Prévia do material em texto
Disciplina: Fisioterapia Esportiva SDE3873 Prof. Leonardo Brito Mat. 1057378 Avaliação do atleta ❖ Os protocolos são utilizados frequentemente como orientação no tratamento de disfunções específicas, mas não pode se esquecer da individualidade do indivíduo. ❖ O melhor programa de recuperação de lesão deve ser aquele individualizado ao atleta, disfunção especifica e os problemas que ele está enfretando. Avaliação do Atleta Urgências e Emergências Avaliação pré-participação (APP) Avaliação recuperação de lesão Avaliação do Atleta Pré participação / Reabilitação Entrevista / Anamnese Observação /Inspeção Palpação Testes para Amplitude de Movimento Avaliação do desempenho muscular Testes neuromusculoesqueléticos especiais Testes Funcionais Exames Complementares e Diferenciais RACIOCINIO CLÍNICO DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO Testes neuromusculoesqueléticos especiais ▪ Detectar determinada disfunção/patologia clínica ▪ Importante realizar na sintomatologia do atleta ▪ Identificar possíveis Red Flags (Bandeiras vermelhas) Devem apresentar uma boa confiabilidade : reflete a extensão em que o teste ou medida esta livre de erro - Confiabilidade inter examinador: se dois ou mais examinadores são capazes de realizar o mesmo exame - Confiabilidade intra examinador: se o mesmo examinador é capaz de realizar o mesmo exame Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes neuromusculoesqueléticos especiais com confiabilidade Testes Funcionais ▪ Identificar fatores biomecânicos que possam predispor o atleta a lesão musculoesquelética ou recidivas ▪ Possibilitar aos profissionais de saúde a oportunidade de identificar condições tratáveis que possam interferir ou prejudicar a participação do atleta. ▪ Planejar intervenções que levem a melhora do desempenho esportivo. ▪ São cruciais para a identificação de sobrecarga e de risco para lesões musculoesqueléticas RISCO DE LESÃO Diminuição ADM Assimetria anatômica Estabilidade insuficiente Reduzido controle neuromuscular Step Down Test Objetivo: avaliar a estabilidade dinâmica dos MMII e tronco. Informa comportamento da articulação do joelho em situações funcionais, da pelve e compensação do tronco. - Anterior Step Down - Lateral Step Down MMSS Move os dedos da cintura ou levanta cotovelo do peito 1 Alinhamento Tronco Inclinar tronco em alguma direção 1 Alinhamento Pelve Perde horizontalidade pélvica Joelhos TAT ultrapassa 2° dedo 1 TAT ultrapassa bordo medial 2 Equilíbrio no apoio Desequilíbrio perna 1 Drop Test (Salto Vertical) É importante observar o padrão de execução do individuo na impulsão e na aterrissagem, principalmente pela presença ou não do valgismo dinâmico dos joelhos. VALGO DINÂMICO = Síndrome Femuropatelar; lesão de LCA Lunge Test Objetivo: avaliar mobilidade do tornozelo (Validado para tendinopatia do tendão patelar e calcâneo) - Distância entre hálux e parede < 10 cm = ADM restrita - Distância TAT e o eixo vertical < 35°/38° = restrito Star Excursion Balance Test – Teste da Estrela O teste da estrela foi substituído em 2006 pelo Y – Test por apresentar a mesma validade, sendo mais prático e realizado em menor tempo. Y- Teste Excelente acurácia para lesões em MMII. Possui reprodutividade intra e inter examinadores (Boa e ótima) Avalia a estabilidade postural dinâmica ou equilíbrio; estabilidade dinâmica de joelho e tornozelo. Validado para entorse de tornozelo, lesão LCA. Síndrome femuropatelar. 1) Mensurar o comprimento do Membro inferior. Essa medida será referente as tiras no chão; 2) Atleta se posiciona em PO com o hálux na interseção das tiras; membro lado dominante com calcâneo no solo; 3) Direção anterior, Póstero-lateral e Póstero-medial; 4) 6 tentativas como treinamento; 3 tentativas para cada direção (relatar a maior) 5)Trocar pé na linha, descarga de peso, desequilíbrio do corpo. Y- Teste Y Test (Distância normatizada) (Ant. + PM + PL) ÷ (3 x MR) x 100 Anterior Póstero-lateral Póstero-medial Exemplo: Medida Real D e E: 96 cm MID: Anterior: 57cm Póstero-lateral: 89cm Póstero-medial: 85cm MIE: Anterior: 68cm Póstero-lateral: 83cm Póstero-medial: 83cm Y Test (Ant. + PM + PL) ÷ (3 x MR) x 100 MID: (57+85+89) ÷ (3x 96) x 100 231 ÷ 238 x 100 = 80% MIE: (68 + 83 + 83) ÷ (3x 96) x 100 234 ÷ 288 x 100 = 81% < 94% = Maior probabilidade de lesão Y- Teste Y Test (Pontuação composta) Ant. + PL + PM x 100 3 x MR Y Test (Assimetria absoluta) MID- MIE ANTD – ANTE PMD – PME PLD - PLE ≥ 4 cm é normal Analisar o desempenho total do teste A estabilidade dinâmica depende: - FM - Co-contração - Flexibilidade - Rigidez passiva MMII - Estabilidade lombopélvica HOP TEST • Avaliar força e potência muscular de joelho (quadríceps) e estabilidade dinâmica de joelho e tornozelo. • Validado para LCA e Entorse de tornozelo. • São testes de saltos unipodais realizado para avaliar funcionamento do joelho. Salto unipodal 3 saltos consecutivos Saltos consecutivos Saltos consecutivos +rápido 6 metros de fita Descanso 30s (Não dominante / dominante) Ponte Pélvica com extensão do joelho Posição sustentada por 10s com objetivo de identificar o padrão de movimento pélvico, considerando a fadiga muscular. Pode-se solicitar 3 repetições com cada MI para reforçar o propósito. Força: Glúteo máximo; abdominais; paravertebrais; extensores de quadril. Ponte para extensores de quadril O individuo é posicionado em DD com as mãos cruzadas no tórax, quadril e joelhos e pés apoiados. O Fisioterapeuta solicita que o paciente coloque uma das pernas sobre um caixote (altura de 60cm) e mantenha o joelho fletido em 20°. Em seguida, solicita que ele eleve a pelve, mantendo o outro pé sem tocar no solo e mantendo a flexão de quadril e joelho. Freckleton e cols reportaram que atletas de futebol sem histórico de estiramento de Ísquios tibiais fizeram em média 26 repetições. Aqueles que já lesionaram esse grupo muscular realizaram, em média 20 repetições. Vertical hop test Deve-se avaliar a distância entre a primeira marcação na parede (altura máxima atingida em pé) e a segunda marcação (altura máxima saltando) para comparação bilateral. Deve-se tirar a média de dois saltos. Closed Kinec Chain Upper Extremity Stability Test – Test CKCUEST ▪ Avalia estabilização dinâmica de mebros superiores em CCF – Potencia Muscular MMSS. ▪ Validado para Síndrome do Impacto do ombro. Toques alternados – 15 segundos. Não pode tocar a fita. Sedentário Ativo Atletas Mulher 20 27 -------- Homem 18 25 30 Teste Cápsula articular Posterior ▪ Translação anterosuperior da cabeça umeral diminuindo espaço subacromial. ▪ Impacto subacromial / lesão anterosuperior do lábio superior Medida: Epicôndilo medial até a maca. Avaliação: Discinese / Discinesia Escapular Ritmo Escapulo-torácica. ▪ É definida como uma alteração da posição escapular, tanto dinâmica quanto estática, resultante de desequilíbrios da musculatura peri-escapular secundários a fadiga, trauma ou lesão neurológica. Teste de Kibler, 2010 - Rotação para cima / para baixo - Rotação medial e lateral - Tilt anterior e posterior Classificação Tipo: I, II e III Sistema de Avaliação FMS® Functional Movement Screen ESCORE 3 O individuo exibe uma habilidade inquestionável na execução de movimento, obedecendo todos os critérios. ESCORE 2 O individuo consegue desempenhar o padrão de movimento, mas tem algum grau de compensação ESCORE 1 Incapaz de realizar ou completar a execução do padrão de movimento. ESCORE 0 Dor ao movimento • São utilizados 7 testes funcionais, que podem totalizar 21 pontos. • Acima de 14 pontos,o individuo é funcional • Abaixo de 14 pontos, o individuo não é funcional 1) Deep Squat (Agachamento profundo) ▪ Demonstra mobilidade das extremidades coordenada com o centro de força (CORE). ▪ Pés alinhados com ombro, bastão sobre a cabeça, cotovelos estendidos. Desce lentamente em um agachamento o mais profundo, mantendo o calcanhar no solo. A cabeça e tronco de estar voltados para frente; joelhos alinhados com os pés, sem exercer o valgo. 2) Hurdle Step (Passo sobre a barriga) ▪ É a parte integrante dos movimentos de locomoção e aceleração. ▪ Desafia a mecânica da passada da perna que está se movendo, enquanto analisa a estabilidade e controle da perna de apoio. ▪ Pés unidos, tocando a base da barreira. Torna a medida da barreira a tuberosidade da tíbia do individuo. Deve-se de dar o passo sobre a barreira e tocar o calcanhar no solo enquanto mantém a postura, depois retorna a posição inicial com o bastão atrás da cabeça. 3) Incline Lunge (Avanço em linha) ▪ Movimento de desaceleração e mudança de direção produzido em atividades esportivas. ▪ O individuo posiciona as pernas de maneira que a ponta de trás encontra-se separada do calcanhar da perna da frente por uma distância igual ao comprimento da tíbia. O bastão é posicionado ao longo das costas, com três pontos de contato (cabeça, coluna torácica e sacro). A mão oposta da perna a frente segura o bastão a altura da cervical e a outra na região lombar. ▪ O individuo desce o joelho da perna que esta atrás com a finalidade de encostar no solo e no calcanhar a frente e retornar a posicionamento anterior. 4) Schoulder Mobility (Mobilidade do ombro) ▪ O teste fornece informação sobre a ADM do ombro (extensão, rotação interna e adução; Flexão, rotação externa e abdução ombro) ▪ Individuo em bipedestação, com os pés unidos e punhos cerrados ao redor do polegar. Posiciona um dos punhos atrás do pescoço (coluna cervical) e o outro na coluna lombar. 5) Active Straight LEG ( Elevação perna reta) ▪ O teste fornece informação sobre mobilidade flexão quadril, Estabilidade CORE e flexibilidade de ísquios tibiais. ▪ Individuo em DD com os membros superiores ao longo do corpo, palmas voltadas para cima, toalha enrolada ou rolo sob o joelho, pés neutros, tornozelo neutro, EIAS alinhadas com o joelho) 6) Lunk Stability push up (flexão de braço com estabilidade tronco) ▪ O teste fornece informação sobre estabilidade de ombro e CORE ▪ Individuo na posição de flexão de braço, eleva o tronco sem fazer movimento do tronco e quadril. 7) Rotary Stability (Rotação em estabilidade) ▪ O teste fornece informação sobre estabilidade pelve com ombro. Os testes funcionais são ferramentas úteis no dia a dia da fisioterapia esportiva. Por meio de avaliação qualitativa, esses testes podem direcionar a evolução do tratamento fisioterapêuticos, principalmente nas fases mais avançadas em que é estimulado o controle motor. A avaliação quantitativa dá parâmetros objetivos sobre a evolução funcional, podendo ser utilizada como critérios de alta para o retorno ao esporte. São baixos custos e de fácil execução, não sendo necessário instrumentos para a sua realização. Caso clínico Um jogador de futebol, de 17 anos de idade, refere-se dores em tendão patelar, há 2 meses (EVA4/10), após um período intenso de treinamentos físicos e táticos. Ele continua praticando a atividade física em alto nível. O atleta completa a avaliação dizendo que não utiliza medicação e que realiza crioterapia após jogo. O atleta foi questionado quanto ao uso de materiais, troca de chuteiras ou campo de treinamentos. A chuteira foi trocada a alguns meses. O atleta não tem lesões prévias e não realizou exame de imagem. Como avaliar o caso?