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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS ARTESIANOS EM UMA CIDADE DO OESTE CATARINENSE

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1 
 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS 
ARTESIANOS EM UMA CIDADE DO OESTE CATARINENSE. 
 
WATER QUALITY ASSESSMENT OF ARTISIAN WELLS IN A WEST SANTA CATARINA CITY. 
 
Beatriz Turcatel1 
Jessica Tombini2 
RESUMO 
A utilização da água de poços artesianos no município do Oeste Catarinense é bastante comum, 
por ser uma das fontes de abastecimento, é bastante comum não passarem por etapas de 
tratamento, expondo a população a um risco maior de contaminação. O objetivo deste trabalho 
foi avaliar a qualidade da água, analisando as características físico-químicas (condutividade 
elétrica, turbidez, pH, sólidos dissolvidos totais, dureza e nitrato) e microbiológicas (Coliformes 
totais e Escherichia coli). Com isso os parâmetros físico-químicos das amostras avaliadas 
encontraram-se dentro dos padrões estabelecidos, com exceção de um valor de pH que se 
encontra abaixo do permitido, sendo considerada uma água ácida. Por outro lado, os resultados 
microbiológicos foram pouco satisfatórios, sendo que 60% dos poços havia contaminação, 
dentre elas, 12 amostras com presença de Coliformes totais, e 1 com presença de Escherichia 
coli. Com os resultados obtidos evidenciam que a qualidade físico-química exigida pela 
legislação é atendida, porém, a qualidade microbiológica apresentou desconformidade. Dados 
os resultados, conclui-se falta de medidas da manutenção, proteção e a boa higiene dos poços. 
Palavra Chave: Água, Poços artesiano; Potabilidade. 
 
ABSTRACT 
The use of water from artesian wells in the city of West Santa Catarina is quite common, as it 
is a source of supply, quite common not to go through treatment steps, exposing the population 
with a higher risk of contamination. The objective of this work was to evaluate water quality by 
 
1 Graduanda em Biomedicina Bacharelado pela Faculdades de Ciências Sociais Aplicada/fundação universidade do Oeste de 
Santa Catarina – FACISA/FUNOESC. 
2 Docente do curso de Biomedicina pela Faculdades de Ciências Sociai Aplicada/fundação universidade do Oeste de Santa 
Catarina – FACISA/FUNOESC. 
 
2 
 
analyzing the physicochemical (electrical conductivity, turbidity, pH, total dissolved solids, 
hardness and nitrate) and microbiological characteristics (Total coliforms and Escherichia 
coli). Thus, the physical-chemical test of the samples is applied to the specified standards, 
except for the pH value that is below the allowed, being considered an acid water. On the other 
hand, microbiological results were unsatisfactory, and 60% of the cases were contaminated, 
among them 12 lamps with total coliforms and 1 with Escherichia coli. With the results 
obtained, the microbiological quality required by the legislation is met, however, the 
microbiological quality exhibited nonconformity. Date, results, lack of maintenance measures, 
protection and good hygiene of the wells. 
Keyword: Water, artesian wells; Potability. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Todas as reações nos seres vivos necessitam de um veículo, que as facilite e que sirva 
para regular a temperatura em virtude do grande desprendimento de calorias resultantes da 
oxidação da matéria orgânica. (Brasil 2004). A água que é fundamental a vida, satisfaz 
completamente a estas exigências, e se encontra presente em proporções elevadas na 
constituição de todos os seres vivos, inclusive no homem, onde atinge cerca de 75% de seu 
peso. Sua influência foi primordial na formação das aglomerações humanas. (BRASIL, 2004) 
As águas subterrâneas são fundamentais para o desenvolvimento humano. No Brasil, 
elas desempenham importante papel no abastecimento público e privado, suprindo as mais 
variadas necessidades em diversas cidades e comunidades (HIRATA, 2010). Assim é de 
extrema importância monitoramento da água, para garantir a qualidade e os níveis de 
potabilidade dentro da faixa de segurança aceitável pela legislação vigente. 
A vigilância da qualidade da água para consumo humano, deve ser uma atividade 
rotineira, preventiva, e de ação constante sobre os sistemas públicos, gerando assim soluções 
alternativas de abastecimento, a fim de garantir o conhecimento da situação da água para 
consumo humano, resultando na redução das possibilidades de enfermidades transmitidas por 
ela. (BRASIL, 2005). 
Uma grande preocupação é a contaminação da água por metais pesados, onde seus 
efeitos toxicológicos e fisiológicos são severos mesmo em baixas concentrações, podendo 
provocar sérios danos ao meio ambiente e à saúde de quem a consome, ocasionando danos 
acumulativos ao organismo, que pode passar de estado crônico para agudo sem ser percebido. 
(NASCIMENTO, 2005) 
3 
 
Os aspectos físicos, são substâncias cuja presença afeta as características da água, 
independentemente de sua natureza química ou biológica. (VEIGA, 2005). A percepção do 
homem nas alterações da qualidade da água através de seus sentidos, dá-se pelas características 
físicas, pois se espera que essa seja transparente, sem cor e sem cheiro. Na verdade, na natureza 
a água usualmente possui cor, cheiro e até mesmo gosto. (VEIGA, 2005). 
Os parâmetros químicos são os índices mais importantes para se caracterizar a qualidade 
de uma água. Estes parâmetros permitem a classificação por seu conteúdo mineral, através de 
íons presentes, a determinação do grau de contaminação, caracteriza picos de concentração de 
poluentes tóxicos, avaliar o equilíbrio bioquímico que é necessário para a manutenção da vida 
aquática, permitindo avaliar as necessidades de nutrientes. (VEIGA, 2005). 
A água para consumo humano, deve ser potável e apontar uma qualidade segura, para 
que não ofereça riscos à saúde. No Brasil, de acordo com a Portaria n. 518, de 2004, do 
Ministério da Saúde / ANVISA, sob o ponto de vista microbiológico, a água é considerada 
potável quando está com ausência de Escherichia coli, Coliformes totais e termotolerantes em 
100 mL de amostra para consumo, considerando-se assim inofensiva para a saúde do homem. 
(YAMAGUCHI, 2013). 
A patogenicidade dos microrganismos é relativa, são frequentemente associados à 
imunidade do hospedeiro. Qualquer microrganismo é patogênico em potencial, caso encontre 
um hospedeiro debilitado. (YAMAGUCHI, 2013). 
Diante do assunto, o presente trabalho, realizou uma averiguação da qualidade da água 
de poços artesianos sem tratamento, que a população do município consome, realizando coletas 
em diferentes pontos da cidade, sendo 14 amostras na área urbana, e 6 na área rural, onde para 
isso serão feitas análises laboratoriais dos parâmetros, físicos (condutividade elétrica, e 
turbidez), químicos (pH, sólidos dissolvidos totais, dureza e nitrato) e microbiológicas 
(Coliformes totais e Escherichia coli), para verificar se a água consumida está dentro dos 
padrões de potabilidade estabelecidos pela portaria 2.914/2011 do Ministério da saúde, e assim 
garantir que o consumo desta não traga riscos à saúde da população. Devido ao grau de 
importância que a água tem, e por ela ser um meio para transmissão de várias doenças, é 
indispensável a verificação da qualidade da mesma. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
O presente estudo foi realizado em município do estado do Oeste de Santa Catarina, no 
Brasil, que se estende por 293,507 km², com uma população estimada de 28.706 habitantes, 
4 
 
Localiza-se a uma latitude 26º57'42" sul e a uma longitude 52º32'05" oeste, estando a uma 
altitude de 791 metros (IBGE, 2019). 
O projeto foi investigativo em caráter experimental, que ocorreu por meio de análises 
quantitativa e qualitativa dos padrão físico-químico e microbiológico das amostras de água. 
Essas amostras foram coletadas em 20 poços artesianos, que foram escolhidos de forma pela 
qual pudessem ser avaliados diversos pontos da cidade (bairros), também em diferentes 
localidades na área rural do município. Em cada poço foram coletadas 2 amostras em frasco 
hermeticamente esterilizado. Um dos frascos foi destinadopara análises físico-químicas, e o 
outro para as análises microbiológicas. 
A coleta para as análises físico-químicas e microbiológicas da água de abastecimento 
do município, foi baseados no Manual Prático de Análise de Água da Fundação Nacional de 
Saúde, do Ministério da saúde (FUNASA) 4º edição de 2013, o que há de mais atual. Neste 
Manual estão descritos os procedimentos mais comuns realizados rotineiramente no laboratório 
de uma Estação de Tratamento de Água (ETA). 
As amostras foram coletadas no dia 05 de outubro, das 18:00h até as 22:00h. Para a 
análise Microbiológica foram coletadas em frascos previamente esterilizados e contendo uma 
pastilha de tiossulfato de sódio a 10%, indicado para coletas de água com adição de cloro, onde 
neutraliza sua ação, já as amostras físico-química foram coletadas em garrafas pet devidamente 
higienizadas com antecedência, lembrando que o tempo de coleta e a realização dos ensaios 
não excedeu 24 horas. 
 
2.1 ENSAIOS O FÍSICO – QUÍMICO DAS AMOSTRAS DE ÁGUA. 
 
Os ensaios de determinação físico-químico foram realizados no dia 06 de outubro, por 
volta das 07:00h as 11:30h da manhã de sábado. 
A averiguação do pH foi realizado utilizando a metodologia eletrométrico, utilizando 
um pHmentro da marca OHAUS modelo NOVA 60. O equipamento foi calibrado com soluções 
tampões 4,00 e 7,00 antes do uso. Após a calibração o eletrodo foi lavado com água destilada, 
seco e imerso nas amostras. 
A determinação da condutividade elétrica e sólidos dissolvidos totais das amostras, foi 
obtida através de um equipamento versátil que é capaz de medir os dois parâmetros chamado 
condutivímetro, da marca OHAUS modelo STARTER 3100C, previamente calibrado com 
soluções de valores conhecidos (soluções padrão). 
5 
 
O funcionamento do equipamento é através de eletrodo, com o mesmo sistema de 
funcionamento do pHmetro, através da imersão do eletrodo na amostra se obtém o resultado no 
equipamento. 
A determinação de turbidez foi realizada através do turbidímetro, marca Alfakit, modelo 
plus. O equipamento foi calibrado antes da leitura das amostras, para a calibração utiliza-se 
água ultrapura como controle. 
A dureza das amostras de água foi realizada utilizando a metodologia de análise 
titulométrica, onde foi utilizada o kit Mcolortest total Hardness test, da marca MERCK. O kit 
consiste em um reagente H-1 como solução indicadora, um reagente H-2 como solução de 
titulação, uma seringa graduada para titulação, e um recipiente para a amostra. 
Para o ensaio de dureza, inicialmente foi pipetado 5 mL da amostra no recipiente e 
adicionou-se 3 gotas do reagente H-1, em seguida foi homogeneizado até a total dissolução do 
reagente H-1. A partir dessa etapa a amostra se encontra com coloração rosada/avermelhada, 
em seguida realizou-se a titulação com o reagente H-2 com auxílio da seringa graduada. A 
titulação consiste na adição do reagente H-2 combinado com agitação constante, até o ponto de 
viragem da amostra, onde a mesma passa de rosada/avermelhada para verde. A determinação 
da dureza se dá a partir da quantidade do reagente H-2 necessário para a troca de cor. 
Na realização do ensaio de nitrato foi utilizado o método fotométrico, com o kit nitrato 
test da marca MERCK, onde consiste em um reagente NO3- 1 e um NO3 - 2. Primeiramente 
colocou-se 4mL do reagente NO3- 1, 0,5mL da amostra, 0,5mL reagente NO3- 2, agitou-se, 
deixou-se 10 minutos em repouso, em seguida leu-se em uma cubeta de 20mm, no equipamento 
spectroquant da marca nova 60. 
Kits de testes e métodos fotométricos da marca MERCK, são fornecidos com 
certificados detalhados, incluem todos os reagentes necessários de acordo com o fabricante, 
onde são baseados no Standard Methods for the Examination of The Water and Wastewater. 
(MERCK, 2019). 
 
2.2 ENSAIOS MICROBIOLÓGICO 
 
Para realização das análises microbiológicas, foi utilizado do método Colilert que 
detecta e quantifica simultaneamente de Coliformes totais e E.coli, com resultados entre 18 e 
24 horas de incubação. Método aprovado pela EPA (Agência de Proteção Ambiental) dos 
Estados Unidos, e incluído no método padrão para exame de água e águas residuais, visando a 
qualidade da água disponibilizada em cada local avaliado. 
6 
 
Foi adicionado o conteúdo do teste Colilert, o qual já vem dosado para 100 mL, em cada 
amostra, após sua total dissolução, os mesmos foram devidamente fechados e incubados. O 
tempo de incubação é de 18 a 24 horas, porém quanto mais próximo das 24 horas mais confiável 
é o resultado obtido. 
Após 24 horas de incubação as amostras foram retiradas da estufa seguindo para a leitura 
dos resultados. Os resultados são observados através da mudança de cor e presença de 
fluorescência nas amostras. Sendo mudança de cor indicação de presença de coliformes totais, 
as amostras passam da cor original para um amarelo forte, com auxílio de uma luz ultravioleta 
é observado a presença de fluorescência, se for positiva significa contaminação por Escherichia 
coli na amostra, como mostra na figura 01. 
Interpretação de resultados: 
• Incolor = negativo 
• Amarelo = coliformes totais 
• Amarelo/fluorescente = E. coli 
 
Figura 01: Interpretação dos resultados de Escherichia coli e coliformes totais.
 
Fonte: Idexx, 2019. 
 
Importante lembrar que se a amostra não se tornar amarela, ela também não irá 
apresentar fluorescência, pois para presença de E.coli é necessário a presença de Coliformes 
totais, porém para a presença de Coliformes totais não necessariamente haverá contaminação 
por E.coli. 
Método Colilert® (IDEXX Laboratories, ME, USA) para Coliformes totais e E.coli é 
um método rápido e eficaz, capaz de detectar e quantificar esses microrganismos com um 
período de incubação de 24 horas. Aprovado pelas organizações norte-americanas EPA, 
AOAC, IBWA, EBWA, por outras organizações internacionais e aceito pelos Métodos Padrão 
para Exames de Água e Esgoto (Standard Methods for the Examination of Water and 
Wastewater), o método é totalmente confiável e possui diversas vantagens há quem o faz uso 
(IDEXX, 2019). 
7 
 
O Colilert utiliza a Tecnologia do Substrato Definido para detectar simultaneamente 
Coliformes totais e E.coli. Dois indicadores nutrientes, ONPG e MUG, são as principais fontes 
de carbono no Colilert, e podem ser metabolizados pela enzima dos coliformes β-galactosidase, 
e pela enzima da E.coli βglucuronidase, respectivamente. Conforme os Coliformes vão se 
desenvolvendo no teste, eles utilizam β-galactosidase para metabolizar ONPG e mudam sua cor 
de incolor para amarelo (IDEXX, 2018). 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
No município avaliado a água de poços artesianos comunitários ou particulares são 
largamente utilizados pela população urbana e rural como fonte de abastecimento e, 
normalmente não possuem tratamento, deixando assim a população exposta a doenças 
veiculadas por águas contaminadas. Os resultados encontrados para os parâmetros físico-
químicos avaliados estão dispostos na Tabela 01, juntamente com os dados relativos à portaria 
MS nº 2.914/2011 que estabelece um valor máximo permitido (VMP), para água destinada a 
consumo humano. 
 
Tabela 01: Resultados das análises físico-químicas, e VMP segundo Portaria MS nº 2.914/2011. 
Resultados Físico-Químicos 
Amostras Condutividade Turbidez pH SDT* Dureza Nitratos 
1 345 0,1 8,41 172,3 42 3,7 
2 139,1 0 7,17 69 48 3,5 
3 246 0,14 6,66 123 119 4,6 
4 277 0 7,46 138,5 112 2,2 
5 206 0,12 6,86 102,9 95 1,4 
6 160,2 0,13 7,16 80,1 55 0 
7 178,7 0 6,82 89,3 76 5,3 
8 142,3 0,72 6,8 71,1 54 1,6 
9 204 0,43 6,59 102,2 93 3,6 
10 203 2,74 7,6 101,4 83 0 
11 195,6 0,72 7,47 98,6 78 0 
12 230 0,14 7,36 115 87 0,6 
8 
 
13 227 0 7,43 113,5 100 0 
14 224 0,19 7,83 111,7 29 0 
15 171,1 0,29 4,93 85,5 40 7,2 
16 342 0 7,12 171,1 100 4,6 
17 262 0 7,13 131 120 5,7 
18 216 0 7,21 108 53 0 
19 211 0 7,11 105,6 94 6,1 
20171,1 0,14 7,2 85,4 62 1,8 
VMP não há VMP 5 6 a 9,5 1.000 500 10 
Unidade 
uT 
Faixa de 
leitura 
mg/L mg/L mg/L 
* SDT: Sólidos dissolvidos totais 
Fonte: Autor 2019. 
 
Através da Tabela 01 observa-se os valores médios para as análises físico-químicas 
realizadas. 
A turbidez elevada é resultante da presença de material sólido em suspensão, e pode ser 
facilmente corrigida com o uso de filtro de areia e manutenção periódica das fontes. A turbidez 
encontrada para os diversos poços analisados mostrou-se dentro da faixa considerada permitida. 
Mesmo que alguns poços tenham valores um pouco diferentes entre si, todos ficaram abaixo de 
5 uT. 
A análises de pH mostraram que apenas uma amostra de pH encontrou-se abaixo do 
limite permitido, o valor ideal é entre 6,0 e 9,0 e ele encontra-se com 4,93, sendo considerada 
uma água ácida. Percebe-se que o NO3- desta mesma amostra esteve presente com 
concentrações altas de 8,2 mg/L, mas dentro do limite. O pH, é o resultado da concentração de 
íons H+- dissolvidos no meio. Maiores concentrações deste íon resultam em pHs com valores 
mais baixos (escala de 0 a 14). Na água, o pH pode ser alterado por diversos fatores, como por 
exemplo, matéria orgânica oxidada oriunda de águas superficiais, concentração de CO2 e 
temperatura. 
Este resultado demonstra que a probabilidade de águas superficiais estarem infiltrando 
nos poços é alta. Concentrações de H+- acima do permitido, demonstram alguma alteração ou 
perturbação ambiental na área ou proximidades, desta forma, recursos hídricos superficiais com 
pH ácido misturam-se com as águas subterrâneas, consequentemente baixando o pH (FACCO, 
2017). 
9 
 
No trabalho descrito por GRUMICKER, (2018), tendo avaliado águas de poços 
artesianos, também relatou poços em que obtiveram pH de 5,14, sendo inferiores ao 
estabelecido pela Portaria no 2914/2011, evidenciando que a água utilizada por 22 famílias do 
grupo 1 apresentava-se ácida e inadequada para o consumo. 
Ao contrário do verificado em outros trabalhos (FACCO, 2017), onde apresentou em 7 
poços pH alcalino acima de 9,5 buscou-se um possível agente ou fatores ambientais que 
colaborassem diretamente ou indiretamente com tal anormalidade para as águas, mas somente 
a condutividade elétrica apresentou-se positivamente relacionada para os resultados 
demonstrando-se alta. 
Os resultados microbiológicos foram avaliados através da ausência ou presença de 
coliformes totais e E.coli para cada 100 mL da amostra, baseando-se na metodologia do Kit 
Colilert. A Tabela 02 apresenta os resultados obtidos pela pesquisa, e seu valor máximo 
permitido. 
 
Tabela 02: resultados das análises microbiológicas para Coliformes totais e E. Coli. 
Resultados Microbiológico 
Amostra Coliformes totais E.coli 
1 Ausência Ausência 
2 Presença Ausência 
3 Ausência Ausência 
4 Ausência Ausência 
5 Presença Ausência 
6 Ausência Ausência 
7 Presença Ausência 
8 Presença Ausência 
9 Ausência Ausência 
10 Presença Ausência 
11 Presença Ausência 
12 Presença Ausência 
13 Ausência Ausência 
14 Presença Presença 
15 Presença Ausência 
16 Presença Ausência 
10 
 
17 Ausência Ausência 
18 Ausência Ausência 
19 Presença Ausência 
20 Ausência Ausência 
VMP Ausência em 100mL Ausência em 100mL 
Fonte: autor 2019. 
A figura 02 e 03 demostra em forma de gráfico a porcentagem de propriedades com 
presença de alguma forma de contaminação, ou isentas de contaminantes microbiológicos. 
 
Figura 02: Porcentagem de contaminação por Coliformes Totais. 
 
Fonte: autor 2019. 
Figura 03: Porcentagem de contaminação por Escherichia coli. 
 
Fonte: autor, 2019. 
 
Os resultados obtidos pela pesquisa de coliformes totais foram positivos em 60% dos 
poços, das 20 amostras sendo 12 com contaminação. Ou seja, mais da metade dos poços 
Ausência 
45%Presença
55%
COLIFORMES TOTAIS 
Ausência 
95%
Presença
5%
ESCHERICHIA COLI 
11 
 
analisados apresentam-se contaminados por Coliformes. Observou-se também que, um dos 
poços analisados apresentou E.coli. Tais poços estão em desacordo referente a qualidade da 
água para consumo humano, conforme Portaria 2914/2011 MS. Apesar de somente 1 poços ter 
apresentado Escherichia coli é preocupante, pois sua principal utilização é o consumo humano 
e nenhum poço possui sistema de tratamento, ou seja, a água é utilizada de forma in natura. 
Zerwes et al., (2015) avaliou a qualidade da água de poços artesianos, e obteve resultado 
positivo para a presença de coliformes totais em 3 poços, e E. coli em 2 poços. Todos os poços 
que apresentaram contaminação tanto por coliformes quanto por E. coli devem ser desinfetados, 
utilizando-se para tal o método de cloração. 
Segundo IBGE (2010) o esgotamento sanitário do município é de apenas 49,4% 
adequado, podendo ser esse um dos motivos pela grande contaminação microbiologia, o 
lançamento de esgoto sem tratamento o como a principal forma de poluição de água. A contaminação 
também pode estar relacionada com a falta de higiene nós poços e dos encanamentos. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este trabalho realizou a investigação da potabilidade de água de poços artesianos para 
consumo humano, em uma cidade do Oeste Catarinense. 
Destaca-se que os resultados dos ensaios físico-químicos foram satisfatórios, sendo que 
apenas um resultado de pH esteve abaixo do limite permitido. Ao contrário dos resultados 
microbiológicos que não foram satisfatórios, onde houve presença de coliformes totais e de 
Escherichia coli. 
De forma geral a qualidade das águas da área de estudo, encontra-se impropria para o 
consumo humano em 60% dos poços, onde segundo a legislação vigente destaca que, água para 
consumo humano precisa estar com ausência de coliformes totais e Escherichia coli. 
Como aconselhamento aos responsáveis pelos poços, a importância da manutenção 
proteção e a necessidade de uma boa higiene dos poços, para que não haja riscos de 
contaminação, também alerta o poder público do município, para a necessidade de saneamento 
básico de qualidade, e que designem a devida atenção as práticas de conservação deste recurso 
hídrico. 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Saneamento. 3. Ed. Ver. – Brasília: 
Fundação de saúde, 2004. 408p. 
HIRATA, R.; ZOBY, J. L. G.; OLIVEIRA, F. R. Água subterrânea: reserva estratégica ou 
mergencial. In: Bicudo, Tundisi, Scheuenstuhl (Org.). Águas do Brasil: análises estratégicas. 
Cap. IX, p.149-161, 2010. 
BRASIL. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à 
Qualidade da Água para Consumo Humano. Brasília - DF: Editora do Ministério da Saúde, 
2005. 
NASCIMENTO, S. A. M; BARBOSA, J. S. F. Qualidade da água do aquífero freático no 
alto cristalino de Salvador, Bacia do rio Lucaia, Salvador, Bahia. Revista Brasileira de 
Geociências, v. 35, n.4, p.543-550, 2005. 
VEIGA, Graziella da. análises físico-químicas e microbiológicas de água de poços de 
diferentes cidades da região sul de santa catarina e efluentes líquidos indutriais de 
algumas empresas da grande Florianópolis. florianópolis, nov 2005. 
YAMAGUCHI, Mirian et al. Qualidade microbiológica da água para consumo humano 
em instituição de ensino de Maringá-PR. Sao Paulo, 2013. 
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: 
https://www.ibge.gov.br/, Acesso em: 11 de outubro de 2019. 
MERCK, Disponível em: http://www.merckmillipore.com/BR/pt. Acesso em: 11 de junho de 
2019. 
IDEXX, Manual da Empresa. Disponível em: https://www.idexx.com.br/pt-br/water/water-
products-services/colilert/%3C , Acesso em: 11 de outubro de 2019. 
FUNASA. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 4ª ed. rev. - 
Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2013. 
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