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1 Hab.Médicas TBL 2 DOR PRECORDIAL • Compreender a fisiopatologia da dor precordial • Aprender a interpretar ECG na dor precordial • Aprender a realizar diagnóstico e tratamento em pacientes com dor precordial • Aprender condutas em sala de emergência em pacientes com dor precordial • Compreender e interpretar os biomarcadores na precordialgia • Aprender diagnósticos diferenciais na dor precordial • Compreender a importância da sistemática de atendimento ao paciente com dor torácica • Compreender a importância de realização e interpretação de ECG nos devidos tempos • Compreender a importância da implementação de protocolos na dor torácica • Compreender os critérios para internação ou alta do paciente atendido com dor torácica • Conhecer e aprender a interpretar scores e métodos de estratificação do paciente com dor torácica A descrição clássica da dor torácica na síndrome coronariana aguda é a de uma dor ou desconforto ou queimação ou sensação opressiva localizada na região precordial ou retroesternal, que pode ter irradiação para o ombro e/ou braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada freqüentemente de diaforese, náuseas, vômitos, ou dispneia. A dor pode durar alguns minutos (geralmente entre 10 e 20) e ceder, como nos casos de angina instável, ou mais de 30min, como nos casos de infarto agudo do miocárdio. O paciente pode também apresentar uma queixa atípica como mal estar, indigestão, fraqueza ou apenas sudorese, sem dor. Pacientes idosos e mulheres freqüentemente manifestam dispnéia como queixa principal no infarto agudo do miocárdio, podendo não ter dor ou mesmo não valorizá-la o suficiente. A característica anginosa da dor torácica tem sido identificada como o dado com maior poder preditivo de doença coronariana aguda. 2. Características do desconforto - Os pacientes muitas vezes não se referem à angina como "dor" mas como uma sensação de aperto, apertando, queimando, pressionando, sufocando, dolorido, explodindo, “Gases”, indigestão ou um desconforto mal caracterizado. Muitas vezes é 2 Hab.Médicas TBL 2 caracterizado por cerrando o punho no meio do peito. A angústia da angina raramente é bem localizada e não é espasmódico. Embora a angina possa irradiar para qualquer dermátomo de C8 a T4, que se irradia mais frequentemente para o ombro esquerdo e braço, frequentemente movendo-se para baixo do aspecto volar interno do braço até o cotovelo, antebraço, punho, ou quarto e quinto dedos. Também pode irradiar para o ombro ou braço direito, mandíbula, o pescoço, ou mesmo as costas. 4. Duração dos ataques - a angina é geralmente de curta duração e cede completamente sem desconforto residual. Se o ataque for precipitado pelo esforço e o paciente pára imediatamente para descansar, geralmente dura menos de 3 minutos. Ataques após uma refeição pesada ou provocados pela raiva geralmente duram de 15 a 20 minutos. Ataques com duração de mais de 30 minutos são incomuns e sugerem o desenvolvimento de uma síndrome coronariana aguda com instabilidade angina, MI ou um diagnóstico alternativo. 5. Efeito da nitroglicerina - O diagnóstico de angina de peito é suportado se for sublingual nitroglicerina prontamente e invariavelmente encurta um ataque e se nitratos profiláticos permitir maior esforço ou prevenir totalmente a angina. Sinais : O exame durante a angina freqüentemente revela uma elevação significativa na pressão sistólica e PA diastólica, embora também possa ocorrer hipotensão, que pode refletir uma pressão mais grave isquemia ou isquemia inferior (especialmente com bradicardia) devido a um Bezold-Jarisch reflexo. Ocasionalmente, um ritmo de galope e um sopro sistólico apical devido a A regurgitação mitral por disfunção do músculo papilar está presente apenas durante a dor. Arritmias supraventriculares ou ventriculares podem estar presentes, como as precipitantes ou como resultado de isquemia. É importante detectar sinais de doenças que podem contribuir para ou acompanhar doença cardíaca aterosclerótica, por exemplo, diabetes mellitus (retinopatia ou neuropatia), xantelasma xantomas tendinosos, hipertensão, tireotoxicose, mixedema ou doença na artéria periférica. Estenose ou regurgitação aórtica, hipertrófica cardiomiopatia e prolapso da válvula mitral devem ser investigados, uma vez que podem produzir angina ou outras formas de dor no peito. O exame físico no contexto da doença coronariana aguda não é expressivo. Entretanto, alguns achados podem aumentar a sua probabilidade: • como a presença de uma 4ª bulha • um sopro de artérias carótidas • uma diminuição de pulsos em membros inferiores • um aneurisma abdominal • os achados de seqüela de acidente vascular encefálico. 3 Hab.Médicas TBL 2 4 Hab.Médicas TBL 2 -Da mesma forma, doenças não-coronarianas causadoras de dor torácica podem ter o seu diagnóstico suspeitado pelo exame físico, como é o caso do prolapso da válvula mitral, da pericardite, da embolia pulmonar. Como a síndrome coronariana aguda (infarto agudo do miocárdico e angina instável) representa quase 1/5 das causas de dor torácica nas salas de emergência e por possuir uma significativa morbi-mortalidade, a abordagem inicial desses pacientes é sempre feita no sentido de confirmar ou afastar este diagnóstico. Dissecção aguda da aorta: ocorre mais frequentemente em hipertensos, em portadores de síndrome de Marfan ou naqueles que sofreram um traumatismo torácico recente. Estes pacientes se apresentam com dor súbita, descrita como “rasgada”, geralmente iniciando-se no tórax anterior e com irradiação para dorso, pescoço ou mandíbula. No exame físico podemos encontrar um sopro de regurgitação aórtica. Pode haver um significativo gradiente de amplitude de pulso ou de pressão arterial entre os braços. Embolia pulmonar: apresenta manifestações clínicas muito variáveis e por isso nem sempre típicas da doença. O sintoma mais comumente encontrado é a dispnéia, vista em 73% dos pacientes, sendo a dor torácica (geralmente súbita) encontrada em 66% dos casos . Ao exame clínico, o paciente pode apresentar dispnéia, taquipnéia e cianose. A dor torácica no pneumotórax espontâneo geralmente é localizada no dorso ou ombros e acompanhada de dispnéia. Grande pneumotórax pode produzir sinais e sintomas de insuficiência respiratória e/ ou colapso cardiovascular (pneumotórax hipertensivo) . Ao exame físico podemos encontrar dispnéia, taquipnéia e ausência de ruídos ventilatórios na ausculta do pulmão afetado. 5 Hab.Médicas TBL 2 O sintoma clínico mais comum da pericardite é a dor torácica, geralmente de natureza pleurítica, de localização retroesternal ou no hemitórax esquerdo, mas que, diferentemente da isquemia miocárdica, piora quando o paciente respira, deita ou deglute, e melhora na posição sentada e inclinada para frente. No exame físico podemos encontrar febre e um atrito pericárdico (que é um dado patognomônico) O prolapso da válvula mitral é uma das causas de dor torácica freqüentemente encontrada no consultório médico e, também, na sala de emergência. A dor tem localização variável, ocorrendo geralmente em repouso, sem guardar relação nítida com os esforços, e descrita como pontadas, não apresentando irradiações. O diagnóstico é feito através da ausculta cardíaca típica, na qual encontramos um clique meso ou telessistólico seguido de um sopro regurgitante mitral e/ou tricúspide. A estenose aórtica também produz dor torácica cujas características se assemelham à da doença coronariana . A presença de um sopro ejetivo aórtico e hipertrofia ventricular esquerda no ECG indica a presença da estenose aórtica mas não afasta a possibilidade de síndrome coronariana aguda. Na miocardiopatia hipertrófica a dor torácica ocorre em 75% dos pacientes sintomáticos, e pode ter característicasanginosas. No exame físico podemos encontrar uma 4ª bulha e um sopro sistólico ejetivo aórtico. O diagnóstico é feito pelo ecocardiograma transtorácico. O ECG geralmente mostra hipertrofia ventricular esquerda, com ou sem alterações de ST-T. As doenças do esôfago podem mimetizar a doença coronariana crônica e aguda. Pacientes com refluxo esofagiano podem apresentar desconforto torácico, geralmente em queimação (pirose), mas que às vezes é definido como uma sensação opressiva, localizada na região retroesternal ou subesternal, podendo se irradiar para o pescoço, braços ou dorso, às vezes associada à regurgitação alimentar, e que pode melhorar com a posição 6 Hab.Médicas TBL 2 ereta ou com o uso de antiácidos, mas também com nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio ou repouso . A dor da úlcera péptica geralmente se localiza na região epigástrica ou no andar superior do abdômen mas às vezes pode ser referida na região subesternal ou retroesternal. Estas dores geralmente ocorrem após uma refeição, melhorando com o uso de antiácidos. Na palpação abdominal geralmente encontramos dor na região epigástrica. A ruptura do esôfago é uma doença grave e rara na sala de emergência. Pode ser causada por vômitos incoersíveis, como na síndrome de Mallory- Weiss. Encontramos dor excruciante em 83% dos casos, de localização retroesternal ou no andar superior do abdômen, geralmente acompanhada de um componente pleurítico à esquerda. Apresenta alta morbi- mortalidade e é de evolução fatal se não tratada. O diagnóstico é firmado quando encontramos à radiografia de tórax um pneumomediastino, ou um derrame pleural à esquerda de aparecimento súbito. Enfisema subcutâneo é visto em 27% dos casos . Em avaliação prospectiva em pacientes com dor torácica não relacionada a trauma, febre ou malignidade, 30% tiveram o seu diagnóstico firmado como decorrente de costocondrites . Geralmente esta dor tem características pleuríticas por ser desencadeada ou exacerbada pelos movimentos dos músculos e/ou articulações produzidos pela respiração. Palpação cuidadosa das articulações ou músculos envolvidos quase sempre reproduz ou desencadeia a dor. A dor psicogênica não tem substrato orgânico, sendo gerada por mecanismos psíquicos, tendendo a ser difusa e imprecisa . Geralmente os sinais de ansiedade são detectáveis e com freqüência se observa utilização abusiva e inadequada de medicações analgésicas. ELETROCARDIOGRAMA O eletrocardiograma (ECG) exerce papel fundamental na avaliação de pacientes com dor torácica, tanto pelo seu baixo custo e ampla disponibilidade como pela relativa simplicidade de interpretação . Um ECG absolutamente normal é encontrado na maioria dos pacientes que se apresenta com dor torácica na sala de emergência. A incidência de síndrome coronariana aguda nesses pacientes é de cerca de 5%. O ECG de repouso costuma ser normal em pacientes com angina. No restante, anormalidades incluem IM antigo, alterações de ST-T inespecíficas e alterações de HVE. Durante angina episódios, bem como durante a isquemia assintomática, a alteração característica do ECG é depressão do segmento ST horizontal ou inclinada para baixo que reverte após a isquemia desaparece. O achatamento ou inversão da onda T também pode ocorrer. Com menos frequência, transitório Elevação do segmento ST é observada; este achado sugere isquemia grave (transmural) de oclusão coronariana e pode ocorrer com espasmo coronário. Utilizar também as alterações de infradesnível de ST e/ou alterações isquêmicas de onde T e para até 95% quando se realizam ECGs seriados com intervalos de 3-4h nas primeiras 12h pós-chegada ao hospital. A especificidade do ECG de admissão para ausência de IAM varia de 80 a 95% . 7 Hab.Médicas TBL 2 Seu valor preditivo positivo para IAM está ao redor de 75-85% quando se utiliza o supradesnível do segmento de ST como critério diagnóstico, e o valor preditivo negativo é de cerca de 85-95%. Embora a probabilidade de infarto agudo do miocárdio em pacientes com ECG normal seja pequena (5%), o diagnóstico de angina instável é um fato possível (e estes pacientes têm uma taxa de 5 a 20% de evolução para infarto agudo do miocárdio ou morte cardíaca ao final de 1 ano). MONITORIZAÇÃO DA TENDÊNCIA DO SEGMENTO ST: Obtenção de um único ECG não é suficiente para avaliar um paciente no qual haja forte suspeita clínica de isquemia aguda do miocárdio. O recente desenvolvimento e adoção da monitorização contínua da tendência do segmento ST têm sido demonstrados como de valiosa importância na identificação precoce de isquemia de repouso. Principal exame no diagnóstico e diferenciação das síndromes coronarianas agudas. Deve ser realizado idealmente em até 10 minutos da chegada do paciente à emergência. Uma vez que pode ser normal ou inicialmente não diagnóstico, o ECG deve ser repetido em intervalos de 15 a 30 minutos durante a primeira hora. A acurácia diagnóstica do monitor de ST também tem se mostrado muito boa para detectar reoclusão coronariana pós-terapia de reperfusão, com sensibilidade de 90% e especificidade de 92%. Além disso, a demonstração de estabilidade do segmento ST mostrou 100% de sensibilidade e especificidade para detecção de obstrução coronariana subtotal em relação à obstrução total. O monitor de ST também tem-se mostrado como método de grande utilidade para estratificação de risco em pacientes com angina instável ou mesmo com dor torácica de baixo risco e de etiologia a ser esclarecida, constituindo-se num preditor independente e altamente significativo de morte, infarto agudo do miocárdio não-fatal ou isquemia recorrente. RECOMENDADO: 1)Todo paciente com dor torácica visto na sala de emergência deve ser submetido imediatamente a um ECG, o qual deverá ser prontamente interpretado. 2)Um novo ECG deve ser obtido no máximo 3h após o 1º em pacientes com suspeita clínica de síndrome coronariana aguda ou qualquer outra doença cardiovascular aguda, mesmo que o ECG inicial tenha sido normal, ou a qualquer momento em caso de recorrência da dor torácica ou surgimento de instabilidade clínica. 3)Devido à sua baixa sensibilidade para o diagnóstico de síndrome coronariana aguda, o ECG nunca deve ser o único exame complementar utilizado para confirmar ou afastar o diagnóstico da doença, necessitando de outros testes simultâneos, como marcadores de necrose miocárdica, monitor do segmento ST, ecocardiograma e testes de estresse. 4)Se disponível, o monitor de tendência do segmento ST deve ser utilizado, simultaneamente, ao ECG em pacientes com dor torácica e suspeita clínica de síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST para fins diagnóstico e prognóstico. 5)Para pacientes com IAM com supradesnível do segmento ST que tenham recebido terapia de reperfusão coronariana o monitor do segmento ST poderá ser utilizado para detectar precocemente a ocorrência de recanalização ou o fenômeno de reoclusão coronariana. BIOMARCADORES 8 Hab.Médicas TBL 2 Para pacientes com IAM com supradesnível do segmento ST que tenham recebido terapia de reperfusão coronariana o monitor do segmento ST poderá ser utilizado para detectar precocemente a ocorrência de recanalização ou o fenômeno de reoclusão coronariana. MIOGLOBINA: PRIMEIRA HORA APÓS OCLUSÃO- Esta é uma proteína encontrada tanto no músculo cardíaco como no esquelético, que se eleva precocemente após necrose miocárdica, podendo ser detectada no sangue de vários pacientes. A mioglobina tem uma sensibilidade diagnóstica para o IAM significativamente maior, que a da creatinofosfoquinase-MB (CK-MB) nos pacientes que procuram a sala de emergência com menos de 4h de início dos sintomas. Sua relativamente baixa especificidade (80%), resultante da alta taxa de resultados falso-positivos, encontrados em pacientes com trauma muscular, convulsões,cardioversão elétrica ou insuficiência renal crônica, limitam o seu uso isoladamente. Entretanto, um resultado positivo obtido 3-4h após a chegada ao hospital sugere fortemente o diagnóstico de IAM (valor preditivo positivo > 95%) . Da mesma forma, um resultado negativo obtido 3-4h após a chegada torna improvável o diagnóstico de infarto (valor preditivo negativo > 90%), principalmente em paciente com baixa probabilidade pré- teste de doença (valor preditivo negativo > 95%). CK-MB: A creatinofosfoquinase é uma enzima que catalisa a formação de moléculas de alta energia e, por isso, encontrada em tecidos que as consomem (músculos cardíaco e esquelético e tecido nervoso). A sensibilidade de uma única CK-MB obtida imediatamente na chegada ao hospital em pacientes com dor torácica para o diagnóstico de IAM é baixa (30-50%). PRIMEIRAS 3 HORAS- de admissão aumenta esta sensibilidade para cerca de 80 a 85%, alcançando 100% quando utilizada de forma seriada, a cada 3-4h, desde a admissão até a 9ª hora (ou 12h após o início da oclusão coronariana). A especificidade da CK-MB de 95% decorre de alguns resultados falso-positivos encontrados principalmente quando a metodologia é a da atividade da CK-MB e não da massa. TROPONINA: As troponinas cardíacas são proteínas do complexo miofibrilar encontradas somente no músculo cardíaco. Devido à sua alta sensibilidade, discretas elevações são compatíveis com pequenos (micro) infartos, mesmo em ausência de elevação da CK-MB. Por este motivo tem-se recomendado que as troponinas sejam atualmente consideradas como o marcador padrão-ouro para o diagnóstico de IAM. OBS: Também liberada em situações clínicas não-isquêmicas, que causam necrose do músculo cardíaco, como miocardites, cardioversão elétrica e trauma cardíaco. Além disso, as troponinas podem se elevar em doenças não-cardíacas, tais como as miosites, a embolia pulmonar e a insuficiência renal. A sensibilidade global das troponinas para o diagnóstico de IAM depende do tipo de paciente estudado e da sua probabilidade pré-teste de doença, da duração do episódio doloroso e do ponto de corte de anormalidade do nível sérico estipulado, variando de 85 a 99%. Marcadores de necrose mais LENTOS, sensibilidade na admissão é BAIXA. Aumenta lenta e progressivamente nas próximas 12horas. Além da sua importância diagnóstica, as troponinas tem sido identificadas como um forte marcador de prognóstico imediato e tardio em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST. 9 Hab.Médicas TBL 2 importância também para definir estratégias terapêuticas médicas e/ou intervencionistas mais agressivas a serem utilizadas nestes pacientes. A baixa sensibilidade diagnóstica da troponina obtida nas primeiras horas também não permite a avaliação do risco destes pacientes na admissão hospitalar, além do que resultados negativos não excluem a ocorrência de eventos imediatos. RECOMENDAÇÕES: 1) Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica devem ser mensurados em todos os pacientes com suspeita clínica de síndrome coronariana aguda, obtidos na admissão à sala de emergência ou à Unidade de Dor Torácica e repetidos, pelo menos, uma vez nas próximas 6 a 9h. -Pacientes com dor torácica e baixa probabilidade de doença podem ter o seu período de investigação dos marcadores séricos reduzido a 3h 2) CK-MB massa e/ou troponinas são os marcadores bioquímicos de escolha para o diagnóstico definitivo de necrose miocárdica nesses pacientes. 3) Embora a elevação de apenas um dos marcadores de necrose citado seja suficiente para o diagnóstico de IAM, pelo menos dois marcadores devem ser utilizados no processo investigativo: um marcador precoce (com melhor sensibilidade nas primeiras 6h após o início da dor torácica, como é o caso da mioglobina ou da CK-MB) e um marcador definitivo tardio (com alta sensibilidade e especificidade global, a ser medido após 6h – como é o caso da CK- MB ou das troponinas). 4) Idealmente, a CK-MB deve ser determinada pelo método que mede sua massa (e não a atividade) enquanto a troponina deve ser pelo método quantitativo imunoenzimático (e não qualitativo) 5) As amostras de sangue devem ser referenciadas em relação ao momento da chegada do paciente ao hospital e, idealmente, ao momento do início da dor torácica. 6) O resultado de cada dosagem dos marcadores de necrose miocárdica deve estar disponível e ser comunicado ao médico do paciente poucas horas após a colheita do sangue para que sejam tomadas as medidas clínicas cabíveis. 7) Em pacientes com dor torácica e supradesnivelamento do segmento ST na admissão a coleta de marcadores de necrose miocárdica é desnecessária para fins de tomada de decisão terapêutica (p. ex., quando se vai utilizar fibrinolítico ou não) Troponina (C e I) – de escolha para detecção de necrose miocárdica em pacientes com suspeita de SCA, por sua alta sensibilidade e quase total especificidade (S=90% e E=97%). São detectáveis dentro e 4-6h após início da dor precordial, atingem concentração máxima em 12-24h e permanecem elevadas durante 3 a 10 dias após o IAM. 10 Hab.Médicas TBL 2 CK-MB: S=97% e E=90% (também se eleva em danos musculares não cardíacos). Marcador precoce (< 6h), com pico em 10-24h e normaliza-se entre 3-4 dias. Mioglobina: marcador muito precoce de necrose miocárdica (1-2h do início), precedendo a liberação de CK-MB em 2 a 5 horas, porém, não é cardioespecífica. Permanece elevada por 12h MÉTODOS DIAGNÓSTICOS E PROGNÓSTICOS: usados com finalidade diagnóstica - para identificar os pacientes que ainda não têm seu diagnóstico estabelecido na admissão ou que tiveram investigação negativa para necrose e isquemia miocárdica de repouso, mas que podem ter isquemia sob estresse - e também prognóstica. A seleção destes pacientes baseia-se na inexistência de dor recorrente, na ausência de alterações eletrocardiográficas e de elevação de marcadores de necrose miocárdica à admissão e durante o período de observação. TESTE ERGOMÉTRICO: O mais recomendado, baixo custo, boa segurança, realizado em pacientes clinicamente estáveis e baixo risco. Alto valor preditivo negativo. Estabelecer prognóstico dos pacientes onde diagnósticos de IAM e angina instável foram afastados. Relativamente alta resultados falso positivos. EXERCICIO ECG: O teste de ECG de esforço é o procedimento não invasivo mais comumente usado para avaliar para isquemia induzível no paciente com angina. 2. Indicações— O teste de esforço é usado (1) para confirmar o diagnóstico de angina; (2) para determinar a gravidade da limitação de atividade devido à angina; (3) para avaliar o prognóstico em pacientes com doença coronariana conhecida, incluindo aqueles em recuperação de infarto do miocárdio, por meio da detecção grupos de alto ou baixo risco; e (4) para avaliar as respostas à terapia. Porque falsotestes positivos muitas vezes excedem os verdadeiros positivos, levando a muita ansiedade do paciente e autodeficiência imposta ou obrigatória, o teste de exercício de indivíduos assintomáticos deve ser feito apenas para aqueles cujas ocupações os colocam ou outros em risco especial (por exemplo, companhia aérea pilotos). CINTILGRAFIA MIOCÁRDICA DE REPOUSO: Realizada imediatamente a chegada à sala de emergência. Um resultado praticamente exclui a doença. Fornece informações prognósticas, queles pacientes com perfusão miocárdica normal apresentam baixíssima probabilidade de desenvolvimento de eventos cardíacos sérios nos próximos meses. Limitada por sua indisponibilidade nas salas de emergência. Entretanto, alguns grupos têm preconizado a realização do exame para pacientes com média ou baixa probabilidade de IAM, já que um exame negativo praticamente afasta este diagnóstico , permitindo a liberação imediata destes pacientes com conseqüente redução dos custos hospitalares.ECOCARDIOGRAMA: Se alicerça em poucos estudos. Nesses pacientes, um ecocardiograma normal não parece agregar informações diagnósticas significativas, além daquelas já fornecidas pela história e ECG. Para fins prognósticos, a sensibilidade do teste para a ocorrência de eventos 11 Hab.Médicas TBL 2 cardíacos tardios em pacientes com dor torácica varia de 40 a 90%, mas o valor preditivo negativo é excelente (> 97%), conferindo segurança ao médico emergencista em dispensar a realização de outros testes e liberar imediatamente o paciente para casa. RECOMANDAÇÕES: 1) Nos pacientes com dor torácica inicialmente suspeita de etiologia isquêmica, que foram avaliados na sala de emergência e nos quais já se excluem as possibilidades de necrose e de isquemia miocárdica de repouso, um teste diagnóstico pré-alta deverá ser realizado para afastar ou confirmar a existência de isquemia miocárdica esforço- induzida. 2) 2) Por ser um exame de ampla disponibilidade, fácil execução seguro e de baixo custo, o teste ergométrico é o método de estresse de escolha para fins diagnóstico e/ou prognóstico em pacientes com dor torácica e com baixa/média probabilidade de doença coronária. 3) 3) O ecocardiograma de estresse ou a cintilografia de estresse poderá ser realizado em pacientes nos quais o teste ergométrico foi inconclusivo ou quando não se pôde realizálo (incapacidade motora, distúrbios da condução no ECG, etc). 4) ) A cintilografia miocárdica imediata de repouso poderá ser realizada em pacientes com dor torácica com baixa probabilidade de doença coronariana com o objetivo de identificar ou afastar IAM, sendo que aqueles com teste negativo poderão ser liberados para casa sem necessidade de dosagem seriada de marcadores bioquímicos de necrose miocárdica. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Quando características atípicas estão presentes, como duração prolongada (horas ou dias) ou dardos ou dores em forma de faca no ápice ou sobre o precórdio - isquemia é menos provável. A síndrome da parede torácica anterior é caracterizada por uma sensibilidade bem localizada de os músculos intercostais. A inflamação das junções condrocostais pode resultar em dor torácica difusa que também é reproduzida por pressão local (síndrome de Tietze). Neurite intercostal (devido ao herpes zoster ou diabetes mellitus, por exemplo) também imita angina. Doença da coluna cervical ou torácica envolvendo as raízes dorsais produz súbita Dor forte e aguda no peito, sugerindo angina no local e "radiação", mas relacionada a movimentos específicos do pescoço ou da coluna, decúbito e distensão ou levantamento. Dor devida a doença do disco cervical ou torácico envolve o aspecto externo ou dorsal do braço e o polegar e o indicador, em vez do anelar e o dedo mínimo. Esofagite de refluxo, úlcera péptica, colecistite crônica, espasmo esofágico e doença gastrointestinal funcional pode produzir dor sugestiva de angina de peito. O imagem pode ser especialmente confusa porque a dor isquêmica também pode estar associada com sintomas gastrointestinais superiores e distúrbios da motilidade esofágica podem ser melhorados por nitratos e bloqueadores dos canais de cálcio. A avaliação da motilidade esofágica pode ser útil. Lesões degenerativas e inflamatórias do ombro esquerdo e desfiladeiro torácico as síndromes podem causar dor no peito devido à irritação do nervo ou compressão muscular; a os sintomas são geralmente precipitados pelo movimento do braço e do ombro e são associado a parestesias. Pneumonia, embolia pulmonar e pneumotórax espontâneo podem causar tórax dor, bem como dispneia. Dissecção da aorta torácica pode causar forte dor no peito que é comumente sentido nas costas; é repentino no início, atinge a intensidade máxima imediatamente, e pode estar associado a alterações nos pulsos. Outros distúrbios cardíacos, como prolapso da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica, miocardite, pericardite, doença 12 Hab.Médicas TBL 2 da válvula aórtica, ou RVH, pode causar dor torácica atípica ou mesmo miocárdica isquemia. MÉTODOS DE IMAGEM NA DOR TORÁCIA DE ORIGEM NÃO- CORONARIANA: EMBOLIA PULMONAR: As alterações radiológicas mais freqüentemente encontradas na embolia pulmonar são as áreas de atelectasia, a elevação da hemicúpula diafragmática, o derrame pleural e a dilatação do tronco e dos ramos da artéria pulmonar. Áreas de hipofluxo pulmonar segmentar (sinal de Westmark) e infiltrado pulmonar de forma triangular com a base voltada para a pleura (sinal de Hampton) são os achados mais específicos da embolia pulmonar mas, infelizmente, são pouco sensíveis CORCOVA DE HAMPTON SINAL DE WESTERMARK • Ecocardiografia contribui para suspeita. • Cintilografia normal praticamente afasta o diagnóstico de EP. • Angiotomografia computadorizada tem boa acurácia. Apesar dos recentes avanços no diagnóstico da embolia pulmonar, a arteriografia pulmonar permanece como método padrão-ouro; entretanto, sua indicação deve ser reservada para pacientes cujos testes diagnósticos não-invasivos foram inconclusivos. 13 Hab.Médicas TBL 2 DISSECAÇÃO AGUDA DE AORTA: Elevada morbi-mortalidade, necessita de rápido diagnóstico. RX: alargamento do mediastino superior, porém sua normalidade não exclui. AORTOGRAFIA: Padrão ouro para confirmação, porém métodos de confirmação vem mudando. Ecocardiograma transesofagico não é utilizado. Assim, recomenda-se para pacientes com suspeita clínica de dissecção aguda da aorta e que estejam estáveis o uso da angiotomografia computadorizada helicoidal ou da angiorressonância magnética como o exame padrão-ouro. Para pacientes instáveis recomenda-se o uso do ecocardiograma transesofágico. FLUXOGRAMAS DIAGNÓSTICOS 14 Hab.Médicas TBL 2 ESCORES De acordo com o artigo- referencia- O escore HEART, em um período de 30 dias, prediz eventos cardiovasculares, mais eficazmente, em comparação com os outros escores. Troponinas de alta sensibilidade mantêm a superioridade previamente demonstrada deste escore. Este escore oferece uma identificação mais precisa dos pacientes de baixo risco. O escore HEART possibilita a diferenciação mais precisa dos pacientes com baixo risco de apresentar MACE, o qual permitirá que os médicos optem por altas hospitalares de maneira mais precoce, possibilitando a economia de horas de estadia no hospital e testes diagnósticos desnecessários. Isto pode resultar em cuidados melhores para pacientes e na distribuição mais eficiente dos recursos dos sistemas de saúde. Os escores TIMI e GRACE foram desenvolvidos como ferramentas para quantificar risco em pacientes com diagnóstico estabelecido de síndrome coronária aguda, enquanto o escore HEART foi elaborado para avaliar pacientes com dor no peito. Porém, apesar das diferenças nos seus objetivos iniciais, na prática clínica do mundo real, eles têm sido utilizados de forma intercambiável. Além disso, estudos prévios têm comparado os escores para avaliação de risco de dor no peito em situações de emergência. Nós verificamos que o escore HEART para pacientes com dor no peito é uma ferramenta confiável para predizer desfechos cardiovasculares maiores, com base na descrição de sintomas do paciente, dados do registro clínico, achados eletrocardiográficos e valor inicial da TnI-as. O escore é facilmente aplicável; não requer cálculos computarizados e tem sido validado por estudos nacionais multicêntricos em múltiplas populações. Em contraste, o escore GRACE é um modelo para predizer a mortalidade em pacientes com síndrome coronariana aguda que tem sido adequadamente validado, mas o fato que deve ser calculado eletronicamente limita a sua aplicabilidade. Similarmente, o escore TIMI foi elaborado para determinar a necessidade para terapia agressiva em pacientes com síndrome coronariana aguda, permitindo o cálculo do risco 15 Hab.MédicasTBL 2 por meio de variáveis dicotômicas, sem pesar as variáveis ou levar em consideração a apresentação clínica do paciente. TIMI: HAS, DM, DLP, tabagismo e Hx familiar de coronariopatia.- Fatores de Risco 16 Hab.Médicas TBL 2 TRATAMENTO → Realizar a estratificação de risco → Tratamento MONABCTH / MONABIH MONABCTH - morfina, oxigênio, nitrato, AAS, betabloqueador, clopidogrel, trombolítico e angioplatia. • Morfina - É altamente indicada no paciente com IAM devido ao seu efeito vasodilatador, reduzindo a resistência vascular periférica, pré e pós-carga do ventrículo esquerdo. Além disso, apresenta potente efeito analgésico sobre o SNC, reduzindo a dor e ansiedade do paciente. A dose inicial de morfina deve ser 2 a 4 mg, IV Deve-se administrar a morfina (para analgesia ) em conjunto com benzodiazepínico (sedativo). → Diluir 1 ampola de 10mg para 10mL de AD, ADM endovenoso de 2-4mL lentamente a cada 5 ou 15 minutos se necessário. OBS : atenção ao riso de parada respiratória. • Oxigênio - A oxigenioterapia deve ser utilizada para aumentar a saturação de oxigênio e assim limitar a lesão miocárdica isquêmica e reduzir a intensidade de elevação do segmento ST. → Cateter nasal, com fluxo de 2 a 4 L/minuto → Hipoxemia moderada – máscara de 02 com fluxo de 5 a 10 L/min. indicado com SaO2 < 94%, congestão pulmonar ou na presença de desconforto respiratório. Oxigênio suplementar deve ser reservado para pacientes com hipoxemia (oximetria de pulso < 90%). • Nitratos/nitroglicerina- devido a sua importante ação vasodilatadora, reduz a isquemia e a área de infarto. Dose inicial - 5 a 10 mg/min, via endovenosa, em bomba de infusão contínua. Contraindicados: → pacientes com pressão sistêmica < 90mmHg ou queda > 30mmHg em comparação ao basal, → bradicardia ou taquicardia, → infarto do VD ou em parede inferior → naqueles que tenham usado inibidores da fosfodiesterase para disfunção erétil nas últimas 48 horas. • AAS - o AAS (Ácido acetilsalisílico) deve ser utilizado para impedir a agregação plaquetária, a reoclusão coronariana e a recorrência de eventos após a terapia fibrinolítica. → Deve-se administrar AAS a todos os pacientes na admissão, podendo ser administrado antes da realização do ECG e manter seu uso contínuo indefinidamente. → Dose inicial deve ser 200mg via oral iniciar AAS na 160-325mg (mastigável) + clopidogrel 300-600mg → Dose de manutenção deve ser 100mg/dia via oral após almoço e clopidogrel 75 mg/dia até 12 meses. Contraindicações: hipersensibilidade conhecida, úlcera péptica ativa, discrasia sanguínea ou hepatopatia grave. • Betabloqueadores – causa a redução da FC, buscando manter a FC de aproximadamente 60 bpm. 17 Hab.Médicas TBL 2 Betabloqueadores com atividade simpatomimética intrínseca, como o pindolol, são menos desejáveis porque podem agravar a angina em alguns indivíduos e não foram eficaz em estudos de prevenção secundária. Exemplos: Propanolol, metoprolol, atenolol , carvedilol. Contraindicações para o uso: → FC 0,24s, → BAV de 2º e 3º, → história de asma ou doença pulmonar obstrutiva grave, → doença vascular periférica → disfunção ventricular grave (classe Killip ≥ II) → Claudicação intermitente. ➢ Agentes bloqueadores dos canais de cálcio Ao contrário dos beta-bloqueadores, os bloqueadores dos canais de cálcio não mostraram reduzir mortalidade pós-infarto e, em alguns casos, aumento das taxas de isquemia e mortalidade. Este parece ser o caso com algumas dihidropiridinas (por exemplo, nifedipina) e com diltiazem e verapamil em pacientes com insuficiência cardíaca clínica ou LV moderada a grave disfunção. Meta-análises sugeriram que nifedipina de curta ação em moderada a doses altas causam um aumento na mortalidade. É incerto se essas descobertas são relevante para dihidropiridinas de ação mais longa. No entanto, considerando as incertezas e a falta de efeito favorável demonstrado sobre os resultados, bloqueadores dos canais de cálcio devem ser considerados medicamentos anti-isquêmicos de terceira linha no paciente pós-infarto. Da mesma forma, esses agentes, com exceção da amlodipina (que se mostrou segura em pacientes com insuficiência cardíaca no estudo PRAISE-2), deve ser evitado em pacientes com coração falha ou EFs baixos. ➢ Agentes Inibidores de Plaquetas Clopidogrel- é, também, um antiagregante plaquetário, porém, seu efeito é devido à sua ação antagonista do receptor da adenosina. Administrado em conjunto com o AAS. Heparina (anticoagulante)- seu uso é feito visando como meta atingir um tempo de coagulação ativado (TCa) de, pelo menos, 300 segundos. anticoagulação com heparina não fracionada, 5000Ul EV + infusão contínua 1000-1200ui/hora (>80kg) e TTPA entre 60-85seg. Rivaroxaban, um inibidor direto do fator Xa, quando usado na dose de 2,5 mg duas vezes diariamente, além de aspirina em baixas doses, reduziu os eventos cardiovasculares incluindo morte cardiovascular, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral quando comparado à monoterapia com asp pacientes com DAC conhecida ou doença arterial periférica. Este agente está aprovado e oferece outra opção para os pacientes. As diretrizes atuais recomendam terapia antiplaquetária dupla (aspirina e P2Y12 terapia) em pacientes com IAM recente (dentro de 1 ano) ou implante de stent recente (dentro de 6 meses) e para terapia prolongada (mais de 1 ano) em pacientes com isquemia alta risco (doença coronariana multiarterial ou doença polivalente) e baixo risco de sangramento. ➢ Anticoagulação com HBPM, bollus EV de 30mg seguido de 1mg/kg SC de 12/12hrs (não ultrapassar 100mg/dia), >75 anos 0,75mg/kg de 12/12hrs sem bollus. Ajustar pela TFG. 18 Hab.Médicas TBL 2 https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2040/dor_toracica.ht m http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2002/7903/Toracica.pdf https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2040/dor_toracica.htm https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2040/dor_toracica.htm
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