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CARNES VERMELHAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – PUC GOIÁS ESCOLA DE CIENCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO. 1 Técnica Dietética Avançada Profa. Esp. Gabriela Borges Profa. Ms. Pamela S. G. R. Oliveira HISTÓRICO/DEFINIÇÃO Há 100 mil anos homem – caçador ativo utilização de animais como alimento sobrevivência. Decreto nº 30.691 de 29/03/1952 revogada pelo Decreto nº 9.013 de 29/03/2017 massas musculares maturadas e demais tecidos que as acompanham, incluindo ou não massa óssea correspondente, que procede de animais abatidos sob inspeção sanitária. Carnes vermelhas bovina, suína, ovina (cordeiro, carneiro) e caprina (cabrito, bode, cabra). 2 DEFINIÇÃO Carne é o conjunto de tecidos de cor e consistência características, que recobre o esqueleto dos animais. Comercialmente, denominada carne todas as partes dos animais que servem de alimento ao homem. Os órgãos internos (miúdos ou vísceras) também podem ser classificados como carne. 3 ESTRUTURA 4 ESTRUTURA Tecido muscular composto de feixes de fibras microscópicas, de forma tubular, que se afinam nas extremidades o tamanho dos feixes musculares e a quantidade de tecido conjuntivo, determinam a textura da carne. Tecido conjuntivo forma as paredes das fibras musculares, ligando-as em feixes, envolvendo os músculos, formando tendões e ligamentos. Tecido adiposo entre as células do tecido conjuntivo, ao redor dos órgãos internos, entre os músculos e em volta, sob a pele melhora o sabor, a suculência e a maciez da carne. Ossos e cartilagem a cartilagem forra as extremidades dos ossos. 5 ESTRUTURA Culinária – proteínas miofibrilares fração proteica constituída pela actina e miosina capacidade de retenção de moléculas de água (70%) características sensoriais e comerciais (maciez e suculência). Excesso de cozimento perda de maciez e suculência calor promove o movimento das moléculas de água, estas passam para o estado de vapor, não retornando ao produto. Proteínas do tecido conjuntivo 20% do total de proteínas colágeno e elastina fração mais insolúvel e menos digerível da carne. 6 ESTRUTURA x MACIEZ A espessura das fibras, o tamanho dos feixes musculares e a quantidade de tecido conjuntivo definem a maciez dos cortes e determinam a seleção dos métodos e técnicas de cocção. Composição química varia com a raça, sexo, idade e o tipo de animal; alimentação e atividade física, que afetam os atributos relacionados à cor, ao sabor, odor, textura, à maciez e à suculência. 7 MAIOR MACIEZ: Fibras de pequeno diâmetro; Animais mais novos; Fêmeas. Fatores que interferem na maciez: Espécie; Idade; Alimentação; Atividade física. MACIEZ A maciez da carne depende da temperatura e do tempo de cocção. Cozimento rigidez (endurecimento proteico) coagulação das proteínas miofibrilares. Cozimento colágeno se transforma em gelatina, amaciando a carne 57 a 60°C. Carnes ricas em tecido conjuntivo (músculo) cocção lenta, em temperatura baixa. 8 Agentes Amaciadores Amaciamento mecânico – cortar, bater ou moer – rompe as fibras musculares. Amaciamento enzimático – as enzimas rompem a estrutura das proteínas – papaína (mamão), bromelina (abacaxi), ficina (figo). Amaciamento químico – ácidos orgânicos (vinagre, limão, laranja) – a acidez promove o rompimento parcial das fibras superficiais Marinada – salmoura ou molho condimentado para conservar, temperar ou amaciar carnes – vinha-d’alhos. Maturação a vácuo – embalada a vácuo em pedaços, mantida em câmaras frigoríficas de baixa temperatura (0°C), conservada por até 60 dias aumenta a atividade enzimática, degradando as proteínas. 9 COR Coloração vermelha – hemoglobina e mioglobina. Proteínas sarcoplasmáticas são solúveis em água 30 a 35% do total das proteínas fazem parte o pigmento muscular, a mioglobina. As carnes bem passadas apresentam um tom amarronzado (hematina) porque, com o maior tempo de aquecimento, há desnaturação mais intensa da molécula de mioglobina. 10 COR 11 Aspectos como idade, sexo, músculo e atividade física afetam a cor da carne. A cor natural e ideal da carne é um vermelho brilhante Longo período de armazenamento 12 TRANSFORMAÇÃO DE MÚSCULO EM CARNE Compreende uma série de reações bioquímicas responsáveis por alterações nas características físico-químicas do tecido muscular tratamento ante-mortem, processo de abate e técnicas de armazenamento. Rigor mortis é o início da rigidez muscular, quando o pH atinge valores de 5,9 a 5,5. Há interação permanente entre os filamentos de actina e miosina, provocando perda de elasticidade e da extensibilidade, o encurtamento do músculo e o aumento na tensão. Carne Maturada amaciamento progressivo da carne durante longos períodos de armazenamento em refrigeração 7 a 21 dias em câmara refrigerada a 0°C. 13 14 Glicogênio muscular Glicose e ácido lático Depósito por ausência de circulação RIGIDEZ Ácido lático – diminui o pH Ação de enzimas Hidrólise das proteínas MACIEZ RIGOR MORTIS Ação das enzimas no envelhecimento (ou amaciamento) das carnes 15 GLICOGÊNIO ÁCIDO LÁTICO Acumula nos tecidos e diminui o pH Decompõe as estruturas das células que contêm enzimas digestoras de proteínas Fibras parcialmente digeridas – MACIEZ Na ausência de oxigênio VALOR NUTRICIONAL Fontes de proteínas de alto valor biológico (10 a 20%); Gorduras (5 a 30%); Vitaminas B1, B2, B12 e niacina B3; Vitamina A; Minerais: ferro, cálcio, fósforo, zinco, magnésio, sódio e potássio. 16 CONSERVAÇÃO DAS CARNES Refrigeração Congelamento Secagem Cura – adição de sal Defumação 17 CONSERVAÇÃO DAS CARNES Carne de sol: carne bovina cortada, salgada e seca. Utilizada na culinária sertaneja e nordestina. Carne ligeiramente salgada e exposta ao sol, mas ainda permanece úmida. Preparações: Maria Izabel e paçoca. Carne seca: coloca sal nas peças de carne, em seguida, estendem-se os pedaços em varais ao sol até completar a desidratação. Preparações: arroz de carreteiro e feijoada. Charque: carne gordurosa, salgada, passa por um período na salmoura para desidratar e depois é levada para secar. 18 CLASSIFICAÇÃO Carne de 1ª - quarto traseiro; Carne de 2ª - quarto dianteiro; 19 20 21 Parte traseira (de 1ª) 22 Filé mignon 23 Contra filé 24 Alcatra completa 25 Miolo de alcatra 26 Maminha 27 Picanha 28 Coxão mole 29 Coxão duro 30 Lagarto 31 Patinho 32 Parte dianteira (de 2ª) 33 Acém 34 Músculo traseiro 35 Fraldinha 36 Cupim 37 38 39 40 41 USO CULINÁRIO - aquisição Características para a aquisição segura de carnes: Bovina – coloração vermelha, carne úmida, gordura creme e macia. Não pegajosa e que forme desenho uniforme. Carne lisa. Suína – coloração rosada, sendo mais escura na perna e no lombo. Gordura firme e branca. Sem presença de cistos. Os cortes maiores devem ter pele fina externa, fresca, úmida e elástica e não ter pelos. 42 USO CULINÁRIO – pré-preparo Não se recomenda que as carnes vermelhas sejam lavadas, pois substâncias extrativas de sabor e nutrientes podem ser eliminadas com água. Subdivisão – moer, picar, fatiar perde-se líquidos. O fatiamento deve ocorrer no sentido contrário às fibras musculares para que a carne apresente textura macia após a cocção, evitando a retração das fibras. 43 USO CULINÁRIO – pré-preparo Tempero: 0,5 a 1% de sal de cozinha em relação ao peso líquido da carne favorece sabor e promove maciez. Dessalga remoção em água potável do sal externo e aparente, em seguida, manutenção da carne em água potável sob refrigeração por 48 horas, com trocas de água a cada 6 ou 8 horas. 44 USO CULINÁRIO – planejamento Per capita – carne sem osso: 160g (calor seco) 120g (calor úmido) 45 Índice de rendimento: Assados – 0,6 a 0,5 Carne moída – 0,6 Carne cozida – 0,6 a 0,7 Frituras – 0,4 a 0,5 USO CULINÁRIO Bifes (Steak): 150g, 1cm a 1,5cm de espessura. As partes mais indicadas são: filé mignon, contrafilé e alcatra. 46 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Chateaubriand: corte grosso (300 a 400g), com 6cm a 7cm de espessura. Mais comum para filé mignon. USO CULINÁRIO Escalopes: fatia pequena (60g) e muito fina cortada no sentido transversal das fibras. Mais comum para filé mignon. 47 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Medalhões: corte médio (180g), com formato redondo ou oval, com 3cm de espessura, retirado do lombo do animal. USO CULINÁRIO Paillard: Escalope de vitela ou um bife bem fino de bovino, batido de modo a ficar achatado e preparado na grelha ou na frigideira. 48 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Tournedos: bife grosso (180g) com 2cm de espessura e 4cm a 7cm de diâmetro. Equivale à metade do chateauriand. É retirado do filé mignon. USO CULINÁRIO Bisteca: fatia com osso do lombo do animal. Também denominada costeleta. Pode ser encontrada em bovinos, ovinos e suínos. 49 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES T-bone steak: filé mingon e contrafilé cortados juntos, com osso. USO CULINÁRIO Iscas: cortes em tiras de aproximadamente 5cm de comprimento por 1cm de largura. 50 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Tiras: corte sem tamanho definido, podendo ser maior ou menor que o corte em iscas. USO CULINÁRIO Cubos: pode ser de diversos tamanhos dependendo da preparação (2, 3 e 4cm). 51 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Brochette ou espeto: cubos de aproximadamente 3 cm. USO CULINÁRIO Goulash: cubos de aproximadamente 4cm. 52 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Picadinho: cubos de aproximadamente 2cm. USO CULINÁRIO 53 CORTES MAIS COMUNS EM CARNES Moída: carne fragmentada em moedor. A cocção das carnes tem como objetivos torná-las mais palatáveis, macias e digeríveis, além de ser um fator de segurança já que elimina ou diminui a presença de micro- organismos. Durante a cocção, a consistência da carne varia em função do corte, do tipo de fibras musculares, do tipo de tecido conectivo, do tempo e da temperatura de cocção. Aumento da temperatura desnaturação encurtamento das fibras com a liberação de água altera a firmeza da carne. 54 USO CULINÁRIO - PREPARO EFEITOS DO CALOR SOBRE AS PROTEÍNAS Proteínas fibrosas: são insolúveis, resistentes aos ácidos e não são atingidas pelo aquecimento moderado. 55 Efeito do calor: No aquecimento, se contraem e espremem para fora a água que a elas estiver associada. Ex: bife bem passado. EFEITOS DO CALOR SOBRE AS PROTEÍNAS Desnaturação Protéica Cozimento (calor), por mistura com outros ingredientes (salga, enzimas, ácidos) ou por ação mecânica (batedura). As ligações que sustentam as proteínas são alteradas e substituídas por novas ligações – irreversível. 56 Características das carnes na cocção 57 Características das carnes na cocção 58 MÉTODOS DE COCÇÃO Calor seco assar, grelhar, refogar e fritar sabor e odor concentrados cortes mais macios e com menos tecido conectivo alcatra, fraldinha, filé mignon, contrafilé e patinho. Calor úmido fervura, cocção pelo vapor carnes com maior concentração de tecido conjuntivo paleta, acém, lagarto, peito, músculo, capa de filé. Calor misto calor seco adicionado de líquidos ensopar, guisar, brasear (peças inteiras) e estufar. Escolher o corte de acordo com a preparação. 59 USO CULINÁRIO - PREPARO MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Meios utilizados – ar e/ou óleo Método concentrante: substâncias sensoriais, nutrientes e elementos solúveis se concentram no interior do alimento. Aplicação: lenta e a baixas temperaturas. 60 CALOR SECO MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Utiliza a gordura e a água interna do alimento como meio – a transmissão de calor é por condução. Ressalta as qualidades sensoriais. Minimiza as perdas nutricionais. É um método rápido. 61 CALOR SECO – REFOGAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Alimentos em recipiente bem fechado – cocção sob temperaturas brandas. Utiliza como meio o ar e o seu próprio suco interno. Posteriormente, o recipiente deve ser aberto e a temperatura aumentada. Utilizado com carnes em geral. 62 CALOR SECO – POÊLER MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Cocção de alimentos previamente temperados com vinha d’alhos e/ou sal grosso em fornos ou espetos, sem tampa e sem adição de líquidos. Iniciar com temperaturas altas e depois reduzir a temperatura. Indicada para carnes. Mantém o alimento seco / concentra sabores 63 CALOR SECO – ASSAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Consiste na cocção através da chapa de metal quente, colocada sobre brasas ou diretamente no fogão elétrico ou a gás. Objetivo: fechar os poros do alimento e reter os sucos. Indicado para carnes, aves, peixes, crustáceos, vegetais, tortilhas, crepes, panquecas. 64 CALOR SECO – GRELHAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Consiste em submeter o alimento, dividido em pequenas porções, à cocção por um curto período de tempo. Utilizado para alimentos pré-cozidos. 65 CALOR SECO – SALTEAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO É imergir o alimento em óleo à alta temperatura. Promove cor, crocância e umidade no interior do produto. Pode ser utilizado no preparo de vários tipos de alimentos. 66 CALOR SECO – FRITAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Meio aquoso (água, sucos, leite e outras bebidas) hidratar o alimento e dissolver substâncias sabor da preparação. 67 CALOR ÚMIDO MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Consiste em submergir o alimento em meio aquoso fervente, até que esteja apto para o consumo. Temperatura = 100°C. Tempo = varia de alimento para alimento e do tamanho da porção utilizada. Indicação = hortaliças, carnes, cereais e leguminosas. 68 CALOR ÚMIDO - FERVURA MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Vantagens: Permitir cocção sem o uso de gordura. Aumentar de 2 a 3 vezes o volume de certos alimentos que contêm amido, como os cereais e as leguminosas, porque absorvem água. Tornar mais tenras carnes com quantidades elevadas de tecido conjuntivo devido à geleificação do colágeno. 69 CALOR ÚMIDO - FERVURA MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Vantagens: Reter na água de cocção parte dos componentes do sabor, aroma e nutrientes do alimento e ingredientes utilizados, que podem ser aproveitados em caldos e molhos. 70 CALOR ÚMIDO - FERVURA MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Desvantagens: Grandes perdas por dissolução quando o tempo de cocção é prolongado e se utiliza grande quantidade de água. 71 CALOR ÚMIDO - FERVURA MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Consiste em submeter o alimento ao vapor da água ou de outros líquidos, com ou sem pressão. Temperatura = 100°C / 121°C sob pressão. Tempo = proporcional ao tamanho e à textura do alimento. Indicação = sem pressão: hortaliças, peixes, ervilha, vagem / com pressão: hortaliças, cereais, leguminosas, carnes. 72 CALOR ÚMIDO - VAPOR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Vantagens: Minimizar o uso de gorduras. Rapidez no preparo. Reduzir as perdas por dissolução. Manter, integralmente, as características sensoriais. Economia de combustível. 73 CALOR ÚMIDO - VAPOR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Desvantagens: Não se pode misturar alimentos com estruturas diferentes,ou seja, com texturas distintas. 74 CALOR ÚMIDO - VAPOR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Cocção em pequena quantidade de líquido quente, porém abaixo da temperatura de ebulição, sem utilização de tampa. Temperatura = 65 a 80°C Tempo = poucos minutos Indicação = pescados e aves, salsicha, carne salgada, ovos. 75 CALOR ÚMIDO – ESCALFAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Vantagens: Não necessita de óleo para o preparo Mantém a qualidade sensorial, especialmente sabor e textura Evita grandes perdas de nutrientes 76 CALOR ÚMIDO – ESCALFAR Desvantagens: Emprego restrito a poucos tipos de alimentos MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO O calor seco e o úmido agem conjuntamente, buscando concentrar e dissolver substâncias do alimento. 77 CALOR MISTO MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Consiste em refogar o alimento, acrescentando a quantidade de líquido necessária para amaciar. Indicado para hortaliças, carnes e aves. 78 CALOR MISTO – ENSOPAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Princípio de refogar – adição de pouco líquido. Deriva um molho mais encorpado, com teor de lipídio elevado. Indicado para carnes moídas, vegetais picados, crustáceos, mariscos. 79 CALOR MISTO – GUISAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Lento. Utiliza chama ou forno. Visa dar um colorido ao alimento. Mantém o suco no interior do alimento. Indicado para grandes peças de carne 80 CALOR MISTO – BRASEAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO É refogar o alimento, acrescentando pouco ou nenhum líquido. Cocção lenta em seu próprio suco. Temperaturas baixas. Indicado para vegetais, carnes e aves. 81 CALOR MISTO – ESTUFAR MÉTODOS BÁSICOS DE COCÇÃO Aquecimento com pouca gordura em fogo alto. Indicado para vegetais folhosos, hortaliças com alto teor de água e camarão. 82 CALOR MISTO – ABAFAR COM TAMPA MÉTODOS DE COCÇÃO Fatores que influenciam na cocção: Volume total Formato e espessura Presença de osso Temperatura da carne (resfriada ou congelada) Camada gordurosa 83 USO CULINÁRIO - PREPARO PREPARAÇÕES COM CARNE Diversas formas: corte e métodos de cocção. Valorizar aspecto sensorial e elevar o nutricional – molhos, vegetais, ervas e especiarias. 84 Vitela – proveniente do novilho com menos de 6 meses de idade. Vitela de leite: abatida depois de vinte dias de nascidas, geralmente, animais machos. Vitela de confinamento: são alimentadas com forragem, depois do desmame, tem carne mais escura e menos macia. USO CULINÁRIO - PREPARO CORTES DE BOVINOS E PREPARAÇÕES 85 CORTES PREPARAÇÕES Pescoço Sopa, cozido Acém Ensopado, refogado, assado de panela, picado, bife de caldo Peito Cozido, sopa, moído, carne recheada, carne enrolada Paleta Ensopado, molho, moído, sopa, caldo, picado, cozido Fraldinha Ensopado, refogado, assado, churrasco Ponta de agulha Ensopado, sopa Filé mignon Bife alto, estrogonofe, escalope Costelas Ensopado, churrasco, cozido Contrafilé Bife na chapa, rosbife, estrogonofe, churrasco, escalope Alcatra Bife na chapa, refogado, assado, espeto, escalope 86 CORTES PREPARAÇÕES Patinho Assado, bife, moído, cubos Coxão duro Cozido, moído, ensopado, bife rolê Coxão mole Assado, bife, refogado, assado Lagarto Assado, rosbife, carpaccio Músculo Ensopado, moído, cozido Maminha Assado, bife, grelhado Picanha Assado de panela, churrasco, bife Bisteca Bife na chapa, grelhada, cozida Cupim Churrasco, bife CORTES DE BOVINOS E PREPARAÇÕES 87 CORTES PREPARAÇÕES Acém Refogado ,frito, grelhado, picado, assado Papada Torresmo Paleta Assado, guisado Lombo Assado, grelhado, medalhão, escalope Costela Frita, assada, de panela Barriga Toucinho e bacon Pernil Assado, presunto e tender Joelho Sopa, cozido Pé, rabo e orelha Feijoada CORTES DE SUÍNOS E PREPARAÇÕES VÍSCERAS ou MIÚDOS Órgãos internos dos animais. Possuem elevado valor nutritivo. Baixo custo. Fígado, língua, dobradinha (estomago, bucho, tripa), rabo, rim, coração, miolo, pulmão. 88 VÍSCERAS ou MIÚDOS 89 Miúdo Utilização e características Fígado Cocção rápida. Grelhado, refogado, patês Rim Cozido, frito e grelhado Língua Ao molho ou na feijoada (limpeza e fervura) Coração Churrasco, cocção lenta Tripa ou bucho Dobradinha Pulmão Culinária baiana: cortado, temperado com vinha d´alho por dois dias e seco ao ar livre PRODUTOS CÁRNEOS Embutidos. O sabor varia conforme as carnes, os temperos, a quantidade de gordura e o processo de fabricação. Defumados: bacon, chouriço, paio. Cozidos: mortadela, presunto, salsicha. Secos: presunto cru. Frescos: linguiça, hambúrguer. 90 ARAÚJO, W. M. C.; MONTEBELLO, N. P.; BOTELHO, R. B. A.; BORGO, L. A. Alquimia dos alimentos. Brasília: Editora Senac- DF, 2014. 557p. PHILIPPI, S. T. Nutrição e Técnica Dietética. 2. ed. rev. atual. Barueri-SP: Manole, 2006. DOMENE, S. M. A. Técnica Dietética: teoria e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. ORNELAS, L. H. Técnica Dietética: seleção e preparo de alimentos. 8. ed. rev. ampl. São Paulo: Atheneu, 2007. REFERÊNCIAS 91
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