. A organização é o design e manutenção de um sistema operacional baseado em determinar os papéis a serem cumpridos por cada pessoa que integra a empresa, bem como as relações estabelecidas entre elas. O objetivo da organização é maximizar os resultados obtidos com a colaboração, o trabalho e a relação de todos os membros de uma empresa, sem dúvida, a organização é a base para a obtenção de excelentes resultados, pois com eles é alcançada a faixa de propósito. A fim de estabelecer controles e processos que são executados de forma consistente e adequado à organização, concebidos e analisados, determinam o cumprimento das metas a curto ou a longo prazo, a fim de estabelecer controles e processos que estão constantemente sendo feitos. Este processo não deve estar falando de uma administração eficiente, se não há nenhum plano de organização e processo de estruturação. Pelo planejamento e boa organização todos os fatores de risco que impedem o cumprimento dos termos e objetivos declarados são tidos em conta. Logo, uma boa organização dentro de uma empresa reflete muito na sua imagem externa e interna, pois determina a capacidade dele para enfrentar qualquer evento, com ele é alcançado. GARCIA (2005) É por isso que é muito importante antes de discutir administração a um plano organizacional que não mostra como nós começamos e onde estamos indo, é importante para manter os planos para quaisquer alterações futuras e impede apropriadamente para evitar danos de qualquer tipo para uma estrutura corporativa, de acordo com GARCIA (2005): - A organização, como o elemento final do aspecto teórico, inclui, complementos e leva até o último detalhe tudo o que afirmou pensando em como ser um negócio. - Verificar como é grande a importância da organização, que, por vezes, perdeu de vista de muitos autores que é apenas uma parte da administração, levando à hostil a este último, como se a primeira representasse a teórica e científica e o segundo a prática e a empírica. - Construir o ponto de enlace entre os aspectos teóricos; os objetivos que foram alcançados e as metas que devem ser cumpridas. A organização, em última análise se refere à estrutura planejada e colocada em prática para que as metas e objetivos planejados possam ser realizados, também se refere à forma como eles devem ser em funções, hierarquias e atividades para fazer, abrange o que é do organograma. Funções e atividades que são estruturadas, da forma como se olha para o futuro, imediata e remota, e da própria organização que são os dados finais do aspecto estático ou mecânico. Diz-nos especificamente como e quem vai fazer tudo, verá os perfis de trabalho, o emprego certo para a pessoa certa. Quando a organização termina, continua a agir de modo que tudo o que elevou-a em prática, faz com que a mesma integre, dirija e controle os passos e / ou processos que se seguem para que estes já pertençam à dinâmica. GARCIA (2005). Além disso, a organização exige constantemente que se tenha em conta os seres humanos e materiais que podem ser disponibilizados, novamente é encontrar o emprego certo para a pessoa certa, para acomodá-los. Desde hoje em dia a maioria dos talentos não estão expostos a situações reais como conceito teórico dirigindo sozinho sem ir para o lado empírico. É igualmente importante que a integração da estrutura de negócios seja tratado para todos os componentes da empresa que está ciente de todos os eventos relacionados com a empresa. SILVA (2005). 5 Organização informal A organização informal é a estrutura social que regula a forma de trabalhar dentro de uma organização na prática. É o conjunto de comportamentos, interações, normas, relações pessoais e profissionais através do qual o trabalho é feito e as relações entre pessoas que compartilham uma organização comum são construídas. Ela consiste em um conjunto dinâmico de relacionamentos, redes sociais, comunidades de interesse comum, e fontes de motivação emocional. A organização informal desenvolve organicamente e espontaneamente em resposta a mudanças no ambiente de trabalho, o fluxo de pessoas, e as dinâmicas sociais complexas dos seus membros. SILVA (2005) Entendida de forma eficaz, a organização informal complementa as estruturas mais explícitas, planos e processos de organização formal pode acelerar e melhorar as respostas a acontecimentos imprevistos, incentivar a inovação, permitem às pessoas para resolver problemas que exigem colaboração. A natureza da organização informal torna-se mais clara quando suas principais características são justapostas com os da organização formal. SILVA (2005) 5.1 As principais características da organização informal: As principais características da organização informal, são elas, de acordo com CORDEIRO (2011): • Em constante evolução • Dinâmica e flexibilidade • Excelente motivação • Difícil definição • É necessário ter experiência para ser visto • Trate as pessoas como indivíduos • Juntos pela confiança e reciprocidade Essencial para mudar rapidamente situações ou ainda não totalmente compreendidas 5.2 As principais características da organização formal: As principais características da organização formal, segundo CORDEIRO (2011), são: • Rigidez • Estaticidade • Excelente alinhamento • Hierarquia • Unidos por regras codificadas e fim • Fácil de entender e explicar • Fundamental para lidar com situações que são conhecidas e consistentes. • Desvantagens de grupos informais. As organizações informais também têm as seguintes desvantagens e problemas que requerem atenção da administração potenciais, são elas nas palavras de CORDEIRO (2011): 1. A resistência à mudança Perpetuando os valores e estilo de vida faz com que grupos informais se tornem excessivamente protetores da cultura e, portanto, resistem à mudança. Por exemplo, se a restrição da produção era a norma em um grupo de gestão autocrática, deve permanecer assim, apesar das mudanças de gestão ter permitido uma gestão mais participativa. 2 Conflito Encontrar satisfação pode levar os membros do grupo informais ficar fora dos objetivos organizacionais formais. O que é bom para ele e desejado pelos membros do grupo informal, no entanto, nem sempre é bom para a organização. Dobrando o número de coffee breaks e a duração da refeição é possível ser desejável para os membros do grupo, mas claro, menos rentável para a empresa. 3. Rumorologia Mal informado, os funcionários comunicam informações falsas não verificadas e que podem criar um efeito devastador sobre os trabalhadores. Isso pode enfraquecer a moral, estabelecer atitudes ruins, resultando em desvio ou até mesmo o comportamento violento. 4. Cumprimento O controle social promove e incentiva o cumprimento entre os membros do grupo informal que a sua relutância em agir de forma muito agressiva, ou agir muito alto, faz com que isso prejudique a organização formal para sufocar a iniciativa, a criatividade e a diversidade de resultados. 6 Vantagens da organização informal. Embora as organizações informais e potenciais problemas criem desafios para a gestão, mas também fornecem uma série de benefícios para a organização formal. Os planos formais, políticas, procedimentos e padrões não podem resolver todos os problemas em uma organização dinâmica, portanto, os sistemas informais se misturam com a ajuda formal, você faz o seu trabalho. Além disso, os gestores são menos propensos a controlar os trabalhadores quando eles se dão conta da organização informal está cooperando com eles. Issoincentiva a delegação, descentralização e aos trabalhadores de apoio técnico, sugerindo uma provável melhoria no desempenho e produtividade global. GARCIA (2005) 7 Deficiências de endereço em capacidade de gestão Por exemplo, se um gerente é fraco no planejamento e na análise financeira, um subordinado informalmente pode ajudar na preparação de relatórios através de quaisquer sugestões ou participação direta. Atuar como uma válvula de segurança, pode-se dizer, os funcionários experimentam frustração, estresse e problemas emocionais com a administração e outros funcionários se esta é má. O grupo informal fornece um meio para aliviar esta pressão emocional e psicológica, permitindo que uma pessoa fale sobre eles entre amigos aberta e honestamente. GARCIA (2005). 8. RESUMO Dentro de um grupo empresarial é de grande importância denotar lugares hierárquicos para certos tipos de operação dentro da mesma, uma vez que depende da decisão e da mesma forma em que a pessoa que vai ser dada tal poder deve ter a teoria e a prática para realizar adequadamente o seu papel nela, uma vez que anda de mãos dadas com o conhecimento e responsabilidade, deve-se fazer todo o possível para que ele possa transmitir conhecimento pessoal, apresentar novas propostas, tendo em conta a capacidade do fator humano que conta e a capacidade dos mesmos. A autoridade é definida como um poder ou capacidade de fazer algo. Ela também é o poder de uma pessoa sobre outra que é subordinada. E, finalmente, uma ou mais pessoas abrangidas por qualquer poder ou controle. A autoridade dentro de uma empresa é medida a partir do ponto de vista da faixa ou grau tem dentro da organização. A este respeito, é importante distinguir que essa autoridade se relaciona com o título ou a posição que a pessoa tem dentro da empresa e não com suas características pessoais ou atributos. Quando uma posição de autoridade está desocupada, a pessoa que deixou o cargo dá a autoridade que lhe representa. A autoridade permanece com a posição e com o seu novo proprietário. Quando a autoridade é exercida, é esperado cumprimento de ordens emitidas pelo chefe da autoridade. Dessa forma, CORDEIRO (2011), aponta que o poder de uma pessoa sobre outra que é subordinado, diz respeito a: • Trabalho de casa • Delegação de autoridade • Responsabilidade • Construção de confiança A organização, como um todo, é dividida em níveis que representam "habitats" de certos grupos de pessoas com diferentes tarefas de decisão com características comuns a elas confiadas. Continuando nesse mesmo diapasão, as funções de nível mais estratégico de responsabilidade que afetam toda a empresa e assumem a responsabilidade pelos objetivos a médio e longo prazo, são elas: 8.1 Nível intermediário Controle e planejamento geral, atividades de programação. Nível de gestão Desenvolvimento, implementação e monitoramento de processos de negócios. Comissão: grupo de pessoas a quem um determinado assunto para decidir sobre isso como um grupo deve ser responsável. Formal estabelecido como parte da estrutura organizacional, com capacidade para a tomada de decisões. Informal, sem delegação de autoridade, criada para analisar qualquer matéria por sua própria iniciativa de uma pessoa ou grupo, conforme visto anteriormente. 8.2 O organograma A estrutura organizacional de uma organização está uma representação gráfica dos seus vários componentes, conforme vimos no texto, como também a sua distribuição e o seu fim. Deve apresentar uma descrição completa da empresa, deve, portanto, incluir a diferenciação de seus componentes e a distribuição dos diferentes níveis e cargos de decisão, responsabilidade e autoridade. Em conclusão, a importância que requer estes diferentes pontos dentro de um plano de uma boa organização denota, destacando a importância de usar a direção certa, sem perder as metas propostas anteriores alavancando o sucesso ou fracasso de uma pequena entidade ou alta demanda, onde se deve ter pleno conhecimento de cada um dos membros da equipe e explorar cada uma das capacidades dos recursos humanos, sem perder o conhecimento. Lembrando que elas devem designar hierarquias dentro da organização e manter o conhecimento de todos e de cada um dos membros de todas as áreas para atender a pessoa e seu papel específico dentro dela. Considerações Finais Finalizando o módulo esperamos que você tenha compreendido a respeito das formas de organizações empresarias. As empresas precisam de profissionais capazes de integrar habilidades e conhecimentos no campo da administração e direito, para habilitá-lo para os cargos com poder de decisão ou conselhos para aqueles que gerem a organização. No campo legal, com particular há a ênfase para a gestão corporativa, onde estudamos por que é tão importante organização num negócio e qual é o propósito dessa organização. Além disso, descobrimos por que é importante organização numa organização e como começar a organizá-la. Por fim, verificamos quais os princípios que se deve ter em conta quando se fala em organização empresarial e sua dinâmica de negócios. Definimos o que é uma organização informal e as principais características da organização formal, além das vantagens da organização informal. Finalmente, estudamos as deficiências de endereço em capacidade de gestão e os incentivos de uma melhor prática nessa gestão. Incentivos ao Investimento na Gestão Corporativa Sílvia Cristina da Silva Disciplina Aspectos jurídicos na Gestão Corporativa – Módulo 3 - Incentivos ao Investimento na Gestão Corporativa Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos Orgs.: Cláudia Regina Esteves Faculdade Campos Elíseos Conversa Inicial Neste quinto módulo, discutiremos os incentivos ao investimento na gestão corporativa. Nesse apanhado, vamos explicar em que consiste a gestão corporativa, sua adesão, bem com as situações propícias ao investimento nessa gestão. Além disso, veremos quais são os encargos da implantação de um sistema de gestão corporativo e os incentivos a esse investimento, discutindo as vantagens e benefícios. Dentro desse tópico, também elencaremos quais são os conceitos de menor custo de capital, maior retorno sobre os investimentos, maior valorização nos índices da Bovespa, redução de conflitos e riscos e o melhor desempenho. Finalmente, analisaremos o que vem a ser a eficiência técnica e a produtividade. Sendo assim, com a descrição de toda nossa trajetória, podemos iniciar a nossa jornada de sucesso. Ótimos estudos! 1 Gestão Corporativa Para entendermos melhor o que vem a ser a Gestão Corporativa (ou Governança Corporativa) e os princípios que a compreendem, vamos, primeiramente, a um breve resumo e contextualização de seu surgimento. Até a década de 1930, a cultura empresarial dominante, advinda da grande potência dos Estados Unidos, era de um modelo em que os proprietários tinham o poder sobre as decisões administrativas de suas empresas, sendo eles mesmos os ocupantes dos altos cargos da gestão. No entanto, com as mudanças do cenário financeiro mundial, especialmente após a Segunda Grande Guerra, a força e o dinamismo da economia americana tomaram rumos mais complexos. Abriu-se espaço, a partir de então, e cada vez mais, para estruturas de propriedade dispersa, por meio das ações dessas empresas negociadas no mercado de capitais. Posteriormente, a nova tendência passou também a ser observadaem outros países. O ingresso desses investidores deu uma nova cara às empresas, cujo conjunto de proprietários (acionistas, no caso) tornou-se disperso de tal forma que a interferência direta destes nas decisões administrativas e o acesso aos importantes cargos ficou impraticável. O controle passou, então, a ficar nas mãos privilegiadas dos sócios majoritários ou de gestores profissionais contratados. O fato é que esse conjunto disperso de proprietários, combinado com o crescimento da empresa, configuravam um quadro de vulnerabilidade e risco, pois, qual fosse caso, os administradores poderiam agir em interesse próprio, sem levar em conta a empresa como um todo, os acionistas e demais partes envolvidas com o negócio. Por exemplo, executivos e conselheiros contratados tenderiam a agir de forma a maximizar seus salários, garantir sua estabilidade no emprego e assegurar mecanismos que lhes conferissem mais poder. Por outro lado, no caso dos sócios majoritários, poderia haver situações irregulares de sucessão de poder ou a adoção de uma visão imediatista – e perigosa – de administração. Além disso, nem sempre havia acessibilidade, para os acionistas, aos relatórios e estratégias adotadas pelos gestores. É, portanto, nesse contexto que começaram a surgir as primeiras percepções da necessidade da adoção de um parâmetro que alinhasse os interesses dos envolvidos e garantisse a perpetuação da empresa. Em 1976, Jensen e Meckling, propuseram medidas que incluíam práticas de monitoramento, controle e ampla divulgação de informações, a fim de minimizar o problema e assegurar o sucesso da empresa. Assim surgiu o conceito de Governança Corporativa. O primeiro código de boas práticas de Governança Corporativa originou- se na Inglaterra – o Relatório de Cadbury – em 1992. Mas, no mesmo ano, nos Estados Unidos, a empresa General Motors também elaborou o seu, seguida pelas maiores companhias conterrâneas. No Brasil, por sua vez, em 1995, se deu a criação do Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração (IBCA), intitulado Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBCG) em 1999, segundo o qual: “Governança Corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.” (http://www.ibgc.org.br) Sendo assim, esse sistema de gestão se estabelece a partir da separação entre proprietários e administradores, ou, melhor dizendo, entre propriedade e gestão. Nesse sentido, pode ser definido como um sistema de diretrizes e normas que equilibram o poder entre os shareholders, isto é, os proprietários (acionistas controladores e minoritários), e os stakeholders (gerentes, empregados, clientes, fornecedores, governo e comunidade). Em grande parte das organizações que já utilizam o modelo de governança corporativa, sua estrutura organizacional está baseada em Acionistas, Conselho de Administração e Presidente. A proposta é, resumidamente, o uso eficiente dos recursos e a adoção de mecanismos de transparência e prestação de contas. http://www.ibgc.org.br/ Especificamente, segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC, os Princípios Básicos de Gestão Corporativa podem ser apresentados como: Transparência: Mais do que a obrigação de informar e o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem a criação de valor. Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. Em 1976, Jensen e Meckling, propuseram medidas que incluíam práticas de monitoramento, controle e ampla divulgação de informações, a fim de minimizar o problema e assegurar o sucesso da empresa. Assim surgiu o conceito de Governança Corporativa. Prestação de Contas (accountability): Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões. Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando a sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. 2 Adesão à Gestão Corporativa Os princípios da Governança Corporativa são aplicáveis a qualquer organização, independentemente do porte, natureza jurídica (Terceiro Setor; Cooperativas; Sociedades Limitadas; e Sociedades Anônimas), tipo de controle (Estatal; Familiar/Multifamiliar; Não Familiar; Estrangeiro; e Institucional) ou forma de controle (Definido; Difuso; e Pulverizado ou Disperso). 2.1 Sociedades anônimas As sociedades anônimas, especialmente as de capital aberto, por características inerentes de responsabilidade social e busca de investimentos de terceiros no mercado de valores mobiliários, são as mais inclinadas à Gestão Corporativa. Já lhes são impostas obrigações, como a divulgação de informações, equidade entre os agentes e bom relacionamento com os stakeholders. Dessa forma, os princípios de Governança vêm somar, atendendo suas necessidades e organizando, de maneira regulamentada, suas exigências. Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. 2.2 Sociedades limitadas A principal característica desta sociedade é que a responsabilidade dos sócios está limitada ao valor do capital social (quotas). O Código Civil de 2002, instituído pela Lei nº 10.406, regula, dentre outras coisas, a forma como as decisões devem ser tomadas entre os sócios, os quóruns necessários para aprovação de determinados assuntos, requisitos formais para eleição do administrador da sociedade e procedimentos para sua destituição. Como em outros tipos administrativos, sucede que, nas sociedades limitadas, o interesse social, ou da sociedade empresária, nem sempre coincide com o interesse dos sócios. Além disso, comumente acontece que os interesses convergentes no início do empreendimento, passam a divergir entre os sócios à medida que as atividades empresariais se desenvolvem, especialmente quanto às questões de repartição dos lucros. Sob essa ótica, fica demonstrada como a adesão à gestão Corporativa é bem-vinda. 2.3 Pequenas Empresas Familiares Talvez esse não pareça ser o tipo de empresa que, primeiramente, seria recomendada à Gestão Corporativa. Todavia, quando relações familiares se misturam a relações empresariais, os desafios são multiplicados. Ambas as realidades coexistem: ora parentes, ora sócios. Aos empresários de Micro e Pequenas Empresas Familiares são exigidas múltiplas habilidades, muitas vezes, desenvolvidas mais pelo perfil nato de empreendedorismo, quase que unicamente por instinto, do que por técnica profissionalizada baseada em planejamento estratégico. Quando ocorrerem conflitos de interesses, as diretrizes do sistema de Governança Corporativa poderão conduzir os sócios a um equilíbrio que vise o bem da empresa. Ademais, com uma boa governança, as tarefas de gerenciamento são mais bem divididas, as decisões são tomadas
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