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Mediação - Lei - Aulas

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MEDIAÇÃO 
A primeira etapa para a busca de um diálogo, a fim de se evitar uma solução violenta é o reconhecimento da pessoa. 
MEDIAÇÃO NO C.P.C. E NA LEI DE 13.140/2015
IMPORTANTE DIFERENCIAÇÃO: a mediação é técnica indicada para conflitos que abalam relações continuadas, já a conciliação seria indicada para conflitos que ocorrem entre sujeitos cuja única relação é a do conflito entre si
CONCILIAÇÃO: o conflito é episódico, e o resultado almejado, portanto, é um acordo simples entre as partes que permita que cada um siga seu próprio caminho com alguma satisfação. O conciliador atuará para obter esse acordo, fazendo com que os envolvidos enxerguem uma faixa de valores que seja de comum interesse.
MEDIAÇÃO: sua meta não é apenas um acordo entre valores envolvidos, já que o conflito não é exclusivamente patrimonial; nem a resolução da lide, uma vez que o relacionamento entre os envolvidos vai além do processo e o consenso exigirá trabalhar os aspectos submersos do conflito. O mediador se voltará a conhecer as partes e entender a dimensão do conflito e não será suficiente apenas apurar um acordo de interesse mútuo. Na mediação, o acordo é consequência natural do aprofundamento do tratamento entre as partes e do conflito do que um objetivo isolado a ser formalmente atingido.
A Lei de Mediação não atende aos casos que tratarem de filiação, adoção, poder familiar, invalidade de matrimônio, interdição, recuperação judicial ou falência. 
As partes têm direito de ser acompanhadas por advogado ou defensor público.
Arts. 165-175 C.P.C.: dos conciliadores e Mediadores JUDICIAIS
§2º: 	O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. 
§3º:	O mediador , que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. 
Código de Processo Civil
Art. 166: A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
*************************
O C.P.C. trata da conciliação, além da mediação.
Lei 13140/2015
Art. 2°:	 A mediação será orientada pelos seguintes princípios:
imparcialidade do mediador;
isonomia entre as partes; 
III. oralidade; 
IV. informalidade; 
V. autonomia da vontade das partes; 
VI. busca do consenso; 
VII. confidencialidade; 
VIII. boa-fé.
DECISÃO INFORMADA: 
A decisão informada é o princípio que estabelece como condição de legitimidade para a autocomposição, a plena consciência das partes quanto aos seus direitos e a realidade fática que se encontram. Mister faz-se que as decisões construídas pelos protagonistas sejam decorrentes de suas vontades, estando, porém, precedidas dos esclarecimentos que sejam capazes de conscientizarem dos efeitos a serem produzidos e as implicações geradas concretamente. OU SEJA, somente será legitima a resolução de uma disputa por meio de autocomposição se as partes, ao eventualmente renunciarem a um direito, tiverem plena consciência quanto á existência desse seu direito subjetivo.
DOS MEDIADORES:
C.P.C. – artigo 167 - 
DOS MEDIADORES JUDICIAIS:
§1º:	Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal. 
§2º: 	Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar da respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.
LEI 13.140/2015:
Dos Mediadores Extrajudiciais: 
Art. 9º: Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. 
Dos Mediadores Judiciais:
 Art. 11º: Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça.
DA ESCOLHA DO MEDIADOR NO C.P.C.:
Art. 168: As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. 
§ 1º: O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal. §2º: Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação.
AINDA SOBRE O MEDIADOR, NA LEI 13.140/2015:
Art. 4º: O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas partes. 
Art. 25º: Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes, observado o disposto no art. 5o desta Lei. 
Art. 5º: Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz. 
Art. 9º: Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se.
MEDIAÇÃO OBRIGATÓRIA no C.P.C.:
Art. 319: A petição inicial indicará:
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
…
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
 Mediação obrigatória no C.P.C. artigo 334:
§4º: A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§5º: O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6º: Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
MEDIAÇÃO OBRIGATÓRIA NA LEI 13.140/2015:
Art. 2º:
§ 1o 		Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula de mediação, as partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação.
§ 2o 		Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de mediação.
Art. 23º: 	Se, em previsão contratual de cláusula de mediação, as partes se comprometerem a não iniciar procedimento arbitral ou processo judicial durante certo prazo ou até o implemento de determinada condição, o árbitro ou o juiz suspenderá o curso da arbitragem ou da ação pelo prazo previamente acordado ou até o implemento dessa condição.Parágrafo único: O disposto no caput não se aplica às medidas de urgência em que o acesso ao Poder Judiciário seja necessário para evitar o perecimento de direito.
O NÃO COMPARECIMENTO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO no C.P.C.:
Art. 334º C.P.C.: 
§8º:	O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§9º:	 As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§10º:	 A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
O NÃO COMPARECIMENTO DAS PARTES NA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO NA LEI 13.140/2015:
Mediação Extrajudicial:
Art. 22º: A previsão contratual de mediação deverá conter, no mínimo:
IV - penalidade em caso de não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação.
§2º: Não havendo previsão contratual completa, deverão ser observados os seguintes critérios para a realização da primeira reunião de mediação:
IV -: o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada.
CONFIDENCIALIDADE NO C.P.C:
ART. 166 C.P.C:
§ 1º: A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes.
§ 2º: Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
A CONFIDENCIALIDADE E SUAS EXCEÇÕES NA LEI 13.140/2015 :
Art. 30º:	 Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação.
§1º: O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação, alcançando:
I - declaração, opinião, sugestão, promessa ou proposta formulada por uma parte à outra na busca de entendimento para o conflito;
II - reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do procedimento de mediação;
III - manifestação de aceitação de proposta de acordo apresentada pelo mediador;
IV - documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediação.
Art.: 30º Lei 13.140/2015 
§2º: A prova apresentada em desacordo com o disposto neste artigo não será admitida em processo arbitral ou judicial.
§3º: Não está abrigada pela regra de confidencialidade a informação relativa à ocorrência de crime de ação pública.
§4º: A regra da confidencialidade não afasta o dever de as pessoas discriminadas no caput prestarem informações à administração tributária após o termo final da mediação, aplicando-se aos seus servidores a obrigação de manterem sigilo das informações compartilhadas nos termos do art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional.
Art. 198 CTN: Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
Art. 31: Será confidencial a informação prestada por uma parte em sessão privada, não podendo o mediador revelá-la às demais, exceto se expressamente autorizado.
Cadastro Nacional de
Câmaras e Profissionais – C.P.C.:
Art. 167: Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.
IMPEDIMENTO PARA ADVOCACIA SEGUNDO O C.P.C.:
Art. 167 C.P.C.: 
§5º: Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.
IMPEDIMENTO DO MEDIADOR DE ATUAR
COMO ÁRBITRO OU TESTEMUNHA SEGUNDO A LEI 13.140/2015:
Art 7º: O mediador não poderá atuar como arbitro nem funcionar como testemunha em processos judiciais ou 
arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como mediador.
NOVO CPC - Art. 172: O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
LEI DE MEDIAÇÃO – 13.140/2017 – Art. 6º: O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de assessorar, apresentar ou patrocinar qualquer das partes.
MEDIAÇÃO ON LINE:
NOVO CPC – Art. 334:
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
Lei de Mediação – 13.140/2015:
Art. 46. A mediação poderá ser feita pela internet ou por outro meio de comunicação que permita a transação à distância, desde que as partes estejam de acordo.
CONFLITOS ENVOLVENDO A ADM. PÚBLICA FEDERAL DIRETA, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES NO C.P.C.:
O artigo 174 do C.P.C. prevê a criação de câmaras federais para tal fim:
Art. 174 C.P.C.: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como:
I - dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública;
II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública;
III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta.
Comentários ao artigo 174 do C.P.C.:
Cada ente da federação PODERÁ estabelecer câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos com REGULAMENTO PRÓPRIO. Portanto, trata-se de uma faculdade e a sua formação dependerá de REGULAMENTO ESPECÍFICO, conforme artigo 32 , parágrafos 1º e 2º. 
No âmbito federal existe a CÂMARA DE CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL (CCFA), instituída por Ato Regimental , cuja estrutura está definida por Decreto-Lei.
TERMO DE AUDIÊNCIA
MEDIAÇÃO CONSENTIDA ENTRE AS PARTES
TERMO DE ENCERRAMENTO DE MEDIAÇÃO EM PROCESSO JUDICIAL
MEDIAÇÃO 
ARBITRAGEM
 
Princípios gerais de Direito – Lei 13.140/2015
Lei 9307/96 alterada pela Lei 13.129/2015
Mediador/Orientador
Árbitro
Não Interfere na decisão
Decide
Orientação
Julgamento
Reuniões entre partes separadas ou conjuntas
Procedimento Arbitral
Resultado: Acordo ou Declaração de Impasse
Decisão pode ser revista
Resultado: Sentença Arbitral
Decisão não pode ser revista
Grande grau de pacificação
Relativo grau de pacificação
Decisão é das partes
 
Decisão é de um terceiro escolhido pelas partes
	Judiciário	 Mediação
	Arbitragem	Método Misto*
	As partes se enfrentam	As partes trabalham juntas cooperando uma com a outra
	Procedimento ditado por um terceiro	As partes controlam o procedimento
	Um terceiro decide	A decisão é tomada pelas partes
	Tudo ou nada
Ganha ou perde	Todos se beneficiam com a decisão
	Decisão baseada na Lei/Jurisprudência	Decisão baseada nos interesses
	A decisão põe fim ao conflito	As partes resolvem a controvérsia
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceironível
Quarto nível
Quinto nível
LEI DE MEDIAÇÃO
13.140/2015 
Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da Administração Pública
PRÁTICA DE MEDIAÇÃO SOB A LUZ DA LEI EM COMENTO:
A Cláusula de Mediação/Conciliação é um acordo em que as partes de um contrato se submetem resolver possíveis futuras controvérsias por meio consensual. 
Esta cláusula poderá ser inserida no teor do contrato em questão, ou em um aditivo, feito à parte. 
Sua utilização pode substituir a cláusula de eleição de foro.
Quando as partes se submetem a Cláusula de Mediação/Conciliação, surgido um conflito, deverão antes de iniciar um processo judicial se valer métodos alternativos de resolução de conflitos, na qual um profissional atuará como facilitador do restabelecimento da comunicação. 
Modelo I - Cláusula contratual e MEDIAÇÃO
“As partes, pactuam de forma livre e expressamente que todas as controvérsias originadas ou em pertinente a este contrato, oriundas de interpretação, execução ou liquidação, serão resolvidas de forma definitiva pela Conciliação/Mediação, a ser intermediada pela CACISP – Câmara Arbitral Conciliação e Mediação Cidade de São Paulo S/S Ltda. 
As partes concordam e declaram ter conhecimento do funcionamento e procedimentos adotados pela CACISP – Câmara Arbitral Conciliação e Mediação Cidade de São Paulo S/S Ltda., disponibilizados em seu endereço eletrônico, informados em seu Regulamento, Termos de Uso e Código de Ética. 
A Conciliação/Mediação será pautada dentro das normas vigentes, em especial a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) e 13.140/2015 (Lei de Mediação). 
Declaro que li e estou plenamente de acordo com a Cláusula de Mediação/Conciliação.” 
MODELO II – Cláusula contratual de MEDIAÇÃO
 “1. Por livre vontade das partes, fica definido que qualquer conflito surgido a partir do presente contrato, quer seja gerado no tocante a interpretação, execução, omissões, ou por quaisquer outros motivos, será submetido obrigatoriamente à Conciliação/Mediação, com administração da CACISP – Câmara Arbitral Conciliação e Mediação Cidade de São Paulo S/S Ltda . As partes concordam e declaram ter conhecimento do funcionamento e procedimentos adotados pela CACISP, procedimentos estes informados em seu Regulamento, Termos de Uso e Código de Ética. 
1.1. O conflito que porventura não seja resolvido no prazo de 45(quarenta e cinco) dias, podendo ser prorrogado por manifestação de vontade das partes, conforme a Cláusula de Conciliação/Mediação acima poderá ser direcionado para o Poder Judiciário para solução definitiva.” 
COMPROMISSO DE MEDIAÇÃO
Compromisso de Mediação Decorrente ou não da cláusula compromissória de mediação, o compromisso submete o conflito de interesses existente entre as partes ao procedimento de mediação. 
São elementos essenciais do Compromisso de Mediação: (I) nome e qualificação completa das partes, (II) qualificação dos representantes ou procuradores das partes, se o caso; (III) a matéria objeto de mediação; (IV) a sede e o idioma da mediação; (V) a agenda de trabalho; (VI) os objetivos da mediação proposta; (VII) formalidades relativas aos documentos apresentados e anotações feitas pelo mediador; (VIII) indicação e qualificação do mediador, e do co-mediador, se houver; (IV) disposições acerca do compromisso das partes com os princípios do sigilo, da lealdade e da boa-fé; (X) disposições acerca do compromisso das partes de não arrolar o mediador como testemunha, em qualquer processo judicial ou procedimento extrajudicial que verse sobre o conflito objeto de mediação; (XI) disposições sobre o encerramento dos trabalhos do mediador, caso esse constate a impossibilidade de resolver o conflito pela mediação; (XII) disposições acerca das despesas e a forma de pagamento da Mediação; (XIII) assinatura de duas testemunhas; e, (XIV) outras 
MODELO DE CLÁUSULA DE MEDIAÇÃO
CLÁUSULA 1ª .....
CLÁUSULA 2ª .....
.......
CLÁUSULA 13ª Por livre vontade das partes, fica definido que qualquer conflito surgido a partir do presente contrato, quer seja gerado no tocante a interpretação, execução, omissões, ou por quaisquer outros motivos, será submetido obrigatoriamente à Conciliação/Mediação, com administração da CAMARA BRASILEIRA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS – SÃO PAULO MEDIANDO. 
13.1.	As partes concordam e declaram ter conhecimento do funcionamento e procedimentos adotados pela CAMARA BRASILEIRA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS – SÃO PAULO MEDIANDO, procedimentos estes informados em seu Regulamento, Termos de Uso e Código de Ética. 
13.2.	O conflito que porventura não seja resolvido no prazo de 45(quarenta e cinco) dias, podendo ser prorrogado por manifestação de vontade das partes, conforme a Cláusula de Conciliação/Mediação acima poderá ser direcionado para o Poder Judiciário para solução definitiva
Comentários a Lei de Mediação nº 13.140/2015
DISPOSIÇÕES GERAIS – Art. 2º - Art. 3º:
São os princípios que norteiam a MEDIAÇÃO:
Imparcialidade do Mediador;
Isonomia entre as partes;
Oralidade;
Informalidade;
Autonomia de vontade das partes;
Busca do consenso;
Confidencialidade;
Boa-fé.
DA ORBRIGATORIEDADE OU NÃO DA MEDIAÇÃO:
Uma vez havendo cláusula contratual pactuando a existência de mediação a ser realizada entre as partes, ambas deverão comparecer na PRIMEIRA REUNIÃO.
O não comparecimento sujeitará o faltosa a penalidade prevista na referida cláusula ou de conformidade com o artigo 22 - § 2º ;
CONTUDO, ninguém será obrigado a permanecer no processo de Mediação.
O QUE PODE E O QUE NÃO PODE SER OBJETO DE MEDIAÇÃO:
Conflitos que versem sobre DIREITOS DISPONÍVEIS e INDISPONÍVEIS, desde que admitam transação; (art. 3º);
A mediação pode versar sobre todo o conflito ou apenas sobre parte dele ( art 3º § 1º);
Quando a transação versar sobre direitos patrimoniais INDISPONÍVEIS, o referido acordo deverá ser HOMOLOGADO em Juízo, EXIGIDA a oitiva do Ministério Público (art. 3º § 2º)
Disposições Comuns – Art. 4º - Art. 8º:
DA ESCOLHA DO MEDIADOR: Será feita através do tribunal ou escolhido pelas partes;
Os trabalhos serão conduzidos pelo Mediador, através da comunicação entre as partes, buscando o entendimento e o consenso, de modo a facilitar a solução do conflito;
Assegurada a gratuidade para aqueles que não tiverem condições financeiras para tal;
IMPEDIMENTO DO MEDIADOR: As mesmas hipóteses legais de impedimento ou suspeição do Juiz.
É DEVER DO MEDIADOR: revelar as partes antes de aceitar sua função, qualquer circunstância que possa suscitar duvida com relação a sua imparcialidade.
IMPORTANTE: Pelo período de 12 meses, contados do término da ultima audiência, o mediador que atuou ou assessorou, fica IMPEDIDO DE REPRESENTAR ou PATROCINAR QUALQUER DAS PARTES - (art. 6º);
Da mesma forma, não poderá atuar como arbitro em procedimento arbitral, tampouco servir na qualidade de testemunha em processos judiciais ou arbitrais referentes aos conflitos em que atuou como mediador;
Quando na condição de Mediador ou de assessor em procedimento de mediação, estes quando no exercício de sua função, SÃO EQUIPARADOS a servidor público, para os efeitos da legislação penal – vide artigo 331 do C.P.
Dos mediadores extrajudiciais – Art. 9º - Art. 10º:
MEDIADOR EXTRAJUDICIAL, pode ser qualquer pessoa da nossa sociedade, desde que seja capaz, de confiança das partes e seja capacitada para conduzir /assessorar procedimento de mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. (art. 9º)
As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. (art. 10º);
	Se uma das partes estiver acompanhada por advogado ou Defensor Público, o MEDIADOR, SUSPENDERÁ O PROCEDIMENTO, até que estejam todas as partes devidamente assistidas.
OBJETIVO: atender o princípio da isonomia entre as partes
Dos mediadores JUDICIAIS: Art. 11º - Art. 13º:
MEDIADOR JUDICIAL: 
Pessoa capaz;
Graduada há pelo menos 2 anos - curso reconhecido pelo MEC– ENSINO SUPERIOR;
Capacitação em escola/instituição de mediadores reconhecida pela ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE MAGISTRADOS – ENFAM ou pelos Tribunais, sempre atendendo os requisitos mínimos do Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça 
Os Tribunais criarão e manterão cadastros atualizados dos mediadores habilitados e autorizados a atuar na MEDIAÇÃO JUDICIAL; (art. 12º)
São os Tribunais que regularão tanto o processo de inscrição como o de desligamento dos mediadores;
DA REMUNERAÇÃO: A remuneração do mediador JUDICIAL será fixada pelos Tribunais e custeada pelas partes, observando-se a gratuidade de justiça quando concedida nos autos a ambas as partes envolvidas (vide art. 4º § 2º)
Disposições Comuns: Art. 14º - Art. 20º
Primeira sessão: As partes deverão ser alertadas acerca das regras de confidencialidade aplicáveis ao referido procedimento;
Participação de outros mediadores: Sempre com anuência das partes. Tal pedido pode ser feito pela própria parte envolvida e até mesmo pelo mediador, dependendo da razão e complexidade do conflito;
HAVENDO PROCESSO JUDICIAL O ARBITRAL EM ANDAMENTO:
Poderá acontecer o processo de mediação, mesmo com procedimento arbitral ou judicial em andamento;
O pedido deve ser feito ao juiz ou árbitro, que SUSPENDERÃO o processo por prazo SUFICIENTE para a solução do conflito;
Uma vez que tal suspensão é de comum acordo entre as partes, a decisão que determinou a suspensão do processo é IRRECORRÍVEL;
Tal suspensão não impede a tomada de medidas acautelatórias pelo juiz ou árbitro;
DO PRAZO PRESCRICIONAL DURANTE A SUSPENSÃO ACORDADA:
Quando as partes celebram termo de SUSPENSÃO seja do processo judicial ou do processo arbitral, A PRESCRIÇÃO DA MATÉRIA OBJETO DA MEDIAÇÃO FICARÁ SUSPENÇA ATÉ O TERMO DE ENCERRAMENTO DA MEDIAÇÃO.
INSTITUIÇÃO DA MEDIAÇÃO: Na data na qual foi marcada a PRIMEIRA REUNIÃO DE MEDIAÇÃO.
OBSERVAÇÕES: O início da mediação depende da presença do mediador/conciliador, primeiramente, ainda que as partes não compareçam à reunião marcada, estarão sujeitas a hipótese prevista no artigo 334 - § 8º do CPC:
	 Artigo 334 – C.P.C;
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. 
	§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. 
Ainda, da instituição da mediação:
_______________________________
Presentes as partes, ou apenas uma delas, se faz necessário a assinatura do TERMO INICIAL ou a LAVRATURA de ata que consigne a ausência de uma ou de ambas as partes.
DA IMPORTÂNCIA DA LAVRATURA EM ATA DO TERMO INICIAL: EM CONJUNTO com a prova de designação da reunião, determinar, na mediação EXTRAJUDICIAL, o prazo de suspensão do prazo prescricional enquanto transcorrer o procedimento de mediação até o seu encerramento. 
Daí a importância da lavratura do termo inicial e de encerramento da mediação.
	DAS REUNIÕES DE MEDIAÇÃO:
 O Mediador poderá conversar com as partes em CONJUNTO ou SEPARADAMENTE, com a finalidade de colher melhores informações que possam vir a colaborar com o procedimento.
ART. 18: Iniciada a mediação, as reuniões posteriores com a presença das partes somente poderão ser marcadas com sua anuência.
 	O intuito do legislador foi o de vedar que as partes se reúnam sem a presença do mediador, portanto o termo “anuência”, se refere ao MEDIADOR e não às partes.
CELEBRAÇÃO FINAL DA MEDIAÇÃO ATRAVÉS DE UM ACORDO:
 Trata-se de um título executivo EXTRAJUDICIAL. 
Artigo 784, inciso IV do C.P.C.: São títulos executivos extrajudiciais: IV – o instrumento de transação referenciado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado pelo tribunal;
No caso de o acordo ser HOMOLOGADO JUDICIALMENTE, o referido acordo tornar-se-á título executivo JUDICIAL.
Da mediação extrajudicial: Art. 21º - Art. 23
O procedimento será regido entre as partes
Pode ocorrer antes de qualquer procedimento judicial, para tanto, a parte poderá convidar a outra a participar de reunião para esse fim.
CONVITE: qualquer meio de comunicação e deverá estipular o escopo proposto para a negociação, a data e o local da primeira reunião ;
RECUSA DO CONVITE: O convite será considerado rejeitado se este NÃO FOR RESPONDIDO no prazo de 30 dias, da data de seu recebimento.
DA CLÁUSULA DE MEDIAÇÃO – art. 22:
 PREVISÃO CONTRATUAL DO PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO
Os requisitos mínimos para a referida cláusula estão contidas no artigo 22 da Lei 13.140/15:
Prazo mínimo e máximo para a realização da primeira sessão de mediação, contado a partir da data de recebimento do convite;
Local da primeira reunião;
Critérios de escolha do mediador e/ou equipe de mediação;
Penalidade em caso de NÃO comparecimento da parte convidada na primeira reunião de mediação;
§ 3º - Art. 22: MEDIAÇÃO INSTITUCIONAL:
A previsão contratual poderá ser substituída pela INDICAÇÃO DE UM REGULAMENTO, publicado por uma instituição idônea prestadora de serviços de mediação, na qual constem critérios para a escolha do mediador e realização da primeira reunião.
Na MEDIAÇÃO INSTITUCIONAL o procedimento de mediação segue as regras estipuladas por uma Câmara de Mediação e Arbitragem.
MEDIAÇÃO “Ad Hoc” ou AVULSA:
A Mediação será "ad hoc“ ou avulsa quando os procedimentos seguirem as disposições fixadas pelas partes, ou quando determinado pelo mediador, nascendo muitas vezes da escolha efetuada livremente pelas partes através de um compromisso de mediação que será firmado na existência de um litígio. 
Previsão contratual INCOMPLETA: Art. 22 § 2º
Para que aconteça a primeira reunião de mediação, deverão ser cumpridos alguns critérios mínimos para a realização da primeira reunião de mediação:
Prazo mínimo de 10 dias e máximo de 3 meses, contados a partir do recebimento do convite;
Local adequado para a reunião (confidencialidade);
Lista de 5 nomes, informações de contato e referências profissionais de mediadores capacitados, a parte convidada poderá escolher, EXPRESSAMENTE, qualquer um dos 5 mediadores caso a parte convidada não se manifeste, considerar-se-á aceito o primeiro nome da lista de mediadores.
CLÁUSULA PENAL, no caso de uma previsão contratual INCOMPLETA:
Refere-se ao ônus da parte que não comparecer na à reunião, de arcar com a metade das custas e honorários advocatícios da ação judicial ou arbitral, mesmo que TENHA RAZÃO.
OBJETIVO: incentivar as partes a participarem do procedimento antes da propositura de ação, assim corroborando com o necessário freio à cultura do litígio tão arraigada entre nós.
Inafastabilidade da Jurisdição contida na C.F. – Art. 5º - inciso XXXV: Art. 23º
O artigo 23 da Lei 13.140/2015 NÃO VEDA a interposição de ação judicial ou do procedimento arbitral, mesmo diante do pacto das partes de não procurar a heterocomposição, mas determinou que o juiz ou arbitro, diante da convenção entre as partes, mantenha suspenso o procedimento judicial ou arbitral até a implementação da condição ou prazo.
Tal não se aplicará às medidas acautelatórias e de urgência em que o acesso ao Poder Judiciário seja necessário para evitar o perecimento do direito.
Da mediação judicial: Art. 24º - Art. 29
Art. 24.  Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação, pré-processuais e processuais, e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. 
Parágrafo único.  A composição e a organização do centro serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.
Art. 25.  Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes, observadoo disposto no art. 5o desta Lei.  
Art. 26.  As partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos, ressalvadas as hipóteses previstas nas Leis nos 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001. 
Parágrafo único.  Aos que comprovarem insuficiência de recursos será assegurada assistência pela Defensoria Pública. 
Art. 27.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de mediação.
Art. 28.  O procedimento de mediação judicial deverá ser concluído em até sessenta dias, contados da primeira sessão, salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua prorrogação. 
Parágrafo único.  Se houver acordo, os autos serão encaminhados ao juiz, que determinará o arquivamento do processo e, desde que requerido pelas partes, homologará o acordo, por sentença, e o termo final da mediação e determinará o arquivamento do processo. 
Art. 29.  Solucionado o conflito pela mediação antes da citação do réu, não serão devidas custas judiciais finais. 
DA AUTOCOMPOSIÇÃO DE CONFLITOS EM QUE FOR PARTE PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO - LEI 13.140/2015 – DISPOSIÇÕES COMUNS:
Art. 32: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito dos respectivos órgãos da Advocacia Pública, onde houver, com competência para:
I - dirimir conflitos entre órgãos e entidades da administração pública;
II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de composição, no caso de controvérsia entre particular e pessoa jurídica de direito público;
III - promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta.
Art. 32 ....:
§ 1o O modo de composição e funcionamento das câmaras de que trata o caput será estabelecido em regulamento de cada ente federado.
§ 2o A submissão do conflito às câmaras de que trata o caput é facultativa e será cabível apenas nos casos previstos no regulamento do respectivo ente federado.
§ 3o Se houver consenso entre as partes, o acordo será reduzido a termo e constituirá título executivo extrajudicial.
§ 4o Não se incluem na competência dos órgãos mencionados no caput deste artigo as controvérsias que somente possam ser resolvidas por atos ou concessão de direitos sujeitos a autorização do Poder Legislativo.
§ 5o Compreendem-se na competência das câmaras de que trata o caput a prevenção e a resolução de conflitos que envolvam equilíbrio econômico-financeiro de contratos celebrados pela administração com particulares.
CONFLITOS ENVOLVENDO A ADM. PÚBLICA FEDERAL DIRETA, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES LEI 13.140/2015:
Art. 32 – Parágrafo 4º - comentários: Quando se tratar de controvérsias que somente possam ser resolvidas por atos ou concessão de direitos sujeitos a legislação, estes não poderão ser resolvidos através da resolução consensual de conflitos.
§ 4o Não se incluem na competência dos órgãos mencionados no caput deste artigo as controvérsias que somente possam ser resolvidas por atos ou concessão de direitos sujeitos a autorização do Poder Legislativo.
Art. 33: Enquanto não forem criadas as câmaras de mediação, os conflitos poderão ser dirimidos nos termos do procedimento de mediação previsto na Subseção I da Seção III do Capítulo I desta Lei.
Parágrafo único: A Advocacia Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, onde houver, poderá instaurar, de ofício ou mediante provocação, procedimento de mediação coletiva de conflitos relacionados à prestação de serviços públicos.
Art. 34: A instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública suspende a prescrição.
§1º: Considera-se instaurado o procedimento quando o órgão ou entidade pública emitir juízo de admissibilidade, retroagindo a suspensão da prescrição à data de formalização do pedido de resolução consensual do conflito. 
§2º: Em se tratando de matéria tributária, a suspensão da prescrição deverá observar o disposto na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.
Comentários à lei 13.140/2015 – ARTS. 35-40 Conflitos envolvendo a Ad. Pública:
TRANSAÇÃO POR ADESÃO (art. 35): O artigo 35 inova ao permitir, expressamente, através de transação por adesão, a solução de conflitos envolvendo a Administração Pública Federal Direta, suas Autarquias e Fundações. Todavia, para que ocorra, é necessária “autorização do Advogado-Geral da União, com base na jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal ou de tribunais superiores” e/ou “parecer do Advogado-Geral da União, aprovado pelo Presidente da República”. 
TRANSAÇÃO POR ADESÃO (comentários):
Compete à Autoridade Administrativa identificar os casos que devam ser objeto de transação por adesão, quando serão estabelecidos os requisitos e condições para que os interessados possam habilitar-se e aderir aos seus termos, em ato do Poder Executivo. A proposta será vinculante para todos os casos equivalentes, mesmo quando suficiente apenas para solução parcial de determinadas lides.
A transação por adesão tem sido muito comum em matérias tributárias, onde o próprio Fisco fomenta o acordo desde que o devedor aceite os critérios pré-estabelecidos, como se fosse um contrato de adesão. Ocorre muito com as Empresas que procuraram aderir ao REFIS (Programa de Recuperação de Créditos), estas, ficam vinculadas aos requisitos e condições estabelecidos pela ato administrativo autorizativo do programa, que no caso do art. 35, deve ser elaborado através de resolução administrativa (art. 35, § 1º). 
Ressalta-se que o interessado em aderir à transação, deverá “juntar prova de atendimento aos requisitos e às condições estabelecidos na resolução administrativa” (art. 35, § 2º).
TRANSAÇÃO POR ADESÃO (comentários):
A adesão implicará na renuncia do interessado ao direito sobre o qual se fundamenta a ação ou recurso, eventualmente pendentes, de natureza administrativa ou judicial, no que tange aos pontos compreendidos pelo objeto da resolução administrativa. Importante frisar que, o simples pedido de adesão não representará renuncia à prescrição ou suspensão/interrupção, até que haja a ACEITAÇÃO DA PROPOSTA DE ADESÃO. 
Controvérsias entre órgãos ou entidades de direito público que integram a Adm. Pública Federal:
Nos termos do artigo 37 da Lei de Mediação, a resolução extrajudicial de conflitos envolvendo entes da federação (Estados, DF, Municípios, suas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) dependerá de EXPRESSA ADESÃO ao procedimento de composição, não à solução imposta pelo Advogado-Geral da União, posto que a adesão será nos termos do art. 37 da lei em comento. Essa faculdade não se aplica quando as empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias explorarem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou prestação de serviços.
Controvérsias entre órgãos ou entidades de direito público que integram a Adm. Pública Federal:
Quando o objeto da controvérsia tratar de discussão em AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ou sobre ela haja decisão do Tribunal de Constas da União, a conciliação dependerá da anuência expressa do Juiz da causa ou do ministério Público.
DA RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBLICOS NA MEDIAÇÃO:
De acordo com o artigo 40 da lei em comento, os servidores e empregados públicos que participarem do processo de composição extrajudicial do conflito poderão ser responsabilizados civil e criminalmente, se for comprovado o crime de concussão ou de corrupção passiva, jamais em razão de atos discricionários praticados no procedimento.
DISPISIÇÕES FINAIS:
Poderá ser criado banco de dados sobre as boas práticas de mediação, através da Escola Nacional de Mediação e Conciliação, no âmbito do Ministério da Justiça;
A lei em comento também se aplicará em outras formas de resolução de conflitos, entre eles as mediações comunitárias, escolarese serventias extrajudiciais;
As mediação nas relações de trabalho será regulada por lei própria;
Os órgãos e entidades da Adm. Pública poderão criar câmaras para resolução de conflitos entre particulares, que versem por atividades por eles reguladas e regulamentadas.
IDONEIDADE DAS INSTITUIÇÕES
Não há necessidade de regulamentação específica para as instituições, entanto, deve-se evitar abusos e uso malicioso desse tipo de mercado.
As entidades especializadas em MEDIAÇÃO e ARBITRAGEM e o Estado através do Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia têm conseguido reduzir e até coibir abusos de instituições com reputação considerada duvidosa = inidôneas. 
CONIMA = Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem
O Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem – CONIMA é uma entidade que tem como objetivo principal congregar e representar as entidades de mediação e arbitragem, visando à excelência de sua atuação, assim como o desenvolvimento e credibilidade dos MESCs (Métodos Extrajudiciais de Solução de Controvérsias), sempre observando as normas técnicas e, sobretudo, a ética. Entre outras atribuições, cabe também ao CONIMA estimular a criação de novas instituições de mediação e arbitragem, orientando-as nas mais diversas áreas, sempre observando a qualidade, indispensável ao desempenho de suas atividades. O CONIMA foi fundado em 24 de novembro de 1997 – data do primeiro aniversário de vigência da Lei nº 9.307/96, a Lei de Arbitragem, durante seminário realizado no Superior Tribunal de Justiça. Na ata de fundação constam as assinaturas das vinte mais representativas entidades voltadas à mediação e arbitragem no país.

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