Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 3 BALANCED SCORECARD Prof. Joel Pereira Munhoz Junior 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, será possível visualizarmos mais de perto a perspectiva de aprendizagem e crescimento, que é um dos aspectos elencados por Norton e Kaplan. Inicialmente, veremos o contexto geral em que se desenvolve essa perspectiva para, após, visualizarmos o alinhamento de suas diretrizes. Na sequência, a veremos em relação a seus capitais intangíveis, a seu alinhamento, à gestão estratégica de pessoas, e por fim, quanto a seus indicadores. CONTEXTUALIZANDO O processo de aprendizagem e crescimento está muito presente em todas as empresas, pois a gestão de pessoal está ganhando cada vez mais espaço em um mercado no qual a mão de obra especializada é escassa. Diante desse cenário, as empresas têm adotado uma gestão mais participativa, que procura despertar em cada funcionário o seu melhor. Essa nova versão do Recursos Humanos tem a gestão do Capital Intangível (Pessoas) e indicadores que demonstram a evolução da organização nesse campo das pessoas. TEMA 1 – CONTEXTO GERAL DA PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO DO BSC A perspectiva de aprendizagem e crescimento estende a visão estratégica para o investimento visando ao futuro da organização, afinal, para se alcançar bons resultados financeiros no longo prazo, é necessário investir em infraestrutura (pessoal, sistema e procedimentos organizacionais), não em detrimento de outras áreas, como pesquisa e desenvolvimento e equipamentos, mas sim em consonância com todas as áreas (Kaplan; Norton, 1997). Veremos, nessa perspectiva, um maior enfoque às pessoas que compõem a organização e que são responsáveis por grande parte dos bens intangíveis dessas empresas, desde que se constitua uma força de trabalho capacitada, com motivação e conhecimento das tecnologias utilizadas. 3 Figura 1 – Perspectiva de crescimento e aprendizado Fonte: Martins et al., 2012. Saiba mais Assista ao vídeo O que é gestão de pessoas – curso de Departamento Pessoal, que se trata de uma entrevista com Mario Sergio Cortella. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=sPrpYF4UoZM>. Acesso em: 2 jul. 2018. Vamos, agora, a perguntas sobre o vídeo, pois é necessário para o aprendizado compreendermos na prática como a teoria se aplica. Faremos um check list para que possamos identificar os conceitos no vídeo: 1. ( ) Manejo de conhecimento (tácito e explícito). 2. ( ) Estoque de conhecimento é o maior ativo. 3. ( ) Commodities na visão do Prof. Cortella. 4. ( ) Gestor de Talentos. 5. ( ) Capacidade de fazer projetos. 6. ( ) Desenvolvimento humano. 7. ( ) O gestor também é alguém a ser gerido. 8. ( ) Tem que proporcionar parcerias. 9. ( ) Para liderar tem que servir e não ser servido. 10. ( ) Um por todos e todos por um. https://www.youtube.com/watch?v=sPrpYF4UoZM 4 Leitura complementar Como capital intelectual e organização aprendizagem podem promover competitividade organizacional O capital intelectual pode ser considerado o valor oculto de uma organização. A objetivo desse capital (humano, organizacional e clientes) é valorizar o ativo intangível e revelar as lacunas de conhecimento para melhorar a vantagem competitiva externa. Embora os ativos intangíveis possam representar vantagem competitiva, as organizações não entendem, ainda, a importância da sua natureza e valor. Os gerentes não conhecem o valor do seu próprio capital intelectual. Eles não sabem se têm as pessoas, os recursos ou os processos no lugar certo e na hora própria para fazer a diferença de uma nova estratégia. Eles não conhecem o know-how, o potencial de gestão ou a criatividade a que eles teriam acesso a partir da potencialização do saber dos seus funcionários. Uma vez desprovidos destas informações, eles abusam de estratégias como downsizing e reengenharia como forma de gestão desses ativos intangíveis (Collis, 1996; Davis, 2009). Este artigo, que é uma tradução do original How Intellectual Capital and Learning Organization Can Foster Organizational Competitiveness?, dos professores Reza Noruzi e Vargas-Hernández com edição e notas do tradutor, tem como objetivo rever o conceito de Capital Intelectual na esfera da gestão das organizações. Artigo na íntegra disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/como-capital-intelectual-e-organizacao- aprendizagem-podem-promover-competitividade-organizacional>. Acesso em: 12 ago. 2020. TEMA 2 – ALINHAMENTO DAS DIRETRIZES ESTRATÉGICAS COM A PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO As organizações evoluíram através dos séculos, levadas por uma necessidade de acompanhar os movimentos da sociedade e de se adaptar à dinamicidade imposta por mudanças nem sempre favoráveis. Essa evolução nos trouxe à chamada Era da Informação ou Pós-Industrial. Segundo Kaplan e Norton (1997), “uma das mudanças mais radicais no pensamento gerencial dos últimos anos foi a transformação do papel dos funcionários. https://administradores.com.br/artigos/como-capital-intelectual-e-organizacao-aprendizagem-podem-promover-competitividade-organizacional https://administradores.com.br/artigos/como-capital-intelectual-e-organizacao-aprendizagem-podem-promover-competitividade-organizacional 5 Atualmente, temos um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, pois vários paradigmas foram quebrados em um curto espaço de tempo. Fronteiras geográficas já não delimitam seu ambiente de negócio, tecnologias exclusivas e muito caras já não tem uma durabilidade muito grande, qualidade é quase que uma obrigação, e não mais um diferencial competitivo. Ainda, empresas de médio e pequeno porte tornaram-se tão competitivas quanto grandes empresas e houve declínio acentuado dos modelos taylorista e fordista de produção e gestão (Martins et al., 2012). Nesse contexto, podemos afirmar que a perspectiva de aprendizagem e crescimento do BSC é formada por categorias que, quando desenvolvidas, são a base para o bom funcionamento da estratégia como um todo. Figura 2 – Categorias da perspectiva de aprendizagem e crescimento do BSC Fonte: Martins et al., 2012. Segundo Angeloni e Mussi (2008, p. 231), “a perspectiva de aprendizagem e crescimento define as habilidades e competências essenciais, as tecnologias e a cultura organizacional necessárias para suportar a estratégia de negócios”. Leitura complementar Você deve ter esta característica se quiser emprego na AB InBev* À frente da maior fabricante de cervejas do mundo, o brasileiro Carlos Brito busca candidatos que tenham a mesma mentalidade que guiou sua trajetória [...] O sonho grande da AB InBev, segundo Brito, é mirar em um grande objetivo a ser conquistado no longo prazo. Para o empresário, este objetivo é torná-la a maior empresa de bebidas do mundo. Como pessoas são fundamentais para fazer um negócio crescer com qualidade, ele afirma que é importante que tenham como objetivo fazer carreira 6 dentro da empresa, como ele mesmo fez, e evitar o perfil de executivos profissionais que pulam de negócio em negócio a cada dois ou três anos. Para descobrir esses talentos, Brito acompanha de perto seu quadro de funcionários – e não só quando se trata de altos executivos. Segundo Jorge Paulo Lemann, ele é “extremamente ligado, sabe de cor a lista dos high potential [grandes potenciais] da empresa, tem uma ideia de quem são os trainees bons, onde estão e como estão evoluindo.” A trajetória de Carlos Brito Um dos pontos de virada na carreira do empresário foi ser aceito em um MBA da Stanford University, nos EUA. Na época trabalhando na Shell e sem dinheiro para pagar as altas taxas do curso, pediu ajuda para Jorge Paulo Lemann, então banqueiro à frente do Banco Garantia. Ele aceitou pagar a pós-graduaçãocom uma condição: que Brito fizesse o mesmo por outro estudante no futuro. Assim surgiu a Fundação Estudar, organização fundada pelo Lemann, Sicupira e Telles e que hoje oferece bolsas de estudos para os brasileiros mais talentosos do país, conhecidos como Líderes Estudar. [...] Por Redação do Na Prática * Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar. O artigo na íntegra está disponível em: <https://exame.com/carreira/voce- deve-ter-esta-caracteristica-se-quiser-emprego-na-ab-inbev/>. Acesso em: 2 jul. 2018. TEMA 3 – A PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO E SEUS CAPITAIS INTANGÍVEIS Segundo Martins et al. (2012), a gestão de pessoas tem passado por um processo de transformação bastante acentuado, deixando de ser visto apenas como um departamento de recursos humanos, que se restringia a desenvolver atividades tradicionais de avaliação, recrutamento e seleção, contratação, manutenção e desligamento, para buscar o desenvolvimento das pessoas que compõem a organização, valorizando assim seu “capital intelectual”, com a 7 finalidade de agregar valor econômico e também social à relação indivíduo- organização. Segundo os autores, essa “nova” visão da gestão de pessoas prioriza o desenvolvimento organizacional, bem como das competências individuais e da equipe, com a finalidade de agregar valor ao seu ativo intangível. Pela figura, na sequência, é possível observar que há uma integração entre o indivíduo e a organização. O funcionário adquire conhecimento por intermédio de treinamentos proporcionados pela empresa, reforçando seu lado social, e em contrapartida, o funcionário entrega maior valor agregado ao serviço que presta à empresa, gerando maior valor econômico ao produto ou serviço oferecido pela organização. Figura 3 – Integração entre o indivíduo e a organização Fonte: Elaborado com base em Fleury; Fleury, 2000. Leitura complementar A perda do capital intelectual no Brasil Capital intelectual é o conjunto de conhecimentos e informações, ou seja, a soma do capital humano e o capital estrutural. Pode ser definido como sendo a inteligência, a habilidade e os conhecimentos humanos. Esses conhecimentos podem ser tácitos – advindos das experiências ao longo da vida –, ou explícitos – são estruturados, criptografados e armazenados, sendo possível sua transmissão a outras pessoas. 8 Observamos que, nas últimas décadas, ocorreram grandes mudanças com o rápido processo de globalização que por um lado, fez com que as economias por todo o mundo passassem a manter independência, mas por outro lado, aumentou ainda mais o nível de concorrência mundial; a informatização, a conscientização do real valor do saber humano e o aumento da valorização dos ativos intangíveis por parte das organizações. Um dos pesquisadores sobre o assunto afirma que uma nova ordem social e econômica, o capitalismo intelectual, emergiu à medida que duas principais correntes de eventos convergiram. São elas: 1. A transição para uma sociedade baseada principalmente em conhecimento científico e tecnológico, ou sociedade da informação; 2. O fortalecimento de fato, de macro sistemas econômicos capitalistas. Isto significa, implicitamente, preocupações com a gestão da inovação tecnológica baseada em conhecimento intelectual e de informação. É evidente que as pessoas que querem se desenvolverem, passam uma crescente parcela de suas vidas, em processos de estudos, formação acadêmica, especialização e treinamento técnico-científico. As empresas têm se tornado dependentes de competências de diversos tipos e sempre baseadas em conhecimento. É a consequência histórica do processo de ensino-aprendizado cumulativo de gerações de indivíduos e da disposição dos pesquisadores, cientistas e estudiosos, que trabalharam com a finalidade de atenderem às demandas do mercado, de forma a permitir que as organizações sejam conduzidas em sua busca de produtividade, qualidade e lucratividade. Naturalmente, muitos fatores influenciaram este movimento coletivo e contínuo de aprendizado, mas irreversível enquanto resultado. A constatação de avanços em ciência e tecnologia e o aparecimento de tecnologias de gerenciamento de dados e conhecimento, produção de informações e comunicação em particular são componentes especialmente importantes para o processo de aprendizado por trás desta transição. De certa forma, o que está implícito neste processo é um dispositivo de que se não forem absorvidos pelo sistema, correm grande risco de termos indivíduos que não conseguirão disseminar os conhecimentos e literalmente irão jogá-los pelo ralo. Outra pesquisa realizada, afirma que é cada vez mais amplo o consenso 9 sobre o que o conhecimento realmente significa, e muitos aceitam que o conhecimento aplicado é um fator competitivo fundamental e indispensável. A acumulação, transformação e avaliação estão situados no universo da gestão do capital intelectual, compondo ferramentas importantes no campo da gestão dos negócios. O capital intelectual, em contraste com o capital físico e financeiro, inclui recursos de conhecimento que podem ser utilizados pelas organizações, pois são passíveis de combinar, transformar, explorar, mensurar, avaliar e receber um valor para fins de capitalização em função do seu potencial de uso futuro. A maior parte do valor do capital intelectual das empresas públicas ou privadas está atada aos saberes individuais e às formas de relacionamento interpessoais, e isso pode se mostrar dispendioso, especialmente se um empregado é dispensado ou se aposenta sem ter explicitado e disseminado seu conhecimento a outros dentro das organizações. [...] Adilson Peloggia Taubaté, 4 jan. 2018. Atualizado em 4 jan. 2018. O artigo na íntegra está disponível em: <http://www.meon.com.br/opiniao/ opiniao/colunas/a-perda-do-capital-intelectual-no-brasil>. Acesso em: 2 jul. 2018. TEMA 4 – ALINHAMENTO ENTRE A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS E A PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO Como as organizações devem agir para superar todos os desafios a elas impostos e à sua gestão de pessoas? A resposta para tal pergunta é bastante complexa e depende das particularidades de cada organização. Cada uma terá seus próprios desafios, bem como seu tempo de amadurecimento e de compreensão do processo de transformação como um todo, porém, é certo que essa caminhada rumo ao desenvolvimento, que pode ser mais longa para algumas e mais curta para outras, começa com a percepção de que a gestão de pessoas precisa ser pensada estrategicamente. Esse pensar estratégico visa ao alinhamento entre o planejamento e a estratégia organizacional com o que se planeja em relação às pessoas que http://www.meon.com.br/opiniao/ opiniao/colunas/a-perda-do-capital-intelectual-no-brasil 10 compõem a organização. Afinal, de nada vale a melhor estratégia se não tivermos quem faça com que ela saia do papel e passe a ser uma realidade da empresa. A gestão estratégica de pessoas deve ser considerada uma parceria entre o departamento de RH e as demais áreas da organização na busca dos objetivos organizacionais. Ainda, deve atuar com a finalidade de construir uma organização competitiva, com foco que vai além de seus processos, de sua estrutura e de suas operações. Para isso, deve atuar no ajuste das estratégias, visando explorar de forma ativa as oportunidades e desenvolver as questões relacionadas às suas fraquezas mediante diagnóstico de seu ambiente. Leitura complementar HRTechs prometem desburocratizar processos de gestão de pessoas Depois das fintechs, surgem as startups que pretendem, também, agilizar os processos do RH Profissionais cada vez mais insatisfeitos, alta rotatividade, absentismo, reforma trabalhista, e-social. A lista de desafios da área de recursos humanos das companhiasé extensa. Para tentar tapar cada um desses buracos, pequenas empresas fortemente baseadas em tecnologia têm surgido no Brasil. Depois das fintechs, das agrotechs, das insurtechs e das edutechs, chegou a vez das HRtechs. A grande novidade dessas startups é a aplicação de análise de dados e inteligência artificial em todas as práticas de gestão de pessoas, desde a operação da folha de pagamentos e a administração de benefícios até o recrutamento e seleção e as avaliações de desempenho. Contratação a jato Assim como a prioridade do RH é atrair e manter os melhores talentos, boa parte das HRtechs atua em recrutamento e seleção. Elas buscam desenvolver ferramentas para tornar o processo mais escalável, tirando o peso da análise de milhares de currículos pelos profissionais de recursos humanos. A promessa das startups é localizar o perfil de candidatos que a empresa precisa e, ao mesmo tempo, o perfil de empresa que o candidato procura. A fabricante de bebidas Ambev fez um piloto para contratar pessoas para as áreas operacionais e de vendas usando os serviços da Rankdone, um marketplace de testes para conhecimentos técnicos que ajuda na seleção dos candidatos. Segundo Gisele Takekawa, gerente de gestão e pessoas da Ambev, 11 os candidatos que usaram o sistema reportaram uma satisfação de 96% — e o tempo de triagem dos candidatos caiu 70%. A plataforma agora será ampliada para todos os processos seletivos. Outro aplicativo que trouxe agilidade no recrutamento foi o Indique um Amigo, desenvolvido pela Luxfacta e instalado em 2016. Ele automatizou o tradicional costume de os funcionários levarem currículos de conhecidos que desejam trabalhar na Ambev. “A rotatividade dos empregados contratados por esse sistema é metade da de outras fontes”, diz a executiva. Com 4.200 funcionários, a KPMG testou os serviços de mais de dez HRtechs no último ano. Uma delas foi a plataforma da Matchbox para a contratação de trainees. A startup usa inteligência artificial, realidade virtual e games para oferecer uma experiência melhor nos processos seletivos. A novidade começa na candidatura às vagas, que substitui os tradicionais formulários por um software que simula uma conversa com o jovem (solução conhecida como chatbot) para coletar suas informações. Na etapa de seleção, em vez de testes psicológicos, games para avaliar a habilidade de o profissional resolver problemas. O programa diminuiu em 20% o tempo de preenchimento das vagas, segundo Marcelo De Lucca. A inteligência artificial usada pelas HRtechs ajuda o RH ao reunir informações que os próprios departamentos pessoais têm, mas que geralmente estão espalhadas e fragmentadas em diversos sistemas. “Com os dados reunidos, associados ao people analytics, é possível saber, por exemplo, quais são os profissionais dentro da companhia que têm melhor desempenho, quais suas características, e contratar pessoas com o mesmo perfil”, diz Marcel Lotufo, CEO da Kenoby, startup de recrutamento e seleção. Com sistemas mais eficientes, as corporações conseguem reduzir os custos dos processos de recrutamento e da vacância de cargos. A fabricante de cosméticos Natura passou seis meses tentando encontrar um desenvolvedor mobile. “A posição era complexa, com alta exigência de perfil e oferta pequena no mercado”, diz Flavio Pesiguelo, diretor de pessoas e cultura na Natura, que emprega 6.400 pessoas. Ele contratou a plataforma Revelo e, uma vez criado o perfil da vaga, em menos de um minuto o sistema gerou uma lista de quatro candidatos para ser entrevistados. Em sete dias, o profissional foi empregado. Por Thais Folego 12 O artigo na íntegra está disponível em: <https://vocesa.abril.com.br/voce- rh/hrtechs-prometem-desburocratizar-processos-de-gestao-de-pessoas/>. Acesso em: 2 jul. 2018. TEMA 5 – TIPOS DE INDICADORES DA PERSPECTIVA DE APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO Quando falamos de indicadores, devemos saber que eles são utilizados para mensurar o sucesso ou o fracasso de algo que planejamos e implementamos. Afinal, o que não é medido não é gerenciado (Kaplan, Norton, 1997). Segundo Angeloni e Mussi (2008), existem dois tipos de indicadores quando tratamos de medir a implementação de uma estratégia. • Indicadores de ocorrência: mostram o que já aconteceu e são os resultados financeiros da empresa; quando positivos, podem indicar o sucesso de uma estratégia. Por exemplo: lucro, relação com os clientes, capacidade dos colaboradores. • Indicadores de tendências: mostram o progresso de áreas-chave para implementação da estratégia, tratando as variações que afetarão os resultados no futuro; são os chamados direcionadores. Por exemplo: programas de desenvolvimento de funcionários planejados e executados, aumento de produtividade. Ainda, segundo Angeloni e Mussi (2008): Habitualmente, são utilizados de 15 a 25 indicadores no nível corporativo e sugere-se de três a cinco indicadores no máximo por perspectiva. A maioria dos scorecards utiliza de 20 a 25 medidas; no entanto, a chave para determinar o número de medidas é assegurar uma descrição adequada da estratégia nas quatro perspectivas do BSC. Leitura complementar Quais são os indicadores econômicos mais relevantes para a indústria? Sistema Fiep apresenta no dia 11 de dezembro a Sondagem Industrial. Pesquisa aponta tendências e expectativas do setor para 2018 Competitividade acirrada, novos hábitos de consumo, tecnologia chegando a processos produtivos. Como acompanhar tudo isso? Qual é o momento certo 13 de avançar no mercado? Será que as indústrias estão preparadas para a adaptação constante em um cenário que muda o tempo todo? Para ajudar empresas a responderem questões estratégicas para os negócios, o caminho mais curto é a informação. Coletar dados, cruzar referências e transformar tudo isso em conteúdo prático e relevante para os negócios é uma das atividades que o Sistema Fiep realiza constantemente. São sondagens, pesquisas feitas por especialistas e análises de mercado que facilitam a tomada de decisão dentro do setor. A Sondagem de 2018 será lançada no dia 11 de dezembro, em Curitiba. Roberto Zürcher, economista do Sistema Fiep, conta que fornecer informação de mercado é uma atividade realizada pela instituição há muito tempo. “Desenvolvemos levantamentos deste tipo há 30 anos. Todos os meses apresentamos o Relatório de Desempenho, que retrata a situação econômica das indústrias paranaenses. O relatório passa por dados tradicionais de desempenho de vendas e também inclui uma análise detalhada de gastos com pessoal, insumos e agregação de valor aos produtos”, detalha Zürcher. Informações que fazem a diferença para o cenário industrial Indicadores. Uma palavra que determina os próximos passos que a indústria deve dar. No dia a dia, a preocupação com administração, gestão de pessoas e processos produtivos dificulta o “parar para pensar”. Ainda assim, as indústrias paranaenses estão no caminho certo. A última Sondagem Industrial 2016-2017 feita pelo Sistema Fiep aponta que 83% dos industriais paranaenses utilizam a informação como estratégia competitiva, sendo que 64% deles as sistematizam e as analisam dentro da empresa e outros 36% a adquirem de fontes externas. “Isto mostra a importância que se dá a indicadores e a informações econômicas”, destaca Zürcher. O economista conta que os indicadores vêm de várias fontes: consultores independentes (43%), instituições privadas (28%) e instituições públicas (22%). Índice de inflação, taxa de câmbio e custo do dinheiro são os mais utilizados pelas indústrias. Mas há outros igualmente importantes: “situação financeira, nível de atividade, impacto das medidas econômicas, nível de demanda e de novos empreendimentos”, aponta. Por que utilizar estes dados no dia a dia dos negócios? Roberto Zürcher explica que é preciso olhar para o cenáriomacro – que envolve o mercado nacional e internacional – sem deixar de observar aspectos 14 particulares da região onde a empresa está inserida. A Sondagem Industrial fornece informações sobre produtividade, qualidade, infraestrutura e meio ambiente, entre outras. É todo o ecossistema que envolve os negócios e que leva a resultados cada vez mais precisos. “Ao levarmos estas análises para perto dos empresários, ajudamos os gestores a entenderem melhor as práticas utilizadas na atualidade. A tomada de decisão pode ser mais rápida e mais assertiva”, indica o economista. “Apoiar os negócios com este benchmarking permite que as indústrias do Paraná melhorem sua produtividade e sua competitividade, que são essenciais para acompanhar o mundo globalizado em que vivemos”, finaliza Zürcher. Por Sistema Fiep 7 dez. 2017. Atualizado em 7 dez. 2017. O artigo na íntegra está disponível em: <https://g1.globo.com/pr/parana/ especial-publicitario/fiep/noticia/quais-sao-os-indicadores-economicos-mais-relev antes-para-a-industria.ghtml>. Acesso em: 2 jul. 2018. FINALIZANDO Nesta aula, foi possível visualizarmos mais de perto a perspectiva de aprendizagem e crescimento, que é um dos aspectos elencados por Norton e Kaplan. Inicialmente, vimos o contexto geral em que se desenvolve essa perspectiva, após visualizamos o alinhamento das diretrizes. A vimos também em relação a seus capitais intangíveis, ao alinhamento e à gestão estratégica de pessoas, e por fim, seus indicadores. LEITURA COMPLEMENTAR Texto de abordagem teórica PRADO, A. L. do. Como capital intelectual e organização aprendizagem podem promover competitividade organizacional. 3 out. 2017. Disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/como-capital-intelectual-e-organizacao- aprendizagem-podem-promover-competitividade-organizacional>. Acesso em: 2 jul. 2017. https://g1.globo.com/pr/parana/ especial-publicitario/fiep/noticia/quais-sao-os-indicadores-economicos-mais-relev antes-para-a-industria.ghtml 15 KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. 13. ed. São Paulo: Campus, 1997. MARTINS, T. S. et. al. Incrementando a estratégia: uma abordagem do Balanced Scorecard. Curitiba: InterSaberes, 2012. ANGELONI, M. T.; MUSSI, C. C. Estratégias: formulação, implementação e avaliação. São Paulo: Saraiva, 2008. Texto de abordagem prática PELLOGIA, A. A perda do capital intelectual no Brasil. 4 jan. 2018. Disponível em: <https://www.meon.com.br/blog-e-colunas/opiniao/a-perda-do-capital- intelectual-no- brasil#:~:text=Capital%20intelectual%20%C3%A9%20o%20conjunto,humano%2 0e%20o%20capital%20estrutural.&text=A%20transi%C3%A7%C3%A3o%20par a%20uma%20sociedade,2.>. Acesso em: 2 jul. 2017. FOLEGO, T. HRTechs prometem desburocratizar processos de gestão de pessoas. 19 jan. 2018. Disponível em: <https://vocesa.abril.com.br/voce- rh/hrtechs-prometem-desburocratizar-processos-de-gestao-de-pessoas/>. Acesso em: 2 jul. 2017. MONTGOMERY, C. A. O estrategista. Rio de Janeiro: Sextante, 2012. 16 REFERÊNCIAS ANGELONI, M. T.; MUSSI, C. C. Estratégias: formulação, implementação e avaliação. São Paulo: Saraiva, 2008. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. 13. ed. São Paulo: Campus, 1997. MARTINS, T. S. et al. Incrementando a estratégia: uma abordagem do Balanced Scorecard. Curitiba: InterSaberes, 2012.
Compartilhar