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Mariana Alves – 6º período Cardiologia Eletrocardiograma Foi desenvolvido por Eithoven em 1903 É um registro de toda atividade elétrica do coração Impulso elétrico surge no nó sinusal (q fica no átrio direito), se distribui para os átrios despolarizando os dois, segue para o nó atrioventricular (do nó sinusal para o nó atrioventricular há um pequeno atraso do impulso elétrico) e depois vai para o feixe de His se distribuindo pelo ramo esquerdo e pelo ramo direito. Ramo esquerdo se divide em fascículo anterior e posterior, ramo direito é um só. A partir daí vai para as fibras de Purkinje para despolarizar a parede livre dos ventrículos. Posteriormente o impulso vai para a parte de base dos ventrículos (em cima) O nó atrioventricular existe para não permitir que o átrio e o ventrículo contraiam simultaneamente. Qnd o átrio contrai o ventrículo relaxa No sinusal ao atrasar um pouco o impulso ele permite que haja essa sincronia. Não é simultâneo. Ondas do ECG Onda P – despolarização atrial É a primeira onda do eletro. Onda positiva – se o impulso começa no átrio D e vai em direção as células do átrio E o vetor é Estimulo elétrico e depois tem a contração Despolarizou o átrio, ele contrai. Intervalo PR – vai do início da onda P até o início da onda R. Intervalo entre a despolarização das células do nó sinusal até a despolarização dos ventrículos Mariana Alves – 6º período Cardiologia Acontece qnd o impulso passa pelo nó atrioventricular. *Intervalo Segmento Intervalo contempla a onda, o segmento é o trecho depois de uma onda até antes de outra Complexo QRS - despolarização ventricular Qnd os ventrículos estão contraindo os átrios estão relaxando, seria a onda de repolarização atrial. Como ela fica no meio do complexo QRS ela n é visível Q – negativa, pequena amplitude (pq o septo atrioventricular é pequeno) R – positiva (ventrículo esquerdo tem massa maior) S – negativa (parte de cima dos átrios, pequena) Mecanicamente: contração dos ventrículos fazendo sístole, ejeção ventricular Onda T – repolarização ventricular É uma onda positiva, fase diastólica. Qnd ele está relaxando para receber o sangue. Segmento ST – existe inicio da repolarização ventricular Intervalo QT – leva em consideração o complexo QRS e o segmento ST. É do inicio da onda Q e ao final da onda T (sístole ventricular) é o tempo q o ventrículo leva pra contrair e pra relaxar, tempo q despolariza e repolariza. Esse intervalo se muito encurtado ou prolongado pode se referir a alguma patologia como arritmias. Existe um tempo fisiológico pra intervalo QT. Ciclo cardíaco: Sístole – contração isovolumétrica, fase de ejeção rápida e fase de ejeção lenta Diástole – relaxamento isovolumétrico, fase de enchimento rápido, fase de enchimento lento e contração atrial. Posicionamento dos eletrodos Eletro tem 12 derivações: D1, DII, DIII, aVR, aVL, aVF (periféricas) e V1, V2, V3, V4, V5, V6 (precordiais) Com 12 derivações eu enxergo cada um dos lados do ventrículo (parede anterior, parede posterior, inferior, lateral), enxergar cada um dos lados do coração. Derivações periféricas: eletrodos nos braços e nos pés (ganchos nos pulsos e tornozelos) São convencionados por cores.: preto, vermelho, amarelo e verde. Cores escuras em baixo (verde e preto) e claras em cima (amarelo e vermelho) *Verde (pé) e amarelo (mão) do lado esquerdo (Brasil). Preto (pé) e Vermelho (mão) do lado direito (Flamengo) Mariana Alves – 6º período Cardiologia Preto é o terra Derivações precordiais: Olivas são colocadas na parte precordial do lado esquerdo V1 – 4 espaço intercostal a direita (linha paraesternal) V2 – 4 espaço intercostal a esquerda (linha paraesternal) V4 (coloca antes do V3) 5 espaço intercostal a esquerda na linha hemiclavicular V3 – entre V4 e V2 V5 – 5 espaço intercostal a esquerda na linha axilar anterior V6 – 5 espaço intercostal a esquerda na linha axilar media No convencional faz até V6. Existe V7, V8 e V9 para ver parede posterior. No eletro cada derivação tem 3 complexos QRS. Na ultima linha do eletro é o D2 longo, são vários complexos numa mesma derivação. Roteiro para interpretação Nome, idade e sexo do paciente Olhar velocidade – 25m por segundo (ver se ele n está mais rápido q isso no aparelho – ver se o traçado está numa velocidade maior ou menor) 1-Definir o ritmo – sinusal? Para definir se o ritmo é sinusal preciso de 3 coisas: - Onda P tem q ser positiva em D1, DII e aVF e negativa em aVR. - Ondas P tem q ter a mesma morfologia, são parecidas, tem mesma forma - depois de cada onda P segue um complexo QRS. Está partindo do nó sinusal, fisiológico Mariana Alves – 6º período Cardiologia 2-Definir frequência cardíaca Entre 50 a 100 bpm Bradicardia sinusal – abaixo de 50 Taquicardia sinusal – acima de 100 Ex.: Atleta – em repouso coração bate a menos de 50, num ritmo sinusal. Bradicardia Pessoa ansiosa/exercício físico. Para aumentar debito aumenta frequência. 130bpm, mas parte do no sinusal. Taquicardia Para calcular frequência sem paciente podemos ver no eletrocardiograma – contar numero de quadrados maiores. 5x5mm. Entre onda R e outra onda R conta quantos quadrados grandes. 300/numero de quadrados grandes. 300/4 = 75bpm Ritmo regular – intervalo entre um QRS e outro é regular Ritmo irregular – não tem onda P, n é sinusal. Intervalo entre uma onda R e outra é irregular Se tiver arritmia, pega D2 longo, conta qnts complexos QRS’s tem e multiplica por 6. 19x6 = 114bpm 3- Avaliar se existe sobrecarga nos átrios Se tiver patologia pode ter sobrecarga Ex.: estenose da válvula mitral Passagem do átrio esquerdo para ventrículo esquerdo – válvula mitral Abre durante a diástole Se tiver obstrução, degeneração por febre reumática, válvula n abre bem. Átrio tem q fazer mais força pra encher ventrículo esquerdo. Ela fica sobrecarregada depois de um tempo. Se a válvula n estiver bem aberta o átrio faz força maior. O átrio dilata depois de um tempo. Principais locais para avaliar sobrecarga atrial: Átrio – onda P Olhar onda P em DII e V1 Mariana Alves – 6º período Cardiologia Duração da onda P – entre 2 e 3mm. Cada quadrado pequeno tem 1mm (40ms) (horizontal – tempo) Amplitude da onda – 2,5mm (vertical) Se tiver sobrecarga pode ser atrial esquerda ou direita. Se for do ae – DII onda P mais prolongada e bífida(duas ondinhas) e V1 – amplitude negativo é maior q 1 quadradinho Se for do ad – DII onda P pontiaguda e V1 amplitude maior que 1,5mm 4- avaliar intervalo PR Inicio da onda P ate inicio do complexo QRS. Momento em q o estimulo ta passando no nó atrioventricular. Intervalo PR – segurada no tempo do impulso Para dar tempo de uma contração pra outra Bloqueio atrioventricular – PR muito aumentado ou diminuido, atrapalha Normal – 3 a 5mm encurtado aumentado 5- QRS - Orientação Coração na cx torácica na região precordial, do lado esquerdo do tórax. O vetor resultante de força é da direita para a esquerda Vetores precordiais: Vendo a ponta da seta - positiva Vendo a bunda da seta - negativa Vendo o meio – pouco positivo pouco negativo Mariana Alves – 6º período Cardiologia V1 – bunda (neg) V2 E V3 – meio (pouco pos e pouco neg) V4, 5 E 6 – ponta (positiva) Onda R vai crescendo de V1 para V5, vai positivando Vetores periféricos: Do vermelho para o amarelo Zero – D1 60 graus – DII Mais 60 graus - DIII aVL – braço esquerdo aVR – braço direito aVF - pé o eixo do coração tem que estar entre VI e aVF (DI positivo e aVF positivo) se VE está muito sobrecarregado, hipertenso, ao longo dos anos o coraçãofica hipertrofiado, aumenta. O eixo desvia muito pra esquerda, começa a subir. Sai do quadrante fisiológico positivo em D1 e positivo em aVF ta normal positivo em D1 e aVF negativo – há desvio para esquerda (ve sobrecarregado) negativo D1 e aVF positivo (vd sobrecarregado) eixo extremo – DI negativo e aVF negativo. Normalmente eletrodo foi colocado errado - Duração: linha horizontal (tempo) no máximo 3 quadradinhos, cada quadradinho é 40ms, mais de 3 o QRS está alargado Mariana Alves – 6º período Cardiologia - Bloqueio de ramo: avalia se há um atraso na despolarização dos ramos (esquerdo ou direito ou dos fascículos anterior ou posterior do ramo esquerdo) Avalio a morfologia através de V1 e V6 Bloqueio de ramo direito – BRD Fisiologicamente em V1 o complexo QRS é mais negativo pq está olhando a bunda da seta. No bloqueio de ramo direito em V1 vemos: R pequena, S pequena e R’ grande (rsR) Já em V6 a onda S mais entalhada Bloqueio de ramo esquerdo - BRE V6 – onda R grande e faz um entalhe (morfologia em torre) V1 – onda S mais alargada *resumindo fisiologicamente QRS em V1 o complexo é mais negativo – R pequena e S mais proeminente negativa V2 e V3 - R e S do mesmo tamanho – isodifasico V4, V5 e V6 - Onda R é grade e S negativa é pequena - Sobrecargas ventriculares Se eixo estiver desviado, para esquerda ou para direita já é um dos indícios que pode ter sobrecarga daquela câmara cardíaca (vd ou ve) Muito comum ter sobrecarga do VE. Hipertensão, estenose da válvula aórtica, miocardiopatia dilatada. SVE – sobrecarga ventricular esquerda Índices: Sokolow-Lyon – somar onda S em V1 com a onda R de V5 ou V6 (a q for maior) Somando os quadrados se for maior que 7 quadrados grandes tem SVE Cornell - soma onda R em aVL e onda S em V3 se mais q 5 (mulher) ou 6 (em homem) tem SVE SVD – sobrecarga ventricular direita Estenose da válvula pulmonar, hipertensão na artéria pulmonar Onda R muito positiva em V1, o que não é muito comum Mariana Alves – 6º período Cardiologia Padrão de Strain - inversão da onda T, vai estar negativa com segmento ST um pouco pra baixo (infrado) - Zonas eletricamente inativas Onda Q – pequena, negativa, amplitude de 1mm Se tiver mais de 1mm e mais de 1/3 da amplitude do QRS – inatividade elétrica naquele local Musculo morreu. Infarto prévio, n tratado, região morre Se tiver onda Q profunda, tem zona eletricamente inativa. Eletrodos periféricos olham a parte inferior e lateral do coração. Eletrodos precordiais olham a parte anterior do coração. Se tiver onda Q patológica em DII, DIII e aVF – existe uma zona inativa na parede inferior Se a onda Q profunda for em DI e aVL – existe uma zona inativa de parede lateral Se a onda Q for em V1, V2, V3, V4, V5 e V6 – existe uma zona inativa em parede anterior. Se pegar de V1 a V6 (todos) a gente chama de parede extensa se pegar só V1 e V2 é a parede anteroseptal ou só V3 e V4 só anterior ou só V5 e V6 é a parede anterolateral. Uma onda Q em DII não significa nada por exemplo, tem que ser em DII, DIII e aVF. Para ter inatividade tem que ter todas afetadas. *no laudo escreve - presença de zona inativa onda Q patológica na parede anterior 6- Segmento ST Linha de base Vai do final da onda S até o início da onda T- isoelétrico (reto, linha de base) Se tiver desvio dele pra cima, uma concavidade pra cima - supra de ST Desvio para baixo - Infra do segmento ST Infra e supra significam alterações patológicas. Geralmente são isquêmicas, mas não necessariamente. Infra ST – isquemia, SVE, intoxicação digitálica (intoxicação digitálica – “em pá de pedreiro” “em colher”) (isquemia) Supra ST – infarto, hipercalemia, BRE, pericardite, síndrome de Brugada Mariana Alves – 6º período Cardiologia (pericardite – supra difuso, em todas as paredes) (S. Brugada – supra que pega V1, V2 e V3) (IAM anterior – V1 a V6) 7 – Onda T Segue o mesmo padrão que o QRS. Se QRS positivo a onda T é positiva Se QRS mais pra baixo a onda T é negativa Normalmente ela é assimétrica – a parte ascendente é mais lenta e a parte descendente é mais inclinada. Isquemia – obstrução da coronária e vai menos sangue pra região a onda T daquela região vai ser mais apiculada positiva e simétrica ou inversão da onda T Hipercalemia – onda T em tenda (apiculada), alargamento complexo QRS e achatamento de onda P Lesão cerebral aguda grave – ondas T gigantes, negativas e difusas, geralmente acompanhadas de desnivelamento do segmento ST e aumento do intervalo QT 8- Intervalo QT Do início do QRS até o final da onda T Normal – de 8 a 11 quadradinhos QT curto – acontece mais em alterações metabólicas, alteração de sódio, potássio, por causa do potencial de ação Mariana Alves – 6º período Cardiologia QT longo – associado a síndromes genéticas QT longo pode gerar uma arritmia chamada Torsades de Pointes (arritmia grave, maligna que pode degenerar pra uma parada cardíaca) Não dá só pra contar quadradinho, tem que ter frequência cardíaca Roteiro para laudar ECG
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