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ACROMEGALIA - VILAR ➔ Acromegalia: doença sistêmica crônica decorrente da produção excessiva de GH e IGF1, clinicamente caracterizada por feições grosseiras e crescimento de extremidades. ➔ Subdiagnosticada, sendo que 80% dos somatotropinomas hipofisários são macroadenomas ao diagnóstico. ➔ Na quase totalidade dos casos causado por um adenoma hipofisário produtor de GH ➔ Tumor raro. Incidência semelhante entre os sexos.Aproximadamente 10 caso por 1 milhão de pessoas ➔ Mais comum entre 30 e 50 anos. ➔ Associado a uma taxa de mortalidade duas vezes superior a da população geral , a qual pode ser revertida com GH normal ➔ Gigantismo: crescimento linear excessivo, enquanto epífises de crescimento se encontram abertas. Menos de 5% dos somatotropinomas. Considerado altura acima de 3DP da média para idade ou acima de 2 DP da altura ajustada pela altura dos pais. 20% associado a síndrome de McCune Albright (Tríade: displasia fibrosa poliostótica, manchas café com leite e endocrinopatias hiperfuncionantes); Fisiopatologia ★ Durante a organogenese adenohipofisaria, as células pluripotenciales originan diversos subtipos celulares ★ Fatores de transcrição envolvidos = PROP-1 , POU1F1 (também denominados PIT-1) ➔ GHRH atua na hipófise em receptor acoplado a proteína G estimulatória (ativa AMPC>>> eleva a adenilato ciclase>> aumenta o influxo de cálcio intracelular induz e mantém a função trófica dos somatotrofos além de estimular a transcrição do gene do GH e sua secreção). ★ Outro secretagogo de GH >>> Grelina - A grelina atua na secreção de GH em sinergismo com GHRH,atua principalmente no hipotálamo e o sinaliza pelo receptor do secretagogo de grelina tipo Ia (GHS_Ria ) para induzir secreção de GH em sinergismo com GHRH . ★ Somatostatina atua 5 receptores, na hipófise destaca-se o SSTR2 e SSTR5. ★ Gh é liberado por pulsos esporádico (cerca de 10 em 24hs, principalmente a noite, atinge valores > 30ug/L) e mínima secreção basal (< 0,2ug/L). ○ Secreção basal influenciada por idade, sexo, nutrientes, neurotransmissores, exercício e estresse. ○ Aumenta GH: desnutrição e jejum prolongado. Puberdade, gravidez ○ Reduz GH: envelhecimento e obesidade, Dm mal controlado, hipotireoidismo, doença hepática , uso de estrogeno ○ Atua no crescimento linear, metabolismo de carboidratos (aumenta resistência a insulina), lipídios e minerais. Leva a resistência insulínica, com aumento da produção hepática de glicose e menor oxidação e captação da glicose pelos tecidos periféricos . Como consequência ocorre hiperinsulinismo secundário, intolerância à glicose e DM. ○ GH atua nos receptores TRANSMEMBRANA presente em fígado, músculos e cartilagens através da dimerização do receptor liberando GHBP1 para a circulação (se liga ao GH sérico, prolongando meia vida e transportando) e induzindo sinalização intracelular via JAK2 , que é fosforilada a ligação a esse complexo das proteínas transdutoras de sinal e ativadores de transcrição(STAT) . As proteínas STAT são então fosforiladas e translocadas para o núcleo o que inicia a transcrição das proteínas alvo do GH , ★ A sinalização intracelular do GH é suprimida por -> Supressores da sinalização de citocinas (SOCS) ● GH estimula a geração do IGF 1 é produzido no fígado (80%), osso, músculo, rim e hipófise. Faz feedback negativo na hipófise.e hipotálamo. e tem efeito inibitório sobre a proliferação celular e indução de apoptose. Transportado pelo IGFBP3. ● IGF-1 age em receptores transmembrana , do tipo tirosina quinase, aos quais se ligam com grande afinidade[ ● Níveis de IGF-1 são mais elevados na adolescência e declinam ao longo da vida adulta. Etiologia ★ Aproximadamente 98% dos pacientes com acromegalia tem um adenoma hipofisário secretor de GH (somatotropinoma) que pode ser um adenoma com células puras de GH ou misto com células de GH e prolactina (PRL) ★ 80% desses adenomas são macroadenomas >10mm ★ Muito raramente , pode resultar de hipersecreção de GHRH, hipotalâmica ou ectópica ( 2% dos casos) ou familiar. Excesso de GH ➔ Causas Hipofisárias ◆ Somatotropinomas (adenomas hipofisários produtores de GH) esporádicos ● Somatotropinomas tem origem monoclonal: mutação ativadora da subunidade alfa da proteína G estimulatória do receptor de GHRH> ativação constitutiva do AMPc. encontrada em aproximadamente 40% dos acromegálicos. ● Outros genes: pRb, p27, KIP1, PTTG, ● Gene da AIP (gene supressor tumoral 11q13.) em pacientes jovens, adenomas de comportamento agressivos ◆ Síndrome de Gigantismo ligado ao X : ● com gigantismo na primeira infância; macroadenomas invasivos, com grande capacidade de produção hormonal. pode manifestar se em contexto esporádico ou familiar. Presença de micro duplicação no cromossomo Xq26.3, onde se encontra o gene GRP101 que ativa a proteína G e a produção de GH; ◆ Tumores de GH com grânulos adensamento distribuídos - surgem de modo insidiosos, crescimento lento e manifestam durante ou após a meia idade ◆ Tumores de GH com grânulos esparsamente distribuídos = crescimento rápido. aparecem em indivíduos mais jovens e doença mais grave ◆ Tumores mistos de GH e PRL ◆ Tumores podem ser pluri -hormonais (<5%)- apresentam variados aspectos clínicos desde acromegalia, até hiperprolactinemia, hipercortisolismo e raramente hipertireodismo. ◆ Carcinomas somatotróficos - extremamente raros - o DX é dado devido às metástase a distância. ◆ Somatotropinoma silenciosos - sem clínica, a despeito de suas células se mostraram positivas para GH a IMH. OS níveis de GH e PRL normais ou modestamente elevados em 50% dos casos ◆ Acromegalia familiar ◆ Pode se apresentar na forma de adenomas hipofisários isolados ou como um dos componentes de NEM -1, do complexo de Carney ou da Síndrome De McCune- Albright ● MEN-1: adenomas de paratireóide, tumores de ilhotas pancreáticas e adenomas hipofisários(encontrado em 45% dos casos, com somatotropinomas respondendo por cerca de 10¨%) . Necessário 2 de 3 componentes. ● Complexo Carney: autossômica dominante, caracteriza-se mixomas, manchas cutâneas pigmentadas e tumores adrenais, testiculares e hipofisários (dos quais 21% são somatotropinomas) - Mais de 50% mutação inativadora do gene da subunidade regulatória da proteína quinase A1 (PRKAR1A) - levando a hiperplasia focal das células somatotróficas ● Síndrome de McCune-Albright ocorre mutação somática ativadora no gene GNAS1 que codifica a subunidade alfa da proteína de ligação GTP . -Distúrbio autossômico dominante caracterizado clinicamente pela tríade - displasia fibrosa poliostótica , pigmentação cutânea , e hiperfunção hormonal como como acro, puberdade precoce periférica , tireotoxicose , ou cushing. ● Adenomas hipofisários familiares isolados (FIPA) : o termo é empregado quando existem mais de 2 casos de acromegalia ou gigantismo na família sem outras síndromes. gene envolvido ainda é desconhecido , em 20% foram identificados mutação no gene da AIP - Predominam em mulheres jovens, 74,6 % ocorrem em parentes de 1º e 2 graus - Tendem a ser maiores , mais invasivos e menos responsivos ao tto medicamentoso - evidências recentes sugerem ser os somatotropinomas os tumores mais comuns em casos de FIPA com mutações no AIP ➔ Causas Extra-Hipofisárias ◆ Adenomas hipofisários ectópicos - podem surgir de remanescentes hipofisário no seio esfenoidal, no osso temporal petrose, na cavidade nasofaringeana ou na região suprasselar ◆ Tumores periféricos secretores de GH - GH imunorreativo foi identificado em tecidos normais do fígado, pulmão, cólon , estômago e cérebro. bem como adenocarcinoma de pulmão, câncer de mama e tecidos ovarianos , sem evidência clínica de acro ◆ Iatrogenia - . Administração exógena de GH Excesso de GHRH ➔ Causas Hipotalâmicas ○ Produção excessivade GHRH por patologias hipotalâmicas (hamartomas. coristomas, gliomas e sobretudo gânglio sintomas ; < 2% dos casos ➔ Causas extra- hipotalâmicas - ○ secreção de GHRH por tumores ectópicos ● Carcinóides brônquicos e tumores neuroendocrino pancreaticos ● Feocromocitoma, carcinoides do trato digestivo, carcinoide timico. Manifestações Clínicas ➢ Distúrbio insidioso e com progressão gradual ➢ Compressão do tumor em estruturas adjacentes - cefaleia, distúrbios visuais ou hipopituitarismo ➢ Secreção excessiva do GH - aumento das extremidades, crescimento das maos e pes, alargamento do nariz, aumento dos lábios, crescimento exagerado da mandíbula com prognatismo, proeminência frontal , separação de dente mal oclusão dentária, macroglossia . alterações cutâneas. artralgia, artrite, síndrome do túnel do carpo, hiperidrose, pele oleosa, espessamento da pele, acrocórdons , Apneia obstrutiva do sono, síndrome de Raynaud ➢ Complicações cardiovasculares. respiratórias, endócrinas , metabólicas e esqueléticas e neoplásicas resultante do excesso de gh ➢ Apoplexia hipofisária pode ser a primeira manifestação - cefaleia súbita e intensa, acompanha ou não de perda de consciência, paralisia de pares cranianos, ou perda da visão Complicações: ● Causa das mortes dos acromegálicos: 60% doenças vasculares, 25% respiratórias e 15% neoplásicas. ● Cardiovasculares: ○ Miocardiopatia: cardiomegalia e ICC grave ○ Hipertrofia do VE anormalidade mais frequente descrita acontecendo em 25-100% dos casos ○ Anormalidades no ECG , arritmias, defeitos de condução - Podem ser causa de morte súbita ○ Ectasia de raiz aórtica foi descrito em 26% dos pacientes ○ HAS ○ AVC ● Respiratórias: ○ Complicações respiratórios respondem por 25% das mortes ○ Prognatismo, lábios grossos , macroglossia , hipertrofia das estruturas nasais podem obstruir as vias respiratórias ○ Calcificação traqueal , estenose laríngea, pneumomegalia ● Apneia do sono é observada em 70% dos acromegálicos (predomínio em homens) ● Endócrinas : ○ Hiperprolactinemia : 1/3 dos pacientes podem ter , geralmente os níveis de prolactina situam-se menor que 100 - efeito de haste ou cosecreção ○ Hipopituitarismo pode acontecer devido a compressão do tumor ou da haste ○ Amenorreia ou disfunção erétil ○ Dislipidemia : diminuição de HDL, aumento de TG , elevação de Lpa e achados de partículas de LDL pequenas e densas ○ Hipercalcemia e hipercalciúria ○ Intolerância a glicose e DM ○ aumento de bócio , multinodular ● Neoplásicas: ● Risco aumentado de câncer , principalmente câncer de cólon. Aumento de 2-3 vezes em estudos. ● Foi demonstrado que mais de três acrocórdons em pacientes acromegálicos com mais de 50 anos podem representar um marcador periférico da existência de pólipos colônicos adenomatosos. Recomendação atual é que todos os pacientes com doença ativa sejam submetidos a uma colonoscopia ao diagnóstico com repetição periódica a cada 3-5 anos do procedimento dependendo da existência ou nao de fatores de risco individuais. ● Aumento do risco de ca de tireóide também Prognóstico ● Redução de 5 a 10 anos na expectativa de vida. Dm e doença cardíaca associados a prognóstico mais desfavorável. ● Reversão do risco com obtenção de níveis de GH < 2,5 ug/L (radioimunoensaio policlonal) ou < 1ug/L (imunoensaios mais sensíveis) e normalização do IGF 1. Diagnóstico ❖ GH basal: 80 a 90% > 10 ug/L, ocasionalmente >100. Mas secreção pulsátil, torna amostra ao acaso de pouco valor diagnóstico. Pacientes com Acromegalia ativa podem ter GH dentro da normalidade. ( micromegalia - idosos e pacientes com microadenoma) ❖ IGF1: sem flutuação circadiana ou pulsátil, mais consistente para caracterização de atividade de doença. ● IGF-1 elevado - gestação- hormônio lactogênio placentário simula o igf liga no receptor e aumenta o igf 1 , hipertireoidismo (aumenta sensibilidade hepática) , puberdade , uso de andrógenos não aromatizáveis, esteróides anabolizantes, corticoide e hipercortisolismo (por resistência ao IGF 1) ❖ GH> 5-10 e IGF 1 >2x valor de referência já dá diagnóstico ❖ Padrão ouro: TOTG Usado quando as dosagens de GH e IGF-1 basais não descartam o diagnóstico de Acromegalia. ★ TOTG (75g glicose anidra> dosagem GH e glicemia a cada 30min por 2h). Na acromegalia GH pode aumentar, permanecer inalterado ou diminuir discretamente. Normal: supressão para < 1ug/L ou mesmo para < 0,4ug/L. , desde que haja hiperglicemia documentada Falsos positivos: DM descompensado, doença renal ou hepática cornica, hipertireoidismo, anorexia, uso de opióides, desnutrição e adolescência. Falsos negativos: idosos, microadenoma. ➔ Pacientes com DM não devem ser submetidos ao TOTG dando preferência ao GH e IGF-1 basais ◆ GH ao acaso < 0,4 ug/L + IGF 1 normal para idade => excluiu diagnóstico de acromegalia ◆ GH integrado médio das 24hs (dosagem a cada 20min) < 2,5ug/L => exclui o diagnóstico ◆ Dosagem de GHRH: indicado se GH/IGF1 elevados, mas RNM sem tumor ou hiperplasia detectado em hipotálamo-hipófise. Níveis elevados sugerem tumor ectópico, pois GHRH hipotalâmico não entra na circulação sistemica=> solicitar TC ou RNM tórax (+ comum) e abdome. ◆ IGFBP3 elevado na acromegalia porem nao fornece pouca informação e não é recomendado dosagem ◆ Teste estimulatório com TRH ou GnRH não apresenta vantagem adicional e pode induzir apoplexia. Após diagnóstico bioquímico >> realizar RM de hipófise ❖ SE RMN NORMAL OU HIPERPLASIA > tc de tórax e abdome - se nao localizar pode fazer cintilografia com OctreoScan ➢ Adenoma hipofisário > dosar prolactina ➢ Exclui NEM 1 - dosar Cálcio e PTH ❖ Macro em pacientes com < 30 anos tem chance grandes de mutação em AIP ❖ Macroadenoma > fazer campo visual para ver se comprime quiasma ➢ Rx crânio: alterações da sela túrcica (aumento de volume, imagem de duplo assoalho, erosão das clinóides), alargamento de seios da face e protrusão da mandíbula. ➢ Rx mãos: aumento de partes moles, tufos em forma de cabeça de seta nas falanges distais, alterações císticas nos ossos do carpo, alargamento das bases das falanges. ➢ Rx pés: índice calcâneo aumentado (normal < 22mm) ➢ ➢ Diagnóstico diferencial com >>> Paquidermoperiostose (osteoartropatia hipertrófica primária ● Macro com baixa de chance de cura que não tenha comprometimento visual , ou CI a cirurgia ● Cura IGF 1 Normal e Gh <0,4 Gh 1,5x do valor vc pode tentar a Cabergolina ,dose de 1,5-3,5 mg mid Vo por semana Análogos de somatostatina - risco de litiase - Us abdome - e monitoramento da glicose Facilita a formação de calculo por inibiar a colecistoquinina Cabergolina doses elevadas acompanhar valvopatia , risco de aumento de impulsividade Se com uso de Análogos de somatostatina nao melhorar podemos adicionar o Pegvisiomanto ou ate tirar o analogo e deixar so pegvisiomanto ou outra opção eh passar o Pasireotide . Pasireotide controls o tumor - desvagsgem DM E CUSTO Pegvisiomanto ( pode começar com 10mg ) nao controla o tumor la em cima - ficar de olho no tumor pq ele nao controla o tumor e função hepática Em uso de droga GH < tem q ficar menor que 1 Tratamento ★ Objetivos: normalização dos níveis de GH e IGF1 , controle do tamanho e efeito de massa, reduzir sinais e sintomas, prevenir e melhorar comorbidades associadas, e evitar mortalidade precoce. ○ Tres modalidades terapêuticas disponíveis : cirurgia, tratamento medicamentoso e radioterapia . ❖ Cirurgia ➢ Tratamento de escolha. Único tratamento que apresenta cura imediata ➢ Abordagem transesfenoidal por médicos experientes ➢ Outra via: transfrontal (< 5% casos). ➢ Eficácia ■ Microadenoma: 75% remissão ■ Macroadenoma varia 10 a 74% (média de 50%) de remissão ■ Lesões > 2cm, invasão de estruturas vizinhas e GH >50 ug/L parecem se associar a menorsucesso cirúrgico ■ Cuidados perioperatórios > corrigir deficiências hormonais - Se insf. adrenal - dose de estresse de corticoide na indução anestésica ➢ Complicação ■ Mortalidade pós operatórias é baixa < 1% - via transesfenoidal ■ rinoliquorreia, meningite, sinusite, hematoma, paralisia de n.n. cranianos, DI transitório (30%) ou permanente (raro), SIADH , hipopituitarismo e recidiva tumoral. ■ Se paciente com baixa chance de cura, risco cirúrgico alto, recusa do paciente - Avaliar tto medicamentoso Avaliação da Resposta ➔ 1 mês após a cirurgia deve se fazer uma nova dosagem de Igf-1 e GH após 75 gramas de glicose anidra ◆ Se GH < 1 pós TOTG e IGF-1 normal para a faixa etária o paciente é considerado curado. ➔ Caso os níveis de IGF-1 permanecem elevados deve-se fazer uma nova avaliação após 3 meses , já que a normalização do IGf-1 demora esse tempo para normalizar ➔ Os pacientes curados devem ser reavaliados com 3 e 6 meses e depois anualmente ja que pode haver recorrência em até 10-15 anos, apesar de ser bastante raro (0,4%) ➔ A RM de sela deve ser realizada 3 meses após cirurgia. Medicamentoso ❖ Três classes disponíveis - Análogos da Somatostatina, Agonistas dopaminérgicos e Antagonistas do receptor de GH ➢ Análogos de somatostatina (SA) ■ ATUAM ATRAVÉS DA LIGAÇÃO NOS RECEPTORES DE SOMATOSTATINA ( SSTR ) SENDO OS SUBTIPOS 5,2,3 E 1 EXPRESSOS NOS SOMATOTROPINOMAS ( em ordem descrente quanto a freqüência de expressão) ■ Os receptores SSTR1,2,3,5 são encontrados na hipófise normal e tumor. O SSTR2 e SSTR5 são os mais prevalentes no adenomas secretores de GH. Octreotide atua nos dois e essa estimulação leva a supressão da secreção hipofisária de GH e inibição da proliferação dos somatotrofos. ■ Mecanismo de resistência tumoral: não expressão dos receptores ou receptores mutantes. ○ Tipos e doses: Análogos da Somatostatina de Primeira geração: 1) Octreotide -LAR ○ Octreotide LAR (Sandostatin LAR) 10mg, 20mg e 30mg, ○ DOSE : 10-30mg IM profunda em região glútea a cada 4 semanas ○ Dose inicial de 20mg IM de 30/30 dias ○ primeira reavaliação após 3 aplicações da medicação,imediatamente antes da quarta aplicação ○ CONTROLE APENAS COM GH E IGF-1 , NÃO SENDO RECOMENDADO TOTG ○ Se não controlar com 20mg aumentar para 30mng ○ Pode também ser aplicado a cada 6 a 8 semanas; 40mg alguns pacientes. 2) Lanreotide -autogel (Somatuline Autogel) ○ 60,90,120mg - apresentação ○ Dose de 90 E 120 MG a cada 4 semanas SC Profundo em região glútea # se ligam com maior afinidade ao SSTR2 subtipo de receptor expresso em todos os somatotropinomas , sendo o mais expresso em 45% dos casos ■ Metanálise mostrou normalização IGF 1 em 67% e diminuição de GH < 2,5ug/L em 57% pacientes. ■ Não há diferença de eficácia entre as duas apresentações entre OCT-LAR e LAN ATG ■ Controle do volume tumoral - é observado na maioria dos pacientes, sendo que a diminuição do volume tumoral maior que 20% é observada em 66% dos pacientes com OCT-LAR (redução média de 51% e 63% com LAN-ATG (media 27%( ○ Durante o tratamento ■ avaliar eixo GH/IGF 1 a cada 3 meses, no dia da aplicação e antes dela. ■ se GH basal < 1ng/ml e IGF 1 normal para idade: manter dose ■ se aumentados, aumentar para dose acima a cada 4 semanas. ■ se IGF 1 abaixo da normalidade, reduzir a dose ou aumentar o intervalo para cada 6 a 8 semanas. ■ Duração do tratamento ■ Indefinidamente ou até que os efeitos terapêuticos plenos da radioterapia sejam obtidos. Estudos mostram que algum subgrupo de pacientes bem responsivos poderia se beneficiar da suspensão. ■ Efeitos colaterais ■ Gastrintestinais, anormalidades no trato biliar, anormalidades da glicose, dor local, queda de cabelo e hipotireoidismo,Bradicardia sinusal ■ Colelitiase assintomática = deve realizar US abdome antes de iniciar o tratamento que deve ser repetida em caso de clínica de doença biliar -Facilita a formação de cálculo por inibir a colecistoquinina ■ Acompanhar Gj e hba1c. Análogos da Somatostatina de segunda geração ■ Pasireotide potencial de ligação a todos os receptores com exceção do SSTR4 ligando se ao SSTR1,SSTR3 SSTR5 com maior afinidade que octreotida e liga se ao SSTR2 com menor afinidade ■ Pasireotide 40 mg IM a cada 4 semanas (200 a 600ug/dia SC). Mais eficaz que octretide-LAR em normalizar IGF1 e GH<2,5ug/L. ■ Causa mais hiperglicemia , ralizar monitoramento da glicose ■ Controle do tratamento após a terceira aplicação Agonistas dopaminérgicos ○ Cabergolina ○ Dose mínima 1,5 mg/semana ○ Dose máxima 3,5 mg\semana ○ afinidade ao receptor D2 da dopamina ○ usado como terapia adjuvante em pacientes não curados pela cirurgia no PO que mantêm níveis séricos de GH e IGF1 pouco elevados em até 2x vezes o limite superior ○ Pode ser associado ao Análogo de somatostatina de primeira geração ○ Gh 1,5x do valor vc pode tentar a Cabergolina ,dose de 1,5-3,5 mg mid Vo por semana ● Pode ser considerada como terapia inicial em casos selecionados ■ Doença leve a moderada (IGF1 até 2X LSN ■ Pacientes com os raros adenomas que cursem com PRL aumentada ■ Redução do tamanho tumoral (<20%) foi vista em 34% em monoterapia adjuvante e se correlacionou com a presença da hiperprolactinemia e com níveis mais elevados de IGF 1 ● Efeitos colaterais ○ Risco de regurgitação valvar ○ realizar ECO basal e anual para pacientes com dose > 2mg/semana Antagonista do receptor de GH ● Pegvisomanto ● Dose inicial - 10mg\dia SC ● Medir IGF-1 após 4-6 semanas e ajustar ○ Molécula análoga do GH que se liga ao seu receptor porém impede a sua dimerização com consequente bloqueio da via de sinalização pós receptor e da síntese de IGF 1 ○ Não tem ação sobre o tamanho do tumor - reservado para os casos de falência do tto cirúrgico e do tto com Análogos da Somatostatina ○ Pode ser usado em combinação com AS com eficácia superior a 95% ○ Cuidado com hepatotoxicidade com a terapia combinada = 15% dos pacientes porém leve. 2% dos casos com a monoterapia Radioterapia ○ Última opção: pacientes não curados pela cirurgia; não alcançaram o controle bioquímico ou tumoral com o uso de fármacos; se farmacoterapia não disponível ou não possa ser empregada. ○ Radioterapia estereotáxica deve ser a preferida, a não ser que apenas a convencional esteja disponível. ○ Permite o controle do volume tumoral em mais de 95% dos casos ■ Complicações ■ Alto risco de hipopituitarismo, distúrbios visuais (cegueira), isquemia ou necrose cerebral, atrofia cerebral, gliose hipotalâmica, disfunção neurocognitiva e carcinogênese cerebral secundária (2% em 20 anos), fator de risco independente para mortalidade cerebrovascular.
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