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Leishmaniose visceral canina

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MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
É a mais importante zoonose em cães e 
TODOS os mamíferos são reservatórios que 
causam a leishmania visceral. 
 Notificação compulsória (obrigatório 
notificação)! 
 Problema de saúde pública. 
 Felinos normalmente apresentam a 
forma tegumentar. 
 
 Protozoário do gênero Leishmania. 
 Leishmania infantum chagasi é a que 
causa a forma visceral nas américas. 
 Na citologia a forma encontrada é a 
amastigota. 
o A forma promastigota só é 
encontrada no vetor ou em meio 
de cultura. 
 
Transmissão 
Transmitida pela Lutzomyia sp. (mosquito 
palha). 
 Transfusão sanguínea 
 Sêmen  encontrado a leishmania, 
mas sem comprovação de 
transmissão. 
 Acidentes no laboratório 
 Transplacentária 
 Carrapatos e pulgas se infectam ao 
ingerir o sangue, mas ainda não foi 
provado que ele consegue transmitir. 
 
Patogenia 
 Mosquito geralmente pica o animal em 
regiões desprovidas de pelos. 
Os parasitas penetram nos macrófagos ou 
são fagocitados e a leishmania se multiplica na 
célula fagocítica e se espalha por todo o 
corpo do animal. 
 Essa multiplicação ocorre pela não 
produção de IL específicas que 
estimulam o linfócito T. helper que irá 
reestimular o fagócito a destruir 
quem foi fagocitado. 
 Alguns animais conseguem ter essa 
resposta. 
o Cães que nascem geneticamente 
com uma deficiência na produção 
dessas IL que estimulam o linfócito 
T tem uma leishmaniose clínica. 
 A picada do mosquito libera substâncias 
que junto das células fagocíticas estimulam 
uma resposta inflamatória, promovendo uma 
vasculite e formação de nódulos que são 
visíveis e podem ou não ulcerar. 
 Durante o processo inflamatório, os 
produtos resposta inflamatória e metabolismo 
da leishmania são solúveis e ocorre a ativação 
de anticorpos que se ligam ao antígeno e 
precipitam dentro do vaso, agravando a 
vasculite. 
 Célula fagocítica sai da circulação e vai 
para os órgãos linfoides (linfonodo, fígado, 
baço) e infecta todos os fagócitos dos órgãos 
e depois se espalha por todo o corpo do 
animal. 
 
A manifestação clínica do cão com 
leishmaniose tem relação com a ocorrência 
das vasculites e o local em que ela ocorre. 
 
 Porta de entrada: locais com pouco pelo 
que geralmente estão na face. 
 Animais assintomáticos servem de 
transmissão para vetores. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Desenvolvimento da doença 
As manifestações clínicas dependem da 
resposta imune de ativação do linfócito T 
helper. 
 Cães positivos para demodicose tem 
deficiência de linfócito T, por isso que 
também é feita sorologia para 
leishmania. 
 A sintomatologia clínica é variada: 
mimetiza várias doenças. 
 A maioria dos cães são assintomáticos. 
 Alguns animais possuem sinais clínicos 
o Linfoadenopatia (pode ser geral), 
lesões na pele e perda de peso 
(principalmente em lesão renal). 
o Alguns podem desenvolver anemias 
em função de uma intensa vasculite. 
o Os nódulos causados podem ulcerar a 
depender da resposta inflamatória. 
Assim, é possível ver feridas na 
região perianal, focinho e face. 
Pode haver também o crescimento 
exagerado das unhas (onicogrifose) ou o seu 
enfraquecimento (onicorrexia). 
 Isso ocorre porque a vasculite que ocorre 
no vaso que nutre a unha pode levar com as 
células do epitélio produzam muita queratina 
ou não produzam. 
 Qualquer inflamação na matriz 
ungueal pode causar isso. 
 Na pele podem ocorrer alopecia e 
dermatite. 
 Pode ocorrer também descamação 
(seborreia), hiperqueratose, 
pododermatites (pode estar 
relacionada com pododemodicose), 
oftalmopaticas, inflamação da 
pálpebra (blefarite), 
ceratoconjuntivite, uveíte 
granulomatosa e glaucomas  O 
animal pode ter perda de visão. 
 O animal geralmente tem perda de 
peso e caquexia  perda de peso 
por gravidade em lesão renal que há 
perda de proteína. 
 Há atrofia muscular que geralmente 
é na face e unilateral. 
 Anemia hemolítica por formação de 
imunocomplexos nos vasos. 
 Trombocitopenia. 
 Coagulopatias. 
 Icterícia  pré hepática ou 
hepática. 
 
Geralmente lesões de pele ulceradas não tem 
a leishmania, o ideal é verificar os nódulos. 
 
 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico clínico é difícil porque a maioria 
dos animais é assintomática e os sinais clínicos 
são muito inespecíficos. Além disso: 
 Longo período de incubação. 
 Leishmaniose pode estar mascarada 
por infecções/doenças 
concomitantes 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
O diagnóstico laboratorial pode ser feito por 
técnicas diretas (visualizar o microrganismo) e 
indiretas (observar resposta imune). 
 Citologia  direta 
 Cultura  etapa da citologia que 
pode ou não ser realizada. 
 Parasitologia de pele Direto 
 Sorologia 
 Imunohistoquímica  testar a taxa 
de infecciosidade do vetor 
(determinar se a pele do animal pode 
infectar o vetor). 
 PCR  normalmente não realizada. 
 A sorologia tem duas técnicas de 
diagnóstico: triagem, com alta sensibilidade e a 
confirmatória (ELISA) com alta especificidade. 
 
Citologia (aspirado) 
Amostras 
 Medula óssea (crista ilíaca*, esterno, 
porção proximal do úmero e do 
fêmur).  Cuidado na contaminação 
por sangue. 
 Linfonodos  o mais comum 
 Líquido sinovial – menos comum. 
 Será observado a forma amastigota 
dentro da célula fagocítica. 
 
 
Cultura 
 Feita pelo material coletado para a 
citologia. 
 Aumenta a sensibilidade das punções 
para 70 a 80%. 
 Resultado pode demorara até 60 
dias. 
 Especificidade de 100%. 
 
Sorologia 
 Mais utilizada 
Triagem: tem alta sensibilidade. 
 Qualquer coisa semelhante a 
leishmania provoca reação. 
 Pode haver falso positivo. 
 Precisa ser feito o confirmatório, se 
for positivo. 
 Retirar apenas os possíveis 
infectados. 
 Resultado em cerca de 15 minutos. 
 Dispensa estrutura laboratorial e 
equipamentos (facilita o uso no 
campo). 
 Utiliza o sangue, plasma ou soro do 
animal 
 Positivo forma uma linha colorida 
 É feita pela secretaria de saúde. 
 Veterinários podem comprar kits. 
 Animais se vacinam apenas se o 
resultado for negativo. 
 Detecta anticorpos anti leishmania 
infantum chagasi 
 Positivo encaminhar amostra para 
fazer exame confirmatório. 
Confirmatório: tem alta especificidade. 
 ELISA 
o Biogene 
o PSA 
o Animal é considerado positivo e 
apresenta títulos altos, a partir de 
1:120. Abaixo disso, o exame deve ser 
repetido depois de 30 dias, é feita 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
uma imunoterapia e o animal fica em 
observação. 
o Animal apresenta sorologia após 3 
meses de infecção, geralmente. 
 PCR  Detecta quantidades 
insignificantes de sequência de DNA e 
RNA específicas de um organismo. 
 Imunohistoquímica – é utilizado mais em 
animais tratados para saber a taxa de 
infecciosidade ao vetor. 
o Coleta de fragmentos da orelha, 
que é a região mais procurada pelo 
mosquito para se alimentar. 
o Tecido incubado com anticorpo 
especifico para leishmania e ao 
corar, a coloração muda para mais 
amarronzada. 
 
 
Parasitológico de pele (íntegra e 
lesionada) 
Geralmente em peles lesionadas o resultado é 
falso negativo. 
 Raspado geralmente no focinho. 
 Quanto mais sinal clínico o animal 
apresenta, maior a possibilidade de 
testar positivo. 
 
 
1 A presença do verme interfere no desenvolvimento da 
imunidade específica para leishmania. 
 
Tratamento 
 O tratamento humano é ofertado pelo 
ministério da saúde. 
Medicamentos humanos não podem ser 
utilizados para cães e medicamentos nos cães 
não podem ser utilizados em humanos. 
Medicamento humano pode desenvolver 
resistência se utilizados em cães. 
 O primeiro passo para o tratamento é o 
diagnóstico CONFIRMATÓRIO. 
 Saber a titulação de anticorpos é 
importante para saber se o animal 
tende a ter vasculites e alta 
produção de anticorpos que podem 
agravar a doença. Além disso, a 
titulação irá cair depois do 
tratamento. 
 Saber se o animal tem alguma lesão e se 
houver, saber o grau de comprometimento, 
assim é necessário: Hemograma 
 Albumina/globulina 
 Função renal 
 Função hepática 
 Parasitológico de fezes: coinfecção 
por hemintoses1 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 A partir disso é feito o tratamento de 
suporte. 
 Os animais geralmente sempre 
apresentam hipoalbuminemia, quando o 
tratamento é eficiente o nível fica normal. 
 
Leishmanicida 
Miltefosina: milteforan – Virbac 
 Fazer termo de consciência de que 
que a doença pode não ter cura e o 
animal terá que ser eutanasiado, etc. 
o Detalhar medicação na 
prescrição 
o Uso correto do protocolo 
o Determinar datas de 
retorno 
o Prescrever ações de 
proteção do vetor 
 2mg/kg (1ml/10kg) VO/dia durante 
28 dias. 
 Apenas o medicamento não promove 
cura parasitológica. 
 Necessário desenvolver imunidade no 
animal e diminuir a quantidade dos 
anticorpos. 
 
Alopurinol 
 É associado a Miltefosina. 
 Vende em farmácia 
 É mais barato em farmácias de 
manipulação. 
 Não mata leishmania, mas diminui seu 
metabolismo e libera poucos 
antígenos solúveis. 
 Ajuda no desenvolvimento da 
imunidade. 
 É BID por tempo indeterminado: 6 
meses até por 1 ano. Pode ser 
utilizado até 3 anos. 
 
Imunomoduladores 
São drogas que estimulam a imunidade. 
 Domperidina 
 
Imunossupressores 
Utilizado em animais com lesão renal e outros 
sinais clínicos. 
 Apenas quando o animal tem clínica. 
 Predinisolona 
 Dexametasona 
 
 Depois que o tratamento acaba, o animal 
faz o protocolo vacinal. 
 
 
 Após encerrar o tratamento, depois de 3 
meses deve ser feita uma sorologia. 
 No primeiro ano – exames 
trimestrais 
 2º ano – quadrimestrais 
 3º ano em diante – semestrais. 
 Uso contínuo do colar inseticida ou 
inseticida tópico 
 
Tratamentos associados 
 Fluidoterapia 
 Transfusões 
 Antibioticoterapia. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
Controle 
 Diagnóstico precoce e tratamento de 
humanos 
 Identificação e eliminação dos 
reservatórios domésticos (cão) 
 Controle do vetor 
o Direcionado para as formas 
adultas 
o Inseticidas residuais: 
eficientes em reduzir a 
população de flebotomíneos. 
o Inseticidas tópicos são 
centrados no cão 
 Deltametrina (coleira) 
 Flumetrina (coleira) 
 Permetrina (spray) 
o Inseticidas ambientais 
o Limpeza do ambiente 
o Uso de telas mosquiteiras em 
canis e abrigos 
o Plantação de citronela 
o Uso de citronela e neem 
como produtor químicos 
 Controle na importação e exposição 
de animais 
 Precauções ecológicas: 
desmatamentos 
 Vigilância epidemiológica: 
levantamento sorológico da população 
canina 
 
Prevenção 
 Vacinação 
No BR é a partir dos 4 meses de vida do 
animal 
 Após ter terminado o tratamento 
com as vacinas múltiplas. 
 É a vacina Leish-tec 
 Vacinação anual 
 Animais soronegativos ou como 
imunoterapia 
 Sem reatividade com testes 
sorológicos 
 Pode ser dada junto com a 
antirrábica 
 Estimula resposta celular 
 3 doses com intervalos de 21 dias 
 APLICADA EM CÃES 
ASSINTOMÁTICOS E SOROLOGIA 
NEGATIVA. 
 Animal está imunizado após 21 dias da 
terceira dose. 
 
Vacina CaniLeish 
 Animal produz anticorpos 
 ELISA específico para diferenciar 
anticorpos vacinais com anticorpos 
da infecção 
 Não é vendida no BR. 
 Vacina a partir dos 6 meses de idade 
 2 reforços com intervalos de 3 
semanas. 
 Revacinação anual. 
 
Leishmania em outros animais 
Em felinos a forma clínica é desenvolvida na 
forma tegumentar. 
 Tratamento apenas em cães! 
 Espécies tegumentares são restritas 
ao tegumento. 
 Vacinas não aprovadas para felinos. 
 
Em equinos pode ter a leishmaniose 
tegumentar e visceral. 
 Animal apresenta muito nódulos. 
 Sem tratamento e eutanásia 
obrigatória em grandes animais.