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CASTELLI - ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA BACHARELADO EM HOTELARIA MÓDULO A&B HIGIENE NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PROF.ª DRª JULIANA RECUERO USTRA ELABORAÇÃO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS (ESTRUTURA FÍSICA) Bruno de Assis Blumm Maria Victória Mafra Canela/RS, Junho de 2012. 1. IDENTIFICAÇÃO Nome Fantasia: Restaurante Nell Razão Social: B&M Comércio de Alimentos Ltda. CNPJ: 08.60.853/0008-07 Endereço: Rua José Luiz Corrêa Pinto, nº 135, Bairro Centro, CEP 95680-000 Cidade: Canela/RS Telefone: (54) 3252-6820 2. APRESENTAÇÃO O Restaurante Nell foi inaugurado em 14/08/2011 e desde então está em operação. O estabelecimento conta atualmente com 10 colaborados, sendo metade deles para a cozinha, um para o setor de estoque e outros quatros para o atendimento ao público. O dono da empresa é o responsável pela movimentação do caixa, assim como a prestação de contas. A empresa presta serviços alimentícios e está realizando a modificação no seu Manual de Boas Práticas, uma vez que, com o tempo, melhoras estão sendo feitas para que haja um organização e otimização do trabalho. A RDC 216/2004 está sendo a base para a reconstituição desse e pretende melhorar no quesito estrutura física. 3. BENEFÍCIOS Com a implantação do novo Manual de Boas Práticas é esperado que se tenha uma melhora em relação à higiene da estrutura física do local. Reservatórios de água, controle de vetores e pragas e a caixa de gordura são o foco da mudança. 4. INTRODUÇÃO Caro colaborador, o Manual tem como objetivo práticas e ações que levam à produção de alimentos seguros, ou seja, que estes não causem prejuízo à saúde e à integridade do consumidor. Abaixo seguem instruções sobre o controle de vetores e pragas, limpeza do reservatório de água e da caixa de gordura. É de obrigação de todos os funcionários o cumprimento das normas, caso contrário, medidas serão tomadas. Medidas preventivas e corretivas também se encontram no manual. O benefício que o manual oferece tem como principal diretriz a higiene na produção de alimentos. 5. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES 5.1 CONTROLE DE VETORES E PRAGAS Com ações contínuas de organização e higiene com o objetivo de impedir a atração, o acesso, o abrigo e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas (problemas preventivos), todos os colaboradores devem: - Manter as áreas livres de sujidades e resíduos alimentares; - Descartar o lixo com frequência e de maneira correta; - Manter as latas de lixo limpas, em boas condições e bem cobertas; - Lavar, enxaguar e desinfetar as latas de lixo regularmente; - Guardar adequadamente os alimentos para não atrair insetos; - Manter as áreas internas e seus arredores livres de papel, papelão ou embalagens e materiais em desuso; - Evitar a entrada de caixas de frutas/verduras/legumes e bebidas nas áreas de manipulação de alimentos; Para isso, a empresa possui: - Aberturas para áreas externas fechadas ou protegidas por telas; - Portas e janelas ajustadas ao batente; - Ralos sifonados e com sistema de fechamento; - Instalações livres de fendas e frestas; - Caixas de gordura bem vedadas; Durante a aplicação de pesticidas, cuidados em relação à equipamentos, móveis, louças e utensílios são tomados para que não ocorra uma contaminação. AÇÕES CORRETIVAS A empresa deve comunicar à empresa responsável pelo controle de pragas todas as vezes que houver um número alto de ocorrências de pragas e vetores, solicitando ações corretivas como mudança na utilização dos componentes químicos dos pesticidas, instalação de equipamentos e aumento na frequência de aplicação do produto. VERIFICAÇÕES A verificação deste controle integrado de pragas deve ser realizada pelo responsável pelas atividades de manipulação de alimentos, através de observação e da checagem do certificado atualizado e dos registros efetuados no formulário “Registro de Ocorrência de Pragas”. 5.2 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO DE ÁGUA A empresa utiliza água potável na produção e manipulação de seus alimentos, sendo abastecida pela empresa de abastecimento público. A frequência com que a limpeza é feita é de seis em seis meses ou toda vez que ocorrer a entrada de animais, insetos ou folhas no reservatório. Para a limpeza, a empresa precisa de no mínimo uma hora para realizar a ação, ou seja, o restaurante deve estar fechado ou em um período em que a utilização da água não é necessária. - Amarrar a boia ou fechar o registro de entrada de água no reservatório; - Esvaziar o reservatório até a altura de um palmo de água; - Fechar a saída de água; - Escovar as paredes internas e o fundo com água e escova de fibra vegetal ou sintética (não usar sabão, detergente ou outro produto), desprendendo todo o resíduo e matéria orgânica; - Retirar os resíduos do fundo do reservatório com auxílio de um balde e um pano limpo, com cuidado para não danificar as paredes do reservatório; - Abrir os registros de saída e entrada da água; - Enxaguar bem as paredes com água limpa, mantendo as torneiras abertas para que não sobrem resíduos nos canos; - Fechar a entrada da água; - Banhar todo o interior do reservatório com solução de cloro a 500 mg/litro, deixando as torneiras abertas para que esta solução escorra pelos canos e realize a limpeza dos mesmos; - Aguardar 30 minutos; - Abrir a entrada da água; - Enxaguar com água limpa, mantendo todas as torneiras abertas para enxaguar bem toda a tubulação; - Fechar todas as torneiras; - Encher o reservatório para dar continuidade ao uso; A preparação do cloro diluído usado na limpeza do reservatório é feita pela seguinte medida: 20 mL de água sanitária com 2,5% de cloro ativo para cada litro de água. Essa limpeza só pode ser feita por profissionais capacitados/treinados para esse tipo de atividade, não podendo haver exceções. AÇÕES CORRETIVAS No caso de algum problema com a potabilidade da água, a empresa pode adquirir água potável vendida em galões/bombas/garrafas para fazer o uso. A empresa contratada para o serviço deve fazer a assistência verificando quais as causas do problema e providenciar a arrumação. VERIFICAÇÕES Pode ser coletada uma de amostra e ser feito um laudo, emitido por uma análise laboratorial para verificar a potabilidade da água. 5.3 CAIXA DE GORDURA As caixas de gordura devem ser limpas regularmente, conforme a necessidade, através da utilização de produtos apropriados para tal finalidade, seguindo as instruções: - Recolher toda a gordura utilizando uma pá exclusiva para este fim, garantindo a retirada total da gordura, inclusive daquela aderida às paredes e tampas; - Esfregar com vassoura ou escova exclusiva para este fim, com água fervente e produto desengordurante apropriado para esta função; - Enxaguar bem, se possível, com água sob pressão para se ter um efeito melhor; - Deixar escoar. AÇÕES CORRETIVAS Quando detectado baixa eficiência no escoamento e/ou atraso na limpeza da caixa de gordura, os colaboradores responsáveis deveram receber um treinamento específico para essa ação. VERIFICAÇÕES A verificação do cumprimento dos procedimentos de higienização deve ser realizada pelo responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos através de observação visual e checagem dos registros de monitoramento efetuados.
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