Buscar

Esteatose Hepática _ Sociedade Brasileira de Hepatologia

Prévia do material em texto

(https://sbhepatologia.org.br)
 (https://www.facebook.com/pages/Sociedade-Brasileira-de-Hepatologia-SBH/131533783587948)  (https://twitter.com/#!/SBHepatologia)
 (https://www.youtube.com/channel/UCnlMhOse5OGm0C827Dt1T0g)
Esteatose Hepática
Por: Helma Pinchemel Cotrim
Introdução
A esteatose vem se tornando uma doença do fígado cada vez mais conhecida da população em
geral. Esse fato se deve a maior disponibilidade para realização de ultrassonogra�as de abdomen,
exame de imagem que pode mostrar a esteatose e tem sido realizado com frequência em avaliações
clínicas de rotina; e a crescente prevalência da obesidade em todo o mundo, que é uma das suas
principais causas.
A esteatose hepática é classi�cada em dois grandes grupos: causada pelo consumo excessivo e
crônico de bebidas alcoólicas; causada por outros fatores de risco e denominada Doença Hepática
Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), que será o objetivo principal dessa abordagem.
COMPARTILHAR Imprensa (https://sbhepatologia.org.br/category/imprensa/)
Privacidade - Termos
Buscar 
PARCEIROS
 
 
 
 
 
HOME (HTTPS://SBHEPATOLOGIA.ORG.BR/) A SOCIEDADE PARA ASSOCIADOS
PUBLICAÇÕES (HTTPS://SBHEPATOLOGIA.ORG.BR/CATEGORY/PUBLICACOES/)
EVENTOS (HTTPS://SBHEPATOLOGIA.ORG.BR/CATEGORY/EVENTOS/)
NOTÍCIAS (HTTPS://SBHEPATOLOGIA.ORG.BR/CATEGORY/NOTICIAS/)
CONTATO (HTTPS://SBHEPATOLOGIA.ORG.BR/A-SOCIEDADE/FALE-CONOSCO/)
LOGIN (HTTPS://SBHEPATOLOGIA2.WEBSITESEGURO.COM/ASSOCIADOS/LOGIN.PHP)
https://sbhepatologia.org.br/
https://www.facebook.com/pages/Sociedade-Brasileira-de-Hepatologia-SBH/131533783587948
https://twitter.com/#!/SBHepatologia
https://www.youtube.com/channel/UCnlMhOse5OGm0C827Dt1T0g
https://sbhepatologia.org.br/category/imprensa/
https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/privacy/
https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/terms/
https://sbhepatologia.org.br/
https://sbhepatologia.org.br/category/publicacoes/
https://sbhepatologia.org.br/category/eventos/
https://sbhepatologia.org.br/category/noticias/
https://sbhepatologia.org.br/a-sociedade/fale-conosco/
https://sbhepatologia2.websiteseguro.com/associados/login.php
 
O que é a esteatose hepática e o que signi�ca a DHGNA?
Esteatose caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura (lipidios) nas células do fígado
denominadas hepatócitos. Essa pode permanecer estável por muitos anos e até regredir, se suas
causas forem controlados. Se não o forem, a doença pode evoluir para a esteatoepatite. Nessa fase
a esteatose se associa a in�amação e morte celular, �brose (cicatrização) e tem maior potencial de
progressão, ao longo dos anos, para cirrose e para o carcinoma hepatocelular (CHC) ou câncer de
fígado.
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) inclui todo espectro: esteatose,
esteatoepatite, cirrose e CHC.
 
Fatores de risco para DHGNA
Os principais fatores de risco ou causas de DHGNA estão relacionados a seguir e foram classi�cados
em primários, secundários e doenças ou condições clínicas associadas.
PRIMÁRIOS
Obesidade e sobrepeso com obesidade central
Diabetes mellitus
Dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides)
Hipertensão arterial
SECUNDÁRIOS
Medicamentos: amiodarona, corticosteroídes, estrógenos, tamoxifeno.
Toxinas ambientais: produtos químicos
Esteroides anabolizantes
Cirurgias abdominais: bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas.
DOENÇAS QUE PODEM TER DHGNA ASSOCIADA
Hepatite crônica pelo vírus C
Síndrome de ovários policísticos
Hipotiroidismo
Síndrome de apnéia do sono
Hipogonadismo
Lipodistro�a, abetalipoproteina, de�ciência de lipase ácida.
Obesidade, diabetes mellitus, dislipidemia são os fatores de risco mais frequentes. Esses se
associam à hipertensão arterial e a síndrome metabólica, que é caracterizada pela presença de três
ou mais das seguintes condições: obesidade central (aumento da gordura no abdômen),
hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes. A DHGNA é considerada o componente hepático da
síndrome metabólica.
Os fatores de risco secundários e as doenças que podem apresentar a DHGNA como parte do seu
quadro clínico estão listadas acima.
Por que a DHGNA e principalmente a esteatose tem sido tornado cada dia mais conhecida
pela população?
Porque é considerada a mais frequente doença de fígado da atualidade. Estima-se que entre 20 a
30% da população em todo o mundo seja portadora da DHGNA. Essa pode ocorrer em homens e
mulheres, em todas as idades, incluindo as crianças e adolescentes. Também preocupante é a
associação da DHGNA, quando não controlada, com a maior frequência de diabetes e hipertensão
arterial e com o maior risco de doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular
cerebral).
Como identi�car a DHGNA ou como diagnostica-la. Privacidade - Termos

https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/privacy/
https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/terms/
A grande maioria dos pacientes não apresentam sinais ou sintomas, pois esta é uma doença
silenciosa.
A esteatose é inicialmente identi�cada porque o paciente realizou uma ultrassonogra�a de
abdômen como parte de seus exames clínicos de rotina ou periódicos. O diagnóstico da esteatose é
incidental, isto é, o exame não foi com o objetivo de identi�car a esteatose.
É importante destacar, que a solicitação de ultrassonogra�as de abdômen para diagnóstico de
esteatose está indicada apenas para os portadores dos fatores de risco para a doença, já
mencionados acima.
Não há indicação ou recomendação para realização de ultrassonogra�as para a população geral.
Para o diagnóstico da DHGNA (esteatose ou esteatoepatite) é importante que os pacientes
sejam avaliados através de uma consulta médica por um clínico ou hepatologista (especialista em
doenças do fígado). Esse médicos, através de uma história clínica cuidadosa, identi�carão os fatores
de risco primários, secundários ou as doenças associadas. O exame físico deve ser completo e vai
avaliar os níveis da pressão arterial, peso e altura para determinação do índice de massa corpórea
(IMC), a medida da circunferência abdominal. Quanto maior a gordura no abdômen maior deve ser
o depósito de gordura no fígado ou esteatose hepática.
Depois da avaliação clínica exames complementares colaboram com o diagnóstico da DHGNA. Esses
incluem exames de laboratório (enzimas hepáticas, colesterol total e frações e triglicérides, glicemia,
insulina entre outros), exames de imagem (ultrassonogra�a de abdômen, tomogra�a
computadorizada, ressonância magnética e elastogra�a hepática) e em casos selecionados a biópsia
do fígado, único exame até o momento capaz de estabelecer o diagnóstico seguro de
esteatoepatite.
Qual o tratamento para o paciente com DHGNA?
A avaliação diagnóstica do paciente deve determinar em que fase da DHGNA o paciente se
encontra: esteatose, esteatoepatite ou cirrose e deve também determinar os fatores de risco
envolvidos.
– DHGNA secundária ao uso de medicamentos: a sua suspensão ou adequação do esquema
terapêutico são recomendadas, avaliando-se custo e benefício para o paciente.
A suspensão do uso de esteroides anabolizantes deve ser recomendada assim como a investigação
de exclusão dos demais fatores.
– DHGNA associada a outras doenças como hipotireioidismo, síndrome do ovário policístico entre
outras (vide tabela) é importante o tratamento da doença principal.
– DHGNA de causas primárias ou metabólicas: importante o controle da obesidade, diabetes,
hipertensão arterial e dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides elevados). Manter o controle dessas
doenças é fundamental no tratamento da DHGNA. Medicamentos especí�cos para cada uma dessas
condições clínicas pode ser utilizada. Atenção também deve ser dada ao diagnóstico de alterações
cardiovasculares, causa importante de mortalidade nos pacientes com DHGNA.
Para esses pacientes mudanças no estilo de vida com alimentação equilibrada e atividade física
regular são recomendadas para todos os pacientes.
A dieta deve ser orientada por médicos e nutricionistas e adaptada às condições clínicas do
paciente. Atenção deve ser dadaas doenças associadas como obesidade, diabetes e hipertensão
arterial.
Não são recomendados suplementos alimentares e medicações sem registro dos órgãos de
vigilância credenciados.
A atividade física deve ser recomendada, incentivada e adaptadas às condições clínicas e idade dos
pacientes considerando-se também se esses são sedentários, ativos ou atletas.
Para aqueles sem limitações a atividade aeróbica por 30 minutos pelo menos cinco vezes por
semana associada à musculação duas vezes por semana pode ser recomendada. Privacidade - Termos

https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/privacy/
https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/terms/
Alguns medicamentos podem ajudar no tratamento da esteatoepatite não alcoólica, entretanto
esses devem ser orientados pelo hepatologista.
 
Qual o prognóstico da DHGNA?
O prognóstico pode ser bom, mas depende da fase em que a doença for diagnosticada e
principalmente da aderência dos pacientes às condutas clínicas e tratamentos recomendados.
Desde que controlado os fatores que causaram a doença, a esteatose pode permanecer estável em
torno de 70 a 80% dos pacientes. Em 20 a 30% dos casos a esteatose pode evoluir para
esteatoepatite, que pode ser controlada com o tratamento adequado. Entretanto essa forma da
doença tem maior potencial de progressão ao longo dos anos para cirrose e carcinoma
hepatocelular, se não for devidamente orientada.
Assim, duas condutas são fundamentais e determinantes para um melhor prognóstico para o
paciente portador de esteatose ou esteatoepatite: diagnóstico precoce indicada para as pessoas de
maior risco (obesos, diabéticos, portadores de hipertensão arterial e dislipidemia); aderência dos
pacientes, ao longo da vida, às condutas e tratamento, orientadas pelo seu médico.
 
Helma Pinchemel Cotrim
Profa. Titular de Gastroenterologia e  Hepatologia 
Faculdade de Medicina da Bahia – Universidade Federal da Bahia 
Líder do Grupo de Pesquisas em Esteato- Hepatite Não Alcoólica- CNPq-UFBA 
Especialista em Hepatologia pela Sociedade Brasileira de Hepatologia.  
 

(http://www.facebook.com/sharer.php?
u=https%3A%2F%2Fsbhepatologia.org.br%2Fimprensa%2Festeatose-
hepatica%2F)

(http://twitter.com/share?
url=https%3A%2F%2Fsbhepatologia.org.br%2Fimprensa%2Festeatose-
hepatica%2F&text=Esteatose%20Hepática)

(http://www.linkedin.com/shareArticle?
mini=true&url=https%3A%2F%2Fsbhepatologia.org.br%2Fimprensa%2Festeatose-
hepatica%2F)

Desenvolvido por Unimagem Produções Audiovisuais Ltda (https://www.unimagem.com.br/)
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2391 cj. 102 | São Paulo - SP - CEP 01452-00 
Telefone: (11) 3812-3253 • (11) 3032-3125(fax) | secretaria@sbhepatologia.org.br 
© 2016 - Sociedade Brasileira de Hepatologia - Todos os direito reservados
Privacidade - Termos
(https://sbhepatologia.org.br/noticias/sbh-na-
midia-julho-amarelo-chama-atencao-para-
prevencao-dos-tipos-de-hepatite/)
(https://sbhepatologia.org.br/imprensa/sbh-na-
midia/carnaval-e-alcool-o-que-fazer-para-nao-
se-afogar-na-folia/)
COMPARTILHAR
ARTIGOS RELACIONADAS
SBH na mídia: Julho Amarelo chama
atenção para prevenção dos tipos de
hepatite
(https://sbhepatologia.org.br/noticias/s
bh-na-midia-julho-amarelo-chama-
atencao-para-prevencao-dos-tipos-de-
hepatite/)
Carnaval e álcool: o que fazer para não
se ‘afogar’ na folia
(https://sbhepatologia.org.br/imprensa
/sbh-na-midia/carnaval-e-alcool-o-que-
fazer-para-nao-se-afogar-na-folia/)

http://www.facebook.com/sharer.php?u=https%3A%2F%2Fsbhepatologia.org.br%2Fimprensa%2Festeatose-hepatica%2F
http://twitter.com/share?url=https%3A%2F%2Fsbhepatologia.org.br%2Fimprensa%2Festeatose-hepatica%2F&text=Esteatose%20Hep%C3%A1tica
http://www.linkedin.com/shareArticle?mini=true&url=https%3A%2F%2Fsbhepatologia.org.br%2Fimprensa%2Festeatose-hepatica%2F
https://sbhepatologia.org.br/noticias/sbh-na-midia-julho-amarelo-chama-atencao-para-prevencao-dos-tipos-de-hepatite/
https://sbhepatologia.org.br/imprensa/sbh-na-midia/carnaval-e-alcool-o-que-fazer-para-nao-se-afogar-na-folia/
https://www.unimagem.com.br/
https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/privacy/
https://www.google.com/intl/pt-BR/policies/terms/
https://sbhepatologia.org.br/noticias/sbh-na-midia-julho-amarelo-chama-atencao-para-prevencao-dos-tipos-de-hepatite/
https://sbhepatologia.org.br/imprensa/sbh-na-midia/carnaval-e-alcool-o-que-fazer-para-nao-se-afogar-na-folia/
https://sbhepatologia.org.br/noticias/sbh-na-midia-julho-amarelo-chama-atencao-para-prevencao-dos-tipos-de-hepatite/
https://sbhepatologia.org.br/imprensa/sbh-na-midia/carnaval-e-alcool-o-que-fazer-para-nao-se-afogar-na-folia/