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COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR AULA 01 Prof.ª Mariana Monfort Barboza 2 CONVERSA INICIAL Olá! Seja bem-vindo à aula 1 da disciplina Comportamento do Consumidor. Esta aula, por ser o primeiro ponto de contato com essa área de estudo, tem caráter mais abrangente. Desta forma, vamos estudar os seguintes assuntos: Compreender as mudanças ocorridas historicamente no âmbito do consumo Analisar as diferentes abordagens possíveis do estudo do comportamento do consumidor Entender a diferença entre consumo utilitário e hedônico Entender os sistemas simbólicos de grupos de consumidores O estudo do comportamento do consumidor compreende toda a cadeia produtiva, estudando os hábitos de aquisição, uso e descarte dos produtos. No mercado e nas relações comerciais, o consumidor assume papel central, já que o marketing existe, em essência, para satisfazer as necessidades e os desejos do consumidor, de forma lucrativa. Tendo isso em vista, entender como o consumidor processa informações e conhecer os elementos influenciadores da tomada decisões é um conhecimento altamente estratégico para as organizações. Estes são aspectos comportamentais do consumo que discutiremos nesta aula. PROBLEMATIZAÇÃO A era do consumo não acabou! Leia esta incrível reportagem em que se discutem as tendências para o varejo, no Brasil. http://www.b9.com.br/88083/sxsw-2018-7-tendencias-nem-tao-obvias-mudar-o- futuro/ Em seguida, reflita sobre a importância do estudo sobre as mudanças no comportamento do consumidor. Por que entender o consumidor é fundamental as empresas? Compare a sua resposta com este breve comentário da professora: http://www.b9.com.br/88083/sxsw-2018-7-tendencias-nem-tao-obvias-mudar-o-futuro/ http://www.b9.com.br/88083/sxsw-2018-7-tendencias-nem-tao-obvias-mudar-o-futuro/ 3 Em um cenário cada vez mais competitivo, com mudanças acontecendo de forma cada vez mais dinâmica, as empresas precisam entender com precisão o comportamento do consumidor para utilizar essas informações de forma estratégica no marketing. Para isso, precisamos entender as origens e abordagens desse campo de estudo, explorando questões históricas e as consequências das transformações sociais ocorridas, como a valorização de elementos hedônicos e a simbologia do consumo. TEMA 1 – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Para começar, você sabe que mercado é formado por pessoas, não é mesmo? Parece algo óbvio, mas é bom começarmos nossos estudos tendo isto em mente e sob esta perspectiva, pois, como veremos a seguir, a importância atribuída ao entendimento sobre como as pessoas compram e utilizam produtos e serviços, explorando os significados atribuídos a eles, é um esforço relativamente recente. Por consumidor entende-se desde uma menina de 10 anos que pede ao pai uma sobremesa no restaurante até um gerente de compras de uma grande empresa escolhendo um fornecedor de um sistema de segurança de milhões de reais. Em um cenário cada vez mais competitivo e dinâmico, entender quais elementos levam o cliente a decidir pela compra de seu produto é fundamental para as empresas. O campo do comportamento do consumidor é bastante amplo e pode ser compreendido como “o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos” (SOLOMON, 2011, p.33). Conforme a nossa sociedade evolui de uma cultura de massa para uma cultura fragmentada, o fenômeno do consumo se torna cada vez mais complexo de se compreender. Há diversas abordagens para explicar o consumo, as quais serão discutidas durante esta rota. 4 Antes de estudarmos a evolução histórica e social do consumo, eu tenho um desafio relacionado ao estudo do comportamento do consumidor... acesse a versão online da aula, e boa sorte! Evolução histórica e social do consumo As mudanças no comportamento do consumidor existem e são decorrentes da evolução histórica e social pelas quais passamos, sendo que a forma como entendemos o presente e projetamos o futuro é influenciada pela compreensão do passado. Por isso, é importante entender alguns marcos históricos que influenciam direta ou indiretamente a visão contemporânea do comportamento do consumidor. Muitas mudanças ocorreram e transformaram profundamente as relações de consumo. O caixeiro viajante, por exemplo, era um representante de vendas que viajava pelo interior retirando pedidos de armazéns e vendia para a população rural objetos manufaturados a que ela não tinha acesso, como tecidos, brinquedos, etc. Essa profissão fazia sentido nesse período pela caracterização da população predominantemente rural com dificuldade de acesso a bens de consumo. Hoje, contudo, compramos pela internet. O século XX foi caracterizado pela passagem de uma “sociedade rural para a sociedade urbana e do trabalho artesanal e manufatureiro para o trabalho assalariado na organização fabril” (SANTOS et al, 2009, p. 92). No Brasil, a industrialização se intensificou no governo Vargas (1930-1945), deslocando a população rural para as cidades. 5 A urbanização impactou profundamente a maneira de produzir, distribuir e consumir da sociedade. Pense um pouco nas mudanças ocorridas ao longo da história e tente imaginar como a forma de consumir mudou no tempo em função da evolução histórica e social. Essas mudanças de contexto nos levam a algumas reflexões com relação às transformações socioculturais que ocorreram para que o consumo se aproximasse da forma como o entendemos hoje. Pensando no cenário em que a população passou de rural para urbana, no aumento de renda, na mudança da forma de trabalho e no modelo emergente de produção da época encontramos um terreno fértil para que as indústrias comercializassem com facilidade seus produtos. Nesse contexto, a orientação para produção era dominante, pois o foco do mercado estava centrado na otimização do processo produtivo, já que partia-se do pressuposto que os consumidores absorveriam qualquer produto que fosse colocado à venda. “O cliente pode ter carro de qualquer cor desde que seja a preta”. Essa frase de Henry Ford ilustra a situação, pois os consumidores estavam inseridos em uma lógica de consumo de massa e não buscavam nenhum nível de adequação dos produtos a necessidades específicas. Entretanto, as tecnologias produtivas evoluíram e passaram a oferecer ao mercado uma diversidade cada vez maior de produtos e os consumidores tinham cada vez mais opções, tanto em quantidade quanto em qualidade. Com o passar do tempo, o mercado amadureceu e passou a ficar saturado, tanto na ponta da produção, com a intensificação da concorrência nos mercados, como na ponta do consumo, com o excesso de oferta. As fotos a seguir são de um armazém dos anos 1940 e de um supermercado atual. Observe e reflita sobre a evolução da diversidade de opções que o consumidor passou a ter. 6 Fonte: DEBRET (2015). Justamente pela intensificação de ofertas e competição, tornou-se necessário entender o mercado consumidor de forma mais aprofundada. Segundo Paixão (2012, p. 20), “A área de comportamento do consumidor surgiu nos anos 1960. Era uma época em que o crescimento da competitividade exigia que as empresas entendessem as atitudes e os comportamentos de compra dos consumidores”. A individualização do consumo, proporcionada pela diversificação e especialização da produção, tornou-se um dos alicerces para se compreender os novos padrões da sociedade. Para Costa da Silva (2003), o processo de mudança produtiva e de difusão das mercadorias possibilitou que novos valores sociais fossem surgindo, fundamentalmente baseados no consumo. O estudo do comportamento do consumidor torna-se um desafio cada vez maior em um cenário cada vez maiscomplexo. Atualmente, novas transformações sociais impactadas pela evolução tecnológicas, como a internet, também transformaram as relações de consumo. 7 De acordo com Kotler e Keller (2006), a revolução digital trouxe tanto para o consumidor quanto para as empresas uma série de potencialidades com o aumento substancial no poder de compra, maior variedade de bens e serviços disponíveis, grande quantidade de informação sobre praticamente tudo, e maior facilidade de interação para fazer e receber pedidos e capacidade para comparar impressões quanto a produtos e serviços. Pensando nessas mudanças históricas e sociais, faça uma reflexão sobre quais seriam os desafios futuros e as transformações que ocorrerão no comportamento de consumo daqui para frente. Leitura obrigatória Para saber mais sobre este assunto, leia o capítulo 1 da obra a seguir. Para tanto, acesse a Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquise pela obra: PAIXÃO, Márcia Valéria. A influência do consumidor nas decisões de marketing. Curitiba. Ibpex, 2011. Veja a evolução do Consumidor Brasileiro: https://www.youtube.com/watch?v=eL2oxV3ijh4E https://www.youtube.com/watch?v=eL2oxV3ijh4E 8 TEMA 2 – CONSUMO SOB OLHAR ECONÔMICO E SOCIOLÓGICO O consumo é um fenômeno complexo e há várias formas de tentar explicá-lo. Observe a figura em que os dois personagens estão olhando para o mesmo objeto, mas cada um deles tem uma visão distinta do mesmo objeto em função da perspectiva que estão. Nenhum dos dois está errado, eles apenas estão vendo as coisas de um ângulo diferente, concorda? Fonte: acervo UNINTER. Com o comportamento do consumidor, o princípio é o mesmo: podemos observá-lo e analisa-los sob diversas perspectivas. Para não cairmos no erro de termos uma visão unilateral do consumo é importante entendermos a contribuição de cada uma dessas áreas de conhecimento para termos uma percepção holística acerca do comportamento do consumidor, tais como (HOLBROOK, 1987): Economia (micro e macro) Ciências Sociais (antropologia e sociologia) Psicologia Filosofia 9 A partir daqui, vamos entender como algumas delas enxergam o consumo e conhecer as suas contribuições e limitações para esta área de estudo. Economia Dentro da economia, há duas áreas de estudo que analisam o consumo: macroeconomia, que estuda o funcionamento econômico em uma perspectiva geral e em larga escala; e microeconomia, que avalia o papel do produto na distribuição de recursos individuais, ou seja, numa escala mais particular. Vamos ver mais detalhes das duas áreas, a seguir. Macroeconomia Você já notou que os produtos estão mais caros nas prateleiras do supermercado? E o desemprego aumentando, então?! Parece que nossa renda, nosso salário, não cobre as contas do mês, não é mesmo? É esta relação que estuda a macroeconomia, em relação ao consumo, focando em aspectos quantitativos e facilmente mensuráveis de uma relação comercial, como o comportamento de preços, emprego e desemprego, renda, produto nacional, o comércio exterior, entre outros fatores. A macroeconomia, portanto, explica o papel do produto nas características mensuráveis de uma população (SOLOMON, 2011), mas não leva em consideração elementos qualitativos como aspectos psíquicos e sociais. A definição macroeconômica do consumo é uma vertente que contribui muito pouco a respeito do comportamento do consumidor enquanto indivíduo (HOLBROOK, 1987), mas fornece pistas fundamentais para entender o consumo do ponto de vista agregado. Microeconomia Em tempos de crise, por exemplo, é natural que as pessoas freiem o impulso de compra – isso para equilibrar o orçamento e, em muitos casos, poupar. Fazemos nosso esforço pessoal, trocando marcas da nossa preferência por similares com preços mais atrativos ou mesmo adiando os planos daquela viagem internacional de férias por um roteiro mais curto e local. 10 Ao explicar o consumo com a curva da demanda e analisar os vários efeitos da renda sobre as compras de uma determinada classe de produto (HOLBROOK, 1987), a microeconomia relaciona o consumo com o preço e a renda dos indivíduos, ajudando a entender como se comportará a demanda por uma categoria do produto de acordo com a variação dessas questões. A microeconomia considera as nuances envolvidas na formação de demanda, trazendo questões como a característica do produto e a essencialidade do item. Considerando a queda da renda das famílias, seja por qual motivo for, pode-se considerar que a demanda tende a focar em produtos mais essenciais. Dentre as limitações desta perspectiva, podemos considerar que a microeconomia explora pouco a questão do investimento de tempo, energia e outros recursos que decorre do uso e descarte de várias classes de produtos domésticos (HOLBROOK, 1987). Além disso, de forma geral, a microeconomia foca apenas nas escolhas baseadas na categoria do produto, preço e renda, negligenciando outros fatores abstratos, como a decisão influenciada pela marca. Sociologia Olhando o comportamento do consumidor pela perspectiva da Sociologia, considera-se o contexto social no qual as atividades de consumo estão inseridas para compreender o papel do produto em instituições sociais e nas relações de grupo (SOLOMON, 2011), nos ajudando a entender as representações de cada produto dentro de um grupo e como o consumidor utiliza esse bem ou serviço para se sentir legitimando. Poucos anos atrás, comprar um iPhone era essencial para os tecnológicos. Na adolescência, pedíamos para nossos pais comparem determinada marca de tênis ou roupa porque estas eram as marcas que nossos amigos usavam, e queríamos nos sentir parte daquele grupo. O tênis All Star, por exemplo, do ponto de vista funcional, não é exatamente o que poderíamos chamar de calçado confortável ou resistente, 11 não é mesmo? Mas é o produto que os jovens querem, por terem identificação com a marca. Além disso, a sociologia também tem caráter mais crítico e aponta problemas que emergem no campo do consumo, como é o caso do consumo ostentatório, em que um indivíduo realiza o consumo para exibir um produto caro com a intenção de demonstrar poder, já que nessa perspectiva entende- se que consumidor define o seu papel social com o uso de um produto (HOLBROOK, 1987). O problema é que esse comportamento pode ser associado a endividamentos ou frustração, pois a pessoa sente necessidade de consumir um produto ‘de grife’ para dar sentido a sua vida. O movimento do funk ostentação enaltece o consumo de produtos de luxo, mas, paradoxalmente, esse estilo musical é associado a uma classe econômica que dificilmente terá acesso a esses bens. Ouça a música “Resposta ao funk ostentação”, de Edu Krieger e faça uma reflexão sobre as implicações dessa forma de consumo: https://www.youtube.com/watch?v=4aJwV8cWxDM Para saber mais sobre este assunto, leia o capítulo 2 da obra a seguir. Para tanto, acesse a Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquise pela obra: CHETOCHINE, Georges. O blues do consumidor: por que seu cliente não está satisfeito. São Paulo: Financial Times - Prentice Hall, 2006. https://www.youtube.com/watch?v=4aJwV8cWxDM 12 Saiba mais Assista ao filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” Rebecca Bloom é uma garota que adora fazer compras e seu vício a leva à falência. É uma consumidora compulsiva. Seu sonho é um dia trabalhar em sua revista de moda favorita, mas o máximo que ela consegue é um emprego como colunista na revista de finanças publicada pela mesma editora. Apesar de ser uma jornalista especializada em mercado financeiro, não consegue controlar as próprias finanças. Endividada até a alma, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. Assistiu ao filme?Então, reflita sobre estas questões! a) Ao observarmos o comportamento de Rebecca sob o olhar sociológico, qual é o papel que os produtos que a personagem consome assume nas suas relações de grupo para que ela tenha esse comportamento ostentatório? b) Quais são as implicações desse comportamento? TEMA 3 – CONSUMO SOB OLHAR MERCADOLÓGICO Como verificamos anteriormente, tanto as ciências econômicas quanto as sociais têm uma visão mais abrangente do consumo, deixando de lado o entendimento do comportamento do consumidor no nível individual, uma vez que o seu escopo é sustentado por macroquestões, ou seja, assuntos construídos para o entendimento de questões agregadas que ocorrem em grupos maiores. Desta forma, há uma vertente acadêmica que defende que o estudo do comportamento do consumidor não deveria estar “a serviço das empresas”, e sim centrado na compreensão do consumo por si (SOLOMON, 2011). Se entendermos o comportamento do consumidor enquanto ciência aplicada, devemos mensurar o “valor” do conhecimento gerado nesse campo a partir da sua possibilidade de ofertar elementos que melhorem a eficácia das práticas de marketing. Assim, o estudo do comportamento do consumidor 13 também deve ter funções aplicadas que beneficiam o mercado, além de propósitos acadêmicos. Ao incorporar a questão do consumo, a área de marketing deslocou um pouco da sua atenção voltada ao entendimento sobre o que os gerentes de marketing fazem para a compreensão de como e porque os consumidores se comportam da forma que se comportam (MACINNIS E FOLKS, 2010). Diversos profissionais do marketing, como administradores e publicitários, têm interesse em estudar o comportamento do consumidor com o intuito de utilizar esse conhecimento para satisfazer a necessidade do mercado de forma lucrativa e garantir a sustentabilidade financeira das empresas. Assim, essa área de estudo é vital para as firmas, pois “é nessa função primordial que se inicia todo o processo de administração mercadológica e é em torno do consumidor que giram todas as atividades da empresa” (SAMARA E MORSCH, 2005, p.2). Como vimos no tópico sobre a evolução histórica e social do consumo, atualmente, os consumidores têm uma variedade muito grande de produtos para escolher. Por exemplo, há alguns anos, quando você frequentava o mercado para comprar uma pasta de dente, existiam poucas marcas do produto com basicamente a mesma função. Assim, a decisão era baseada no preço, já que não havia uma diferenciação significativa entre os produtos. Atualmente, esse produto é bastante segmentado, e decidir qual das marcas comprar já não é uma decisão banal para o cliente que precisa decidir entre as funções branqueadores, antibacterianas, antiplaca, para dentes sensíveis, etc. Uma tomada de decisão que, antes era simples, tornou-se complexa. A tarefa da empresa é entender como esse processo decisório ocorre, pois a partir do entendimento desse comportamento é possível traçar estratégias para influenciá-lo. Isso nos leva a algumas considerações sobre os fatores que influenciam o processo decisório de compra. Afinal, quais seriam eles? Há diversos fatores que devem ser considerados na compreensão do consumo como o ambiente, a situação, a personalidade do produto. Entretanto, do ponto de vista do marketing, as variáveis do mix de marketing afetam a atração do consumidor 14 ao produto, considerando os aspectos como embalagem, propaganda, ofertas, distribuição e inovação dos produtos (PAIXÃO, 2011). Desta forma, o consumo sob o olhar mercadológico é a espinha dorsal do capitalismo, em que compreender o consumidor é uma função central do marketing para que as necessidades e os desejos sejam plenamente compreendidos para que sejam traduzidas como produtos e serviços para o mercado capazes de gerar retorno financeiro para as organizações. Assim, através do estudo do consumidor é que as empresas são capazes de perceber oportunidades e os gerentes de marketing utilizam essas informações para traçar estratégias de marketing e fazer a gestão do composto mercadológico de suas organizações. Leitura obrigatória Para saber mais sobre este assunto, leia o capítulo 2 da obra a seguir. Para tanto, acesse a Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquise pela obra: PAIXÃO, Márcia Valéria. A influência do consumidor nas decisões de marketing. Curitiba. Ibpex, 2011. Saiba mais Empresas estudam comportamento de consumidores e ajudam a antecipar tendências. Conheça! https://www.youtube.com/watch?v=lbQ87KWclxs https://www.youtube.com/watch?v=lbQ87KWclxs 15 TEMA 4 – DA UTILIDADE AO HEDONISMO Para discutirmos o conceito de consumo utilitário e hedônico, é importante entendermos o significado dessas palavras: Desta forma, quando falamos em consumo utilitário e consumo hedônico, estamos discutindo sobre quais apelos os consumidores irão valorizar de acordo com as suas características. Toda categoria de produto pode ter tanto apelos utilitários, ao ressaltar as características funcionais dos produtos; quanto hedônicos, ao salientar as dimensões abstratas relacionadas ao prazer – dependo da característica do mercado-alvo. Pense na compra de carros... quais são as características dos veículos utilizadas para determinar uma compra? Paixão (2012) indicou os resultados de uma pesquisa realizada pela Ipsos para a VW, que identificou quatro segmentos distintos do consumidor para carros, entre eles o “sensato” e o “entusiasta por status”. O consumidor sensato busca um carro versátil, focado na sua funcionalidade para resolver as atividades cotidianas, e o consumidor entusiasta por status busca o prestígio do produto. Não quer dizer que o consumidor entusiasta por status não possa utilizar seu carro para realizar as atividades do dia a dia, como buscar os filhos na escola e ir ao supermercado, significa que essas questões não são as balizadoras para a sua tomada de decisão, que estão mais alinhadas a questões hedônicas da compra. 16 E como as empresas utilizam essas informações a respeito das preferências do consumidor sobre o utilitarismo e hedonismo? Essas características devem ser consideradas em todas as decisões do mix de marketing, desde o desenvolvimento do produto até as decisões de promoção. Observe o anúncio a seguir e faça uma reflexão sobre o tipo de apelo a Renault está valorizando para a Duster: são questões utilitárias ou hedônica que são ressaltadas nesse anúncio? https://www.youtube.com/watch?v=wk5UDdzJEtk Refletiu sobre a pergunta? Então, compara seu raciocínio com os comentários da professora. O anúncio apresentado tem foco no consumo utilitário, ao salientar as características concretas e funcionais do produto, apresentando ao seu consumidor apelos como espaço, versatilidade e robustez. Desta forma, o carro seria mais direcionado ao segmento dos consumidores sensatos identificados na pesquisa mencionada anteriormente, e não funcionaria para o grupo dos entusiastas por status, que precisa de elementos hedônicos ligados ao produto. O valor hedônico considera que o consumidor procura a diversão, a fantasia, o estímulo sensorial e o prazer na hora de consumir (HIRSCHMAN E HOLBROOK, 1982). Desta forma, o consumo hedônico está ligado aos aspectos sensoriais (aromas, cores, sons), fantasiosos e emotivos da experiência que o seu cliente constrói com os seus produtos. Nessa visão, o produto não é apenas um objeto e sim uma representação conceitual. Observe a propaganda a seguir e reflita sobre os elementos hedônicos da mensagem. http://blogs.diariodonordeste.com.br/target/negocios/margarina-adorita- apresenta-nova-identidade-visual A propaganda mostra que a margarina é capaz de tornar a vida mais divertida e traz uma promessa de felicidade relacionada a ela, contendo assim um apelo hedônico. Assim, a compra de um produto nãoprecisa ser necessariamente direcionada para um fim concreto, pois nem sempre é necessário um motivo racional para aquela compra, já que o consumo não tem necessariamente como base os atributos tangíveis. https://www.youtube.com/watch?v=wk5UDdzJEtk http://blogs.diariodonordeste.com.br/target/negocios/margarina-adorita-apresenta-nova-identidade-visual http://blogs.diariodonordeste.com.br/target/negocios/margarina-adorita-apresenta-nova-identidade-visual 17 Portanto, é possível levar em consideração outros elementos subjetivos e pessoais no consumo, não necessariamente sustentados por critérios racionais. Para Samara e Morsch (2005, p.137): Ao contrário das influências que sugerem que a mente humana trabalha o tempo todo na separação, na avaliação e na direção das decisões de consumo, as motivações experienciais-hedônicas enfatizam o prazer e a gratificação pessoas que resultam de uma atividade de consumo, isto é, os consumidores compram e consomem coisas simplesmente porque extraem prazer disso (SAMARA E MORSCH, 2005, p. 137). A consolidação do consumo hedônico é relativamente recente, pois até a década de 1970, o consumidor era visto como um ser racional, no sentido de tomar decisões de compra com base em critérios objetivos ao comparar as ofertas disponíveis no mercado. Há diversos elementos que colaboram para essa visão do consumidor, entre elas: 1. O contexto histórico até esse período que não favorecia o consumo guiado pelo prazer, já que a primeira metade do século XX foi marcada por duas guerras mundiais e por uma recessão econômica com alta taxa de desemprego e consequente limitação de recursos financeiros, que impelia a um consumo racional guiado pela satisfação somente das necessidades mais básicas. 2. Os veículos de comunicação, que ainda estavam em processo de amadurecimento, do ponto de vista mercadológico, e apresentavam limitações para promoção de marketing. No início do século XX, era predominante a mídia impressa, como jornais e revistas, e os textos publicitários tinham caráter informativo, para que o consumidor conhecesse as funcionalidades e características dos produtos ofertados, como no anúncio a seguir, do creme Nivea: https://www.glambox.com.br/revista/ler/987/An%C3%BAncios%20antigo s%20de%20cosm%C3%A9ticos 18 O rádio chegou ao Brasil nos anos 1920, mas seu uso publicitário se fortaleceu apenas entre 1940 e 1950, deixando de apresentar apelos que mexessem com outras dimensões do consumo além das funcionais. Na década de 1960, com a difusão da televisão os textos publicitários (até então longos e informativos em elementos) transformaram-se em mecanismos de persuasão ao associar uma linguagem mais coloquial, criativa e afetiva através de propagandas audiovisuais que se libertavam da necessidade de se comunicar por meio de uma racionalidade argumentativa (RIBEIRO, SACRAMENTO, ROXO, 2010 apud SIQUEIRA, 2011). Assim, com a mudança contextual, outros fatores passaram a ser valorizados no consumo, e Solomon (2011, p. 84) considera que “o novo foco emocional está de acordo com pesquisas psicológicas as quais descobriram que as pessoas preferem experiências adicionais a bens adicionais à medida que a sua renda aumenta”. Desta forma, o valor hedônico associado ao produto será cada vez mais exigido pelos consumidores que esperam obter mais do que simplesmente o desempenho da função de um produto. Leia, então, o capítulo 4 da obra a seguir... para tanto, acesse a Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquise pela obra: CHETOCHINE, Georges. O blues do consumidor: por que seu cliente não está satisfeito. São Paulo: Financial Times - Prentice Hall, 2006. 19 Saiba mais Observe a tirinha a seguir e faça uma reflexão sobre a sátira que André Dahmer faz em relação ao consumo hedônico. http://letras-eletricas.blogs.sapo.pt/tag/malvados Compare suas impressões com a da professora: Como vimos ao longo desse tópico, o valor hedônico considera que o consumidor procura a diversão, a fantasia, o estímulo sensorial e o prazer na hora de consumir e, portanto, está ligado aos aspectos sensoriais (aromas, cores, sons), fantasiosos e emotivos da experiência que o seu cliente constrói com os seus produtos. Nessa visão, o produto não é apenas um objeto e sim uma representação conceitual. O autor da tirinha satiriza esse fato e salienta a irracionalidade desses elementos ao apresentar um rótulo de uma lata de feijão com um apelo hedônico. TEMA 5 – SIMBOLOGIA DO CONSUMO A proposta de estudar o comportamento do consumidor a partir da compreensão do sistema simbólico dos indivíduos iniciou-se com Levy (1959 apud WOLFF, 2002), que propôs que o consumidor compra produtos também pelo seu significado, e não somente por seus aspectos funcionais. O que isso quer dizer? Quer dizer que o cliente nem sempre busca no produto apenas a satisfação das suas necessidades fundamentais. Faça uma reflexão da finalidade do consumo de uma água engarrafada “comum” e de uma água engarrafada de luxo. Será que elas são consumidas para o mesmo fim? A finalidade de uma água engarrafa comum é direcionada para a satisfação de uma necessidade fisiológica, a sede. Uma água engarrafada pode ser consumida tanto para a satisfação de uma necessidade fisiológica (sede) quanto para o obter o prestígio e status ao consumir uma água engarrafada luxuosa. http://letras-eletricas.blogs.sapo.pt/tag/malvados 20 Mas, por que alguém compraria um produto bem mais caro que um similar, já que do ponto de vista utilitário ambos têm a mesma função? Simplesmente porque consumimos além da dimensão utilitarista de um produto (o que confirma o propósito de estudarmos este tema: simbologia do produto). O consumo também tem um elemento simbólico fortemente atrelado a ele. Nessa lógica, podemos utilizar a máxima “você é o que você compra” para entender o que é o simbolismo no consumo. De acordo com Belk (1988), as posses de um homem são uma grande contribuição para sua identidade e um reflexo dela. Ou seja, o consumo é o simbolismo do que somos e nós somos a extensão de nossas posses. Tudo que temos e consumimos é apenas reflexo do que somos. Para entender como as nossas posses são importantes para construir a nossa identidade, pense em como militares são padronizados para integrar a instituição da qual passarão a fazer parte. Quando um soldado vai para exército, o que fazem com ele? 1. Deixam de ser chamados pelo nome e passam a ser referidos como “Soldado (sobrenome)”. 2. Cortam o seu cabelo e lhe dão um uniforme para padronizá-los. Ao desprovê-los de posses que expressem sua individualidade, eles são despersonificados e deixam de ser indivíduos para agir como parte de um grupo. Isto mostra que o consumo tem simbolismo em nossas vidas, já que as nossas posses afirmam a nossa identidade e refletem quem somos. Quais são os principais motivos para alguém consumir algo, do ponto de vista simbólico? As posses podem ser utilizadas para obter status e prestígio, comunicar, construir significados culturais, suprir necessidades físicas e emocionais, se relacionar com os outros e, principalmente, para afirmar a própria identidade. Os consumidores são relutantes em admitir os verdadeiros motivos do consumo, ou mesmo, nem se dão conta deles. Desta forma, sob esta perspectiva, o consumo influencia na formação de como o indivíduo se mostra ao mundo, ao mesmo tempo que preenche suas lacunas afetivas. Portanto, o 21 consumo está atrelado também a desejos e vontades que “podem variar dentro de um amplo espectro, que vai desde fome e sede até amor, status ou realização espiritual” (SAMARA E MORSCH, 2005, p. 2). Para Wolff (2002), o mundo físico é interpretado através de um processo de simbolização de cada indivíduo, em que cada um vive em seu próprio mundo simbólico e tem um sistema própriode interpretação. Assim, o significado não é inerente aos objetos, mas atribuído por quem o interpreta. A interpretação é o significado que atribuímos aos estímulos sensoriais. Assim como as pessoas diferem, em termos de estímulos que percebem, a atribuição final de significados a esses estímulos também varia. Duas pessoas podem ver ou ouvir a mesma coisa, mas sua interpretação pode ser diferente como o dia e a noite, dependendo do que esperavam que o estímlo fosse (SOLOMON, 2011, p. 105). Podemos considerar que a questão do simbolismo no consumo está fortemente ligada ao consumo hedônico (já estudado), já que o consumo simbólico está relacionado às respostas afetivas que o consumidor vai ter aos estímulos. Portanto, a compreensão da dimensão hedônica do consumo é uma das bases para o entendimento de como o consumidor forma os aspectos simbólicos. Leitura obrigatória Para saber mais sobre este assunto, leia o capítulo 3 da obra a seguir. Para tanto, acesse a Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquise pela obra: PAIXÃO, Márcia Valéria. A influência do consumidor nas decisões de marketing. Curitiba. Ibpex, 2011. 22 Saiba mais Acesse o estudo de caso Luxo direto da fonte. Depois, reflita e identifique a influência do simbolismo no comportamento do consumidor, ao atribuir significados distintos aos produtos a partir de um sistema de interpretação: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/estilo/20110928/luxo-direto- fonte/2648.shtml TROCANDO IDEIAS Muitas mudanças ocorreram e transformaram profundamente as relações de consumo. Em um passado, não muito distante, havia a presença do caixeiro viajante, um representante de vendas que viajava pelo interior retirando pedidos de armazéns e vendia para a população rural objetos manufaturados a que ela não tinha acesso, como tecidos, brinquedos, etc. Essa profissão fazia sentido nesse período pela caracterização da população predominantemente rural com dificuldade de acesso a bens de consumo. Após discutirmos sobre a evolução histórica e social do consumo, a utilidade e hedonismo e o simbolismo do consumo, qual é a sua visão sobre a seguinte situação: “Na região de Belém, municípios da Ilha de Marajó e do Baixo Amazonas, a Nestlé inovou com o lançamento do primeiro supermercado http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/estilo/20110928/luxo-direto-fonte/2648.shtml http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/estilo/20110928/luxo-direto-fonte/2648.shtml 23 flutuante do Brasil, para atender as populações ribeirinhas da Amazônia. No barco, o consumidor pode comprar os produtos das diversas linhas da Nestlé: sorvetes, leites, chocolates, biscoitos, achocolatados, iogurtes, cereais e outros, chegando a mais de 300 itens. O consumidor encontra um supermercado repleto de lançamentos, promoções e ótimos preços.” Conheça mais, acessando: https://www.nestle.com.br/portalnestle/nestleatevoce/abordo_sobre_projeto.asp x No Fórum desta aula, discuta com os seus colegas: O Projeto da Nestle estaria promovendo acesso de novos produtos a regiões com dificuldades de acesso, sendo uma ação positiva para o consumo da região? O Projeto estaria incentivando a criação de desejos e necessidades até então desconhecidos da população ribeirinha, face à variedade de itens que o barco contempla, sendo assim uma ação de despertar de desejos e necessidades de consumo que transformarão profundamente as relações de consumo da população local, intervindo na cultura local? NA PRÁTICA Durante décadas, empresas como a Procter & Gamble fatigaram-se vendendo caixas sem graça de sabão em pó para gerações de donas de casa que sofriam em silêncio, esfregando e ofegando, ansiando pela pausa diária para tomar um Martini. Lowry e Ryan apostaram que poderiam oferecer uma alternativa: produtos de limpeza com aromas exóticos, como pepino, lavanda e ylang-ylang, em recipientes esteticamente atraentes. A aposta deu certo e, em dois anos, os sócios estavam lucrando, com mais de U$ 2 milhões de receita. Pouco depois, deram um grande passo quando a Target lhes ofereceu um contrato para vender os produtos Method em suas lojas. Existe uma razão para a loucura da Target. O design não é mais território de pessoas altamente sofisticadas que nunca chegaram perto o suficiente de um produto de limpeza para sentirem aversão por ele. A rede de lojas já ajudou designer como Karim https://www.nestle.com.br/portalnestle/nestleatevoce/abordo_sobre_projeto.aspx https://www.nestle.com.br/portalnestle/nestleatevoce/abordo_sobre_projeto.aspx 24 Rashid, Michael Graves, Philippe Stark, Todd Oldman e Isaac Mizrahi a se tornarem nomes conhecidos. Os consumidores do mercado de massa estão ansiosos pelo bom design e recompensam com sua lealdade e adesão entusiasmada as empresas que lhes oferecem o que desejam. De lâminas de barbear, como Gillete Sensor, ao iPhone, da Apple, e até mesmo uma simples lata de lixo, o design é a substância. (SOLOMON, 2011, p. 84) E a sua empresa, valoriza outros elementos além dos funcionais para satisfazer os consumidores? A empresa está preocupada com características hedônicas e simbólicas? Pesquise sobre uma empresa que você admira e escreva alguns comentários e impressões sobre como a evolução histórica e social do consumo afetou a forma como o seu produto deve ser ofertado. No caso da P&G, a professora estabeleceu esta relação... acompanhe: A Procter & Gamble demorou a perceber que os seus produtos deveriam agregar outros apelos, além dos funcionais, dando espaço para concorrentes como a Method que passaram a oferecer produtos de limpeza com aromas exóticos e em recipientes esteticamente atraentes, agregando valor hedônico ao produto. Como vimos ao longo dessa aula, o valor hedônico considera que o consumidor procura a diversão, a fantasia, o estímulo sensorial e o prazer na hora de consumir. Desta forma, a evolução das tecnologias de produção, o aumento da concorrência e a valorização de elementos simbólicos dos produtos fazem com que as pessoas passem a preferir experiências adicionais a bens adicionais à medida que a sua renda aumenta. SÍNTESE Ao finalizar essa aula, é importante ter uma visão ampla do consumo ao compreender a evolução histórica e social do consumo, entender a contribuição abordagem de diversas disciplinas para o campo do comportamento do consumidor ao consumo sob olhar econômico, sociológico e mercadológico, diferenciar os conceitos de utilidade e hedonismo, além do simbolismo no 25 consumo, pois esses conhecimentos serão utilizados como base para que o estudo do comportando do consumidor possa ser aprofundado nas próximas aulas. REFERÊNCIAS BELK, R. “Possessions and the Extended Self”. Journal of Consumer Research, Vol. 15, September 1988. P.139-168. CHETOCHINE, Georges. O blues do consumidor: por que seu cliente não está satisfeito. São Paulo: Financial Times - Prentice Hall, 2006. COSTA DA SILVA, Carlos Henrique. O tempo e o espaço do comércio 24 horas na metrópole paulista. 2003. 229 f. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Rio Claro. HIRSCHMAN, Elizabeth C.; HOLBROOK, Morris B. (1982), 'Hedonic Consumption: Emerging Concepts, Methods and Propositions.’ Journal of Marketing, 46 (3), 92-101. HOLBROOK, Morris B. (1987), ‘What Is Consumer Research?’ Journal of Consumer Research, 14 (June), 128–32 MACINNIS, Deborah J.; FOLKES, Valerie S. The disciplinary status of consumer behavior: A sociology of science perspective on key controversies. Journal of Consumer Research, v. 36, n. 6, p. 899-914, 2010. PAIXÃO, Márcia Valéria. A influência do consumidor nas decisões de marketing. Curitiba: InterSaberes, 2012. SAMARA, Beatriz Santos; MORSCH, Marco Aurélio. Comportamento do consumidor: conceitose casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. SANTOS, T.; LIMA, M. V. V.; BRUNETA, D.; FABRIS, C.; SELEME, Acyr. Desenvolvimento do Marketing: Uma perspectiva Histórica. REGE. Revista de Gestão USP, v. 16, p. 89-102, 2009. 26 SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. SIQUEIRA, Fernando Mariano de. Sessenta anos de televisão sob a ótica de especialistas. Comunicação & Inovação, São Caetano do Sul, v. 12, n. 23: (93-96), jul-dez 2011. Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inovacao/article/viewFi le/1499/1097>. Acesso em: 25 jul. 2015. WOLFF, Fabiane. Simbolismo no Comportamento do Consumidor: Construindo uma Nova Escala. In: XXVI ENANPAD_ Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração. 2002, Salvador. Anais do XXVI ENANPAD_ Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração. Belo Horizonte: Associação Nacional dos Programas de Pós Graduação em Administração. 2002. v. 1.
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