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aula - Anafilaxia Definição · Reação alérgica sistêmica aguda; · Potencialmente fatal; · Resultado da liberação de mediadores químicos, principalmente facilitada por IgE; · Tempo: segundos/minutos até 2 h; · Quanto mais rápida mais grave; · Mais grave em asmáticos e pacientes atópicos. Frequência · 50 a 2 mil episódios em 100.000 pessoas; · Mais comum em crianças e adolescentes; · Prevalência de 0,05% a 0,2%. Fisiopatologia · Imune: IgE e receptor de alta afinidade de IgE, ocorre em alimentos, drogas, látex, venenos. Outros: derivados de sangue, agregados imunes, drogas. · Idiopático. · Não imune: físico e outros (drogas). O paciente ingere por exemplo frutas tropicais e pratica exercícios, faz anafilaxia. Principais células efetoras: · Principalmente os mastócitos, que tem maior número de receptores com afinidade para IgEs. A IgE se liga ao receptor e degranula o mastócito. Liberação de mediadores inflamatórios como histaminas, prostaglandinas, CysLTs, heparina, proteases e serotonina. Mais comum. · Basófilos: Ocorre ligação de IgE e IgGs. Liberação de histamina, PAF (ligada a processos inflamatórios sistêmicos), leucotrienos. · Neutrófilos e macrófagos: ocorre ligação de IgG e tem-se a liberação de PAF e leucotrienos. · A liberação maciça de liberadores químicos (principalmente a histamina) atinge vários sistemas: coriza, tosse, dispneia, dor abdominal aguda, vômitos, diarreia, hipotensão levando a choque, taquicardia, síncope e pele (sempre muito envolvida nesses processos). Local de ocorrência · 58% das vezes em domicilo · 14% em hospital/clínica · 10% em ambiente publico · 10% na escola Principais desencadeantes de reações em crianças (América Latina) · Medicamentos (AINES, atb) 31,2% · Alimentos: LV, ovo e frutos do mar 23,3%. · Insetos: abelha, vespa e formiga 14,8% · Imunoterapia 2,4% · Látex, exercícios, radiocontrastes, etc <1,5% · Frutos do mar e insetos ocorrem em idades menores, por isso aparecem bastante no Brasil. · Quando não mediada por IgE temos dificuldade de comprovar e muitas vezes podem ter manejo difícil; · Mastocitose: doença que subitamente, sem fator causal, libera mediadores inflamatórios. Dosando triptase fazemos diagnóstico. Manifestações clínicas · Cutâneas: predominam. Angioedema, urticária, prurido. · Respiratórias: dispneia e asfixia. · Cardiovasculares: taquicardia e síncope · Gastrointestinais: náusea, disfagia e cólica. Diagnóstico · Pensar quando: início súbito de lesões de pele associado a pelo menos 2 sintomas (trato respiratório ou síncope). · Hipotensão arterial associada Diagnóstico diferencial Reações vasodepressoras: síndromes eritematosas. etc Como agir? Conduta · Administração rápida e precisa de adrenalina (IM, principalmente na face antero lateral da coxa) · Decúbito dorsal com MMII elevados · Manutenção adequada da volemia · Manter SSVV · Oxigênio 1ª escolha: adrenalina 0,01 mg/kg. Canetas de auto aplicação não disponíveis no Brasil (0,15 mg e 0,3 mg). Ctc somente associado Plano de ação · Caneta auto injetora, investigação pelo profissional especializado; Conclusões · Emergência médica grave e fatal; · A terapêutica ainda é equivocada; · Investir em programas médicos educacionais; · Orientar pacientes, familiares, cuidadores, professores; · Desenvolvimento de material de apoio.
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