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MAPEAMENTO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS E-book 3 Rafael Coelho Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA QUALIDADE NOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS �����������������������������������4 Afinal, o que é Qualidade? ���������������������������������������5 Contexto Histórico ���������������������������������������������������6 Gestão da Qualidade �������������������������������������������� 10 ISO �������������������������������������������������������������������������� 15 Fundação Nacional da Qualidade ������������������������ 19 Prêmios da qualidade ������������������������������������������� 22 Gestão da Qualidade Total ����������������������������������� 24 Lean Manufacture ������������������������������������������������� 27 Just in Time ����������������������������������������������������������� 28 5S ��������������������������������������������������������������������������� 29 Importância dos Indicadores de Desempenho na Gestão da Qualidade ��������������������������������������� 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 32 SÍNTESE ������������������������������������������������������� 33 2 INTRODUÇÃO O estudo deste módulo volta-se ao aprofundamento de uma grande e alinhada parte do gerenciamento de processos: a gestão da qualidade� Com esse apro- fundamento, será possível evidenciar as contribui- ções da gestão da qualidade no desenvolvimento e gerenciamento de processos organizacionais� Por isso, discutiremos tanto os conceitos quanto a importância do Total Quality Management (TQM) nos processos organizacionais, o Lean Manufacture, dos indicadores de performance e de que maneira o controle estatístico de processo pode contribuir com a gestão das empresas� 3 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA QUALIDADE NOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS Até este momento, estudamos a importância do entendimento do ambiente para estruturar uma or- ganização� Também refletimos de que maneira os níveis estratégico, tático e operacional interagem em uma estrutura organizacional, por isso, fizemos uma abordagem mais técnica� A primeira abordagem foi o conceito de diagnósti- co organizacional, cuja analogia com as ciências biológicas trouxe um entendimento mais amplo e assertivo a respeito das doenças organizacionais� Posteriormente, partimos para as técnicas e metodo- logias de mapeamento de processos, mostrando as peculiaridades de cada ferramenta e método, além de reforçar a necessidade de a gestão preparar o terreno para depois realizar o mapeamento� Com vistas a enriquecer as competências em geren- ciamento de processos, traremos à tona uma veia essencial para essa temática: a gestão da qualidade� A seguir, abordaremos os principais conceitos de gestão da qualidade e sua relevância para o mape- amento e gerenciamento de processos� 4 Afinal, o que é Qualidade? Quando pretendemos adquirir um produto ou servi- ço, desejamos que eles tenham qualidade, correto? Com certeza, você já passou ou conhece alguém que tenha passado por algumas situações boas ou más envolvendo a qualidade de um produto ou ser- viço, seja na compra de um pãozinho de padaria, na contratação de um prestador de serviço de qualquer segmento, seja na aquisição de um veículo ou imóvel� São diversos os exemplos que poderíamos elencar, porém, tomaremos outro caminho para contextualizar o conceito de qualidade� A palavra qualidade significa “Propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas capaz de distingui-las das outras e de lhes determinar a natureza”, mas também remete à “[...] escala de valores, qualidade que permite avaliar e, consequentemente, aprovar, aceitar ou recusar, qualquer coisa” (FERREIRA, 1994, p. 541). Perceba que, para aferir se um produto ou serviço tem ou não qualidade, é necessário ter uma escala de valores, padrões e medição? Em outras palavras, se eu quero determinar se algo tem qualidade ou não, preciso de parâmetros, mesmo que valores pessoais, para que se possa aprovar, aceitar ou recusar. Por isso, no senso comum, é possível encontrar pessoas que consideram o produto X bom e outras não. Contudo, apesar de seguir a essência da palavra, a gestão da qua- lidade percorre caminhos mais complexos e que exigem maior aprofundamento. 5 Contexto Histórico No decorrer da história da humanidade, é perceptível notar que as nações e organizações se preocupam com a qualidade� Nesse sentido, é válido traçar uma linha cronológica, bem como pontuar fatos que aju- daram a gestão da qualidade� Para isso, observe o Quadro 1, que foi elaborado de modo didático: Nação ou Período (aproximados) Fato histórico Primórdios O homem já se preocupava com a qualidade dos alimentos tanto no plantio quanto na colheita� Grécia Antiga Os gregos preconizam a beleza e a excelência absoluta� Para eles, a característica mais marcante era a superiorida- de em relação aos demais� Quênia Datados em mais de 2 milhões de anos, estudio- sos franceses encontraram vestígios de facas afiadas utilizadas para cortar alimentos� China Dos séculos 16 a�C ao 8 a�C, podemos destacar um certo grau de controle de qualidade na indús- tria artesanal� Egito As pirâmides do Egito Antigo podem ser conside- radas estruturas arquitetônicas que passaram por um rígido controle de qualidade� Veneza Por ser o centro comercial dos séculos 15 e 16, Veneza precisou potencializar e controlar sua pro- dução de armamentos para as suas expedições� Revolução Industrial A partir do século 18, houve um distanciamento entre a indústria e os consumidores, com isso, aconteceram os primeiros gaps de falta de qualidade nos produtos� 6 Nação ou Período (aproximados) Fato histórico Século 20 A qualidade era uma vantagem compe- titiva, por essa razão, os compradores passaram a exigir que seus fornecedo- res tivessem setores de inspeção des- vinculados da produção, para garantir o controle da qualidade e poder rejeitar os produtos que não estivessem em conformidade� A indústria automobilística é um exem- plo dessa competitividade� Na linha de montagem, o operário tinha apenas uma tarefa: apertar parafusos ou colocar uma roda� O que mudou foi a rigorosa verificação da produção in- termediária e final para que se pudesse alimentar a linha de montagem� Quadro 1: Fatos marcantes da qualidade na história da humanidade. Fonte: Adaptado de Casadei e Casadei (2012). Nesse quadro, temos alguns fatos históricos interes- santes� Ressaltamos, porém, que, de 1900 até mea- dos da década de 1930, a qualidade viveu o período chamado “Era da Inspeção”, cujas características estavam ligadas à observação dos produtos e ser- viços pontualmente� Por volta da década de 1920, George Stanley Radford trouxe outra perspectiva para a inspeção da quali- dade, cujo foco era responsabilidade da supervisão e dos gerentes� A obra de Radford, The control of quality in manufacturing (1922), contribuiu com os estudos do controle e da qualidade, despertando outros estudiosos provenientes da matemática e da estatística 7 para a melhoria nos processos de controle. Essa obra deu início à Era do Controle Estatístico (ALBERTIN; PONTES, 2016). No mesmo período, Walter A. Shewhart, Harold F. Dodge e Harris Romig entenderam que, por meio de técnicas e análises de controle estatístico, era possível realizar inspeções por amostragem, o que possibilitaria uma melhoria significativa na qualidade dos produtos e ser- viços (CASADEI; CASADEI, 2012). Entre outros trabalhos que contribuíram com essa fase, podemos citar os dos estudiosos Joseph Duran e William Deming, cujas premissas estavam baseadas em planeja- mento, execução, controle e ação corretiva. Com a evolução da indústria, foram incorporados no- vos métodos de fabricação e testes de qualidade. Em 1947, foi fundada a International Organization for Standardization (ISO), organismo internacional respon- sável por padronizar os requisitos de qualidade. Em 1951, Armand V. Feigenbaum foi responsávelpela criação de um departamento de Engenharia de Qualidade, am- pliando a visão e o engajamento em relação à qualidade nas organizações. O programa de Feigenbaum dividia-se em quatro etapas: 1. Estabelecimento de padrões, definindo assim os padrões de custo e desempenho� 2. Avaliação do desempenho do produto, compa- rando-o com os padrões estabelecidos� 8 3. Ação quando fosse necessário, executando cor- reções sempre que os padrões não são atendidos� 4. Planejamento de aprimoramentos, esforçando-se para melhorar custo e desempenho� A contribuição de Feigenbaum se expandiu quando o autor abriu o horizonte para a importância da quali- dade� Pelo fato de a sociedade pós-guerra estar mais exigente quanto a padrões, medidas de qualidade e normalizações, em 1961, Feigenbaum apresentou um novo estudo, Total Quality Control (TQC), pois percebeu que boa parte das falhas não estava ligada aos aspectos técnicos, mas sim aos gerenciais. A partir desse estudo, deu-se origem à Era da Qualidade Total (CASADEI; CASADEI, 2012). Por conta dessas novas demandas globais, a ISO editou a norma ISO9000, cuja ênfase se volta à garantia do pro- duto. Dentre outros pontos, para que uma organização atenda à norma ISO9000, é fundamental que: • avalie as necessidades e expectativas dos seus consumidores e das partes interessadas; • estabeleça políticas, objetivos e um ambiente de trabalho capaz de motivar a organização e capaz de satisfazer suas necessidades; • administre seu sistema de gestão com processos interconectados necessários, implementando as políticas para atingir os objetivos; • desenvolva uma cultura de melhorias e um progra- ma de investimento para dar suporte aos objetivos de melhoria contínua� 9 É importante destacar que a evolução da qualidade trouxe benefícios ao mundo contemporâneo� Se, hoje, o cliente pode escolher um produto ou serviço de qualidade, foi justamente por conta desse processo de aperfeiçoamento que as organizações têm pas- sado nos últimos séculos� Por isso, o gestor contemporâneo deve entender o âmago do termo qualidade, que é o de perceber o sig- nificado de levar o consumidor ao grau de excelência, estar em conformidade com os aspectos técnicos e requerimentos, garantir ao consumidor que as suas necessidades sejam cumpridas e ratificar que os consumidores estarão satisfeitos quanto à inexis- tência de defeitos, imperfeições ou contaminações� Na sequência, aprofundaremos a importância da gestão da qualidade para as organizações e ques- tões ligadas à ISO; além disso, discorreremos sobre o papel da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) no cenário brasileiro e apresentaremos alguns prêmios importantes da qualidade� Gestão da Qualidade Se fossemos sintetizar o conceito de gestão da qua- lidade, poderíamos considerar como um conjunto de atributos ou elementos que compõem o produ- to ou serviço e que são avaliados (subjetiva ou ob- jetivamente) de forma dinâmica pelo consumidor� Poderíamos considerar, ainda, como planejamento e implementação de esforços continuados, de todos 10 os agentes da organização, no sentido de atender às necessidades do consumidor interno e externo da empresa� Toda atividade que não contribua para o aumento do grau de ajuste do produto à demanda (atual e futura) é considerada uma perda� Nesse sentido, deve-se desenvolver a estrutura or- ganizacional para administrar processos ou ativida- des da empresa no sentido de transformar recursos (insumos) em produtos que atendam aos objetivos da empresa (satisfazer os padrões de qualidade dos clientes, atender à legislação, satisfazer objetivos ambientais e buscar a melhoria contínua do desem- penho da empresa)� Quanto à sua abordagem, a qualidade relaciona-se: • à confiança no processo de produção� • à aceitação do produto� • ao valor emocional associado ao produto (quesitos não quantificáveis)� • à confiança na marca� • à adequação ao usuário (segmentação)� • ao impacto social e ambiental� A fim de atingir essas premissas preconizadas pela gestão da qualidade, a organização deve orientar-se pelos seguintes fatores: expectativas dos clientes� • exigências do mercado ou ambiente competitivo� • objetivos organizacionais� 11 • requisitos legais (normas, padrões, regulamento, leis)� Podcast 1 Como fatores motivadores para a prática da qualida- de, a organização deve considerar o seguinte: • Redução de custos, diminuição de desperdícios, eliminação de retrabalho e redução da burocracia� • Melhoria no relacionamento com clientes, per- manência na troca de informações, introdução de inovações� • Ênfase nas necessidades do cliente, oportunidades para novos negócios e mercados� • Delegação, gerência participativa, treinamento, incentivo ao empregado, clima positivo e motivador� • Aumento da lucratividade� A partir desses fatores, é importante avaliar os cus- tos da qualidade e os da não qualidade� Em suma, a organização deve ponderar o seguinte: até quanto uma economia na manutenção de um departamento de qualidade é realmente um investimento necessá- rio, principalmente levando-se em consideração a exigência e a concorrência do mercado globalizado? No Quadro 2, são elencados os custos da qualida- de, divididos em custos de prevenção e custos de avaliação: 12 https://famonline.instructure.com/files/708255/download?download_frd=1 Custos da qualidade Custos de prevenção Custos de avaliação Custos para evitar a ocorrência de erros e defeitos Custos para aferir a qualida- de do sistema de produção de bens e serviços Planejamento do controle da qualidade� Treinamento para a qualidade� Desenvolvimento de fornecedores� Desenvolvimento de produ- tos com qualidade� Desenvolvimento do siste- ma de produção� Manutenção preventiva� Implantação e manutenção de outros componentes do sistema da qualidade� Mensuração e teste de matérias-primas e insumos da produção� Aquisição de equipamentos especiais para avaliação de produtos� Atividades de controle esta- tístico de processos Inspeção� Elaboração de relatórios� Quadro 2: Custos da qualidade.Fonte: Adaptado de Maximiano (2012). Em relação aos custos da não qualidade, são classi- ficados como internos e externos, conforme apresen- tados no Quadro 3� A partir da leitura dos Quadros 2 e 3, faça uma comparação dos custos de qualidade e não qualidade� Custos da não qualidade Custos internos dos defeitos Custos externos dos defei- tos Custos dos defeitos identificados antes de os produtos e serviços se- rem expedidos ao cliente Custos de defeitos ocorridos depois de o produto ou serviço chegar ao cliente 13 Custos da não qualidade Custos internos dos defeitos Custos externos dos defei- tos Matérias-primas e produ- tos refugados� Retrabalho de produtos� Modificações nos pro- cessos produtivos� Perda de receita� Tempo de espera dos equipamentos parados para as correções� Pressa e tensão para entrega de produtos cor- rigidos ou retrabalhados� Cumprimento de garantias oferecidas aos clientes� Perda de encomendas� Processamento de devoluções� Custos de processos nos organismos de defesa do consumidor� Comprometimento da imagem� Perda de clientes e de mercado� Quadro 3: Custos da falta da qualidade.Fonte: Adaptado de Maximiano (2012). Você conseguiu comparar os custos de qualidade e não qualidade? Percebeu o quanto pode significar um departamento de qualidade em uma organização? REFLITA Recall e a gestão da qualidade Com o aumento da competição mercadológica, houve uma evolução nos processos de aferição da qualidade� Contudo, as empresas ainda fa- lham nos processos e colocam em risco a vida dos consumidores� No Brasil, quando há risco evidente, as empresas fazem o recall, palavra de origem inglesa que significa “chamamento”. O recall é uma prática adotada para prevenção, reparação 14 ou substituição da peça ou produto que apresenta risco ao usuário, tanto à saúde quanto à própria in- tegridade física. De acordo com os artigos 12 a 14 daLei 8.078/1990, a empresa fabricante é totalmente responsável por quaisquer danos que aconteçam ao seu usuário. Como se pode perceber, o assunto é interessante e considerado um desafio às empresas� Sob esse ponto de vista, de que modo as organizações po- dem minimizar a chance de recall? Saiba mais sobre o recall, consultando a página do Procon-SP, disponível em: https://sistemas.procon. sp.gov.br/recall/. Acesso em: 12 nov. 2019. A partir dessas reflexões, a seguir estudaremos a relevância de instituições como a ISO e a FNQ no tocante às empresas trilharem caminhos para al- cançar a excelência em seus processos de gestão de qualidade� ISO Anteriormente, fizemos uma introdução à origem da ISO e necessidades que as organizações devem cumprir para receber a certificação ISO9000� O siste- ma de qualidade da certificação ISO9000 baseia-se nas premissas do ciclo PDCA� Para que a organização alcance essa certificação, além dos requisitos técnicos exigidos pela ISO, é 15 https://sistemas.procon.sp.gov.br/recall/ https://sistemas.procon.sp.gov.br/recall/ preciso “girar” o ciclo do PDCA, ou seja, buscar con- tinuamente condições ideais de desenvolvimento e crescimento organizacional� Conforme já estudamos, a organização precisa se precaver e tomar ações corretivas para eliminar as causas das não conformidades, visando a prevenir sua recorrência, e ações preventivas para eliminar as causas das não conformidades potenciais, com o objetivo de prevenir sua ocorrência� Nesse sentido, as empresas devem cumprir algumas exigências, como: • Documentação do sistema, incluindo detalhes de processos� • Treinamento do pessoal envolvido no escopo� • Obtenção do compromisso de funcionários-chave que possam demonstrar resistência às mudanças, tornando-os aliados� • Alinhamento do comitê de implementação multi- disciplinar, isto é, torna-lo unido e motivado� • Manutenção do passo durante a implementação, aumentando o nível de motivação à medida que se chega ao final� • Manutenção do apoio da alta administração du- rante todo o tempo de implementação do projeto� • Qualificação dos colaboradores� • Condução e análise dos resultados de auditorias internas, bem como a formulação de novos planos 16 durante as Reuniões de Análise Crítica pela Direção (encerrando o clico PDCA pela primeira vez)� • Obtenção dos processos de relacionamento esta- belecidos, identificados, analisados e modificados (se necessário), sem custos ou punições adicionais para nenhuma das partes� Conforme pontuamos, além dos pontos técnicos, há fatores implícitos na cultura organizacional que devem ser observados com atenção� Por exemplo, quando o poder está centralizado em alguns res- ponsáveis ou em um pequeno grupo e os demais apenas cumprem o que lhes é ordenado� Trata-se de um clássico obstáculo de cultura organizacional� Outro fator a ser considerado é a motivação� Infelizmente, há pessoas passivas na organização que não são estimuladas a cuidar do negócio como se fossem delas, com atenção aos custos e noções de desperdício� É importante destacar, ainda, que muitas organizações não desenvolvem uma visão sistêmica, ou seja, de longo prazo� A carência de uma visão estratégica pode prejudicar (e muito!) a implantação da certificação� A falta de cultura de gestão participativa e a ausência de espaço para os colaboradores opinarem também podem ser entraves durante o processo� Além dos indicados anteriormente, há pontos que merecem ser elencados: 17 • Rotinas: tudo se faz em um automatismo, porque sempre foi assim, ou mesmo por impulso� Não há critério profissional� • Expectativas: as pessoas têm grandes desejos, mas poucos planos concretos� O compromisso com a organização é muito baixo� • Reação: as pessoas estão dispostas a solucionar problemas, mas não estão dispostas a preveni-los� Não há cultura de melhoria� • Enfoque no operacional: há mais coisas para fazer do que para pensar� O trabalho se mede pela quanti- dade de realização do que pela qualidade� • Individualismo: pouco trabalho realizado em equi- pe� Os funcionários desconhecem sua inter-relação com os outros e a importância do seu trabalho� • Tradicionalismo: muito apego a antigos concei- tos, por exemplo, “sempre se fez assim e sempre funcionou”� É interessante notar que, para além dos aspectos técnicos, o que mais impede uma organização de im- plantar a norma ISO9000 são as intempéries ligadas à cultura organizacional� No próximo tópico, apresen- taremos as contribuições da Fundação Nacional da Qualidade, instituição que tem auxiliado a excelência da gestão das empresas no Brasil� 18 Fundação Nacional da Qualidade A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) é uma enti- dade brasileira sem fins lucrativos que contribui para a disseminação de boas práticas de gestão� Fundada em 1991, a instituição foi inicialmente estruturada para premiar as empresas que primavam pela quali- dade e excelência em práticas de gestão� O Quadro 4 traz a cronologia dos fatos históricos da FNQ� Ano Fato histórico 1991 Instituição da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FNPQ)� 2005 Eleição da nova Governança na Assembleia Geral Ordinária, reformulação da identidade visual� A FNPQ passa a se chamar Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), incorporando, ao Modelo de Excelência da Gestão (MEG), novas práticas com tendências de organizações clas- se mundial� 2007 Remodelagem dos fundamentos da Excelência da Gestão, em consonância com os princípios e os valores que passaram a nortear suas atividades� 2011 Redefinição da sua missão, sua aspiração, suas crenças e seus compromissos� 2018 A FNQ passa a dar foco na gestão para a trans- formação, alinhando sua atuação diante da ve- locidade das mudanças do cenário econômico do Brasil e mundial� Reformula, uma vez mais, sua missão e aspiração� Quadro 4: História da FNQ. Fonte: Adaptado de Fundação Nacional da Qualidade (2019). 19 Com o passar dos anos, a FNQ incorporou ao seu pro- cesso de gestão o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), cujas premissas e normas padronizam a qua- lidade e a excelência em gestão e premiam as em- presas que buscam essas melhores práticas� A FNQ elaborou seu próprio método baseando-se no ciclo de PDCA com uma pequena adaptação na última letra� Para a entidade, mais do que uma ação corretiva, é fundamental que, após o ciclo, aconteça aprendizado organizacional e inovação� Os fundamentos do MEG estão pautados nos se- guintes pontos: • Pensamento sistêmico� • Atuação em rede� • Aprendizado organizacional� • Inovação� • Agilidade� • Liderança transformadora� • Olhar para o futuro� • Conhecimento sobre clientes e mercados� • Responsabilidade social� • Valorização das pessoas e da cultura� • Decisões fundamentadas� • Orientação por processos� • Geração de valor� 20 Em razão disso, o MEG é considerado um modelo sistêmico, baseado no ciclo PDCL (Plan, Do, Check, Learn)� A Figura 1 mostra a metodologia do MEG, cuja premissa está no aprendizado e inovação e em todos os critérios preconizados pela FNQ para atingir a excelência em gestão� Figura 1: Modelo de excelência em gestão (MEG) da FNQ. Fonte: FQN. É importante ressaltar que esse modelo permite uma reflexão sobre as práticas de gestão, sendo adaptável a qualquer tipo de organização� A partir do MEG, toda e qualquer empresa pode se candidatar ao Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), concedido anualmente às empresas cujas práticas de excelência em gestão estão em conformidade com os critérios da FNQ� 21 https://fnq.org.br/sobre-o-meg/. SAIBA MAIS Conheça os critérios para o Prêmio da Nacional da Qualidade� Disponível em: https://fnq.org.br/ melhores-em-gestao/. Acesso em: 12 nov. 2019. Prêmios da qualidade Além do PNQ no Brasil, existem outras premiações que valorizam as empresas que entendem e colocam em prática a qualidade em seus processos produti- vos e na gestão organizacional� A priori, destacare- mos três: Prêmio Deming, Prêmio Baldrigee Prêmio Europeu� O Quadro 5 sintetiza cada um deles e seus respectivos objetivos� Premiação Objetivo Prêmio Deming Criado em 1951 pelos japoneses com a participação do United Japanese Scientists na Engineers (Juse), é conhecido como uma das principais honrarias do mundo con- ferida às pessoas que contribuem para prática de métodos estatísticos e desenvolvimento teórico da gestão da qualidade� 22 https://fnq.org.br/melhores-em-gestao/ https://fnq.org.br/melhores-em-gestao/ Premiação Objetivo Prêmio Baldrige Instituído em 1987 pelo Congresso dos Estados Unidos em homena- gem ao Secretário de Comércio Malcom Bridge, o prêmio baseia-se na ideia de que a qualidade é parte integrante da administração de uma organização� Os critérios refletem essa filosofia e são aceitos como formas corretas de avaliar a integra- ção entre qualidade e administração� Anualmente, são concedidos dois prêmios para três categorias distin- tas: produção, serviços e pequenas empresas� Europeu Premiação criada pela European Foundation for Quality Management (EFQM), tem como premissas os trabalhos de William Deming� O prêmio estabelece que a satisfação do cliente, do empregado e o impacto da sociedade são resultados alcan- çados por meio de liderança, que impulsiona quatro fatores: política, estratégica, administração de pesso- as, recursos e processos� Quadro 5: Prêmios da Qualidade.Fonte: Adaptado de Maximiano (2012). É interessante observar a evolução dos processos de gestão da qualidade e como os estudos se inter- conectaram para atingirmos perspectivas que vão além das necessidades operacionais� 23 SAIBA MAIS Quer conhecer um pouco mais sobre a importân- cia das premiações? Consulte: Prêmio Deming: http://www.juse.or.jp/ deming_en/� Prêmio Baldrige: https://www.nist.gov/baldrige/ baldrige-award� Prêmio Europeu: www.efqm.org� Acesso em: 12 nov� 2019� Gestão da Qualidade Total Conforme já estudado, a Gestão da Qualidade Total (GQT) ou Total Quality Management (TQM) surge a partir das contribuições de Feigenbaum, Deming e Juran� A GQT baseia-se em premissas da estratégia organizacional, como o foco no cliente, a obsessão com a qualidade, o comprometimento de longo pra- zo, o trabalho em equipe, a melhoria contínua dos processos, a educação e o treinamento, a liberdade através de controle, a integração, o envolvimento e o empoderamento aos empregados (Figura 2): 24 http://www.juse.or.jp/deming_en/ http://www.juse.or.jp/deming_en/ https://www.nist.gov/baldrige/baldrige-award https://www.nist.gov/baldrige/baldrige-award http://www.efqm.org Gestão da qualidade total Propósito Delegação Melhoria contínua Gerência de processos Gestão participativa Total satisfação dos clientes Não aceitação de erros Disseminação das informações Garantia da qualidade Desenvolvimento das pessoas Figura 2: Dez princípios da Qualidade Total. Fonte: Adaptada de Campos (2013). Os dez princípios da GQT ampliam nossa visão a uma questão extremamente importante sobre a qua- lidade: o valor percebido pelo cliente� Às vezes, as empresas ainda pecam no processo de aferição da qualidade dos seus serviços� Mesmo parecendo que sua empresa prestou um bom serviço, é possível que o cliente não tenha a mesma percepção� Portanto, deve-se entender a relação entre percepção e expec- tativa do cliente� Vamos exercitar: você compra um aparelho celular de última geração para se autopresentear por meio de uma loja de comércio eletrônico� No momento da compra, o vendedor informa o prazo de entrega de três dias corridos� Em outras palavras, você cria uma expectativa pelo recebimento do celular em até três dias corridos, correto? 25 Porém, o prazo se extinguiu e você recebeu o celular em cinco dias� O que vai acontecer? Sua expectativa não foi atendida e o nível de valor percebido por você em relação ao consumidor não foi satisfatório� Com isso, a qualidade percebida pela loja é pobre, pois a expectativa foi maior que a percepção� Há casos em que acontece o contrário: o prestador informa um prazo e antecipa a entrega� Quando isso ocorre, o cliente fica muito satisfeito� Quando isso ocorre, a expectativa estava em um nível e o cliente foi bem surpreendido, gerando um bom valor à qua- lidade do serviço prestado� Há também casos nos quais a expectativa e a percepção estão equiparadas, gerando assim um valor aceitável entre as partes� Observe a Figura 3: Percepções dos consumidores relativamente ao produto ou serviço. Expectativas dos consumidores ao produto ou serviço. Expectativa = Percepção Qualidade aceitável Expectativas dos consumidores ao produto ou serviço. Percepções dos consumidores relativamente ao produto ou serviço. Expectativa > Percepção Qualidade podre G A P Percepções dos consumidores relativamente ao produto ou serviço. Expectativas dos consumidores relativamente ao produto ou serviço. Expectativa < Percepção Qualidade boa G A P Figura 3: Relação da Expectativa versus Percepção. Fonte: Elaborada pelo autor (2020). 26 A Figura 3 traduz na prática as dez premissas da GTQ, pois não podemos simplesmente controlar ou medir; é necessário que o cliente perceba todo o processo a partir do serviço bem executado ou um produto bem feito� SAIBA MAIS Saiba mais sobre as tendências de gestão da qualidade no Brasil, com a entrevista concedida por Vicente Falconi, O futuro da Qualidade no Brasil, disponível em: h t t p : // b l o g . q u a l i d a d e s i m p l e s . c o m . br/2015/03/02/o-futuro-da-qualidade-no-brasil- -por-vicente-falconi� Acesso em: 12 nov� 2019� Lean Manufacture O Lean Manufacture (ou manufatura enxuta) foi um sistema de produção desenvolvido no Japão, no iní- cio da década de 1950 por Eiji Toyoda e Eiji Ono, res- pectivamente, proprietário e chefe de engenharia da empresa automobilística Toyota (MAXIMIANO, 2012)� Conhecido também como sistema Toyota, o Lean Manufacture utiliza algumas ferramentas para auxi- liar o processo de controle produtivo, como Just in Time, 5S, Kanban, Análise e solução de problemas, Poka Yoke, Confiabilidade, Autoqualidade, ciclo PDCA e o Diagrama de Ishikawa� 27 http://blog.qualidadesimples.com.br/2015/03/02/o-futuro-da-qualidade-no-brasil-por-vicente-falconi http://blog.qualidadesimples.com.br/2015/03/02/o-futuro-da-qualidade-no-brasil-por-vicente-falconi http://blog.qualidadesimples.com.br/2015/03/02/o-futuro-da-qualidade-no-brasil-por-vicente-falconi O princípio desse sistema é eliminar as fontes de des- perdícios, adquirindo a quantidade certa de matérias- -primas e produzindo a quantidade certa de produtos, no lugar certo e no momento certo� Também busca produzir bens mais diversificados, em vez de lotes grandes do mesmo produto, mantendo rígido controle de custos� Para fins de exemplificação, mostramos duas ferramentas bem eficientes: Just in Time e 5S� Just in Time O objetivo do Just in Time é a entrega de produtos e serviços na hora certa para o uso imediato, buscando continuamente pela melhoria do processo produtivo obtido e desenvolvido por meio da redução dos es- toques� Esse processo permite um fluxo mais suave da produção� Para a melhor compreensão, ressalta- mos que os custos associados aos estoques estão divididos em três categorias: • Custos de pedir: incluem-se custos fixos adminis- trativos associados aos processos de aquisição de quantidades requeridas para reposição do estoque – custo de preencher pedido de compra, processar os serviços burocráticos, na contabilidade e no almo- xarifado, e de receber o pedido e verificação contra a nota e a quantidade física� • Custos de manter estoque: associam-se aos cus- tos necessários para manter certa quantidade de mercadorias por um período� Incluem componentes como custo de armazenagem, custo de seguro, custo 28 de deterioração e obsolescência e custo de oportu- nidade de empregar dinheiro em estoque� • Custo total: define-se como a soma dos custos de pedir e de manterestoques� Os custos totais são importantes no modelo do lote econômico, pois seu objetivo é determinar a quantidade do pedido que os minimiza� 5S O sistema 5 S, de origem japonesa: seiri, seiton sei- soh, seiktsu e shitsuke, consiste em uma filosofia de trabalho que promove a disciplina por meio de consciência e responsabilidade de todos, visando a tornar o ambiente de trabalho agradável, produtivo e seguro� Como pontos positivos desse modelo, podemos des- tacar a melhoria do ambiente de trabalho e da quali- dade de vida, a prevenção de acidentes, o aumento da produtividade, a redução de custos, a mudança comportamental voltada à criação de um ambiente de motivação, a redução do absenteísmo, a conser- vação de energia, a prevenção quanto à parada por quebras, o aprimoramento do ambiente de trabalho, a melhoria do moral dos empregados, o combate efetivo aos desperdícios e a otimização dos recursos� O 5S é considerado um processo educacional, ou seja, que exige disciplina e engajamento de todos os integrantes da empresa� Nesse sentido, é importante 29 que todos estejam envolvidos no processo� Em suma, nenhum outro “S” acontece caso o da autodisciplina não for respeitado� Analise o esquema na Figura 4: Seiri (utilização) Seisoh (Limpeza) Seikitsu (saúde e higiene) Shitsuke (autodisciplina) Selton (arrumação) Figura 4: Ferramenta 5S.Fonte: Elaboração própria. Importância dos Indicadores de Desempenho na Gestão da Qualidade Ao longo deste módulo, percebemos a importância da gestão da qualidade para o atingimento dos ob- jetivos nos processos organizacionais� No entanto, é necessário que as empresas tenham um eficaz sistema de avaliação dos seus processos, conside- rando a eficiência e a eficácia� 30 Podcast 2 Uma ferramenta muito interessante que pode ser aplicada para controle dos processos é o Balanced Scoredcard (BSC), a qual busca medir e controlar o desempenho estratégico da organização por meio da perspectiva da gestão de pessoas, processos, finanças e clientes (Figura 5): Dimensão financeira Visão e estratégia Dimensão de processos Dimensão dos clientes Dimensão de pessoas Figura 5: Balanced Scoredcard (BSC). Fonte: Adaptada de Kaplan e Norton (2004). O conhecimento da cadeia de processos leva ao pleno entendimento de que maneira a organização poderá desenvolver seus próprios indicadores, na área de vendas, no controle de retenção de talentos, na perspectiva financeira etc� 31 https://famonline.instructure.com/files/708256/download?download_frd=1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo, estudamos a gestão da qualidade no gerenciamento de processos� Mais do que isso, fize- mos uma ampla abordagem sócio-histórica, resga- tando os principais momentos das eras da qualidade (inspeção, controle estatístico e qualidade total) com vistas a compreendermos os impactos na sociedade contemporânea� Também trouxemos algumas questões a respeito dos impactos de se investir ou não em qualidade� Percebemos que os custos do não investimento podem trazer resultados catastróficos a qualquer organização� Apresentamos, em seguida, os principais pontos da Gestão da Qualidade Total e do Modelo Japonês de Manufatura Enxuta, cujas contribuições são perce- bidas até os dias de hoje, principalmente quando mensuramos as expectativas e as percepções do cliente em relação ao serviço e produto� Ao final, retomamos alguns pontos importantes sobre os indicadores de desempenho na perspectiva do Balanced Scorecard (BSC)� 32 SÍNTESE MAPEAMENTO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS CONTEÚDO Neste módulo, pudemos perceber a importância do conceito de processos, do diagnóstico, do mapeamento e do gerenciamento dos processos, do controle estatístico, dos indicadores de desempenho da organização e das metodologias de processos que podem contribuir para melhoria da gestão nas organizações. Nesse contexto, compreendemos o conteúdo em três pilares: o Business Process Management Notation (BPMN), os elementos indispensáveis para implantação do BPMN e a criação da cadeia de valor ao cliente. Os dois primeiros pontos estão intrinsicamente correlacionados ao gerenciamento de processos, à modelagem do processo e aos elementos que circundam esse universo. Sobre a cadeia de valor, destacamos a importância da comunicação interdepartamental para potencializar a geração de valor ao cliente, apontando caminhos na busca de uma gestão horizontalizada e integrada para as organizações. Nesse sentido, o módulo foi estruturado da seguinte maneira: Business Process Management Notation (BPMN). Elementos indispensáveis no BPMN. Criação da cadeia de valor ao cliente. Referências Bibliográficas & Consultadas ALBERTIN, M. R.; PONTES, H. L. J. Gestão de processos e técnicas de produção enxuta. Curitiba: InterSaberes, 2016 [Biblioteca Virtual]. BROCKE, J. v.; ROSEMANN, M. Manual de BPM: gestão de processos do negócio. Porto Alegre: Bookman, 2013 [Biblioteca Virtual]. CAMPOS, L. N. A. Modelagem de Processos com BPMN. 2. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2014 [Biblioteca Virtual]. CAMPOS, V. F. Gerenciamento pelas diretrizes. 5. ed. São Paulo: Falconi, 2013. CASADEI, M. A. A.; CASADEI, M. C. B. Gestão contempo- rânea da qualidade. In: FRANCO, D. H.; RODRIGUES, E. A.; CAZELA, M. M. (Orgs.). Tecnologias e ferramentas de gestão. Campinas: Alínea, 2012, p. 67-91. CAVALCANTI, R. Modelagem de Processos de Negócios: roteiro para realização de projetos de modelagem de processos de negócios. 14. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2017 [Biblioteca Virtual]. FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. GARCIA, C. Controle de processos industriais: es- tratégias convencionais. São Paulo: Blücher, 2017 [Biblioteca Virtual]. ISO, International Organization for Standardization. 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