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A FEG é uma alteração da topografia da pele que ocorre sobre a região pélvica, membros inferiores e abdome (Áreas onde possuímos maior concentração de gordura), caracterizado por um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade. ➞ Maior prevalência em mulheres e o marco temporal é na puberdade (pois é uma disfunção que tem relação com a produção hormonal no corpo). ❑ Alguns termos são utilizados para designar a celulite na tentativa de adequar o nome às alterações histomorfológicas encontradas: lipodistrofia localizada, hidrolipodistrofia ginoide, paniculopatia edematofibroesclerótica e paniculose, lipoesclerose nodular, lipodistrofia ginoide e fibroedema geloide. ❑ A definição fibroedema geloide tem-se demonstrado como conceito mais adequado para descrever o quadro, pois retrata de maneira abrangente os achados histopatológicos descritos por diversos autores. ❑ Esses achados se traduzem em retração irregular da superfície cutânea, gerando o clássico aspecto de “casca de laranja”. Esse tipo de retração pode atingir qualquer parte do corpo, exceto as palmas das mãos, as plantas dos pés e o couro cabeludo. ❑ A porção superior das coxas interna e externamente é atingida com maior frequência, seguida da porção interna dos joelhos, da região abdominal, da região glútea e da porção superior dos braços, antero e posteriormente. ➞ FEG é ou não uma doença? » Depende da perspectiva da avaliação da ocorrência. » Se levar em conta o significado de saúde para a OMS, e pensar que a celulite pode gerar traumas psíquicos em uma mulher, podemos considerar a FEG uma doença. » Para os órgãos de saúde é considerada uma desordem estética e não como uma doença. ➞ Teorias quanto a origem da FEG: » Foram desenvolvidas durante as pesquisas da FEG. » Diversas teorias como: Teoria alérgica, Teoria tóxica (incapacidade do fígado e rim eliminar substancias toxicas do corpo), Teoria circulatória (causas externas, roupa apertada etc), Teoria metabólica, Teoria bioquímica e Teoria hormonal. ➞ Classificação quanto o grau: » Grau 1: Considerada latente ou assintomática, tem alterações histopatológicas iniciais, não é visível a olho nu. - Essa classificação não é clínica pois não é visível a olho nu. » Grau 2: Irregularidades no relevo cutâneo, visível pela compressão ou apenas pela contração muscular, diminuição da temperatura e elasticidade da pele e palidez. - Já é mais visível, quando junta os tecidos com a mão ou as pontas dos dedos ou contração da musculatura, já dá para visualizar. » Grau 3: Aspecto de “casca de laranja”, nódulos frios na profundidade, dor aa palpação, palidez, redução da elasticidade da pele. » Grau 4: Nódulos maiores e dolorosos, mais visíveis e mais palpáveis, além da aparência bastante ondulada da pele. ➞ Classificação quanto à forma clínica: » Forma compacta ou dura: É mais aceitável esteticamente (pois não tem aquele aspecto que causa mais constrangimento nas pessoas, por ser mais discreta), comum em pessoas com maior tônus muscular e grandes obesos. - Mais dolorosa e pior prognostico (mais difícil remoção por conta da obesidade e do aumento do tônus muscular). » Flácida: Mais associada a causar problemas psicológicos. Feito por: @Manutristudy - Pessoas com baixo trofismo muscular, sedentários ou pessoas emagrecidas. Ela é mais extensa e menos aceitável esteticamente. É mais fácil de tratar (melhor prognóstico). - Associada a telangiectasias (pequenas hemorragias em vasos sanguíneos que deixa o aspecto de filamentos sanguíneos). - Complicações como varizes, fadiga, paresia e algia de membros inferiores. » Mista: Ocorrência simultânea dos dois tipos anteriores. » Edematosa: Mais grave e menos frequente, normalmente associado à obesidade. - Pele com aspecto de hidratada (lustrosa) e mais rígida (líquido intersticial viscoso e de alta concentração proteica). ➞ Essa alta concentração proteica que deixa o líquido viscoso. ↳ Esse líquido precisa ser fluido, pois através dele é conduzido substancias para dentro das células, com o liquido viscoso ocorre compressão dos vasos sanguíneos. 1. Alteração na produção de hormônios femininos; 2. Utilização de medicamentos com hormônios femininos. 3. Desequilíbrio entre as taxas hormonais (estrógeno, progesterona, testosterona, hormônios, tireoideanos etc). ❑ Esses fatores interferem no metabolismo dos lipídios na circulação. ❑ Facilitam a retenção de água e sódio; ❑ Coordenam a deposição de tecido adiposo no abdome, quadril e coxas. » Os hormônios femininos são responsáveis pela deposição de gordura nos locais que mais se acumulam (glúteos, coxas, etc) ❑ A Pele sem celulite apresenta epiderme lisa e derme regular e com vasos sanguíneos normais. O colágeno saudável (na hipoderme, e disposta na sua maioria na forma verticalizada) e o tecido adiposo regular (adipócitos com tamanhos regulares). ❑ A Pele com celulite apresenta epiderme com furinhos (casca de laranja), derme irregular, diminuição dos vasos sanguíneos e redução da circulação com vasos escassos. As fibras de colágeno ficam mais estiradas por conta do excesso de tecido adiposo e seus adipócitos principalmente. ➞ A malha que forma o tecido adiposo masculino é diferente da malha de fibras colágenas que forma o tecido adiposo feminino. A da mulher é mais verticalizada, com o aumento dos adipócitos essas fibras se desestruturam e passam a ter um aspecto mais ovalado e reduz a espessura. ➞ O tecido do homem é mais diagonalizada, por mais que exista o crescimento das células adipócitas a fibra de colágeno não se modifica, não se dilata e não forma o FEG. ❑ Não promove a cura porém melhora o aspecto. » Ação na redução da lipogênese. » Ação redutora do aspecto “casca de laranja”. » Ação drenante. » Ação firmante sobre o tecido conjuntivo. » Ação de oxigenação e nutrição dos tecidos. ❑ Qualquer uma das técnicas utilizadas, tem que focar em algumas ações necessárias, como por exemplo: os recursos manuais, eletroterápicos, uso de recursos cosméticos, atividade física, alimentação. Feito por: @Manutristudy ❑ Para conduta nutricional no tratamento de pessoas com FEG: dieta anti-inflamatória, dieta desintoxicante, dieta normo ou hipossódica, dieta normolipídica, dieta de baixa carga e baixo índice glicêmico. ➞ Dieta Anti-inflamatória: ❑ O tecido adiposo é um órgão secretor de mediadores inflamatórios (IL-6, TNF etc). ↳ TNF (produção de mediadores) X IMC = correlação positiva. ∎ Os níveis de TNF apresenta-se em até 2 a 3 vezes mais elevados em indivíduos obesos. ∎ O TNF tem forte relação com o metabolismo da glicose, pois está envolvido na resistência à insulina. ↳ A hiperinsulinemia é um dos fatores que aumenta a quantidade de estrógeno na corrente sanguínea (o estrógeno é um dos fatores predisponentes do FEG). ↳ Os substratos receptores de insulina (IRS) somente reconhecem a enzima do tipo tirosina- quinase. ❑ A dieta anti-inflamatória tem como objetivo reduzir os marcadores inflamatórios e favorecer a produção de citocinas anti-inflamatórias e, além disso, prevenir ou controlar a resistência à insulina. ➞ Além disso, necessita da restrição de alguns alimentos considerados inflamatórios (glutén, lactose, alimentos refinados, excesso de gorduras saturadas, industrializados, etc). ➞ Inserção de alimentos fontes de ômega 3, antioxidantes, alimentos funcionais e água. ➞ Dieta Desintoxicante: ❑ Eliminação de fontes de metais tóxicos (xenobióticos): Chumbo da solda das latas, canos de cobre, utensílios de cozinha, materiais de limpeza, peixes contaminados, pesticidas e aditivos alimentares, medicamentos, cosméticos. » Os xenobióticos são substancias gliciliticas (afinidade por gordura), nada é detoxificadose não for por via aquosa, para ele se tornar um substrato de afinidade com a agua, ele precisa passar por processo de modificação. » Toxinas: ar, água, alimentos. » É uma limpeza interna de substancias xenobioticas (lipofílicos) que podem alterar o nosso metabolismo normal. ∎ Fase 1: Ativação (citocromo p-450). » Essas substancias precisam ser ativadas, e no processo de ativação usamos algumas propriedades nutricionais (citocromo p-450). ∎ Fase 2: Conjugação » A fase onde essa substância vai se acoplar a uma outra substância carreadora que vai viabilizar o transporte dela pelo meio aquoso. ∎ Fase 3: Eliminação das substâncias. ➞ Dieta Normosódica ou Hipossódica: ❑ Retenção hídrica pode estar relacionada tanto ao excesso de sódio (elevado consumo de sal, responsável pela desregulação dos líquidos corporais) quanto com fatores hormonais (período menstrual, gravidez, etc), insuficiência renal, problemas circulatórios, deficiência proteica. ↳ Ingestão recomendada para adulto: 3,8g de sal (1,5 a 2,4 de sódio). ➞ Dieta de baixa carga e índice glicêmico: ❑ Há uma forte associação entre dietas com elevado índice glicêmico e ocorrência de obesidade e hiperinsulinemia. » A hiperinsulinemia está associada a hipertrofia dos adipócitos, inibição da lipólise, contribui para elevação dos níveis de estrogênio e estimula a reabsorção de sódio e água. » Hiperinsulinemia e Estrogênio: Feito por: @Manutristudy