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ANATOMIA OCULAR I e II
OLHO
Ele é formado pelo globo ocular e seus diversos componentes. Basicamente se restringe a uma lente positiva (convergente) de alto poder refrativo é formado pela córnea, com +44,00 diop. e o cristalino com +14,00 diop. num total de +58,00 diop.. 
Seu comprimento, no sentido ântero posterior, é de 24 mm e diâmetro de 25mm. Entenda-se que estes dados são básicos e naturalmente variações existem.
formado por três camadas: 
I. Externa – Protetora; composta pela esclera e pela córnea; 
II. Média – Vascular; composta pela coróide, corpo ciliar e íris; 
III. Interna – Nervosa, composta pela retina.
	O aparelho visual é composto por um conjunto sensorial constituído pelo olho, via óptica e centros visuais, e um conjunto não sensorial representado pelos vasos e nervos. 
	A órbita, pálpebras, conjuntiva e o aparelho lacrimal são responsáveis pela proteção do olho, enquanto que os músculos oculomotores asseguram sua mobilidade. 
APARELHO LACRIMAL
O aparelho lacrimal é composto por: 
	
	a) Glândula Lacrimal:
 		A glândula lacrimal secreta um líquido conhecido como 	lágrima, e através de seus ductos excretores irriga a superfície do 	olho. 
	Aproximadamente, 12 ductos saem de cada glândula para a superfície da conjuntiva na parte superior das pálpebras, onde eles depositam o líquido lacrimal. 
	A glândula lacrimal é drenada por estes ductos, todos atravessando a parte palpebral da glândula e se abrindo no fórnice superior da conjuntiva.
b) Glândulas Acessórias:
	 As glândulas acessórias estão divididas pelos três tipos de secreção que formam parte do filme lacrimal.
	1. Glândulas que secretam a camada lipídica:
		Glândulas de Meibonio
		Glândulas de Zeiss 
		Glândulas de Moll 
2. Glândulas que secretam a camada aquosa: 
	Glândulas na prega e carúncula. 
3. Glândulas que secretam mucina: 
	Glândulas ou células Calciformes, Criptas de Henle e 
	Glândulas de Manz.
c) Canalículos lacrimais, Saco lacrimal e Ductos nasais lacrimais:
	 Os canalículos lacrimais, o saco lacrimal e os ductos nasais lacrimais fazem o escoamento do líquido para a cavidade nasal. 
FILME LACRIMAL:
O líquido secretado pelas glândulas lacrimais lava o bulbo ocular e é removido pela ação pestanejante das pálpebras. 
 A contração da parte lacrimal do músculo orbicular do olho, com as pálpebras cerradas durante o pestanejar, dilatam o saco lacrimal, drenando o líquido das bordas das pálpebras ao longo dos canais lacrimais, indo para o saco lacrimal
 Quando as pálpebras se abrem e a parte lacrimal está relaxada, o saco lacrimal contrai, forçando o líquido para o ducto lacrimal. 
 A força gravitacional, por sua vez, move o líquido para baixo, nos ductos nasal lacrimais, para o meato inferior do nariz. 
Sua composição química é de 98,2 % de água e 1,8% de matéria sólida. A matéria sólida constitui-se predominantemente de proteínas, mucopolissacarídeo e lipídios. 
Faz parte importante da adaptação de lente de contato e, de acordo com a saúde deste líquido, teremos ou não uma boa adaptação da mesma através de seu pH.
CÓRNEA
A córnea é um dos primeiros meios transparentes do globo ocular. 
A córnea e a esclera formam uma superfície esférica que compõe a parede externa do globo ocular. 
Embora as duas sejam muito similares, a estrutura corneana é unicamente modificada para transmitir e refratar a luz. 
A córnea é extremamente sensível ao toque devido a fibras nervosas originadas da divisão oftálmica do nervo trigêmeo. 
As funções principais da córnea são: 
proteção contra invasão de micro-organismos, transmissão e refração da luz.
A córnea é uma estrutura avascular e transparente, de aparência lisa, esférica e brilhante, que necessita de energia para manter sua transparência e hidratação. 
O metabolismo corneano depende de uma boa oferta de glicose e principalmente de oxigênio (cerca de 5 a 6 microlitros cm2/h ) . A córnea é nutrida pelo humor aquoso, pelo filme lacrimal e por difusão de vasos presentes no limbo.
LIMBO:
	A união entre a córnea e esclera chama-se “limbo”. É uma zona de transição que circunda a córnea. Circundando essa região limbar, há uma fina rede de asteríolas que nutre a periferia da córnea.
Permeabilidade da Córnea:
 A córnea funciona como uma membrana plasmática semipermeável, sem canais ou poros que a atravessem totalmente. O mecanismo de difusão no metabolismo da córnea pode ser lipídico e aquoso, ou seja, para atravessar facilmente a córnea; a substância necessita ser simultaneamente, hidro e lipossolúvel, como o colírio.
Tem um tecido avascular e sua topografia externa é semelhante a uma lente convexa de curvatura aproximada de 43,00 a 45,00 D ou 7,8 a 8,2 mm de raio, em condições normais. 
CAMADAS DA CÓRNEA: 
Epitélio:
	 Pavimentoso Funciona como barreira de entrada de microorganismo. 
2. Membrana de Browman:
	 É uma delicada camada tecidual, parece homogênea. 
3. Estroma:
	 	É o principal responsável pela “embebição” de água. É nessa camada 	que 	se faz a cirurgia corretiva LASIK (iniciais de Laser-Assisted in Situ 	Keratomileusis). 
4. Membrana de Descemet:
	 É uma camada resistente, delgada e transparente, é altamente elástica. 
5. Endotélio:
	 	Impede a excessiva infiltração do líquido humos aquoso nas 	membranas 	anteriores, e protege especialmente o estroma. Se houver 	cortes na córnea até a camada endotelial, ela sofrerá um edema grave e o estado 	de deturgência estará comprometido. Na cicatrização haverá leucoma. O estroma 	perderá sua transparência, ainda que biologicamente possa apresentar-se perfeito.
HUMOR AQUOSO
CAMARA DO HUMOR AQUOSO:
 Estende-se esta câmara a córnea e o cristalino dividido pela íris em câmara anterior e posterior. 
O canal Schlemm é condutor fundamental de importância para drenagem do humor aquoso. Localiza-se no ângulo irido-córneo e circunda a córnea por trás, em sua porção periférica. 
O humor aquoso passa através da trabécula escleral para o canal de Schlemm e atinge, pelos canais coletores, o complexo venoso intra-escleral, deste e transportado até as veias episclerais, onde vai misturar-se ao sangue venoso. 
FORMAÇÃO DO HUMOR AQUOSO: 
	• O humor aquoso é produzido pelo corpo ciliar por ultrafiltração e por secreção ativa. 
	• O aquoso circula da câmara posterior para a câmara anterior pela pupila, deixando o olho pela malha trabecular; esta é um tecido especializado, localizado no ângulo da câmara anterior, entre a íris e a córnea, semelhante a uma peneira.
	• É responsável pela manutenção da pressão intra-ocular, transporta glicose e aminoácidos, e intervém nas trocas de gases respiratórios. Contém ainda alta concentração de ácido ascórbico (componente do açúcar).
	• A partir da malha trabecular, o aquoso é coletado pelo canal de Schlemm, o qual circunda o olho no limbo corneoescleral, drenando-se, então, para as veias episclerais. A produção e a drenagem do aquoso são balanceadas para manter uma pressão intra-ocular adequada, ou seja, a PIO normal é determinada pelo equilíbrio entre a produção e a remoção do aquoso.
O humor aquoso forma-se a uma taxa de 2μl / min, o volume líquido da câmara anterior sendo completamente trocado ao longo de um período de cerca de 10 min. 
PIO – Pressão Intra-Ocular
Na população adulta a pressão ocular média é de aproximadamente 16 mm Hg. O limite usualmente considerado superior da PIO normal é 21 mm Hg. 
 Os fatores que regulam a PIO são os que alteram a taxa de produção ou a resistência á saída do aquoso.
A PIO média dos homens e das mulheres aumenta com a idade. As pressões médias das mulheres são constantemente mais altas do que as dos homens. 
A PIO máxima geralmente ocorre em torno de meio dia e as pressões mais baixas são encontradas durante o sono.
Fatores que causam aumento da PIO: 
	• Formação aumentada de aquoso: Carga hídrica aumentada; fluxo sanguíneo aumentado no corpo ciliar; pós-operatório. 
	• Resistência aumentada aos canais convencionais de fluxo de saída: Bloqueios na malha trabecular.
Fatores que diminuem a PIO: 
	• Formação diminuídade aquoso: Desidratação; fluxo sanguíneo diminuído no corpo ciliar; doenças destrutivas do corpo ciliar e drogas. 
	• Resistência diminuída ao fluxo convencional de saída: Drogas; cirurgias na malha trabecular; Derrame ciliar e descolamento da retina.
IRIS
A íris é o diafragma delicado e ajustável que rodeia a pupila, seu orifício central, que exerce um considerável controle sobre a quantidade de luz que entra no olha. 
A pupila pode variar em diâmetro desde um mínimo de 1 até 8 mm e ainda mais sob a influência de drogas. 
Contração e dilatação da pupila são termos por si mesmos explicativos, para os quais miose e midríase são também usados clinicamente.
• A dilatação da pupila é causada por contrações de fibras musculares lisas radiais inervadas pelo sistema nervoso simpático. 
• A contração pupilar ocorre quando um anel de fibras musculares lisas em torno da pupila se contrai. Esse anel é inervado pelo sistema nervoso parassimpático.
CRISTALINO
• É um corpo transparente com formato de uma lente biconvexa assimétrica no segmento anterior do olho e suspenso pela interseção de fibras zonulares provenientes do corpo ciliar. Em sua face anterior, confina o humor aquoso; em sua face posterior, confina o humor vítreo.
• Seu poder dióptrico é muito menor que o da córnea. 
• Todos os meios ópticos do olho têm um índice de refração não muito afastado daquele da água (1,33), mas a superfície da córnea está em contato com o ar e a maioria das 58 dioptrias de que o olho é capaz é efetiva aqui.
• A superioridade da lente está na sua potencialidade de variação de seus índices de refração de 1,386 em sua periferia para 1,406 no seu centro. A lente contribui aproximadamente com cerca de 15 dioptrias para o total poder dióptrico do olho. A amplitude do poder dióptrico da lente não ultrapassa isso, mesmo ao nascimento; a maioria das crianças mostra menor erro de refração.
ANATOMIA 
- Biconvexo, atrás da pupila, entre o h.aquoso adiante a o corpo ciliar atrás . 
EIXO 
• desvio principal – lado convexo para trás 
• desvio secundário – parte superior para diante 
EQUILÍBRIO 
Pela zónula Zinn, implantada na região equatorial e parte posterior região ciliar. 
ANATOMIA DESCRITIVA 
FACE ANTERIOR
convexa, lisa, corresponde ao orifício pupilar 
FACE POSTERIOR
a hialóideia anterior está aplicada por uma aderência forte e circular à face posterior do cristalino : o ligamento Wieger ( que é muito forte nos jovens ) 
CIRCUNFERÊNCIA 
– relação com as fibras da zónula Zinn. 
CÁPSULA DO CRISTALINO
• É considerado um meio transparente do globo ocular em sua forma elástica e homogênea, a cristalóide. Suas faces anteriores e posteriores aumentam em espessura e resistência na periferia. As fibras que se originariam no corpo ciliar se inserem no cristalino, construindo a lamela zônular.
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA 
CÁPSULA 
– a cápsula anterior é muito resistente . Espessamento máximo no equador 
EPITÉLIO ANTERIOR
formado duma única camada de células, com disposição pavimentosa. 
FIBRAS CRISTALINO
- SÃO HEXAGONAIS. São mais espessas no centro. 
FISIOLOGIA 
• Na acomodação, a potência do cristalino aumenta de 19 a 30D.Pelos 40 anos, há uma perda do poder de acomodação, devido à perda elasticidade . 
CRESCIMENTO CELULAR - faz-se por aposição sucessiva de camadas, as primeiras encontram-se no núcleo, enquanto o córtex tem as mais jovens . 
AUMENTO VOLUME CRISTALINO - implica uma diminuição da profundidade da câmara anterior e redução do espaço vítreo . 
AVASCULAR - o cristalino é um tecido exclusivamente epitelial. 
HUMOR VÍTRIO
• O corpo vítreo é 99% composto de água, mas, vitalmente, também contém fibras de colágeno e de ácido hialurônico, que promovem coesão e uma consistência gelatinosa. É aderido à retina em certos pontos, particularmente no nervo óptico e na ora serrata.
• Nenhum vaso sanguíneo penetra no corpo vítreo; assim, sua nutrição deve ser levada pelos vasos da retina e dos processos ciliares, situados sobre sua superfície exterior (a sua volta). O vítreo ajuda no amortecimento do globo ocular e tem um menor papel como fonte de metabólitos.
CANAL HIALÓIDEO:
O canal hialoideo é um canal transparente que vai do cristalino ao nervo óptico, tem como função variar seu volume de forma inversa a variação de volume do cristalino (ver “6. Cristalino”, de modo a deixar o volume do olho constante.
RETINA
A retina é uma membrana muito fina, flexível e delicada que reveste a superfície interna da parte posterior do globo ocular. Nela existem receptores fotossensíveis que convertem a imagem luminosa advinda do exterior em impulsos elétricos que, através do nervo óptico, são enviados para área do cérebro em que se processa a visão.
Perto do centro da parte posterior da retina há uma área oval amarelada, denominada mácula; ela mostra uma depressão central, a fóvea, onde a resolução visual é a mais alta. 
Ela é muito fina, variando de 0,56mm próximo ao disco do nervo óptico, até 0,1mm anteriormente ao equador do bulbo ocular, continuando com esta espessura até a ora serrata.
Sua superfície externa está em contato com a coróide e a interna com a membrana hialóide do vítreo. Posteriormente, continua-se com o nervo óptico; diminui gradativamente em espessura do disco óptico ao corpo ciliar e apresenta uma margem serrilhada, chamada Ora Serrata.
A retina é mole, translúcida e cor púrpura, em estado fresco e não descorada, em razão da presença de material corante chamado rodopsina, ou púrpura visual. 
CAMADAS DA RETINA
1. Epitélio pigmentado da retina;
2. Camada de Cones e Bastonetes: 
É nesta camada que estão localizadas a Mácula e a Fóvea, na região do centro óptico da retina, onde a visão é mais discriminativa quanto à forma e à cor, embora menos adaptada para funcionar em baixa luminosidade. Aproximadamente no centro da mácula está à fóvea, uma profunda depressão cônica na retina, onde quase todos os elementos, exceto os cones, estão ausentes. O tamanho extremamente pequeno da fóvea explica a exatidão com que o eixo visual deve ser dirigido para conseguir a visão mais discriminativa. O número total de bastonetes é de aproximadamente 110 milhões e o de cones de 6,3 milhões.
3. Membrana Limitante Externa; 
4. Membrana Nuclear Externa;
5. Membrana Plexiforme Externa: 
É nesta membrana que acontece as sinapses entre neurônios e células fotorreceptoras (axônios – dendritos). 
6. Membrana Nuclear Interna; 
7. Camada Plexiforme Interna; 
8. Camada de Células Ganglionares;
9. Camada de Fibras Nervosas: 
É formada pela junção de todos os axônios das células ganglionares da retina no disco óptico formando uma lâmina de fibras nervosas. 
10. Camada Limitante Interna. 
Área Macular 
Todas as camadas da retina são modificadas em maior ou menor grau nesta região central da retina e acentuadamente na fóvea.
CORÓIDE
É uma delgada membrana constituída quase exclusivamente por vasos sanguíneos, e que se destina à importante finalidade prover de líquidos nutritivos as células receptoras da retina, cuja vascularização própria é insuficiente para fazer face às atividades metabólicas das suas camadas mais externas.
CORPO CILIAR
É uma extensão da coróide. 
É constituído de duas camadas principais: uma interna, vascular, que representa o prolongamento da coróide e da retina, outra externa, muscular, representada pelo “músculo ciliar” sem equivalente no segmento posterior do olho. Esse músculo é constituído por fibras lisas (involuntário), e sua ação se faz variar o poder de refração do olho.
PATOLOGIAS OCULARES
CATARATA
É qualquer opacação congênita do cristalino ou de sua cápsula, ou seja, a lente torna-se gradualmente opaca seguida de cegueira.
CAUSAS: 
Herança genética;
 Diabetes; 
Lesões no olho;
 Medicamentos;
 Exposição prolongada aos raios solares sem proteção;
 Cirurgia ocular prévia. Ainda assim, a causa mais comum é a idade. 
CLASSIFICAÇÃO: 
Dividida de acordo com o tipo de opacidade, podendo ser: 
nuclear, 
cortiçal,
 subcapsular anterior e posterior.SINTOMAS: 
Os pacientes com catarata, comumente, queixam-se de perda progressiva de visão, ofuscamento diante de uma fonte de luz (glare) e alteração da visão de cores. 
O portador de catarata tem dificuldade para enxergar com nitidez. No início da lesão, a pessoa vê como se estivesse com a lente dos óculos embaçada ou com uma névoa diante dos olhos. Com a evolução do quadro, porém, passa a enxergar apenas vultos.
TRATAMENTO: 
Nas fases iniciais, a baixa de visão causada pela catarata pode ser melhorada com óculos, principalmente nas cataratas nucleares. A cirurgia é a única forma de tratamento para a catarata, mas só é indicada quando a baixa visão interfere nas atividades diárias do paciente. 
PREVENÇÃO: 
Não existe um método específico para prevenção da catarata, mas estudos sugerem que proteção contra radiação UV e uma dieta balanceada, suplementada com elementos antioxidantes (vitaminas C e E), talvez possam ser úteis para evitar ou, pelo menos, postergar o aparecimento da catarata.
GLAUCOMA
É uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
TIPOS: 
O glaucoma crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto, que representa mais ou menos 80% dos casos, incide nas pessoas acima de 40 anos e pode ser assintomático. Ele é causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular. 
A principal característica do glaucoma de ângulo fechado é o aumento súbito de pressão intraocular. 
O glaucoma congênito (forma mais rara) acomete os recém-nascidos e o glaucoma secundário que é decorrente de enfermidades como diabetes, uveítes, cataratas, etc.
SINTOMAS: 
É uma doença assintomática no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Sem tratamento, o paciente fica cego.
TRATAMENTO: 
Inicialmente, o tratamento é clínico e à base de colírios. Existem drogas por via oral que só são usadas em casos emergenciais. Alguns tipos de glaucoma estão associados a distúrbios que requerem tratamento específico. Cessada a causa, a pressão intra-ocular regride e o problema visual desaparece. • Prevenção: Consulte com regularidade o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos. O diagnóstico precoce do glaucoma é fundamental para o controle da doença.
PREVENÇÃO: 
Consulte com regularidade o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos. O diagnóstico precoce do glaucoma é fundamental para o controle da doença.
CONJUNTIVITES
A conjuntiva é a membrana mucosa que recobre a parte branca do olho. Quando essa membrana fica inflamada, ela é chamada de conjuntivite. 
TIPOS:
 Alérgica; Bacteriana; Clamidiana e Gonocócita (DST); Giganto-papilar (Usuários de lentes de contato; Tóxica; Viral; Pterígio. 
SINTOMAS:
 Depende do tipo, mas os sintomas gerais são (Exceto para Pterígio): Vermelhidão conjuntival, coceira, sensação de areia nos olhos, ardor e lacrimejamento. No Pterígio, além de alguns desses sintomas, aparece uma “carnosidade”. 
TRATAMENTO: 
O tratamento na maioria dos casos consiste na utilização de compressas frias, colírios, vasoconstritores, esteróides e outros medicamentos. Para a conjuntivite bacteriana, a utilização de antibióticos é obrigatória.
 PREVENÇÃO: 
Lavar as mãos várias vezes ao dia com sabonete e, de preferência, usar papel toalha para enxugá-las; Evitar tocar os olhos. Retirar cuidadosamente a secreção dos olhos usando material descartável como gaze ou algodão. Pode ser utilizada água burricada para limpeza ocular; Não utilizar pintura nos olhos.
SÍNDROME DO OLHO SECO
A "Síndrome do Olho Seco" é mais comum nas mulheres, devido as variações hormonais (menopausa, lactantes, fase menstrual) e no uso de contraceptivos orais. Atinge 75% dos idosos com idade média de 65 anos, podendo ser conseqüência de doenças como artrite reumatóide, diabetes, disfunções da tireóide, asma, glaucoma, catarata e lupos.
SINTOMAS: 
Prurido, ardor e sensação de areia nos olhos. 
TRATAMENTO:
 O tratamento inicial é feito com lágrimas artificiais (colírios e pomadas). Nos casos mais graves, pode-se recorrer à oclusão do ponto de drenagem das lágrimas, permitindo que estas permaneçam em contato com o globo ocular por mais tempo.
PTERÍGIO
O pterígio se caracteriza pelo crescimento do tecido conjuntival na periferia da córnea, conhecido como "carnosidade". É causado, em parte, pela luz do sol, poeira ou vento. 
Pode provocar queimação, ardor e vermelhidão, que piora se a pessoa ficar exposta ao sol. 
Em muitos casos, a cirurgia é indicada para removê-lo, antes que alcance a pupila, ameaçando cobrir o eixo visual. É importante que se discuta previamente os benefícios da cirurgia. Apesar da grande evolução no tratamento cirúrgico, o índice de recidiva (a volta do pterígio) costuma ser elevado.
CERATITES
Associa-se freqüentemente a situações em que ocorrem alterações nos mecanismos de defesa corneana.
TIPOS: 
Bacteriana e viral (Herpes). 
SINTOMAS:
 Dor, lacrimejamento, fotofobia, diminuição de visão, secreção purulenta e epidêmica conjuntivais. 
TRATAMENTO: 
Compressas frias ajudam na redução da inflamação, seguido de tratamento à base de antibióticos e esteróides tópicos.
CITOMEGALOVÍRUS
É um vírus que na maior parte dos casos provoca doença nos olhos (retina) ou no intestino das pessoas com HIV. É a doença que mais provoca cegueira em pessoas com AIDS. 
SINTOMAS: 
Visão embaçada, mudanças incomuns no campo de visão ou vêem pequenos pontos volantes chamados flutuantes. Você pode ter a impressão de que um véu foi colocado diante de seus olhos. 
TRATAMENTO: 
Não há medicamentos que possam evitar as doenças por CMV.
DEGENERAÇÃO MACULAR
Parte de um processo normal de envelhecimento. Sua freqüência é maior acima do 65 anos de idade. Mais raramente, a degeneração macular pode aparecer de forma hereditária, como em casos de degeneração macular juvenil. Traumatismos, infeções, inflamações e altos graus de miopia, também, podem danificar a mácula.
SINTOMAS: 
Enfraquecimento da nitidez das cores, presenças de uma área escura ou vazia no centro da visão, as letras ficam borradas, linhas retas aparecem tortas, especialmente no centro da visão.
TRATAMENTO: 
Orientação do paciente, prescrição de lentes especiais e administração de compostos vitamínicos e substâncias antioxidantes.
DESLOCAMENTO DE RETINA
Pode ocorrer em qualquer idade, afetando mais frequentemente adultos e pessoas mais velhas. Esta doença geralmente atinge pessoas míopes, com histórico familiar, traumas e diabetes. 
SINTOMAS: 
Flashes de luz repentinos, mancha negra no campo da visão, perda parcial da visão e perda total da visão. 
TRATAMENTO: 
Quando não houver descolamento completo, o tratamento inclui aplicação de laser (fotocoagulação) ou criopexia (congelamento). Entretanto, quando o descolamento é total, é necessária uma cirurgia para tentar recolocar a retina no seu local de origem.
DESCOLAMENTO DE VITREO
As alterações no vítreo são mais comumente causadas pela idade, porém, também podem ser conseqüência de inflamação ocular, olhos míopes, trauma e outras causas.
SINTOMAS: 
Aparecimento de manchas, pequenos círculos, teias de aranha, finos cordões ou filamentos na frente da visão. Surgem então as chamadas "moscas volantes" ou "floaters". 
TRATAMENTO: 
No caso de não existirem problemas mais sérios com a retina (ruptura de retina ou descolamento da mesma), o paciente pode sentir-se tranqüilo, devendo aprender então, a conviver e ignorar as "moscas volantes".
RETINITE PIGMENTOSA
É uma alteração retiniana degenerativa, que apresenta um acentuado caráter hereditário. Esta patologia provoca o comprometimento do epitélio pigmentário da retina e que leva à baixa de visão acentuada e progressiva. 
SINTOMAS: 
Diminuição davisão em locais com pouca claridade, perda da noção de direção, de dimensão e profundidade, diminuição do campo visual e perda da visão. 
TRATAMENTO: 
Não há, até o momento, nenhum tratamento muito eficaz para se evitar a progressão da doença.
RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia diabética é uma complicação da diabetes, causada pela deterioração dos vasos sanguíneos que irrigam os olhos.
SINTOMAS: 
Além de embaçamento, podem aparecer manchas escuras que atrapalham a visão. Pode provocar hemorragia. A hemorragia dentro do olho e o descolamento da retina causam grave perda da visão e até mesmo cegueira total. 
TRATAMENTO: 
É feito através de aplicações de laser na retina, com o objetivo de fortalecer os vasos, controlando ou evitando a ocorrência de vazamento de líquidos e sangue na retina. Quando já houve uma hemorragia significativa dentro do olho ou descolamento da retina, é necessária a realização de uma cirurgia que consiste na retirada da hemorragia intra-ocular e correção do descolamento da retina.
TOXOPLASMOSE
É uma doença provocado por um parasita que se aloja em tecidos do sistema nervoso. Dependendo da região em que se aloja na retina pode provocar a perda da visão. A cicatriz deixada pelo protozoário na retina é irreparável.
CICLO:
GRAVIDEZ:
Uma mãe pode passar toxoplasmose para o seu filho durante a gravidez. Quando uma grávida faz o exame de pré natal e vem com IgM e IgG negativos para toxoplasmose signfica que ela nunca teve contato com toxoplasmose antes. Se ela pegar toxoplasmose durante a gravidez (nesse caso o IgM passa a ser positivo) ela tem grande risco de passar a toxoplasmose para o seu filho (toxoplasmose congênita). Mas se o exame de sangue mostrar IgM negativo e apenas o IgG positivo, significa que ela já teve contato antes com o germe da toxoplasmose. Nesse caso, ela não corre risco de transmitir a doença para o filho.
Resumindo, o risco de transmissão existe quando a gestante se contamina com a toxoplasmose pela 1a vez na vida durante a gravidez.
SINTOMAS:
O sintoma mais importante da toxoplasmose é a diminuição da visão. Ela pode ser muito ou pouco importante dependendo do tamanho e da localização da lesão (vide explicação acima). Além disso, pode ocorrer vermelhidão ocular, visão de pontos pretos flutuando na frente dos olhos, dor ocular e fotofobia.
TRATAMENTO:
O tratamento da toxoplasmose no olho é feito com colírios anti-inflamatórios a base de corticóide e colírios chamados cicloplégicos (dilatam a pupila) para amenizar a dor. Mas o mais importante desse tratamento é o uso de antibióticos por via oral (comprimidos).
O tratamento clássico é feito com 3 medicamentos associados: Sulfametoxazol, pirimetamina e ácido folínico.
O ácido folínico é usado para evitar um dos efeitos colaterais da Pirimetamina, que é a supressão da atividade da medula óssea (pode causar dimuição das células do sangue). O ácido folínico as vezes é difícil de achar em farmácias comuns e pode ser preciso mandar fazer em farmácias de manipulação. Atenção: ácido fólico não é a mesma coisa de ácido folínico. Tem que tomar cuidado para não confundir na hora de comprar.
Uma opção mais simples e também muito eficaz é usar Bactrin F (Sulfametoxazol + trimetoprima juntos). Em alguns casos mais graves também é necessário utilizar corticoesteróides por via oral (comprimidos), como a Prednisona (meticorten).
Para pessoas que tem alergia à sulfa, as opções disponíveis são Clindamicina e também a Azitromicina.
BLEFARITE
É uma inflamação nas pálpebras. A inflamação ocorre nas glândulas que secretam gorduras localizadas na pálpebra superior e inferior. Pode ocorrer em homens e mulheres, jovens ou adultos. A condição pode ser crônica ou recorrente.
SINTOMAS: 
Fotofobia, prurido, olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção ocular, crostas nas pálpebras podendo, também, ocorrer úlcera palpebral. 
TRATAMENTO: 
Limpeza diária do local com água morna e shampoo neutro. Em certos casos é necessário o uso de colírio ou pomada de corticóide leve.
CALÁZIO E HORDÉOLO
É uma inflamação granulomatosa das glândulas da parte interna da pálpebra.
SINTOMAS: 
Na maioria dos casos a única queixa é de uma protuberância na pálpebra, mas em outros casos pode haver inchaço generalizado da pálpebra com um ponto doloroso definido.
 
TRATAMENTO: 
O tratamento do calázio é feito por um dos métodos citados abaixo, ou por uma combinação destes.
 
Compressas mornas
 
Pomadas antibióticas
 
Excisão cirúrgica: um calázio que não respondeu a outros tratamentos pode ser removido cirurgicamente uma vez que a inflamação inicial já tenha diminuído.
DACRIOCISTITE
É uma obstrução ou fibrose completa do duto naso lacrimal no nariz. 
A dacriocistite é a infeção do saco lacrimal causada pela ação de vírus (dacriocistite vírica) ou bactérias (dacriocistite bacteriana), ocorrendo na maioria dos casos quando o canal lacrimal fica obstruído, impedindo a normal drenagem das lágrimas.
Como a drenagem é dificultada ocorre uma acumulação de lágrimas no saco lacrimal e nas vias lacrimais, facilitando a ação dos agentes patogénicos (vírus, bactérias).
A dacriocistite pode ocorrer apenas num dos olhos (dacriocistite unilateral) ou nos dois (dacriocistite bilateral), sendo que a infeção nos dois olhos é menos frequente. A infeção pode ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos, sendo mais frequente na terceira idade.
A dacriocistite aguda é a infeção no saco lacrimal que ocorre de forma súbita. 
A dacriocistite crónica é a infeção no saco lacrimal que tem uma duração de semanas ou meses, podendo afetar apenas um olho ou então os dois olhos (dacriocistite crónica bilateral).
Dacriocistite - bebé, criança
A dacriocistite pode ocorrer na criança, desde os primeiros meses de vida, podendo manifestar-se logo à nascença (idade neonatal).
Em alguns casos o bebé recém-nascido apresenta obstrução no canal lacrimal que pode provocar a infeção na via lacrimal. A imperfeita drenagem das lagrimas está, muitas vezes, relacionada com um estreitamento congénito ou obstrução do canal nasolacrimal.
SINTOMAS: 
Lacrimejamento persistente e produção de descarga ocular. 
Na dacriocistite o saco lacrimal encontra-se infecionado surgindo alguns sintomas como a dor intensa na comissura interna da fenda palpebral, epífora (produção excessiva de lágrimas ou olhos lacrimejantes) e tumefação.
Na dacriocistite crónica, os sintomas são mais discretos, nomeadamente, uma constante secreção purulenta (pús), lacrimejamento e pouca ou nenhuma dor.
TRATAMENTO: 
Em bebês, boa higiene da pálpebra e massagem do saco lacrimal com um cotonete. Em adultos com bloqueio adquirido, indica-se cirurgia.
TRATAMENTO: 
Se a infeção for provocada por um vírus o tratamento deve ser efetuado com anti-inflamatórios. 
Se a infeção for provocada por bactérias o seu tratamento deve ser efetuado através da prescrição de antibióticos.
Em casa, como tratamento caseiro ou natural pode o médico oftalmologista aconselhar o uso de compressas quentes aplicadas sobre a tumefação e massagem no saco lacrimal, de modo a estimular a drenagem das lágrimas.
Na dacriocistite aguda, o tratamento passa pela prescrição médica de anti-inflamatórios e / ou antibióticos orais e analgésicos.
Nas crianças em idade neonatal o problema é ultrapassado normalmente aos 9 /12 meses de idade. Pode ser efetuada massagem sobre o saco lacrimal, que deve começar com a limpeza ou lavagem da cavidade conjuntival. Devemos efetuar pressão sobre o saco com o dedo e fazer desliza-lo na direção ascendente (de baixo para cima), de modo a expulsar do saco lacrimal as secreções purulentas e /ou mucosas. A seguir, o sistema lacrimo-nasal deve ser massajado no sentido descendente (de cima para baixo), forçando o fluído que resta a fazer pressão sobre a membrana que provoca a obstrução. Este procedimento deve ser repetido três ou quatro vezes seguidas e deve ser realizada várias vezes ao longo do dia.
SISTEMA OCULOMOTOR