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Pensão alimentícia - Civil 05

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Exmo. (a) Sr. (a) Dr. (a) Juiz (a) de Direito da _____º Vara da Família da Comarca de Londrina - PR 
 
 
 
Cristiano, brasileiro, menor, neste ato representado por sua genitora Sr. Margarida, brasileira, solteira, desempregada, portadora da cédula de identidade de nº 00000-000 e do CPF de nº 111.111.111-11, residente e domiciliada à (ENDEREÇO), por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato anexo, com fundamento na Lei nº 5478/68, e artigos 1.694 e 1.696 do NCPC e artigo 229 da Carta Magna, propor a presente AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS, em face de Francisco, brasileiro, casado, empresário, portador da Cédula de Identidade de RG nº 11.111.111-1, emitida pela SSP/PR, inscrito no CPF/MF sob o número 333.333.333-33, residente e domiciliado na Rua: XX, Casa: XX, Bairro: XX, zona rural de Londrina – PR, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente alega não possuir condições financeiras para arcar às custas processuais e honorários advocatícios presente ação, sem que acarrete prejuízo ao seu sustento e de sua família. Assim, junta declaração de hipossuficiência em anexo. Nestas seguintes razões, reivindica, os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015, nos artigos 98 e seguintes.
 
II. DOS FATOS
A sra. Margarida, antes trabalhadora rural, residia no município de Londrina, no estado do Paraná, há tempos passou a trabalhar no plantio de milho na propriedade de Francisco. Pouco tempo depois de sua chegada, passou a manter relações sexuais com ele, mesmo sabendo do casamento deste com Rosa. Como Margarida morava em local distante da propriedade, Francisco, rico empresário rural, a convidou para morar em uma casa dentro de sua propriedade, com a intenção de facilitar os encontros, o que foi aceito pela Requerente. Após alguns meses, ela engravidou, porém, Francisco recusou-se a reconhecer o filho, e esbravejou, alegando que se tratava de uma relação extraconjugal. 
Ato contínuo, Francisco terminou a relação entre eles e pediu que Margarida desocupasse imediatamente a casa que ele cedeu para que ela morasse. Então, Margarida desesperou-se, pois não possuía condições financeiras para custear todas as despesas da gestação, a qual, conforme atestado por seu médico, era de risco, razão pela qual não poderia sequer exercer o seu trabalho. Sua família, que mora no estado de Santa Catarina, é muito humilde, não podendo lhe ajudar financeiramente. Ademais, Margarida também não pode retornar à casa de seus pais, porque seu pai, muito tradicional e de modos rudes, não aceita em casa uma filha solteira grávida.
Assim, a autora decidiu recorrer à Justiça para resolver este impasse, reuniu documentos: laudo de ultrassonografia, atestado médico ginecológico, fotografias, declarações de testemunhas e mensagens de texto (docs. em anexo), comprovando que mantivera diversas relações sexuais com o requerido durante meses, inclusive, na semana apontada no laudo de ultrassonografia como a correspondente ao início da gestação.
O requerido passou a contribuir por determinação da justiça com o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais, porém, após o nascimento da criança automaticamente deixou de prestar alimentos, sob alegação de que somente estava obrigado durante a gestação. Mesmo após ter Margarida explicado ao requerido que continuava necessitando dos valores, porquanto deveria arcar com as despesas para o sustento do requerente, Francisco manteve-se inerte e negou a realização de pagamentos quaisquer. Assim, após passados dois meses sem o pagamento de prestações referentes aos alimentos, a genitora decidiu novamente recorrer à Justiça, já que está prestes a ser despejada do imóvel no qual reside e não tem condições de prover a Cristiano, infante que, certamente, necessita de cuidados. 
III - DO DIREITO
Conforme a fundamentação da legislação vigente seguindo o Art. 1634 do Código Civil – Lei 10406/02 onde compreende:
“COMPETE A AMBOS OS PAIS, QUALQUER QUE SEJA A SUA SITUAÇÃO CONJUGAL, O PLENO EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR, QUE CONSISTE EM, QUANTO AOS FILHOS: DIRIGIR-LHES A CRIAÇÃO E EDUCAÇÃO; TÊ-LOS EM SUA COMPANHIA E GUARDA; (…)”
Já se referindo ao dever de prestar pensão alimentícia conforme a Constituição Federal de 1988, no Art. 229 diz que:
“OS PAIS TÊM O DEVER DE ASSISTIR, CRIAR E EDUCAR OS FILHOS MENORES, E OS FILHOS MAIORES TÊM O DEVER DE AJUDAR E AMPARAR OS PAIS NA VELHICE, CARÊNCIA OU ENFERMIDADE.”
De tal maneira e mediante às disposições constitucionais e legais, exige-se o cumprimento do dever do requerido na contribuição para o mantimento e sustento do menor.
 
IV - DOS PEDIDOS:
Por fim, mediante aos fatos aqui expostos, requer-se:
a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção jurídica da palavra nos termos do art. 98 a 102, do CPC/2015, não podendo arcar com nenhum tipo de despesas processuais sem que prive o seu próprio sustento e de sua família;
b) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do NCPC;
c) Determinar a prestação dos alimentos ao menor requerente, visto que a genitora não tem condições de mantê-lo sozinha, sem que prejudique sua criação; 
d) Seja condenado o Requerido ao pagamento de todas as custas processuais e honorários advocatícios, amparada nos moldes do art. 546 do NCPC;
Assim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, ainda que não especificadas neste documento.
Atribui-se à causa o valor R$ XX.XXX.XX (valor por extenso).
Nestes Termos, 
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/PR