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BIOSSEGURANÇA 1984 - Primeiro workshop de biossegurança em laboratório - Fiocruz, RJ 1986- Primeiro levantamento de riscos em laboratórios na Fiocruz - INCQS ‘1985 - Lei brasileira de Biossegurança 1. O que é biossegurança? Conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico, e prestação de serviços. Ou seja, riscos que podem comprometer a saude do homem, animais, meio ambiente, ou qualidade dos trabalhos desenvolvidos. a) Esterilização - destruição por meio de agentes químicos ou físicos de todas as formas de vida presentes em um material b) Desinfecção - destruição, remoção, ou redução dos microrganismos infecciosos, ou nocivos presentes em um material inanimado - somente na forma vegetativa inanimada c) Antissepsia - técnicas que previnem ou impedem o crescimento e proliferação de um microrganismo em um tecido vivo. d) Assepsia - ausência de patógenos nos tecidos vivos Físicos - a) Calor - EPI - luvas térmicas e exaustores b) Frio - EPI - luva térmica e câmara fria Químicos - a) Gases e vapores - irritantes, asfixiantes b) Solventes orgânicos c) Metais pesados Ergonômicos - a) Esforço físico intenso b) Postura inadequada c) Alta responsabilidade d) Trabalhos noturnos e) Jornadas de trabalho prolongadas Biológicos a) vírus b) parasitas c) fungos d) bactérias Níveis NB1 - O risco para a comunidade é ausente ou muito baixo - não provoca doenças em seres humanos sadios Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db NB2 - O risco individual é moderado e para a comunidade é moderado. Ex: vírus da febre amarela e Schistosoma mansoni - agente de risco moderado - treinamento específico no manejo de agentes patogênicos NB3 - O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. Ex: Vírus da Encefalite Euina Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis - Supervisionada por profissional altamente qualificado. Agentes com elevado risco individual e baixo para a comunidade NB4 - O risco individual e para a comunidade é elevado . Ex: Vírus Ebola - Contenção máxima - funcionamento sob controle direto das autoridades sanitárias. Classificação dos resíduos A - potencialmente infectantes - lixeiras revestidas com sacos brancos B- Químicos - Galões coletores específicos C - Radioativos - Caixas blindadas D - Comuns - lixeiras revestidas com sacos pretos E - perfurocortantes - coletor específico Equipamento de proteção individual: ● Jalecos, máscaras e filtros, óculos, semi-máscara, e protetores auriculares, luvas e calçados em geral. Símbolos - ● Incêndio - forma retangular, fundo vermelho e pictograma branco ● Emergência - forma retangular, fundo verde e pictograma branco ● Obrigação - forma circular, fundo azul, e pictograma branco ● Proibição - forma circular, contorno vermelho e pictograma preto e fundo branco. Planos Anatômicos da pelve feminina Desvantagens da pelve masculina no parto a) sacro penetra mais na cavidade pélvica b) Pelve mais estreita c) Saída pélvica e cavidade pélvica menos ampla d) Ângulo púbico mais agudo Tipos de pelve A maioria das mulheres tem pelve andróide. As mais recomendadas são aquelas de entrada mais aberta e ovaladas: ginecóide e antropóide. Divisão da pelve: Pelve menor/ Verdadeira - abriga vísceras e o períneo, separados pelo músculo do assoalho pélvico - importante no parto vaginal, pois delimita o canal do parto Pelve maior/ Falsa - a crista ilíaca separa a pelve falsa inferiormente e o abdome anteriormente. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Marcos Históricos: A cesariana é provavelmente uma das cirurgias mais antigas da história da medicina. O parto na pré-história, semelhante ao que ocorre com os animais, era solitário e sem a presença do pai da criança. As mulheres mais idosas ajudaram com conselhos e práticas as mais diversas, porém, apesar da experiência no processo, eram consideradas ignorantes e por vezes taxadas de feiticeiras. Na antiguidade a cesariana era realizada apenas após a morte da parturiente, a fim de salvar o feto. Em 1500, Jacob Nufer, um homem simples que castrava porcas, realiza a primeira cesariana em vida, na própria esposa. Empirismo, experimentalismo, e método científico a) Empirismo - opõe-se ao racionalismo, uma vez que rejeita a razão enquanto fonte de conhecimento humano sem que este seja embasado no conhecimento. Empirismo - Em 1928, Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos quando descobriu a penicilina. Tirou férias e deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa. Quando retornou ao trabalho, alguns meses depois, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo. Observou que não havia bolor, e os estafilococos não estavam em atividade. O fungo foi identificado como pertencente ao gênero penicillium, de onde deriva o nome penicilina, dado à substância por ele produzida, e Flemming concluiu que este fungo destruía a bactéria. Sendo assim, graças a observação empírica se usa o antibiótico. 1. Medicina Baseada em Evidências: Deve ser vista como a integração da prática clínica com a capacidade de analisar e aplicar racionalmente a informação científica ao cuidar dos pacientes. No processo de prática da MBE, que vai de identificação do problema à escolha da alternativa a ser adotada, não se pode esquecer que cada pessoa que procura cuidados médicos é um ser único, apesar de possuir características similares a quaisquer outros. Evidências de estudos baseados em pacientes ajudam a tomar as decisões mais acertadas, mas não podem ser desvinculadas da experiência clínica. Os médicos sempre consideraram que suas decisões eram baseadas em evidências; assim, o termo atual “medicina baseada em evidências” é, de certa forma, impróprio. Entretanto, o que vários médicos consideram “evidência” é, em geral, uma combinação de estratégias eficazes em pacientes prévios, conselhos dados por mentores ou colegas e uma impressão geral de “o que está sendo feito”, com base em artigos de periódicos aleatórios, resumos, simpósios e propagandas. Este tipo de prática resulta em grande variedade de estratégias para diagnóstico e tratamento de condições semelhantes, mesmo quando existem fortes evidências que favorecem uma estratégia em particular em relação a outras. Existem variações entre diferentes países, diferentes regiões, diferentes hospitais e mesmo dentro de práticas individuais de grupos. Essas variações levaram a demanda por uma abordagem mais sistemática para identificar a estratégia mais adequada para o paciente individual; essa abordagem é denominada “medicina baseada em evidências” (MBE). A MBE baseia-se em literatura médica relevante e segue uma série distinta de etapas. Comentado [1]: O que significa Medicina Baseada em Evidências? MBE se traduz pela prática da medicina em um contexto em que a experiência clínica é integrada com a capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação científica de forma a melhorar a qualidade da assistência médica. Na MBE, as dúvidas que surgem ao resolver problemas de pacientes são os principais estímulos para que se procure atualizar os conhecimentos1,3. A filosofia da MBE guarda similaridades e pode ser integrada com a metodologia de ensino-aprendizagem denominada Aprendizado Baseado em Problemas4. A aquisição de conhecimentos de Epidemiologia Clínica, o desenvolvimento do raciocínio científico, atitudes de autoaprendizagem e capacidade de integrar conhecimentos de diversas áreas são fundamentais para a prática da MBE3. Alguém pode ser considerado possuidor das competências necessárias paraa prática da MBE quando for capaz de: 1. identificar os problemas relevantes do paciente; 2. converter os problemas em questões que conduzam às respostas necessárias; 3. pesquisar eficientemente as fontes de informação; 4. avaliar a qualidade da informação e a força da evidência, favorecendo ou negando o valor de uma determinada conduta5-10; 5. chegar a uma conclusão correta quanto ao significado da informação; 6. aplicar as conclusões dessa avaliação na melhoria dos cuidados prestados aos pacientes. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Medicina baseada em evidências A MBE não é a aplicação cega de um conselho adquirido na literatura recentemente publicada sobre o problema individual do paciente. Preferencialmente, a MBE requer a utilização de uma série de etapas para obtenção de informações suficientemente úteis para responder uma questão formulada cuidadosamente para um paciente individual. A integração completa dos princípios da MBE também incorpora o sistema de valores do paciente, que inclui coisas como o custo envolvido, crenças morais e religiosas e autonomia dos pacientes. Aplicar os princípios da MBE tipicamente envolve as seguintes etapas: ● Formulação de uma questão clínica ● Reunir evidências para responder à pergunta ● Avaliação da qualidade e validade das evidências ● Decidir como aplicar a evidência ao tratamento de um determinado paciente ● Questões devem ser específicas. As questões específicas são mais provavelmente abordadas na literatura médica. Uma questão bem elaborada especifica a população, intervenção (exame diagnóstico, tratamento), comparação (tratamento A versus tratamento B) e resultados. “Qual é a melhor maneira de avaliar um indivíduo com dor abdominal?” não é uma boa questão. Uma questão melhor, mais específica, poderia ser: “Para o diagnóstico de apendicite aguda em um homem de 30 anos com dor abdominal inferior aguda é preferível realizar tomografia ou ultrassonografia?”. ● Reunir evidências para responder à pergunta Uma ampla seleção de estudos relevantes é obtida a partir de revisão da literatura. Deve-se consultar as fontes padrão [p. ex., MEDLINE, Cochrane Collaboration (opções de tratamento), ACP Journal Club]. ● Avaliação da qualidade e validade das evidências Nem todos os estudos científicos têm valor igual. Os diferentes tipos de estudos têm força científica e legitimidade diferentes e para qualquer tipo de estudo, os exemplos individuais geralmente variam na qualidade da metodologia, validade interna e generalização dos resultados (validade externa). Os níveis de evidência são graduados de 1 a 5 em ordem decrescente de qualidade. Os tipos de estudo em cada nível variam um pouco em relação à questão clínica (p. ex., diagnóstico, tratamento ou análise econômica), mas tipicamente consistem em: ● Nível 1 (a qualidade mais alta): revisões sistemáticas ou metanálises de ensaios clínicos randomizados e ensaios únicos de alta qualidade, randomizados e controlados ● Nível 2: estudos de coorte bem elaborados. ● Nível 3: estudos de caso controle com revisão sistemática. ● Nível 4: casuísticas e coortes de baixa qualidade e estudos de caso controle. ● Nível 5: opinião de especialistas sem avaliação crítica, embasada no raciocínio sobre a fisiologia, a pesquisa de bancada ou seus princípios subjacentes. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Para análise de MBE é selecionado o nível mais elevado de evidência disponível. Idealmente um número significativo de grandes estudos bem conduzidos de nível 1 está disponível. Entretanto, devido ao número de estudos controlados, randomizados e de alta qualidade ser incrivelmente pequeno, comparado com o número de questões clínicas possíveis, geralmente estão disponíveis apenas níveis de evidência 4 ou 5. As evidências de menor qualidade não significam que o processo de MBE não possa ser seguido, apenas significa que a força da conclusão é menor. ● Decidir como aplicar a evidência ao tratamento de um determinado paciente Como a melhor evidência disponível pode ser oriunda de população de pacientes com características diferentes do paciente em questão, é necessário proceder a algum juízo de valor. Além disso, os desejos do paciente em relação a exames agressivos ou invasivos e tratamento devem ser levados em consideração, assim como a tolerância ao desconforto, risco e incerteza. Por exemplo, mesmo que uma revi- são de MBE mostre definitivamente uma vantagem de 3 meses de sobrevida de um esquema de quimioterapia agressiva em certo tipo de câncer, os pacientes podem diferir quanto à preferência de ganho de tempo extra ou evitar o desconforto extra. O custo dos testes e dos tratamentos também pode influenciar a tomada de decisão pelo médico e pelo paciente, especialmente quando algumas das alternativas são significativamente mais caras para o paciente. ● Limitações da abordagem baseada em evidências São enfrentadas inúmeras questões clínicas durante a evolução ou mesmo em um dia em uma clínica movimentada. Apesar de alguns deles serem assunto de uma revisão existente de MBE disponível, a maioria não é; e preparar uma análise de MBE consome muito tempo para ser útil em responder uma questão clínica imediata. Mesmo quando o tempo não é um fator a ser levado em consideração, há muitas questões clínicas que não são abordadas em estudos relevantes na literatura. ● Diretrizes clínicas As t se tornaram comuns na prática médica; várias entidades publicam estas diretrizes. As diretrizes clínicas mais bem estabelecidas são desenvolvidas utilizando métodos específicos que incorporam princípios da MBE e recomendações de consenso feitas por um grupo de especialistas. Embora as diretrizes clínicas possam descrever a prática convencional, as diretrizes clínicas por si sós não determinam o padrão de tratamento de cada paciente. Algumas diretrizes clínicas seguem regras “se, então” (p. ex., se o paciente estiver febril e com neutropenia, instituir tratamento com antibióticos de amplo espectro). Regras mais complexas, de múltiplas etapas, podem ser formalizadas como algoritmos. As diretrizes e os algoritmos, em geral, são diretos e de fácil utilização, mas devem ser aplicados apenas aos pacientes cujas características (p. ex., demografia, comorbidades, características clínicas) são similares às dos grupos de pacientes analisados na criação das diretrizes. Além disso, as diretrizes não levam em conta o grau de incerteza inerente aos resultados de exames, a probabilidade de sucesso do tratamento e os riscos relativos e benefícios de cada curso de ação. Para incorporar as incertezas e o valor dos resultados no processo de tomada de decisão clínica, os médicos geralmente precisam aplicar os princípios de tomada de decisão por meio de métodos quantitativos ou analíticos (ver também Estratégias de tomada de decisão clínica). Remova Marca d'água WondersharePDFelement https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/t%C3%B3picos-especiais/tomada-de-decis%C3%A3o-cl%C3%ADnica/estrat%C3%A9gias-de-tomada-de-decis%C3%A3o-cl%C3%ADnica http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db 2. O contexto da educação médica no século X Situação das escolas médicas nos EUA era caótica A concessão estatal para exercício da medicina foi abolida em meados do século XIX e havia grande proliferação de escolas de medicina, com diversas abordagens terapêuticas As escolas não possuíam nenhuma padronização, estando vinculadas ou não a instituições universitárias, com ou sem equipamentos, , com critérios de admissão tempo de duração diferenciado e independente de fundamentação teórico científica Positivismo: apontado como único conhecimento seguro o cientifico, mediante observação e experimentação Ciência substitui a arte Método legítimo assumido como a formalegítima de produzir conhecimento, exprime o processo de racionalização que atinge o ocidente. 3. Modelo Flexner FLEXNER era pesquisador social e educador norte americano. Visitou as 155 escolas de medicina dos estados unidos e canadá durante seis meses, pois as considerava inadequadas. Com base nas avaliações que fez, publicou seu famoso relatório, em 1910. Em sua opinião, das 155 escolas, apenas trinta e uma tinham condições de continuar funcionando. É precursor das metodologias ativas de aprendizagem. Defendia o ensino das escolas médicas integradas a universidades, ligadas a hospitais escola, e onde a experimentação, o ensino das ciências básicas e a prática clinica são essenciais. Propôs a reconstrução do modelo de ensino médico. Segundo ele, as escolas médicas devem estar baseadas em universidades, e os programas educacionais devem ter uma base científica. Sistema uniforme de histórias clínicas. Do ponto de vista da gestão do sistema, todos os serviços, tanto curativos como preventivos estariam coordenados por uma única autoridade de saúde, para cada área. Devem ser levadas em conta as situações locais, a forma como a população ocupa o território A ideia de organizar serviços para cobertura de grandes territórios desafiava o conceito de governo local e os custos para construção e manutenção dos serviços seriam altos . Não se conseguiu chegar a uma proposta final e o relatório foi engavetado. Apenas durante a Segunda Guerra Mundial, no âmbito da discussão de uma nova política de proteção social, apresentada pelo relatório Beveridge em 1942, o relatório volta a servir de base à proposta de organização do novo sistema de saúde universal e equitativo. De suas recomendações algumas foram acatadas: ● Rigoroso controle de admissão ● Divisão do currículo em ciclo básico, básico de 2 anos, realizado no laboratório, seguido de um ciclo clínico de mais 2 anos, realizado no hospital ● Exigência de laboratório e instalações adequadas ● O ciclo clínico deve ser fundamentado no hospital, local privilegiado para se estudar doenças ● Desconsidera, em sua proposta de reforma, a organização dos sistemas de saúde. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db ● Recriminava, desde os primeiros trabalhos, o ensino por meio de conferências, e aprendizado para simples memorização. Os hospitais se transformaram na principal instituição de transmissão do conhecimento médico durante todo o século XX. As faculdades, resta o ensino de laboratório nas áreas básicas - anatomia, fisiologia e patologia, e a parte teórica das especialidades. FLEXNER via a educação médica como algo destinado às pessoas da elite. Acreditava que o acesso de negros era inadequado. O Modelo de Dawson: Relatório de Dawson foi elaborado pelo Ministério da Saúde do Reino Unido em 1920. É fruto do debate de mudanças no sistema de proteção social depois da Primeira Guerra Mundial e considerado um dos primeiros documentos a utilizar o conceito de Atenção Primária à Saúde em uma perspectiva de organização sistêmica regionalizada e hierarquizada de serviços de saúde, por nível de complexidade e sob uma base geográfica definida. Influenciou a criação do sistema nacional de saúde britânico em 1948, que passou a orientar a regionalização dos sistemas de saúde em vários países do mundo. Baseada na coordenação entre medicina preventiva e curativa. Propõe a organização dos serviços para atenção integral à população com base formada por serviços domiciliares, apoiados por centros de saúde primários, laboratórios, radiologia e acomodação para internação. Esta seria a porta de entrada do sistema, que empregaria médicos generalistas, que já trabalhavam de forma autônoma, e/ou contratados pelo sistema de seguro social Os centros primários localizados em vilas estariam ligados a centros de saúde secundários, localizados nas cidades maiores, com ofertas de serviços especializados, cuja localização deveria se dá de acordo com a distribuição da população, os meios de transporte e os fluxos estabelecidos, variando em tamanho e complexidade, segundo as circunstâncias. Os casos que não pudessem ser resolvidos nesta perspectiva seriam encaminhados ao hospital de referência, para maior eficácia e progresso do conhecimento, deveria estabelecer-se um sistema uniforme de histórias clínicas; no caso de um paciente ser encaminhado de um centro a outro para fins de consulta ou tratamento, deve ser acompanhado de uma cópia de sua história clínica. Todos os serviços – tanto curativos como preventivos – estariam intimamente coordenados sob uma única autoridade de saúde para cada área. É indispensável a unidade de idéias e propósitos, assim como a comunicação completa e recíproca entre os hospitais, os centros de saúde secundários e primários e os serviços domiciliares, independentemente de que os centros estejam situados no campo ou na cidade CÓDIGO DE ÉTICA DO ESTUDANTE DE MEDICINA: Necessidade de estabelecimento de regras claras de direitos e deveres dos ACADÊMICOS para com os seus pares, professores e pacientes DIREITOS DO ESTUDANTE DE MEDICINA • DEVERES DO ESTUDANTE DE MEDICINA COMO O ESTUDANTE DE MEDICINA DEVE SE COMPORTAR SENSATEZ + RESPEITO Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Princípios fundamentais Estudante <->instituições de ensino e de saúde Estudante <-> cadáver Relações interpessoais do estudante Estudante <-> Estudos/formação Estudante <-> Sociedade Estudante <-> Equipe multiprofissional Estudante/Instituições de ensino e de saúde: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS I - O estudante de medicina deve estar a serviço da saúde do ser humano e da coletividade, exercendo suas atividades sem discriminação de nenhuma natureza. II - O alvo de toda a atenção do estudante de medicina é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade intelectual. III - A escolha pela medicina exige compromissos humanísticos e humanitários, com promoção e manutenção do bem-estar físico, mental e social dos indivíduos e da coletividade. IV - Compete ao estudante aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico e de sua formação em benefício dos pacientes e da sociedade. V - O estudante de medicina guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em benefício deste com a prudência, apresentando-se condignamente, cultivando hábitos e maneiras que façam ver ao paciente o interesse e o respeito de que ele é merecedor. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade. VI - Cabe ao estudante, dentro de sua formação e possibilidade, contribuir para o desenvolvimento social, participando de movimentos estudantis, organizações sociais, sistema de saúde ou entidades médico-acadêmicas. VII - As atividades de graduação, baseadas em competências (conhecimentos, habilidades e atitude), têm por finalidade preparar integralmente o estudante de medicina para o futuro exercício da profissão médica. Essas atividades devem beneficiar o paciente, o estudante, a instituição de ensino e a sociedade, guardando respeito pelo ser humano. VIII - As atividades acadêmicas do estudante não podem ser exploradas com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa. IX - O estudante guardará sigilo a respeito das informações obtidas a partir da relação com os pacientes e com os serviços de saúde. X - Cabe ao estudante empenhar-se em promover ações individuais e coletivas que visem melhorar o sistema e os serviços de saúde. XI - O estudante buscará ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional médica,seja por remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da medicina e seu aprimoramento técnico-científico. XII - O estudante terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir de apontar aos seus responsáveis (professores, tutores, preceptores, orientadores) atos que contrariem os postulados éticos previstos neste Código. XIII - Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o estudante de medicina agirá com isenção e independência, para um maior benefício aos pacientes e à sociedade. XIV - Os estudantes de medicina envolvidos em pesquisas científicas devem respeitar os princípios éticos e as disposições encontradas nas diretrizes e normas brasileiras regulamentadoras de pesquisas envolvendo animais e seres humanos. XV - Na aplicação dos novos conhecimentos, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o estudante deverá zelar para que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, condição social, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, deficiências ou outras singularidades. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db XVI - O estudante de medicina deve, desde sua graduação, conhecer, discutir com seus docentes e compreender como será sua vida profissional de acordo com as normas, os direitos e as obrigações do Código de ética médica que regulam o exercício da sua futura profissão. XVII - O estudante de medicina não deve aceitar ou contribuir com a mercantilização da medicina. XVIII - O estudante de medicina deve conhecer e divulgar o seu Código a todos os demais estudantes, professores, profissionais de saúde e sociedade civil. RELAÇÃO DO ESTUDANTE COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO Art. 7º: É direito do estudante apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições onde exerça sua prática quando julgar indignas do ensino ou do exercício médico. Art. 8º: É direito do estudante de medicina procurar ter representatividade na instituição, a fim de ter garantido o direito à voz e ao voto, bem como participar de projetos que visem a melhoria da educação médica em sua instituição. Art. 9º: O estudante de medicina pode recorrer às instituições competentes a fim de garantir condições adequadas de aprendizagem em cenários de ensino teóricos e práticos. Art. 10: O estudante de medicina deve respeitar os funcionários da instituição de ensino e dos serviços de saúde. ESTUDANTE CADÁVER Art. 13: O estudante de medicina guardará respeito ao cadáver, no todo ou em parte, incluindo qualquer peça anatômica, assim como modelos anatômicos utilizados com finalidade de aprendizado. RELAÇÕES INTERPESSOAIS DO ESTUDANTE ● Respeito às diversidades e pluralidades ● Prática de trotes (posicionar contra violência) ● Gravar aulas sem permissão ● Garantia do direito à organização de ligas, DA ● Posicionar contra assédio ● Respeito e empatia ao paciente ● Vetado se identificar como médico ● SIGILO ● Escrita legível ESTUDANTE/ESTUDOS E FORMAÇÃO Art. 34: É permitido o uso de plataformas de mensagens instantâneas para comunicação entre médicos e estudantes de medicina, em caráter privativo, para enviar dados ou tirar dúvidas sobre pacientes, com a ressalva de que todas as informações passadas tenham absoluto caráter confidencial e não possam extrapolar os limites do próprio grupo, tampouco circular em grupos recreativos, mesmo que compostos apenas por médicos e estudantes. Art. 35: É responsabilidade do estudante contribuir na construção de um currículo que valorize o processo de reflexão crítica e humanística no ensino. Art. 36: Ao estudante de medicina cabe valorizar a compreensão da determinação social do processo saúde-doença. Art. 37: Ao estudante de medicina cabe buscar uma formação que valorize o princípio de equidade na atenção à saúde, que garante o tratamento diferenciado, baseado nas necessidades específicas do paciente. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Estudante de não pode receber salário pela execução de atividades acadêmicas • Uso de aplicativo de mensagens instantâneas (WWP) • A melhoria na construção do seu currículo é sua responsabilidade LEI DO ATO MÉDICO - Lei nº 12.842/13; ● Regulamentação legal de atividades médicas; ● Aprovado após 12 anos em tramitação. “Art 2º O objeto da atuação do médico é a saúde do ser humano e das coletividades humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua capacidade profissional e sem discriminação de qualquer natureza As ações do médico se pautam nos seguintes eixos: a) Promoção, a proteção e a recuperação da saúde; b) Prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças; c) Reabilitação dos enfermos e portadores de deficiências. “Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem.” (Art. 4º) São atividades exclusivas dos médicos: ● Indicação e execução de intervenções cirúrgicas/procedimentos invasivos ● Coordenação e execução das estratégias de intubação orotraqueal; ● Execução de sedação profunda, anestesia geral e bloqueios ● Emissão de laudos em exames de imagem ou invasivos ● Determinação de prognóstico ● Indicação de internação e alta ● Realização de perícia médica e exames médico-legais; ● Emissão de atestados de saúde/doença ● Atestar óbito, EXCETO em caso de morte natural em locais sem médico ATENÇÃO! - VETOS AO ART. 4º ● Formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica ● Indicação e prescrição de órteses e próteses ● Invasão da pele com o uso de produtos químicos ou abrasivos ou para realização de drenagem Art. 4, p. 5 - ) Não são privativas dos médicos: ● Aspiração nasofaríngeo/orotraqueal; ● Realização de curativos até o subcutâneo, mesmo que com debridamento ● Atendimento de paciente em risco de morte iminente ● Realização e laudo de exames citopatológicos; ● Coleta de material biológico para exames; ● Procedimentos de recuperação funcional em orifícios naturais, desde que não comprometam a integridade destes. (Art. 5º) São atividades privativas ao médico: ● Perícia e auditoria médica (supervisão das ações privativas); ● Ensino de disciplinas especificamente médicas Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db ● Coordenação de cursos de Graduação, Residência ou Pós-Graduação em Medicina. Obs. A gestão (direção e Chefia) de serviços médicos NÃO É exclusiva ao Médico (BRASIL, 2013) Às atribuições próprias das demais profissões da Área da Saúde são resguardadas. Principais marcos na História da Medicina: PRIMEIRA OPERAÇÃO CESARIANA A operação cesariana na antiguidade (antes de 1500) só era praticada após a morte da parturiente, com a finalidade de salvar o feto ainda com vida. Desde 700 a.C, a lei romana proibia os funerais de toda gestante morta, antes que se fizesse a cesárea para retirada do feto. É interessante conhecer a história da primeira cesárea em vida de que se tem notícia. Foi a mesma realizada em 1500, em Sigershaufen, pequena cidade da Suíça, por Jacob Nufer, em sua própria esposa. Jacob Nufer não era médico e nem sequer cirurgião-barbeiro. Era um homem simples do povo, habituado a castrar porcas. Sua mulher, primípara, entrou em trabalho de parto e, como era de hábito na época, estava sendo atendida por parteira. Por alguma razão, a criança não nascia. Desesperado, o marido chamou uma a uma todas as parteiras do lugar, em número de 13. Depois de muitas tentativas e de longa espera, vendo que as forças de sua esposa se exauriram, apelou paraos cirurgiões-barbeiros do lugar, acostumados a praticar a talha hipogástrica para retirada de cálculo vesical, a fim de que fizessem a operação cesariana em sua esposa. A simples ideia de um cirurgião-barbeiro atender a uma parturiente já constituía um fato inédito que contrariava todos os costumes da época. Nenhum deles atreveu-se a prestar socorro à infeliz mulher. Nufer decidiu, então, solicitar permissão às autoridades civis da cidade para praticar, ele mesmo, a operação cesariana em sua esposa. Auxiliado por duas parteiras mais corajosas, colocou sua mulher sobre uma mesa e com uma navalha abriu-lhe o ventre. Diz a crônica que o fez com tal habilidade que a criança foi removida de um só vez, sem provocar qualquer lesão na mãe ou no filho. As outras onze parteiras que aguardavam do lado de fora, ao ouvirem o choro da criança, quiseram entrar, no que foram impedidas, até que Nufer procedesse ao fechamento da incisão, tal como fazia com as porcas que ele castrava. Houve cicatrização da ferida e a parturiente recuperou-se integralmente, tendo tido no decorrer de sua vida outras cinco gestações, com partos normais, um dos quais gemelar. A criança, que resistirá à ação de 13 parteiras e à intervenção cirúrgica, sobreviveu e teve desenvolvimento normal. ● Vesalius publica obra sobre anatomia humana; 1581 – Livro de Roussef que caracterizava o parto cesáreo viável com o estabelecimento de riscos e indicações ● 1610 – realização da primeira cesariana dita verdadeira – com documentação ● 1700-1849 – surgimento dos hospitais e estudos do mecanismo de parto nesses locais. ● A introdução da cesárea na prática obstétrica só teve início a partir do século XVII. Tinha uma alta mortalidade fetal e materna e só era praticada em casos muito especiais. Somente no século XX a cesárea tornou-se uma operação rotineira. No Brasil, a primeira operação cesariana é creditada ao Dr. José Correia Picanço, barão de Goiana, tendo sido realizada em Pernambuco no ano de 1817, " Picanço praticar gratuitamente na cidade do Recife, a operação cesariana em uma mulher preta, que sobrevivera, sendo essa a primeira estupenda operação de tal natureza que se fizera nesta província.”. Utilização de anestesia no parto só a partir do século XIX com a descoberta de efeitos anestésicos de algumas substâncias. Em 1847 realizou-se o primeiro parto com a utilização de Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db clorofórmio como anestésico. Aliviar a dor do parto não era aceito pela igreja, porque acreditavam ser contra a ordem natural de Deus. - Pfannestiel descreve técnica de incisão da fáscia em sentido transversal (até então somente mediana), com as vantagens de ↓ da dor no pós-operatório e cicatrizes antiestéticas seriam evitadas. É a mais usual em tempos atuais. Pré história: Dividido entre os períodos paleolítico, neolítico e idade dos metais. No geral faltam evidências escritas, porém se tratava de uma medicina básica, tendo em vista o pouco conhecimento sobre o funcionamento do organismo humano. O tempo de vida do primitivo era em torno de 30 a 40 anos, sendo que os homens viviam mais que as mulheres. De acordo com as evidências disponíveis é possível perceber que a medicina se iniciou por meio de práticas instintivas e empíricas e o tratamento médico tinha íntima relação com a natureza e com a superstição acerca dos espíritos. Exemplo de práticas médicas: • Uso de ervas estéticas • Banhos frios para alívio da dor • Trepanação para eliminar os espíritos do mal: é uma praticas que visa perfurar um orifício no osso Medicina Primitiva Trata-se do período pré- histórico. Neste contexto, religião, magia e tratamento médico são indispensáveis. Acreditava-se que as causas das doenças eram correlatas a maldições e castigos dados pelos deuses. Ademais, a prática médica era exercida por feiticeiros e curandeiros, pois se acreditava no poder das divindades para se decidir entre a vida e a morte e de provocar a cura das doenças. As cirurgias feitas na época tinham como exemplo os alinhamentos de fratura, trepanação, e controle de hemorragias. Era usada ventosa, sangria, lama e ervas medicinais. Medicina Antiga Mesopotâmia É importante citar a presença do povo sumério, que viviam no Sul da Mesopotâmia, e criaram o primeiro sistema de escrita cuneiforme e construíram as primeiras cidades. Para eles as doenças poderiam ter causas naturais ou divinas. Para saber qual era a causa real, o doente deveria procurar inicialmente um adivinho e, a partir do resultado, procurar um sacerdote exorcista caso a causa da enfermidade fosse divina ou um sacerdote médico se a causa fosse natural. Os mesopotâmios acreditavam que o sangue era a fonte de todas as funções vitais humanas e, pela grande quantidade de sangue originado no fígado durante o sacrifício de animais, achavam que este órgão era origem e centro da distribuição de sangue no corpo. Os mais antigos textos babilônicos na data da medicina remontam ao período babilônico antigo na primeira metade do segundo milênio aC. O mais extenso texto médico da Babilônia, no Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db entanto, é o Manual de Diagnóstico por escrito pelo médico-Esagil-kin apli de Borsippa, durante o reinado do rei babilônico Adad-apla-iddina (1069- 1046 aC). Junto com a medicina egípcia contemporânea, os babilônios introduziram os conceitos de diagnóstico, prognóstico, exame físico, e prescrições médicas. Além disso, o Manual de Diagnóstico introduz os métodos de terapia e etiologia e a utilização de empirismo, lógica e racionalidade no diagnóstico, prognóstico e tratamento. O texto contém uma lista de sintomas médicos e observações empíricas frequentemente detalhados, juntamente com regras lógicas usadas em combinação de sintomas observados no corpo de um paciente com o diagnóstico e prognóstico. Código de Hamurabi ● Código de leis criadas, as quais são baseadas na lei do talião. Principais pontos que abordam a prática médica: ● Recompensa ao médico em caso de cura ● Punições em caso de morte ou dano grave causado ao doenças ● Coleções de leis para a prática médica na Babilônia – analogia com a atualidade – código de ética médica Egito Antigo Principal característica – medicina e religião como dois fatores pouco dissociados. Sendo assim a saúde e a doença são relacionadas aos deuses e, também, havia uma divindade protetora para cada parte do corpo humano. Estudos baseados em papiros – todos os conhecimentos acerca da prática médica egípcia antiga são baseados em papiros. Eles mostram o processo de cirurgias delicadas, engessamento de ossos quebrados e conhecimento avançado acerca do sistema circulatório e da fisiologia cardíaca. Os egípcios praticavam a mumificação, que consistem em uma série de processos físicos e químicos para a preservação dos corpos. Consistem em remoção cirúrgica de alguns órgãos internos, que eram tratados e colocados no lugar correto. Esta prática garantiu aos egípcios maior conhecimento acerca da fisiologia humana. Um exemplo a ser citado pode ser visto no corpo de Ramsés II, que teve veias e artérias retiradas, mumificadas e recolocadas. Exemplos de práticas médicas: ● Conferência de batimentos cardíacos ● Limpeza do corpo ● Circuncisão ● Controle de hemorragias ● Tampões em mulheres ● Tipoias para fraturas Grécia Antiga Forte ligação entre medicina e religião, sendo assim acreditava-se que os deuses gregos tinham poderes para causar doenças e que as enfermidades eram resultado de ofensas feitas aos deuses. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db É necessário citar sobre Esculápio, considerado o deus da saúde para os gregos e que tambémé símbolo da medicina. Haviam os templos de Esculápio, santuários religiosos e balneários medicinais. São vistos como os precursores dos homens Teoria dos 04 humores: Os filósofos pitagóricos imaginavam o universo formado por quatro elementos: terra, ar, fogo e água, dotados de quatro qualidades opostas aos pares: quente e frio, seco e úmido. Posteriormente houve a transposição desta teoria dos quatro elementos para o campo da biologia e medicina. Segundo a doutrina dos 04 humores, o sangue é armazenado no fígado e levado ao coração , onde se aquece, sendo considerado quente e úmido. A fleuma que compreende todas as secreções mucosas provém do cérebro e é fria e úmida por natureza: a bile amarela é secretada pelo fígado e quente e seca, enquanto a bile negra é produzida no baço e estômago e é de natureza fria e seca. Hipócrates: Responsável por uma visão e abordagem mais racional da medicina. Separou a medicina de superstição, ou seja, marcou o período de transição entre o pensamento mitológico e racional. Para HIPÓCRATES, o corpo humano estava em conexão com a physis, a natureza, e esta conexão a priori era harmoniosa. A doença tornava-se verificável quando esta harmonia se alterava. CORPUS HIPPOCRATUM: Se trata de uma coletânea com cerca de 60 tratados médicos A atenção para sinais como febre, inchaço, amarelamentos e demais sinais que na medicina moderna são chamados de sintomas e a tentativa de relacionar tais sinais com possíveis distúrbios na harmonia do corpo foram um dos principais avanços do pensamento de Hipócrates. Aristóteles: Foi responsável por nomear a aorta e estabelecer as diferenças entre artérias e veias. Também é considerado o fundador da anatomia comparada, método que permitiu maior conhecimento acerca da origem dos órgãos. Teofrasto; Discípulo de Aristóteles. Explicou a perda da consciência, vertigens e sudorese. A escola médica Grego foi a primeira inaugurada em Cindes em 700 aC. Alcmaeon, autor do primeiro trabalho anatômico, trabalhou nesta escola, e foi aqui que a prática de pacientes de observação foi estabelecida. Como foi o caso em outros lugares, os gregos antigos desenvolveram um sistema de medicina humoral onde o tratamento procurou restaurar o equilíbrio dos humores dentro do corpo. Templos dedicados ao deus - Asclépio, conhecido como Asclepieia, funcionavam como centros de aconselhamento médico, prognóstico e de cura. Nesses santuários, os pacientes entraram numa onírica como o estado de sono induzido conhecido como enkoimesis e não ao contrário Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db da anestesia, em que receberam orientação da divindade em um sonho ou foram curados por cirurgia. O médico grego Hipócrates de Cós (c 460 -.. C 370 aC), o “pai da medicina”, lançou as bases para uma abordagem racional para a medicina. Hipócrates foi talvez o primeiro a classificar as doenças como aguda, crônica, endêmica e epidêmica, e usar termos como “exacerbação, a recaída, a resolução de crises, paroxismo, pico e convalescença”. O Hipócrates Corpus é uma coleção de cerca de 60 trabalhos médicos iniciais da antiga Grécia fortemente associados com Hipócrates e seus alunos. As obras mais famosas do Corpus é o Juramento de Hipócrates, que ainda é relevante e em uso hoje pelos médicos. Hipócrates não é considerado como sendo o autor exclusivo do Juramento, mas sim o documento pertence a uma coleção maior de tratados sobre medicina grega compilados em um Hippocatium Corpus que leva seu nome. ● O médico grego Galeno (129-217 dC), também foi um dos maiores cirurgiões do mundo antigo e realizou muitas operações audaciosas, incluindo cerebrais e cirurgias cirúrgicas. ● Os romanos inventaram vários instrumentos cirúrgicos, incluindo os primeiros instrumentos exclusivos para as mulheres, bem como os usos cirúrgicos de pinças, bisturis, cautério, tesouras cross-lamelar, a agulha cirúrgica, o som, e as espículas. Código de Ética médica: Importante para a prova: Imperícia/Imprudência/Negligência Possui enfoque punitivo e educativo. Os códigos de ética médica se debruçam sobre um conjunto de normas ligadas ao comportamento do médico durante o chamado ato médico ou seja em atividade profissional. O código trata, entre outros temas, dos direitos dos médicos, da responsabilidade profissional, dos direitos humanos, da relação com pacientes e familiares, da doação e transplante de órgãos, da relação entre médicos, do sigilo profissional, dos documentos médicos, do ensino e da pesquisa médica, e da publicidade médica. São mantidos os princípios tradicionais que regem a prática médica desde o juramento de HIPÓCRATES: honestidade e dedicação do médico, sua dedicação em preservar a vida, não prejudicar os doentes, respeitando seus interesses, privacidade e confidencialidade. O princípio de liberdade do indivíduo é outro pilar do atual código. A pessoa é livre para escolher seu médico, para aceitar ou rejeitar o que lhe é oferecido: exames, consultas, internações, prontuários médicos, participação em pesquisa clínica. Mas o exercício da liberdade depende de o paciente receber informações justas, claras e adequadas. Daí a importância do consentimento informado, livre e esclarecido. O médico deve exercer a medicina sem discriminação de qualquer natureza, deve praticar a solidariedade entre médicos, e pessoalmente responsabilizar-se por seus atos, deve preservar sua independência profissional Elucidar o código de ética médica e o juramento de Hipócrates: Criado quatro séculos antes de Cristo, o JH contém em sua essência preceitos fundamentais da ética médica, como reconhecimento da sacralidade da vida e respeito à dignidade humana. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db É um fator afirmado e de compromisso com os princípios éticos vigentes. Contudo com as conquistas tecnológicas atuais, foi introduzida muitas inovações no exercício da medicina e passaram a conclamar uma revisão de seus postulados éticos. Buscando-se adequar a realidade de cada época o JH teve diversas alterações ao longo dos anos, partes omitidas e acrescentadas. Respeito ao paciente, compromisso em honrar a profissão, e segredo médico são alguns ideais presentes até hoje nos juramentos. Algumas partes perderam validade, como os votos de honrar seu mestre e seus filhos e provê- los financeira e intelectualmente se necessário. Temas conflitantes como eutanásia, e aborto passaram a ser excluídos em alguns casos enquanto outros temas não implícitos no JH adquiriram importância até hoje, como consentimento informado e justiça social. A utilização de juramento médico é amplamente difundida nas escolas médicas brasileiras, mas, ao contrário de outros países, os textos utilizados ainda são baseados, em sua grande maioria, no JH e não abordam temas relevantes para ética médica e bioética. Ética A ética propriamente dita, como estudo sistemático sobre os conceitos relativos de bem e mal , supõem-se que nasceu quando o ser humano começou a discutir /refletir como seria a melhor maneira de viver e conviver. A palavra ética, do latim éthicus é o ramo do conhecimento que estuda a conduta humana, estabelecendo os conceitos de bem e mal, numa determinada sociedade em uma determinada época. A palavra ética deriva do greto ethos, que significa costume ou prática, maneira característica de agir nos atos deliberados do ser humano. Ética implica em juízo de valores, e vem de dentro pra fora do indivíduo, está intricada em seu próprio eu e depende das opções dadas ao sujeito, portanto, precisa de liberdade. Além de necessitar de liberdade, o exercício da ética implica em responsabilidade. A ética convida o indivíduo a tomar parte na elaboração das regras de sua conduta.Os comandos éticos ensejam sempre a liberdade do sujeito, afirmando sua autonomia, condição sine qua non para o diálogo da ética. Vulgarizou-se, tornando-se amplamente utilizada em nosso meio como sinônimo de correto. Entre os médicos o termo ficou atrelado historicamente aos códigos de ética medica, criando uma linguagem próprio, universal, cômoda e de interpretação falsa, como um vicio ou dogma ÉTICA MÉDICA Naturalmente os pressupostos da ÉTICA MÉDICA são direcionados aos médicos no seu exercício profissional, ou seja, durante o ato médico. Acredita-se que o nascimento da medicina tem uma ligação muito grande com o sofrimento humano e a tentativa de minimizá-lo. A força propulsora que gerou a atividade médica foi o desejo de curar as doenças. Todavia, nem sempre isso é possível, e a conduta médica deve curar quando é possível, mas aliviar sempre. Desta maneira o foco da medicina deve ser o cuidado, buscando aliviar o sofrimento. Para aprimorar o exercício profissional da medicina, a ética médica é traduzida no formato de CEM. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db FUNDAMENTOS ÉTICOS DA MEDICINA HIPOCRÁTICA: A medicina hipocrática inaugura o pensamento ético contemporâneo, respeitando a autonomia do paciente e prevenindo danos. Desde o JH, já ficava evidente o tríplice compromisso dos médicos: com os doentes, com os colegas e com a sociedade, dentro desta ordem hierárquica. A filosofia hipocrática defende que a ação do médico deve ser realizada inicialmente em benefício do paciente. Três valores hipocráticos merecem consideração para o exercício da profissão: filantropia, filosofia e filotécnica. Filantropia: amor às pessoas, amor aos seres humanos. O médico deve no mínimo gostar dos pacientes para ao menos consolar quando não consegue curar ou aliviar o sofrimento humano. Vale ressaltar que o oposto de filantropia, sua negação, seria a indiferença. Já o termo filosofia significa amor ao conhecimento, seria gostar de aprender. O princípio da filotécnica refere-se ao amor à arte, no sentido de oficio, ocupação, profissão. Seria gostar do seu trabalho, amor pelo que faz. PRINCÍPIOS BASILARES DA MEDICINA HIPOCRÁTICA 1) Favorecer e não prejudicar, que significa está acolhendo o mal menor 2) Abster-se de tentar procedimentos inúteis – os médicos gregos não atendiam aos moribundos, e aos doentes considerados incuráveis, porque o consideravam fora do alcance de sua profissão 3) Dever de dedicar lealdade prioritária ao paciente – fidelidade e altruísmo, colocando em primeiro lugar os interesses do doente e depois os interesses da cidade, inclusive os interesses dos demais médicos, todos estes postos acima dos próprios interesses. 4) Atacar, de preferência, as causas da enfermidade 5) Princípio da dignidade especial do homem, diante dos demais seres da natureza e da medicina, diante de outras atividades humanas na sociedade, o que produziu o humanismo grego. Órgãos reguladores da atividade médica CRM- Conselho Regional de Medicina A competência e a legitimidade do conselho decorrem de lei federal - 3268/57 - aprovada pelo congresso nacional. Possui 03 competências básicas: a) Cartorial: reconhece e registra títulos e diplomas dos médicos, habilitando-os ao exercício legal da medicina; - b) Fiscalizador: Fiscalização do exercício profissional perante as pessoas físicas e jurídicas, em todos os ramos e especialidades da atividade médica – c) Judicante: Obrigação de receber, conhecer e julgar as denúncias de infrações no âmbito Ético-Profissional As ações do CRM são submissas às aprovações e vistorias do CFM. CFM - Conselho Federal de Medicina- Possui as mesmas funções que o CRM, porém atua na esfera federal. É uma autarquia com autonomia lucrativa e administrativa. O CFM também é responsável pela formulação do Código de Ética Médica. Sindicato médico O sindicato atua e luta pelos direitos dos médicos, na defesa pela melhoria das condições de trabalho e remuneração, já que a Constituição prega que é o Sindicato o único Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db órgão com representação legal para realizar a defesa do médico, tanto individual quanto coletivamente. Associação Brasileira Médica (ABM) É uma sociedade sem fins lucrativos, cuja missão é defender a dignidade profissional do médico e a assistência de qualidade à saúde da população brasileira CFM Art .5º São atribuições do Conselho Federal: a) organizar o seu regimento interno; b) aprovar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais; c) eleger o presidente e o secretária geral do Conselho; d) votar e alterar o Código de Deontologia Médica, ouvidos os Conselhos Regionais; e) promover quaisquer diligências ou verificações, relativas ao funcionamento dos Conselhos de Medicina, nos Estados ou Territórios e Distrito Federal, e adotar, quando necessárias, providências convenientes a bem da sua eficiência e regularidade, inclusive a designação de diretoria provisória; f) propor ao Governo Federal a emenda ou alteração do Regulamento desta lei; g) expedir as instruções necessárias ao bom funcionamento dos Conselhos Regionais; h) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e diri-las; i) em grau de recurso por provocação dos Conselhos Regionais, ou de qualquer interessado, deliberar sobre admissão de membros aos Conselhos Regionais e sobre penalidades impostas aos mesmos pelos referidos Conselhos. j) fixar e alterar o valor da anuidade única, cobrada aos inscritos nos Conselhos Regionais de Medicina; e (Incluído pela Lei nº 11.000, de 2004) l) normatizar a concessão de diárias, jetons e auxílio de representação, fixando o valor máximo para todos os Conselhos Regionais. Para que serve o Conselho Regional de Medicina? O Conselho Regional de Medicina é o órgão que representa o Conselho Federal de Medicina no âmbito estadual. Ambos podem atuar tanto em conjunto quanto de forma autônoma, desde que os casos julgados estejam dentro das suas competências. Cabe ao CRM fiscalizar a atuação dos médicos, garantindo que ela esteja de acordo com o Código de Ética da profissão. Nos casos que ferem a ética médica, o Conselho vai julgar e até suspender ou cassar o registro do profissional. Outra função do CRM é realizar o registro dos médicos e das entidades jurídicas, como as clínicas médicas, avaliando as capacidades do requerente e o quanto elas estão próximas ao que é necessário para exercer a profissão, conferindo a titulação de especialidade médica, por exemplo. Além de todos esses pontos, o CRM ainda: ● avalia as questões referentes à publicidade médica, garantindo que todas estejam de acordo com o que prega o Código de Ética e a legislação pertinente sobre o assunto; ● analisa os artigos científicos produzidos por médicos e veiculados à imprensa, garantindo que haja ética e responsabilidade na disseminação de conteúdo; ● executa o cancelamento ou a transferência dos médicos ou das instituições médicas, como no caso de alteração de clínica ou de consultório; Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db ● luta para promover melhores condições de trabalho para os médicos, valorizando a profissão e pensando na sociedade. Quais são as ações do CRM em prol do trabalho do médico? Como você pôde notar ao ler o tópico anterior, muitas das ações dos Conselhos Regionais de Medicina estão voltadas justamente para garantir melhores condições de trabalho a todos os médicos. São várias as medidas tomadas nesse sentido e cada CRM poderá ter ações próprias. Um exemplo é a prova do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). O exame,que já existia desde 2005, passou a ser obrigatório a todos os formandos em Medicina no estado desde 2015 e busca nivelar o ensino em São Paulo, garantindo que os médicos formados tenham os conhecimentos básicos para atuarem e exercerem a profissão. Embora o exame seja obrigatório para que o recém-formado consiga o CRM no estado, mesmo quem for reprovado poderá obter o registro, já que a obrigatoriedade da prova depende de lei federal. Porém, desde 2016, a participação no exame da Cremesp se tornou obrigatória para conseguir ter acesso à residência médica, principalmente nos programas mais concorridos do estado. Além disso, existem várias outras ações dos Conselhos Regionais que são interessantes aos médicos, como palestras informativas sobre leis e condutas, eventos relacionados a diversas áreas médicas, programas de educação continuada, entre outras. Principais funções do Conselho Regional de Medicina Podemos resumir como as principais atribuições dos Conselhos: ● zelar e manter a ética no exercício da medicina, atuando como judicante nos casos dos processos de médicos que ferem a ética, podendo, até mesmo, realizar a cassação e a suspensão do registro do médico; ● trabalhar na regulamentação da prática da medicina; ● realizar atividades educativas, como publicação de periódicos, organização de eventos regionais e promoção de certificados de acreditação; ● realizar atividade cartorial, como de supervisionamento dos CRMs, elaboração do Código de Ética Médica, elaboração do Código de Processo Ético e de legislações correlatas, como de Publicidade Médica. Qual é o papel do Conselho Regional de Medicina para a sociedade? Além de atuar junto aos médicos, os Conselhos Regionais também desempenham um papel muito importante perante a sociedade. Afinal, são esses órgãos que, por meio das suas ações de fiscalização, garantem uma maior qualidade dos profissionais, zelando pela ética médica e oferecendo atividades de educação continuada. Se algum paciente se sentir lesado por uma ação de um médico, ele deverá buscar o CRM do seu estado para fazer a denúncia, que será analisada pelo Conselho. Com mais médicos bem formados, éticos e capazes, quem tem a ganhar é a sociedade, com um maior incentivo à saúde e podendo contar com mais profissionais aptos a realizar os serviços. Antes de agendar uma consulta, por exemplo, o paciente pode ir até o site do CRM do seu estado e conferir se o profissional é realmente cadastrado e habilitado para tal especialidade médica. Ainda é papel dos Conselhos Regionais definir e fiscalizar quais são as condutas pertinentes aos médicos, evitando que as ações deles coloquem em risco a vida das pessoas. Sem essa Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db definição e fiscalização, muitos procedimentos poderiam ser feitos de maneira pouco segura, comprometendo o atendimento à população. Assim, podemos entender que os Conselhos atuam como um verdadeiro guia para os médicos, e essas normas ajudam a promover uma aproximação dos serviços de saúde, dos profissionais e da sociedade como um todo. Quando procurar o CRM? Os Conselhos oferecem vários serviços ao médico, permitindo, inclusive, que o profissional esclareça dúvidas sobre qualquer ato mais burocrático do exercício da sua profissão. Por exemplo, antes de realizar uma propaganda, o médico poderá contatar o CRM da sua região para conferir se a peça publicitária está de acordo com a legislação específica, evitando problemas posteriores. Além disso, se o médico estiver respondendo por irregularidade no exercício da profissão, ele poderá procurar o seu CRM para analisar o andamento do processo ou para apresentar legítima defesa. Junto ao Conselho, o profissional acusado ainda poderá solicitar uma revisão do seu caso. Se o profissional tiver dúvidas sobre suas ações e sobre a sua conduta, o órgão também pode auxiliá-lo, oferecendo informações importantes para evitar irregularidades. É também por meio dos Conselhos que os médicos podem ter acesso aos Códigos de Ética, às leis de propaganda e às demais resoluções importantes relacionadas à sua prática profissional. Todas as vezes que você tiver dúvidas sobre sua atuação ou julgar necessário, poderá recorrer ao Conselho Regional de Medicina, bem como para atualizar o seu registro, modificar o seu endereço de atuação, requerer certidões ou emitir documentos pessoais.O Código de Ética Médica passou por uma revisão em virtude da própria evolução da Medicina, das transformações da sociedade e dos avanços tecnológicos e métodos científicos. A última atualização do documento começou a ser discutida em 2007 e passou a valer em 13 de abril de 2010. PONTOS IMPORTANTES DO CODIGO DE ETICA MEDICA ● o médico precisa ter o consentimento esclarecido do paciente ou de seu representante legal após esclarecer sobre o procedimento a ser realizado; ● o médico pode recusar condições de trabalho inadequadas; ● o médico deve evitar procedimentos desnecessários em pacientes terminais; ● abandono de plantão passou a ser considerado falta grave; ● é obrigatória a identificação do médico e letra legível em receitas e atestados; ● proibição da prática de manipulação genética; ● direito do paciente de decidir sobre métodos contraceptivos; ● direito do paciente a uma cópia do prontuário médico; ● escolha do sexo do bebê é vedada na reprodução assistida; ● proibição do uso de placebo em pesquisa quando há tratamento eficaz; ● apoio do médico à categoria; ● declaração de conflito de interesse pelo médico; ● proibição da relação do médico com farmácia ou comércio; ● conduta em relação à propaganda de medicamentos; ● conduta em relação aos anúncios publicitários profissionais; ● proibição do médico à vinculação de cartões de descontos e consórcios. • Medicina da Família e Comunidade e Método Centrado na pessoa O Brasil é um país de dimensões continentais e com forte desigualdade socioeconômica entre as diversas regiões e estratos da sociedade. Possui um modelo federativo que confere Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db importante autonomia a estado s e municípios na gestão e controle de suas políticas públicas, o que favorece a existência de uma heterogeneidade na forma como se expressam no território; A Medicina de Família e Comunidade no Brasil ainda é exercida predominantemente na atenção primária à saúde do SUS, incluindo a Estratégia da Saúde da Família (ESF), prestando atendimento médico geral, integral e de qualidade a indivíduos, famílias e comunidades. Inclui também professores, preceptores, pesquisadores e outros profissionais que atuam ou estão interessados nesta área; Uma segunda contribuição diz respeito ao papel que a Medicina de Família e Comunidade pode ter para consolidar um novo marco legal para a regulação do trabalho interdisciplinar em saúde no Brasil. Por ter m um forte histórico de defesa e atuação multiprofissional, os médicos de família estão em posição privilegiada para dialogar e participar de arranjos legais e institucionais que priorizem o diálogo com outras profissões da saúde, superando uma relação conflituosa entre as corporações por reserva ou ampliação de seus mercados de trabalho; Uma terceira contribuição se refere à Medicina de Família e Comunidade como disciplina e às pontes com outros campos de conhecimento. Enquanto especialidade médica, a Medicina de Família e Comunidade vem investindo nos últimos anos na consolidação de um núcleo de conhecimentos e práticas caracterizado por uma clínica centrada na pessoa (e não na doença), no cuidado continuado e na gestão de planos terapêuticos individuais e familiares; Para exercer bem tal especialidade, o médico deve possuir uma visão holística, considerando sempre os contextos biológico, psicológico e sociale suas interações. Deve também realizar a continuidade da atenção mesmo quando a pessoa precisa ser vista por outro profissionais, idealmente mantendo contato e coordenando as atividades dos mesmos para a obtenção de melhores resultados. Além disso, precisa fazer um atendimento centrado na pessoa atendida, estabelecendo com ela uma boa comunicação e abordar uma abordagem familiar e comunitária, reconhecendo que as interações com outros são parte fundamental dos processos de saúde e doença individuais Segundo o Relatório de Pesquisa do Conselho Federal de Medicina 2011 – Demografia Médica no Brasil, são mais de 350 mil médicos no Brasil, dos quais cerca de 155 mil médicos são generalistas não especialistas, cerca de 45% do total, e somente 2.632 são especialistas generalistas, ou seja, Médicos de Família e Comunidade (MFC). Os MFC são pouco mais de 1% dos médicos brasileiros. MEC Aborda em suas DCN´s que o médico, deve possuir formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade e compromisso social. MCCP Na década de 1980, durante seu desenvolvimento conceitual e seu uso inicial em pesquisas e na educação, a medicina centrada na pessoa era vista como uma “ciência mole”: a atenção e a compaixão eram reconhecidas como aspectos importantes do cuidado humanitário, mas poucos estavam conscientes do papel central da comunicação centrada na pessoa na medicina científica Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db moderna. Para ser centrado na pessoa, o médico precisa ser capaz de dar poder a e compartilhar o poder na relação, o que significa renunciar ao controle que tradicionalmente fica nas mãos dele; Os quatro componentes interativos do método clínico centrado na pessoa Explorando a Saúde, a Doença e a Experiência da Doença: percepções e experiência da saúde, pessoais e únicas (significados e aspirações) histórico, exame físico, exames complementares dimensões da experiência da doença ( sentimentos, ideias, e feitos no funcionamento e expectativas) Entendendo a Pessoa como um Todo: a pessoa (p. ex., história de vida, questões pessoais e de desenvolvimento) , o contexto próximo (p. ex., família, trabalho, apoio social) o contexto amplo (p. ex., cultura, comunidade, ecossistema). Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas: problemas e prioridades metas do tratamento e/ou do manejo papéis da pessoa e do médico; Intensificando a Relação entre a Pessoa e o Médico: compaixão e em patia poder cura e esperança autoconhecimento e sabedoria prática transferência e contratransferência • Mudanças na Educação Médica Com a reforma universitário de 1 968, o conteúdo curricular das escolas médicas passou a ser baseado no método flexneriano. Esse método tornou obrigatório o ensino centrado no hospital e formou profissionais com características mecanicistas, biologistas e individualistas. Sendo assim, na segunda metade da década de 1970, no Brasil, surgiu o Movimento Sanitário, o qual se caracteriza pela luta contra a ditadura, a forma de atenção do complexo médico-industrial e a favor da necessidade de associar a saúde pública e a assistência médica. 1978: Conferência de Alma- Ata • Estabelece a atenção primaria como estratégia prioritária par a se alcançar a meta de saúde para todos até os anos 2000. Estabeleceu que os 03 eixos para se alcançar mais qualificação na APS seria: • Educação baseada na comunidade> Utiliza a comunidade, durante toda a experiência educativa • Educação orientada à comunidade> Leva em conta as necessidades de saúde da comunidade • Aprendizagem baseada em problema (PBL)> Metodologia de ensino ativo que integra as várias disciplinas em torno do problema de saúde dos indivíduos, das comunidades e da sociedade. Essa conferência também definiu a saúde como um estado de bem estar, físico, mental e social- e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Também buscava preencher as lacunas na desigualdade da saúde entre e os países desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos • 1988 Declaração de Edimburgo Teve papel fundamental nas mudanças curriculares da educação médica. Essa declaração visava: • Ampliar os ambientes em que os programas educacionais são realizados para incluir todos os recursos de assistência à saúde da comunidade • Garantir que os conteúdos curriculares reflitam as prioridades de saúde do país e a disponibilidade de recursos • Garantir a continuidade de aprendizado durante toda a vida, mudando de uma ênfase aos métodos passivos para os métodos ativos • Criar currículos de avaliação dos alunos para atingir a competência profissional como valores sociais e não apenas a retenção de informações Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db • Promover treinamento dos professores como educadores e não apenas com especialistas em determinados assuntos • Promover a promoção e a prevenção das doenças • Propõe um envolvimento mais amplo da sociedade, o qual inclui os Ministérios da saúde e comunidade 1986: Carta de Otawa • Estabelece fatores de importância para o alcance de uma política de saúde para todos. • Defende a promoção da saúde como fator fundamental da melhoria da qualidade de vida e, também a capacitação da comunidade nesse processo, salientando então a responsabilidade de todos na busca pelo bem estar geral. • Apresenta requisitos para alcançar seus objetivos: Pré-requisitos fundamentais para a saúde: paz, habitação, educação, alimentação • A defesa da causa: a busca pela saúde pata todos deveria ser conhecido por todas as esferas - A capacitação através do acesso à informação, experiências e a liberdade de escolha para um a vida mais sadia - A mediação através da demanda de uma ação coordenadora de todas esferas. A adaptação dos programas de saúde e às necessidades locais e possibilidades de cada país e região. -Construção de políticas públicas saudáveis. 1985- Rede UNIDA Surgiu como “Rede e de Integração de Projetos Docente-Assistenciais – Rede IDA”, e consistia num grande movimento de mudança na formação de profissionais de Saúde. Ela tem seus primórdios no início dos anos 70, com o movimento social: Reforma Sanitária. Foram desenvolvidas lideranças e elaboradas propostas abrangentes para a saúde no país que foram levadas a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), e culminou no capítulo Da Saúde, na Constituição Federal Brasileira (1988), e na criação do Sistema Único de Saúde (SUS). No bojo da Reforma Sanitária Brasileira, foi constituindo-se um movimento pela mudança na formação dos profissionais de saúde, que ganhou mais vigor a partir dos anos 90, durante o processo de implementação do SUS. Em meados dos anos 90, com o desenvolvimento do Programa UNI (Uma Nova Iniciativa na Educação dos Profissionais de Saúde: união com a comunidade), ocorreu uma evolução da Rede IDA através da articulação com os projetos UNI, e sua denominação passou a ser Rede UNI -IDA, e, posteriormente, Rede UNIDA. • Reúne projetos, instituições e pessoas interessadas em mudar a formação dos profissionais de saúde e consolidar um sistema de saúde equitativo e eficaz com forte participação social. Promove parcerias entre universidades, serviços de saúde e organizações comunitárias, em uma modalidade de cogestão do processo de trabalho colaborativo, em que os sócios compartilham poderes, saberes e recursos. Secretaria executiva em Londrina, procura dinamizar as relações s entre membros, propondo debates e intervençõesPrograma Uni Uma nova in inciativa na formação dos profissionais de saúde: união com a comunidade. Criado no início dos no s 90 pela Fundação W. K. Kellogg. Parte de avaliação crítica das experiências de integração docente-assistencial e visava a implantação de prática pedagógica inovadora, articuladamente com mudanças na assistência à saúde no âmbito dos sistemas locais de saúde - SILOS, e acompanhada de novo tipo de participação social, voltada à promoção da saúde e à melhoria da qualidade de vida. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Colaboradores: Organização Panamericana de Saúde ( OPAS) e Network of Community Oriented Educational Institutions for Health Sciences”. Três componentes: universidade, serviços de saúde e comunidade. Foi implantado em universidades de vinte e três cidades da América Latina, seis das quais, no Brasil: Botucatu - SP,Marília - SP, Londrina - PR, Nat al - RN, Salvador – BA e Brasília - DF. Objetivos: • Promover movimentos de progresso sincrônico na educação, prestação de serviços de saúde e na comunidade; • Criar e difundir modelos, passíveis de replicação, envolvendo três parceiros – universidade e serviços de saúde e comunidade; • Apoiar modelos de Integração Docente Assistencial no âmbito de sistemas locais de saúde - SILOS, baseados no trabalho interdisciplinar e multiprofissional e na inovação de métodos pedagógicos; Juramento de Hipócrates: Criado no Século V a.C; A escola hipocrática separou a medicina da religião e da magia, afastou as crenças em causas sobrenaturais das doenças e fundou o alicerce da medicina racional e científica; estabeleceu as normas ética s de conduta que devem nortear a vida do médico, tanto no exercício profissional, como fora dele; algumas escolas médicas usam versões modernas do JH, outras a Declaração de Genebra ou um juramento próprio. A utilização de juramento médico; Princípios basilares da Medicina Hipocrática A Medicina hipocrática é a origem da Medicina ocidental contemporânea, de ascendência grega, ela foi adaptada de acordo com a evolução do conhecimento científico moderno 1)Favorecer e não prejudicar (primo non nocere, primeiro, não fazer o mal) que significa estar escolhendo o mal menor; 2)Abster- se de e tentar procedimentos inúteis (os médicos gregos não atendiam aos moribundos e aos doentes considerados incuráveis, por que o consideravam fora o alcance de sua profissão); 3)O dever de dedicar lealdade prioritária ao paciente (fidelidade e altruísmo, colocando sempre em primeiro lugar os interesses do doente e depois, os interesses da cidade, inclusive os interesses os demais médicos, todos estes postos acima dos próprios interesses); 4)Atacar, de preferência, as causas da enfermidade (o tratamento dos efeitos é sempre considerado pelos hipocráticos uma pobre alternativa à terapêutica) 5)Princípio da dignidade especial do homem, diante dos demais seres da natureza e da Medicina, diante das outras atividades humanas na sociedade, e que produziu o humanismo greco-romano Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db Órgãos fiscalizadores das atividades médicas: CRM Órgão supervisor da ética profissional no estado, cabendo-lhe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético e m oral da Medicina e o prestígio dos que a exerçam legalmente. Ao CRM cabe disciplinar e julgar os médicos a ele jurisdicionados, exigindo o fiel cumprimento do Código de Ética Médica (CEM), das normas referentes ao exercício profissional e à legislação sanitária a) CARTORIAL - É um órgão que reconhece e registra títulos e diplomas dos médicos, habilitando-os ao exercício legal da medicina; b) FISCALIZADOR - Fiscalização do exercício profissional perante as pessoas físicas e jurídicas, em todos os ramos e especialidades da atividade médica; AMB - É uma sociedade sem fins lucrativos, fundada em 26 d e janeiro de 1951, cuja missão é defender a dignidade profissional do médico e a assistência de qualidade à saúde da população brasileira; • Buscando o aprimoramento científico e a valorização profissional do médico, desde 1958, a AMB concede Títulos de Especialista aos médicos aprovados em rigorosas avaliações teóricas e práticas; • A AMB tem atuado junto ao Ministério da Educação e no Congresso Nacional para combater a abertura de cursos de Medicina de má qualidade e rever as autorizações de funcionamento dos hoje existentes. Uma faculdade qualificada precisa ter requisitos básicos como: corpo docente capacitado na área médica, oferta de vagas de residência, unidades próprias de internação, ambulatorial e de emergência, centros cirúrgicos e obstétricos; desde 2000, a AMB elabora as Diretrizes Médicas baseadas em evidências científicas com o intuito de padronizar condutas e auxiliar o médico na decisão clínica de diagnóstico e tratamento; FENAM • Criado em 1973 para defender os direitos dos profissionais de medicina em diversas instâncias, como condições de trabalho, remuneração, melhoria na qualificação profissional, reconhecimento entre outros; Programas mais médicos Objetivos • Prevê cobertura equitativa e universal da atenção primária à saúde no mundo; • É um a prática de cooperação na Região das Américas; • Instituído por meio da Medida Provisória no 621 de 8 de julho de 2013, convertida na Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013; • Preconiza suprir carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na área da Saúde, sendo uma estratégia para viabilizar a garantia mínima de pelo menos um profissional médico em cada município do Brasil e a ampliação da cobertura médica; • Aprimora a formação médica no País e proporciona maior experiência no campo de prática médica durante o processo de formação. Remova Marca d'água WondersharePDFelement http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=5484&m=db • Fortalecer a política de educação permanente com a integração ensino- serviço, por meio da atuação das instituições de educação superior na supervisão acadêmica das atividades desempenhadas pelos médicos. Mecanismos de oferta do Mais Médicos: a) por chamadas públicas de adesão B) por cooperação técnica internacional: aos médicos formados em instituições de educação superior estrangeiras, por meio de intercâmbio médico internacional. Ordem de prioridade para a seleção e ocupação das vagas ofertadas: 1-médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no País, inclusive os aposentados; 2-médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras com habilitação para exercício da Medicina no exterior; 3-médicos estrangeiros com habilitação para exercício da Medicina no exterior. A República de Cuba opera cooperações em diversos países, e os médicos formados pelo sistema público de ensino segundo as normas deste país são contratados para cumprimento temporário de missões. O ingresso e a atuação do médico cubano no Brasil e no Programa Mais Médicos têm legitimidade por meio do seu vínculo com o governo cubano e deste com a Opas. Impacto do Programa • Expansão da cobertura de Atenção Básica e Saúde da Família; • Melhoria da saúde da população: melhoria de indicadores de saúde e redução de internações; • Satisfação e aprovação dos usuários, médicos e gestores. • 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Indígenas Relação médico paciente A relação médico-paciente é um tema de interesse para a Saúde Pública, particularmente para o contexto do Programa Saúde da Família (PSF). De acordo com as diretrizes dessa estratégia, espera-se que o médico valorize a relação com os pacientes e as famílias, compreendendo