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Parte Amanda e Fernanda

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A sociedade como um todo, passou a delimitar e priorizar bens materiais e perdeu seus valores humanos essenciais ao longo do tempo. Tornou-se algo cultural, tributário e antigo no nosso sistema patriarcal, onde a mulher ocupa lugares anteriores na sociedade. A desigualdade de gênero que vivenciamos, está longe de ser algo natural, foi simplesmente imposta pelas estruturas de poder e tradições antigas. A superioridade e o processo possessivo de muitos homens causam de certa forma controle e intimidação. 
As relações abusivas são caracterizadas na maioria das vezes por ciúme excessivo, incapacidade/frieza emocional, jogos relacionados a controle e um processo contínuo de violência. Em sua maior parte, pessoas que vivem um relacionamento abusivo, não tem o conhecimento que está passando por um. O relacionamento abusivo, não é definido apenas por agressões físicas. Ele é moldado e marcado pelo uso grosseiro e ilegítimo, incorreto da força. Seja ela verbal, moral, psicológica e/ou física. 
A vítima muitas das vezes não consegue se ver livre desta situação, o abusador costuma repetir um “ciclo vicioso” onde tem como a primeira etapa a Tensão, nesta fase o abusador está bem tenso e irritado com coisas mínimas. Ele humilha a vítima, menospreza, faz ameaças e por muitas vezes destrói objetos. Com isso, a vítima se sente paralisada, faz de tudo para não provocar e tenta acalmar o companheiro. 
Na segunda fase, tem a Explosão que é quando o abusador chega ao limite e acontece a violência psicológica, verbal e até física. Nesta fase a vítima procura o distanciamento do parceiro, tenta se impor e procurar ajuda. Na terceira fase o companheiro se mostra arrependido, faz diversas promessas e usa da fragilidade da mulher para a ter de volta. E muitas mulheres acabam cedendo por amor, dependência financeira, filhos, julgamentos da sociedade e/ou religião.
	O ciclo de um relacionamento abusivo se mantém através das violências: emocional, física e do perdão. As mulheres não são cumplices do que estão passando, existe uma relação de poder. Na maioria dos casos, a libertação se torna difícil e dura, por consequências comuns, geradas e afetadas pelo lado psicológico de muitas. 
Ela sabia que tinha algo errado. Sabia que era abusivo. Mas sua autoestima e autoconfiança tinham sido anuladas de tal maneira, que faltavam forças para que ela se libertasse disso. Até que houve um término. (FALCHETTO; OLIVETTO, 2017, p. 16)
	Mulheres que são vítimas desse tipo de relacionamento, não conseguem de certa forma, procurar ajuda, pois enxergam que o relacionamento que estão vivendo, está correto. Quando procuram ajuda, atrás de solução e até mesmo libertações sofrem algum tipo de preconceito da sociedade. Tendo ou não um relacionamento conjugal ou matrimonial. 
	A abordagem psicológica visa acolher e dar suporte para essas mulheres, tentado reinseri-las a uma vida afetiva saudável e segura. A abordagem para os homem é fundamental para que possamos rever papeis culturais. Onde tem uma ligação de masculinidade com agressão e submissão feminina. 
Em homenagem a uma mulher que foi vítima de um relacionamento abusivo e violência doméstica, foi implantado a “Lei Maria da Penha” (Lei n. 11.340)
A lei cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. (Lei n. 11.340, p.1).