Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADMINISTRAÇÃO EM UAN A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS É a parte da administração que deve suprir a instituição do necessário para o funcionamento de uma UAN. 1 - POLÍTICA DE COMPRAS Previsão de compras, Seleção de fornecedor, Como comprar, Periodicidade de entrega, Requisições: formulário próprio, com anuência do nutricionista. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o POLÍTICAS DE COMPRAS Conjunto de estratégias administrativas adotadas para atender o abastecimento dos gêneros e/ou utensílios da UAN. Compreende a fixação dos critérios para: Escolha dos fornecedores; Definição da periodicidade do abastecimento; Sistematização das requisições da recepção; Armazenamento das mercadorias. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o POLÍTICAS DE COMPRAS • Essas atividades devem ser planejadas pelo nutricionista e instituídas normas para sua operacionalização. Considerar os seguintes aspectos : • “Per capita” da unidade; • Número de usuários; • Padrão do cardápio; • Fontes de aquisição de gêneros disponíveis na região; • Disponibilidade e facilidade para a entrega dos gêneros pelos fornecedores. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PREVISÃO DE COMPRAS Deve existir um formulário ou impresso. Quem prevê? O nutricionista. Considerar: O cardápio programado; Número de usuários previsto; “Per capita” bruto dos alimentos; Margem de segurança (±5%); Estoque mínimo (± 3 dias); Custo/objetivo; A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PREVISÃO DE COMPRAS Espaço físico da área de estocagem; O espaço entre o recebimento da matéria- prima e sua efetiva utilização deve ser igual ao tempo de vida útil de prateleira, evitando perdas; Sazonalidade; Quantidade existente no estoque; Frequência de utilização dos gêneros; Características da matéria-prima. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PRATO PRINCIPAL “PER CAPITAS” A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PRATO PRINCIPAL • Bife: 120g • Coxão mole (em iscas): 90-100g • Assado: 130g • Aves: 110g (filé) / 250 g (coxa/sobrecoxa) • Pescados: 120g • Suíno: 200g A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o BOVINO Bisteca, costela 150-170g Cupim, brajola, fígado, assados, panela, almôndegas, Kibe, Hambúrguer, bife 120-140g SUÍNO Copa lombo, bisteca, 150-170g Lombo, pernil 140-160g Calabresa 120-140g Salsicha 2 unidades PESCADO Filé Posta 120-140g 140-150g ALGUMAS GRAMAGENS “IN NATURA” A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o SALADAS - Gramagem “in natura” GUARNIÇÃO Saladas: crua 30g Legumes cozidos: 80- 100g Legumes crus: 40-50g Verduras cozidas: 100g Legumes: 120-140g Massas: 80-90g OUTROS EXEMPLOS DE “PER CAPITA” A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o ARROZ: 100/120g FEIJÃO: 60g SOBREMESA Doce: 90g Frutas, unidade: 1 unidade Frutas corte: 110g ÓLEO Sem fritura: 15-18 ml Com fritura: 30-35ml CAFÉ – pó 5g e AÇÚCAR - 10g SUCO CONCEN T: 30 ml COPA LOMBO CRU A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o COPA LOMBO GRELHADO A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FRANGO EMPANADO CRU A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FRANGO EMPANADO FRITO A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FILÉ DE FRANGO CRU A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FILÉ DE FRANGO GRELHADO A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o LINGUIÇA CRUA A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o LINGUIÇA ASSADA A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FILÉ DE PEIXE EMPANADO CRU A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FILÉ DE PEIXE EMPANADO FRITO A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o SELEÇÃO DO FORNECEDOR OBSERVAR: Condições do seu estabelecimento – verificar através de visita técnica; Idoneidade; Capacidade real de fornecimento; Localização em relação à UAN; Prazos e pontualidade de entrega; Qualidade do produto; Preço e condições de pagamento; Acondicionamento das mercadorias; Ficha cadastral com endereço, telefone, pessoa de contato, número de cotações de que participou. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Ter um fornecedor para: • Carnes e derivados • Hortifrutigranjeiros • Estocáveis (latarias, cereais) - Outros: material de limpeza, de higiene pessoal, descartáveis. OBS: Deve-se ter mais do que um fornecedor para cada gênero. COMPRADOR Habilidades técnicas – definir, quantificar, especificar a matéria prima, identificar o fornecedor, características de armazenamento. Organização administrativa – INSTRUMENTOS de controle e avaliação. Relacionamento ético. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o O CRITÉRIO PARA ESCOLHA DOS FORNECEDORES ESTÁ RELACIONADO AO TIPO DE EMPRESA: Licitação, Informação de pessoas idôneas, “Acordo” do nutricionista/comprador e área técnica que definem: Padrões de qualidade do produto, forma de pagamento, preço máximo, prazo de entrega. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o COMO COMPRAR? CONCORRÊNCIA OU LICITAÇÃO A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Concorrência Diretamente das fontes- CEAGESP1-CEASA2 o Especificações bem feitas, o Preço do dia ou preço por mês, o Condições de pagamento, o Substituição de gêneros em falta ou em alta por outros. o Prazo de pagamento (à vista, à prazo: influência no custo final da refeição), o Compra no horário noturno, Obs: - Intermediários: preço maior! (1)CEAGESP - Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo . http://www.cgu.gov.br/ (2) Centrais de abastecimentos http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ http://www.cgu.gov.br/ NA COMPRA OBSERVAR: Solicitar uma Amostra – para testar: rendimento, aceitação, paladar. Controle de qualidade. Fraudes (ex. troca de produtos cárneos para diminuir o preço, produtos com data de validade vencida, etc). A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PERIODICIDADE DE ENTREGA OBJETIVOS: Normatizar o abastecimento, Avaliar o desempenho dos fornecedores. Previsão de gêneros: Ex: um mês Entregas: Diárias: pão, leite, carnes, hortifrutigranjeiros Semanais: queijos, ovos Quinzenais: alho, cebola Mensais: cereais, latarias, descartáveis, material de limpeza. OBS: A entrega deve ser feita, no máximo, na véspera do uso, NUNCA, no dia. Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição 2 - CÁLCULO DOS COMPONENTES BÁSICOS DOS CARDÁPIOS: VET de acordo com a coletividade para qual o cardápio se destina. Adaptações à faixa etária e sexo (ex. pacientes adultos, crianças, funcionários, acompanhantes, etc.). Safra dos alimentos. Política de compras. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PREVISÃO QUANTITATIVA DE GÊNEROS: Visa a quantidade necessária de cada gênero a ser comprado, em função do cardápio. Indicador de Previsão Quantitativa de Gêneros (I.P.Q.G.) A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o INDICADOR DA PREVISÃO QUANTITATIVA DE GÊNEROS (IPQG) Onde: PB= Peso Líquido (PL) x Indicador de Parte Comestível (IPC) FC/IPC = PB/PL Frequência no cardápio = nº de vezes que o alimento entra no cardápio estabelecido, no período determinado (semanal, mensal) MS = 5, 10, 20% do total obtido (depende de cada UAN, se a mesma for muito distante, por exemplo, a MS será maior) – 5% normal; – local distante 10% E= quantidade de alimento existente no estoque. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o I.P.Q.G = (Peso Bruto/PB x número de refeições previstas x frequência) + margem de segurança (MS) (%) - Estoque EXEMPLO COXÃO MOLE (BIFE) A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PL=130g FC/IPC=1,2g PB = No. de refeições/dia = 1000 MS=5% E = 0 Frequência do cardápio = 1 I.P.Q.G. = (PB x no. de refeições x frequência)+ MS(%)-E I.P.Q.G.= (130x1,2) x 1000 x1) + 5%-0 I.P.Q.G.= (156 x 1000 x1) + 5%-0 I.P.Q.G.= 156.000g + (7.800)-0 I.P.Q.G.= 163.8000g, ou seja, 163,8 kg EXEMPLO: CARDÁPIO Farofa Couve à mineira Pernil assado Salada de beterraba ralada Arroz Feijão Abacaxi Refresco de caju Pão/Café -Cardápio semanal – 100 pessoas -Segunda à Sexta-feira A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Alimento Per Capita (PL cru) IPC PB No de pessoas Freq no MS E Quantidd (g/ml) (g) cardápio (%) (g) comprada (g) Pernil de porco assado 120 1,75 100 1 5 0 Limão 10 2,06 100 2 5 2000 Farinha de mandioca 60 0 100 1 5 0 Ameixa Preta 10 0 100 1 5 0 Manteiga 10 0 100 2 5 200 Beterraba 60 1,2 100 1 5 0 Couve 100 1,45 100 1 5 0 Arroz 100 0 100 5 20 5000 Feijão 60 1,03 100 5 20 3000 Carne seca 5 0 100 1 5 0 Abacaxi 100 1,75 100 1 5 0 Pão 50 0 100 1 5 0 Alimento Per Capita (PL cru) IPC PB No de pessoas Freq no MS E Quantidd (g/ml) (g) cardápio (%) (g) comprada (g) Café 5 0 100 5 20 1500 Refresco de caju 40 0 100 1 20 0 Açúcar 30 0 100 5 20 3000 Óleo 15 0 100 5 20 3000 Cebola 5 1,12 100 5 5 500 Alho 2 1,08 100 5 5 400 Sal 4 0 100 5 20 1500 Vinagre 3 0 100 5 20 2000 A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Alimento Per Capita (PL cru) IPC PB No de pessoas Freq no MS E Quantidd (g/ml) (g) cardápio (%) (g) comprada (g) Pernil de porco assado 120 1,75 210 100 1 5 0 22050 Limão 10 2,06 20,6 100 2 5 2000 2326 Farinha de mandioca 60 0 60 100 1 5 0 6300 Ameixa Preta 10 0 10 100 1 5 1050 Manteiga 10 0 10 100 2 5 200 1900 Beterraba 60 1,2 72 100 1 5 0 7560 Couve 100 1,45 145 100 1 5 0 15225 Arroz 100 0 100 100 5 20 5000 55000 Feijão 60 1,03 61,8 100 5 20 3000 34080 Carne seca 5 0 5 100 1 5 0 525 Abacaxi 100 1,75 175 100 1 5 0 18375 Pão 50 0 50 100 1 5 0 5250 Não esquecer de transformar em kg para comprar Alimento Per Capita (PL cru) IPC PB No de pessoas Freq no MS E Quantidd (g/ml) (g) cardápio (%) (g) comprada (g) Café 5 0 5 100 5 20 1500 1500 Refresco de caju 40 0 40 100 1 20 0 4800 Açúcar 30 0 30 100 5 20 3000 15000 Óleo 15 0 15 100 5 20 3000 6000 Cebola 5 1,12 5,6 100 5 5 500 2440 Alho 2 1,08 2,16 100 5 5 400 734 Sal 4 0 4 100 5 20 1500 900 Vinagre 3 0 3 100 5 20 2000 0 A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Não esquecer de transformar em kg para comprar 3 - RECEBIMENTO DA MATÉRIA - PRIMA É nesta etapa que estão fundamentados os primeiros passos para a obtenção do produto final com as características desejadas. Constitui-se num processo, basicamente, de conferência que, portanto, exige: Presença do estoquista e, se possível, do Nutricionista; Conferência da nota fiscal com o pedido; Conhecimento das matérias - primas; Conferência dos preços com os valores pré - estipulados. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o CONFERÊNCIA DA MATÉRIA - PRIMA OBSERVAR: Condições em que se deu o transporte: avaliar o fornecedor (higiene pessoal, do veículo, recipientes e pontualidade). Exame das características abaixo: Sensoriais: odor, aspecto, cor; Peso; CONFERÊNCIA DA MATÉRIA - PRIMA Prazo de validade; Integridade e higiene das embalagens; Ausência de materiais estranhos; Correta identificação do produto no rótulo (nome, composição, lote, número de registro, CNPJ, endereço, etc); Retirada de amostras dos gêneros perecíveis; Temperatura. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o CRITÉRIOS DE TEMPERATURA NO RECEBIMENTO DE MATÉRIAS-PRIMAS MATÉRIA - PRIMA TEMPERATURA Carnes refrigeradas (bovina, suína, aves) De 4º C a 7º C, ou conforme recomendação do frigorífico. Pescados De 2º C a 3º C, ou conforme recomendação do estabelecimento produtor. Demais produtos De 4ºC a 10ºC, ou conforme recomendação do fabricante. Produtos congelados - 12ºC ou temperatura menor, ou conforme recomendação do fabricante. 39 40 CRITÉRIOS DE TEMPERATURA NO RECEBIMENTO DE MATÉRIAS-PRIMAS MATÉRIA - PRIMA TEMPERATURA Produtos industrializados Registrada na embalagem. Produtos salgados, defumados, curados Registrada na embalagem. Hortifrutigranjeiros in natura Temperatura ambiente. Produtos ‘estoque seco’ Temperatura ambiente. 40 4- ESTOCAGEM DA MATÉRIA - PRIMA Estoque seco: Mensalmente deverão ser retirados todos os produtos do estoque e este ser lavado integralmente. Acondicionamento no sistema PVPS (primeiro que vence, primeiro que sai). Latarias - Retirá-las das caixas. Empilhá-las de forma a manter a segurança, com o rótulo visível. Depois de abertas deverão ser armazenadas em recipientes, plásticos/vidro cobertos, sob refrigeração e com etiqueta. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Sacarias - Estocar em estrados, trançadas, distantes das paredes, para permitir circulação de ar e evitar umidade. Descartáveis - Retirá-los o máximo possível das caixas de papelão, que são focos de proliferação de insetos. Bebidas - As garrafas e tanques de xarope devem ser limpos no recebimento. Osvasilhames, lavados antes de estocar. Produtos de limpeza - Separá-los dos demais produtos no estoque. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o CADEIA FRIA Carnes - Acondicionadas em monoblocos limpos, identificados com seu conteúdo e cobertos com plásticos. Frios e laticínios - Devem ser dispostos em pilhas, trançados para maior circulação de ar. Os ovos devem ser armazenados nesta câmara. Vegetais - Não devem ser armazenados em sua embalagem original (monoblocos do fornecedor). Devem ser pré-selecionados e colocados em monoblocos limpos. Alimentos congelados. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o CADEIA FRIA Câmara única – deve-se regulá-la à uma temperatura de 2 a 4ºC. Alimentos prontos para o consumo nas prateleiras superiores; Os semiprontos e/ou pré-preparados nas prateleiras intermediárias; O restante, como produtos crus e outros, nas prateleiras inferiores. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o CRITÉRIOS DE TEMPERATURA E TEMPO PARA O ARMAZENAMENTO Produto Temperatura Tempo de Armazenamento Pescados e seus produtos manipulados crus Máximo 2ºC 3 dias Pescados pós-cocção Máximo 2ºC 1 dia Alimentos pós-cocção, exceto pescados Máximo 4ºC 3 dias Carnes bovina e suína, aves, entre outras, e seus produtos manipulados crus Máximo 4ºC 3 dias 45 CRITÉRIOS DE TEMPERATURA E TEMPO PARA O ARMAZENAMENTO Produto Temperatura Tempo de armazenamento Espetos mistos, bife rolê, carnes empanadas cruas e preparações com carne moída Máximo 4ºC 2 dias Frios e embutidos, fatiados, picados ou moídos Máximo 4ºC 3 dias Maionese e misturas de maionese com outros alimentos Máximo 4ºC 2 dias Sobremesas e outras preparações com laticínios Máximo 4ºC 3 dias Demais alimentos preparados Máximo 4ºC 3 dias 46 CRITÉRIOS DE TEMPERATURA E TEMPO PARA O ARMAZENAMENTO Produto Temperatura Tempo de armazenamento Produtos de panificação e confeitaria com coberturas e recheios, prontos para o consumo Máximo 5ºC 5 dias Frutas, legumes e verduras higienizados, fracionados ou descascados; sucos e polpas de frutas Máximo 5ºC 3 dias Leite e derivados Máximo 7ºC 5 dias Ovos Máximo 10ºC 7 dias 47 5- REQUISIÇÕES Requisição constitui um processo administrativo interno, além de servir de instrumento para garantir a adequação quantitativa das refeições, controla os gêneros do estoque e fornece subsídios para avaliação do consumo. Cada UAN faz uso de um formulário próprio. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o REQUISIÇÕES Dados necessários para sua elaboração: Conhecimento do cardápio planejado, Número de refeições a serem oferecidas, “Per capita” pré-estabelecido e IPC de cada gênero utilizado. Esse formulário deve ser realizado (preenchido) pelo Instrutor / Chefe de Cozinha ou Cozinheiro ou Supervisor de Produção, no dia anterior ao preparo do cardápio e conferido pelo Nutricionista. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o 6- GERÊNCIA ECONÔMICA DO ESTOQUE Níveis de Estoque: Estoque Mínimo: Também chamado de segurança, de proteção ou de reserva, é a menor quantidade de material que deverá existir no estoque, para prevenir qualquer eventualidade ou situação de emergência, quer provocada pelo consumo anormal do material, quer pelo alongamento do tempo de espera. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o ESTOQUE MÉDIO: É o nível médio de estoque, em torno do qual as operações de suprimento e consumo se realizam. 50% do estoque a pedir, mais o estoque mínimo. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o ESTOQUE MÁXIMO: É a maior quantidade estimada para se ter no estoque, tendo em vista o preço, o consumo e as condições de estocagem. A otimização de atendimento deve sempre levar a Organização à elaboração de níveis que não podem ser tão altos que sobrem materiais e nem tão baixos que se processe a “ruptura de estoque”, que pode representar um conjunto de custos adicionais, pois haverá necessidade de: Comunicações urgentes, A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o ESTOQUE MÁXIMO: Transporte especial, Compras em quantidades reduzidas, a preços mais elevados, Paralisação ou atraso de determinados serviços, etc. Estoque máximo = Consumo médio + estoque mínimo A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o EXERCÍCIOS Calcule o preço médio dos seguintes itens de um estoque: Estoque: 50kg coxão mole - R$ 3,50 Entradas: 100kg de coxão mole - R$ 4,00 $3,83 150 400,00175,00 médio Preço 10050 4,00) x (1003,50) x (50 médio Preço DIAS DE ESTOQUE Para melhor controlar o estoque, convém fazer o inventário semanalmente ou quinzenalmente, e baseado nas quantidades existentes, efetuar os pedidos das mercadorias necessárias. O Cálculo de dias de estoque é feito da seguinte forma: diário consumo de Média período do Inventário estoque do Dias úteis Dias período do totalConsumo diário consumo de média Exemplo: Calcular os dias de Estoque de: Dias úteis = 22 Consumo = R$ 75.337,50 Inventário = R$ 15.856,71 Resolução Média de consumo diário= R$ 75.337,50/22 =3.424,43 Dia do estoque = R$ 15.856,71/3.424,43= 4,63 ou seja 5 dias de estoque CONSUMO OU DEMANDA: C = (Ei + E) – EF C = Consumo Ei = Estoque inicial Ef = Estoque final E = Entradas A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o EXEMPLO: Sabendo-se que: Ei = R$ 17.000,00 E = R$ 75.000,00 Ef = R$ 15.000,00 Determine qual é o consumo. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o C = (Ei + E) – EF EXEMPLO: Consumo: R$ 77.000,00 A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o FICHA DE ESTOQUE A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o EXEMPLO DE PEDIDO DE GÊNEROS A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o 7- ATIVIDADES DURANTE A PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES Essa fase corresponde, sobretudo, às atividades de comando e coordenação: Sistema de supervisão deve ser direcionado à higiene: do pessoal, dos utensílios, das áreas (enfatizar treinamento); aos hábitos de segurança do trabalho e às técnicas corretas de manuseio dos alimentos. ATIVIDADES DURANTE A PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES Sistema de controle do número de refeições servidas diariamente. Essa informação pode ser obtida através do uso de: “tickets”, catraca eletrônica, contagem de bandejas. Supervisão quanto ao porcionamento, apresentação das refeições, relacionamento do funcionário com o cliente, sobras, etc. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o 8 - AVALIAÇÕES Definição: aferição dos resultados passados e presentes, em relação aos resultados esperados, com a finalidade demodificar, melhorar ou formular novos planos. Deve ser feita periodicamente, recorrendo- se a gráficos, questionários, estatísticas, relatórios, etc. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o 8.1 - NÚMERO DE REFEIÇÕES O seu conhecimento diário é imprescindível, para assegurar o cumprimento da meta pré- estabelecida pela UAN, quanto ao número de usuários a atender. A frequência ao restaurante pode ser considerada um dos indicadores do funcionamento da UAN. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o 8.2 - SOBRAS Influenciada por: Porcionamento inadequado das refeições (falta de treinamento dos funcionários); Planejamento inadequado do número de refeições a serem servidas; Seleção e preparo inadequados dos gêneros (falta de treinamento); Preferências alimentares; Frequência diária dos usuários ; Educação Alimentar dos usuários. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o SOBRAS Sobra limpa: alimento preparado e não distribuído. Ideal: 7 – 25g/pessoa (3%). Resto-ingestão: alimento distribuído e não consumido. Ideal: 15 – 45g/pessoa (2-5%). A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o RESTO INGESTA I.R. = P.R. x 100 P.R.D. Onde, I.R. = Indicador de Restos P.R. = Peso da Refeição Rejeitada P.R.D. = Peso da Refeição Distribuída. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o MÉTODO: Pesagem direta das preparações servidas: consiste em pesar todas as preparações depois de prontas (descontar o peso do vasilhame) e, após o porcionamento, em caso de sobra, diminuir a quantidade desta do peso inicial. Pesagem das bandejas servidas aos usuários: consiste em pesar os restos das bandejas (pode ser por amostragem, desde que representativa), descartando-se ossos, cascas, descartáveis. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o EXEMPLO: RESTO-INGESTÃO Peso dos alimentos preparados = 2400Kg Peso das sobras limpas = 240Kg Peso dos restos = 300Kg I.R. = P.R. x 100 P.R.D I.R. = 300 x 100 = 13% 2400 - 240 A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o EXEMPLO: SOBRAS % Sobras = total produzido – total distribuído x 100 = total produzido % Sobras = 2400 – 2160 x 100 = 10% 2400 A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o AÇÕES A SEREM TOMADAS NAS ETAPAS DO PROCESSO PARA EVITAR O DESPERDÍCIO a) Elaboração do cardápio: Colocar pratos de boa aceitação; Usar produtos de época; Criatividade e variedade nas preparações. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o b) Elaboração de pedidos: Pedir somente a quantidade necessária; Programação de acordo com o cardápio; Estar atento quanto às oscilações do número de refeições. c) Recebimento de mercadorias: Não receber quantidade acima do solicitado; Verificar as especificações e prazo de validade do produto; Reclamar no ato da entrega se não estiver de acordo. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o d) Armazenamento: Evitar armazenar gêneros perecíveis por muito tempo; Atentar para o acondicionamento correto de produtos congelados e processados. e) Pré-preparo e preparo: Contar e padronizar as porções corretamente; Orientar de véspera sobre a execução do prato; Verificar a elaboração do prato (cocção) para que não se perca a preparação; Determinar as quantidades de produtos por turno; Fazer as preparações conforme a necessidade das filas: PRODUÇÃO CADENCIADA; Atentar para que a preparação não fique pronta por muito tempo antes da distribuição. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o f) Distribuição: Abastecer o balcão com a a quantidade necessária por fila; Orientar os funcionários quanto ao cardápio e porcionamento; Estabelecer controle das preferências (opções, pratos, sobremesas). Avaliar devolução de bandejas; Monitorar as sobras; Controlar Tº do alimento servido. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o g) Sobras aproveitáveis: Acompanhar as filas observando a aceitação do cardápio; Acompanhar as reposições do balcão; Ação imediata sobre os resultados analisados, aumentando ou diminuindo a preparação conforme necessário; Informar os resultados de sobras ao cozinheiro e equipe, conscientizando-os. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o 8.3 - ACEITABILIDADE DAS REFEIÇÕES COM BASE NA OPINIÃO DA CLIENTELA Periodicamente, deve ser realizada Pesquisa de Opinião com o cliente. Vantagens: - respaldo para reivindicações com vistas à melhoria do funcionamento, pois os subsídios coletados nesta avaliação podem estar relacionados a aspectos diversos, como melhoria das condições físicas, por exemplo. maior envolvimento dos usuários com a UAN, etc. Obs: Também pode ser realizado um painel de satisfação, diariamente. 78 1º Semana 2º Semana 3º Semana Lista das preparações 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 ............. Salada: Alface/ tomate 1 Tomate 1 Acelga 1 Prato Principal: Peixe à dorê 1 Bife grelhado 1 Bife à parmegiana 1 Guarnição: Purê de batatas 1 Chuchu refogado 1 Batata palha 1 Sobremesa: Pudim de coco 1 Laranja 1 Gelatina 1 8.4 - Frequência das Preparações dos Cardápios 8.5 - AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO É a avaliação do número de refeições servidas/minuto. A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o Data Sistema de Balcão (Bandeja estampada) Self-service Cardápio do Dia 01/07 7 pessoas/minuto 3 pessoas/minuto Picadinho, arroz, purê,... 04/07 10 pessoas/minuto 5 pessoas/minuto Tutu, bisteca, couve, laranja,... • Visa avaliar o rendimento da mão-de-obra em função do tempo previsto para o preparo e distribuição de uma refeição em minutos e foi proposta por Gandra et al. (1983). 80 IRd= nº de empregados x horas totais trabalhadas/dia x 60 minutos _________________________________________ nº de refeições servidas/dia GANDRA, Y. & GAMBARDELA, A. Avaliação de serviços de nutrição e alimentação. São Paulo, Sarvier, 1983. 8.6 - Indicador de Rendimento de Mão-de- Obra (IRd): EXEMPLO: 20 funcionários, 8 horas/dia, 1000 refeições. IRd= 20 x 8 x 60’ 1000 IRd = 9,6 minutos/refeição A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o PRODUTIVIDADE ACEITÁVEL - IRd 82 Número de refeições Número de minutos 300 - 500 15 - 14 500 - 700 14-13 700-1000 13-10 1000 - 1300 10-9 1300-2500 9-8 2500 e mais 7 A amplitude existente entre o número de refeições e entre os minutos serve para adaptar à realidade de cada UAN, pois dependendo do TIPO DE SERVIÇO, DAS OPÇÕES OFERECIDAS, DOS RECURSOS TECNOLOGICOS, MATERIAIS E HUMANOS empregados na produção, a produtividadeserá maior ou menor – esses dados servem somente para DIRECIONAR A AVALIAÇÃO. 8.7 - ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE INDIVIDUAL (IPI) Avalia o rendimento da mão-de-obra em função do número de refeições produzidas e servidas. A produtividade de mão de obra é um dos itens que mais pesa no custo, é muito importante o correto dimensionamento do quadro de pessoal, bem como o controle das horas adicionais de trabalho, treinamento e motivação da equipe. IPI= nº de refeições servidas/dia _____________________ nº de empregados da UAN Considerar a realidade da UAN: tipo de serviço; opções oferecidas; recursos tecnológicos; recursos materiais e humanos (neste cálculo já consta o nº de empregados operacionais e administrativos). A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE INDIVIDUAL (IPI) Exemplo: Calcular a produtividade da mão de obra de um restaurante que serve 2.400 refeições/dia, com uma equipe de 56 funcionários. 2.400 refeições 56 funcionários 42,86, ou seja, 43 1 funcionário produz 43 refeições/dia 1:43 EXEMPLO: 20 funcionários, 1000 refeições. IPI = 1000 _________ 20 IPI = 50 refeições/funcionário A d m in is tra ç ã o d e U n id a d e s d e A lim e n ta ç ã o e N u triç ã o QUADRO 1. NÚMERO DE REFEIÇÕES PRODUZIDAS E/OU SERVIDAS POR EMPREGADOS DE UAN (POPULAÇÃO SAUDÁVEL) Número de Refeições IPI Até 100 1/30 100-300 1/35 300-500 1/40 (ideal) 500-1000 1/50 (ideal) 1000-1500 1/55 1500-3000 1/60 Acima de 3000 1/66 (compromete a qualidade do serviço) O cálculo baseia-se na realidade da UAN. Em refeições transportadas essa produtividade ultrapassa qualquer previsão – podendo chegar até 1/300, pois o elevado número de refeições produzidas em local centralizado otimiza os recursos empregados, aumentando notadamente a produtividade da mão-de-obra.
Compartilhar