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Artrite reativa

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REUMATO – ARTRITE REATIVA LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – GT 2 – P 6 
 
REUMATO – ARTRITE REATIVA 
INTRODUÇÃO 
 Definida como uma artrite secundária 
à infecção onde não se consegue 
cultivar o microorganismo causal no 
líquido sinovial; 
 É uma espondiloartrite 
predominantemente periférica; 
 Representa < 2% das espondiloartrites; 
 Acomete ambos os sexos, com maior 
incidência dos 20 a 40 anos; 
 Antigamente chamada de síndrome de 
Reiter: uretrite, conjuntivite e artrite. 
ETIOPATOGENIA 
 
Incomuns: clamydophila pneumoniae, HIV, 
clostridium difficile. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Sintomas gerais: fadiga, mal-estar, 
hiporexia; 
 Sintomas articulares: 
 Periférico (+ comum): 
monoartrite ou aligoartrite 
assimétrica, geralmente de 
MMII; entesite (aquileu > 
plantar > joelhos); dactilite. 
 Axial: sacroiliíte (HLA B27+; 
assimétrica) e espondilite 
(lombar > dorsal > cervical; 
doença mais grave). 
 
 
 Sintomas extra-articulares: 
 Urogenital: uretrite, cervicite, 
cistite, prostatite, disúria, 
salpingite; 
 Olho: conjuntivite, ceratite, 
episclerite, uveíte anterior; 
 Cutâneo-mucoso: úlcera oral, 
unhas espessadas, eritema 
nodoso, 
ceratodermablenorrágico, 
balanite circinada; 
 Cardíaco: insuficiência valvar, 
bloqueio, pericardite. 
 Curso clínico: 
 Artrite reativa aguda: duração 
de 6 a 12 meses. Até 35% dos 
pacientes. 
 Artrite crônica: 
 Doença recorrente de 
forma intermitente. 
Pode acompanhar: 
entesite ou outra 
manifestação. Até 35% 
dos pacientes 
acometidos; 
 Artrite persistente, 
mas com períodos de 
piora e de alguma 
melhora. Até 25% dos 
pacientes; 
 Inflamação ativa e 
persistente por anos 
evoluindo com 
destruição articular e 
alterações difusas na 
coluna vertebral. Até 
5% dos pacientes. 
DIAGNÓSTICO 
 Laboratorial: 
 ↑ PCR e VHS (> 60mm) nas 
fases iniciais, leucocitose, 
anemia, líquido sinovial 
inflamatório; 
 HLAB27 + em 70 a 95% dos 
casos; 
 
REUMATO – ARTRITE REATIVA LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – GT 2 – P 6 
 
REUMATO – ARTRITE REATIVA 
 Confirmação do agente 
infeccioso: Coprocultura nas 
fases iniciais, Elisa, cultura 
endouretral ou endocervical, 
PCR na urina (Chlamydia); 
 Sorologias não são úteis. 
 Imagem: 
 Periférica: simples; 
 RM: sacroileíte, sinais de 
espondilite. 
Mono/Oligoartrite assimétrica 
predominante em MMII associada à 
evidência de infecção prévia ou atual por 
meio de história e/ou exame físico e/ou 
exame laboratorial, excluindo-se outras 
causas. 
FATORES DE MAU PROGNÓSTICO 
 Falta de adesão ao tto; 
 HLAB27 +; 
 Sexo masculino; 
 Presença de manifestações viscerais; 
 Identidade do agente causador: pior 
após infecção urogenital (clamydia). 
TRATAMENTO 
 Balanite: higiene e creme de 
corticoide; 
 Ceratodermia: ceratolíticos e 
pomada de corticoide; 
 Uveíte: tratamento semelhante da 
EA; 
 Artrite aguda: 
 AINH: avaliar resposta em 
2 semanas; 
 Corticoide: IA ou oral (não 
resposta a AINHs ou GC 
IA). 
 Infecção: antibiótico; 
 DMARDS (MTX, SSA, AZA): não 
resposta a AINH/GC na artrite 
aguda; artrite crônica; 
 Anti-TNF: falha aos DMARDS 
sintéticos.

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