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Universidade Federal do Amazonas IEQ353 – Química Analítica Experimental G Relatório 4: Determinação de acidez total de vinhos Maysa Inácio - 21554034 Manaus-AM Abril /2019 INTRODUÇÃO Vinho é a bebida obtida da fermentação alcoólica parcial ou total do mosto da uva, com graduação alcoólica mínima de 8,5% v/v (volume por volume). Trata-se de uma das bebidas fermentadas mais antigas e de grande importância cultural, por sua identidade com o clima, com o solo e com a população da região de onde provém, desde sua origem, o vinho é apreciado de várias maneiras e se faz presente nos grandes momentos e nos mais diversos ambientes e ocasiões. (RIZZON; AGNOL ,2009). O vinho contém ainda ácidos orgânicos em duas vertentes: os provenientes da fruta em cultivo, como o ácido málico, tartárico, cítrico, oxálico, acórbico, galacturônico. Há também os ácidos formados na fermentação da fruta, o sucínico, o lático e o acético, o pirúvico, o ceto-glutárico e o ácido fórmico. O ácido tartárico é o principal da uva e do vinho. É o mais forte, define o pH e dá maior resistência ao ataque bacteriano. Sua dosagem é alta no começo do processo e deve ser encontrada em faixas menores quando a bebida for para a etapa de engarrafamento. O ácido tartárico é um ácido poliprótico, logo contém mais de um átomo de hidrogênio substituível por molécula. Para determinar a acidez total do vinho utiliza-se a titulação ácido-base, de um ácido fraco com uma base muito forte (BACCAN et al., 2001). Nas titulações, as concentrações dos analitos são determinadas a partir da estequiometria das reações envolvidas e do volume (ou massa) do titulante correspondente ao ponto final. A estequiometria das reações é revelada através da detecção do ponto final da titulação. Este ponto pode ser encontrado visualmente ou através do emprego de um sensor que responde as alterações na propriedade monitorada. (ROCHA e REIS, 2000). Uma das estratégias mais usadas para detectar o ponto final de titulações baseia - se no uso da variação de cor de algumas substâncias chamadas indicadores (BACCAN et al., 2001). Os vinhos brancos de mesa têm um valor titulável entre 0,6 e 0,9%, que é o mesmo para padrões comerciais (RIZZON; AGNOL ,2009). MATERIAIS E REAGENTES: • Pipeta volumétrica de 25 mL (2) • Béquer de 100 mL (1) • Bureta de 25 mL (1) • Erlenmeyer de 250 mL (3) • Suporte universal (1) • Balão Volumétrico (250 mL) • Conta gotas • Solução NaOH 0,1 M • Água destilada • Indicador Fenolftaleína • Vinho branco de mesa Mosele PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL (a) Preparo inicial • Antes de iniciar-se o experimento, foram lavados os Erlemeyers que seriam utilizados, a bureta e foi desmontada e lavada também. Depois ambientou-se a bureta com a solução de NaOH • Em seguida preparou-se uma solução com a amostra, uma alíquota de 25 mL foi transferida para um Balão de volumétrico de 250 mL com auxilio de uma pipeta volumétrica de 25 mL e diluída até a marca com água destilada, verteu-se o balão para que houvesse uma boa diluição (b) Determinação de acidez total de vinhos • Transferiu-se 3 alíquotas de 25 mL da solução diluída com uma pipeta volumétrica para 3 (Três) Erlenmeyers de 250 mL • Adicionou-se mais 100 mL de água destilada para uma melhor visualização do ponto de viragem. • Adicionou-se a estas 5 gotas de indicador fenolftaleína e iniciou-se a titulação da Solução de ácido acético com a solução de NaOH 0,1 M • Observou-se o ponto de viragem e repetiu-se o processo nos outros 2 Erlenmeyers. RESULTADOS E DISCUSSÕES Determinação da concentração da solução diluída 𝑀 = 0,975 𝑔 150,087𝑔. 𝑚𝑜𝑙 𝑥 0,1𝑙 = 0,065 𝑀𝑜𝑙/𝐿 Como foram efetuadas duas diluições com adição de água soma-se essas quantidades. Logo 250mL+ 100mL= 350 mL de água. Agora podemos calcular a nova concentração Mi.Vi = Mf.Vf Mf = Mi. Vi Vf = 0,065 Mx 25mL 350 mL = 0,0046 𝑚𝑜𝑙 /𝐿 Agora que já foi encontrada a nova concentração após a diluição podemos encontrar o volume de NaOH no ponto de equivalência. Ci.Vi = Cf.Vf Vf = Ci.Vi Cf = 0,0046 M x 25mL 0,1 M = 1, 15 mL Com a adição do titulante a reação envolvida nesse processo é descrita pela reação abaixo C4H8O4(COOH)2 + 2NaOH → C4H2O4 (COONa)2 A titulação foi realizada em triplicata e abaixo estão os valores (mL) de NaOH utilizado em cada titulação. Tabela 1. Volume de NaOH consumido em cada titulação com fenolftaleína Triplicata Viragem ( volume em mL de NaOH consumido ) 1 titulação 1,3 mL 2 titulação 1,1 mL 3 titulação 1,4 mL Média 1,26 mL Para calcular o erro da titulação utiliza-se a fórmula logo abaixo, em que Vpf ( volume no ponto final), Vpeq (volume no ponto de equivalência) Erro da titulação = 𝑉𝑝𝑓 −𝑉𝑝,𝑒𝑞 𝑉𝑝,𝑒𝑞 𝑥100% Erro da titulação = 1,26−1,15 1,15 x100 % = 0,096% Concentrações individuais de ácido tartárico calculadas a partir do volume gasto de NaOH C1=0, 0052 M C2 = 0,0044 M C3= 0,0056 M Média das concentrações de ácido tartárico: 0,0050 M Para calcular o desvio padrão utiliza-se a fórmula logo abaixo, onde xi (valor individual), x’ (média dos valores) n (o número dos valores) 𝐷𝑝 = √ (0,0052 − 0,0050 )2 + (0,0044 − 0,0050 )2 + (0,0056 − 0,0050 )2 3 = Dp =5,03 x 10-4 Finalmente podemos calcular o Teor de acidez total da amostra de Vinho Branco (Mosele),apartir da expressão abaixo Teor de Acidez = (V(mL)x Mreal(mol/L)x MM(g/L) x100)/(m (g) x 1000) = % Onde V é o volume de NaOH utilizado na titulação M real é a concentração do NaOH , MM a massa molar do ácido tartárico e m a massa especifica do ácido tartárico que se encontra através da fórmula da densidade Densidade do ácido : 1,79 g/mL, logo Densidade = massa / volume Massa = densidade x volume = 1,79 g/mLx 35 mL = 62,65 g de soluto Agora podemos calcular o teor de acidez total Teor de Acidez = 1,26 x 0,1x 150,087x100 /62,65 x 1000) =0,030 % Desse modo, a concentração do ácido tartárico no experimento não se encontra dentro dos intervalos desejáveis, que é entre 0,6 e 0,9% (padrões comerciais). O ácido tartárico é o ácido característico do vinho, sendo que a videira é a única planta na natureza que o produz em quantidade elevada, possibilitando a extração comercial. CONCLUSÃO O vinho branco de mesa tem um valor titulável entre 0,6 e 0,9%, que é o mesmo para padrões comerciais. Mas para essa amostra de vinho branco Mosele foi encontrada uma concentração de 0,03 % de ácido tartárico que está abaixo da faixa de tolerância, o que implica que as amostra titulada não estão de acordo com o padrão exigido. A concentração do ácido tartárico regride desde a maturação da uva até o envelhecimento do vinho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACCAN, N.; ANDRADE J.C.; GODINHO, O.E.S.; BARONE, J.S. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3. ed., rev.eampl. São Paulo: Edgard Blucher, 2001. HARRIS, DANIEL C., Explorando a Química Analítica, 4ª Edição, LTC-Livros RIZZON, L.A; AGNOL,I.D. Vinho branco. Brasília -DF,2009Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro-RJ, 2011 ROCH A, F. R. P. e REIS, B. F. A low-cost device for automatic photometric titrations, Journal of Chemical Education, n 77:258, 2000 Química do vinho garante qualidade. Química e derivados. Disponível em: <http://www.quimicaederivados.com.br/revista/qd453/atualidade2.html> . . about:blank
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