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Aula 2-Gestão Laboratorial e Controle de Qualidade QUALIDADE E SUAS DEFINIÇÕES. Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) são implantados em organizações de naturezas diversas, visando garantir a sobrevivência das mesmas no atual mercado competitivo. Esse sistema formal de administração se baseia em conceitos, tais como: criação de estruturas de gerenciamento; definição de necessidades; concordância e formalização de procedimentos; adoção de ações corretivas; além da execução de auditorias internas da qualidade. Chiavenato (2003) define gestão como um fenômeno universal moderno, a partir do qual cada organização requer a tomada de decisões, coordenação múltipla de atividades, condução de pessoas, obtendo e alocando recurso de acordo com suas necessidades. Durante a aplicação de um determinado método de gestão, são necessárias profundas alterações no foco de uma organização, podendo essas alterações ser tanto físicas quanto estratégicas Gerenciamento da Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas QUALIDADE E SUAS DEFINIÇÕES. Segundo, OGUSHI e ALVES (1998), no laboratório clinico, levando-se em consideração a complexidade e os processos decisórios , devemos eleger três níveis de responsabilidades: níveis de decisões estratégicas; decisões táticas e decisões operacionais. Nível de Autoridade das Decisões Estratégicas É definida, principalmente, a seleção de alternativas para aplicação de recursos, ou seja, para a concretização dos objetivos de entidade, incluindo-se nestes a política de gestão de qualidade. Trata-se do campo de ação da alta direção, também denominada autoridade principal, diretoria ou gestor de qualidade. Para melhor estruturar o planejamento estratégico, cada organização necessita ter definidas as seguintes etapas do processo de administração estratégica: Missão, objetivos e estratégia da organização. Missão "Prover soluções cada vez mais completas e integradas para a gestão da saúde e o bem-estar das pessoas, com excelência, humanidade e sustentabilidade". Visão "Saúde e bem-estar para a plena realização das pessoas". Valores "Excelência, Respeito, Interdependência, Solidariedade, Voltado ao Cliente, Integridade, Inovação e Entusiasmo". Nível de Autoridade das Decisões Táticas esta voltada para obter os melhores resultados possíveis. Trata-se de nível de autoridade próprio dos funcionários chamados de gerentes ou viabilizadores da programação, aos quais deverá ocorrer delegação de um titulo compatível com a natureza das tarefas que lhes são atribuídas. Nível de Autoridade para Decisões Operacionais Relaciona-se com o processo de maximização da eficiência na conversão dos recursos, denomina-se, geralmente, encarregado de setor ou facilitador da qualidade aquele que exerce atividade neste nível operacional. As principias atribuições desses profissionais são o cumprimento de rotinas de trabalho, acrescentando-se os aspectos de disciplina e frequência etc. Qual a diferença entre gestão da qualidade, garantia da qualidade e controle de qualidade? A gestão de qualidade engloba um conjunto de objetivos e atividades coordenados para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito á qualidade. É descrita no manual da qualidade, onde a direção define as politicas sobre diversos assuntos, ou seja, quais são as diretrizes mínimas que todos do laboratório devem seguir, como por exemplo, politica de suprimentos, politica de avaliação de laboratório de apoio. A garantia da qualidade é parte da gestão da qualidade em que um conjuntos de ações é planejado de forma sistemática focado em prover confiança de que os requisitos da qualidade serão atendidos. O controle de qualidade é parte da gestão da qualidade focada no atendimento dos requisitos da qualidade. HIERARQUIA TÍPICA DE DOCUMENTOS DO SISTEMA DA QUALIDADE MANUAL DA QUALIDADE (Nível A) PROCEDIMENTOS DO SISTEMA DA QUALIDADE (Nível B) (Nível C) OUTROS DOCUMENTOS DA QUALIDADE (Instruções de trabalho, procedimentos técnicos, formulários, relatórios, manuais de equipamentos, portarias e outros) Conteúdo do Documentos Descreve o sistema da qualidade de acordo com a política e objetivos da qualidade declarados e a norma de referência. Descreve as atividades das unidades funcionais individuais necessárias para implementar os elementos do sistema da qualidade. Consistem em documentos de trabalho detalhados. Sistema de Gestão de Qualidade em um laboratório! É um sistema de gerenciamento que atua em todos os níveis de empreendimento, buscado garantir a qualidade do produto ou serviço. Significa mapear os processos, avaliar os procedimentos e registros necessários para documentar tais processos, capacitar pessoas para a execução das atividades planejadas, identificar falhas de cada processo e implementar ações corretivas e melhoria continua quando necessário. Dessa maneira os laboratórios também sofreram pressão para garantir a qualidade dos seus serviços, principalmente pelas consequências da emissão de um relatório que apresente valores incorretos, como resultado de um diagnóstico clinico, entre outros. A adoção de um Sistema de Qualidade para um laboratórios tornou necessária, nascendo normas especificas e legislações . QUALIDADE E SUAS DEFINIÇÕES. A qualidade de uma organização é definida a partir dos seguintes fatores: Expectativas dos clientes; Exigências do mercado ou ambiente competitivo; Objetivos organizacionais e; Requisitos legais (normas, padrões, regulamento, leis, etc) LEGISLAÇÕES APLICADAS À QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO E SUAS FINALIDADES. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 302, de 13 de Outubro de 2005 Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos. Do ponto de vista ético e legal, a RDC 302 é de grande importância para a área laboratorial, porque normatiza e dá diretriz mínima as quais os laboratórios são obrigados a enquadrar-se. Teoricamente, isso fará com que os laboratórios tenham que cumprir metas mínimas de qualidade, organização e preços, porque a implantação da RDC 302, assim exige. TIPOS DE LABORATÓRIO CONCEITOS Laboratório clínico: Serviço destinado à análise de amostras de paciente, com a finalidade de oferecer apoio ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. Laboratório de apoio: Laboratório clínico que realiza análises em amostras enviadas por outros laboratórios clínicos. Posto de Coleta: Serviço vinculado a um laboratório clínico, que realiza atividade laboratorial, mas não executa a fase analítica dos processos operacionais, exceto os exames presenciais, cuja realização ocorre no ato da coleta. Os postos de coleta são sempre vinculados a um outro estabelecimento que é o seu mantenedor e titular no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e sua localização pode compartilhar o uso de dependências com outros estabelecimentos de saúde, tais como hospitais, serviços de urgência e emergência. RDC nº 302 Pontos principais: Abrangência: Essa Resolução é aplicável a todos os serviços públicos ou privados, que realizam atividades laboratoriais na área de análises clínicas, patologia clínica e citologia. Organização O laboratório clínico e o posto de coleta devem possuir alvará atualizado expedido pelo órgão sanitário competente. Todo laboratório clínico e o posto de coleta devem estar inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES www.datasus.com. br Organização O laboratório e o posto de coleta devem possuir responsável técnico legalmente habilitado:Farmacêutico, Médico e Biomédico. O profissional legalmente habilitado poderá ser responsável técnico de apenas 2 locais (laboratório, posto de coleta). O profissional legalmente habilitado pode assumir, perante a vigilância sanitária, a responsabilidade técnica por no máximo: 02 (dois) laboratórios clínicosou 02 (dois) postos de coleta laboratorial ou 01 (um) laboratório clínico e 01 (um) posto de coleta laboratorial. Toda a supervisão e responsabilidade pelo laboratório e o posto de coleta, em relação à organização, confidencialidade, treinamento de pessoal, etc, será da direção e do Responsável Técnico. Organização ❖Em caso de impedimento do responsável técnico, o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem contar com um profissional legalmente habilitado para substituí- lo. Evidência objetiva: apresentar a licença do Conselho Profissional Infra-Estrutura A infra-estrutura deve obedecer a RDC 50 e RDC 189. Recursos Humanos Manter registros de formação e qualificação dos profissionais compatíveis com as funções desempenhadas. O laboratório deve promover treinamento e educação permanente aos funcionários e manter registro. Os profissionais devem ser vacinados contra Hepatite B, Tétano e Difteria. (Apresentar os registros de vacinação, e se disponível os registros da eficácia.) A admissão deve ser precedida de PCMSO. (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) Realizar anualmente PPRA. (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) Processos Operacionais: O laboratório e o posto de coleta devem disponibilizar ao paciente, instruções escritas ou verbais, em linguagem acessível, orientando bem o paciente. O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem fornecer ao paciente ambulatorial ou ao seu responsável, um comprovante de atendimento com: número de registro, nome do paciente, data do atendimento, data prevista de entrega do laudo, relação de exames solicitados e dados para contato com o laboratório. Apresentar um exemplar das instruções que fornece ao paciente, contendo todas as informações necessárias para a coleta de material e seu preparo. Informações claras, escritas de forma simples e ao ser entregues também deve-se proceder verbalmente as orientações necessárias. Podem tb ser realizadas em forma de revista em quadrinhos. Processos Operacionais: O laboratório e o posto de coleta deve exigir um documento oficial com foto do paciente no momento do atendimento. Para pacientes em atendimento de urgência ou submetidos a regime de internação, a comprovação dos dados de identificação também poderá ser obtida no prontuário médico. Processos Operacionais: Várias informações exigidas para cadastro dos pacientes: Nome, idade, sexo, telefone, contato quando menor de idade, anotação de medicamentos que utilizados, data prevista para entrega de resultados. Identificação do nome do funcionário que efetuou a coleta. Fornece ao paciente ambulatorial ou ao seu responsável, um comprovante de atendimento com: número de registro, nome do paciente, data do atendimento, data prevista de entrega do laudo, relação de exames solicitados e dados para contato com o laboratório. Dispõe de meios que permitam a rastreabilidade da hora do recebimento e ou coleta de amostra. Apresentar instruções escritas documento comprobatório desta rastreabilidade Etiquetas de código de barras e sistemas informatizados possibilitam melhor rastreabilidade Processos Operacionais: Critérios para aceitação e rejeição de amostras. Instruções para recebimento e coleta de amostras. Instruções escritas para o transporte das amostras. Evitar transporte de amostras em áreas comuns de circulação. Terceirização do transporte deve ter contrato formal. O laboratório e o posto de coleta devem dispor de uma lista de exames e atividades realizados naquela unidade. Evitar (se possível) que os transporte interno seja realizado entre os pacientes Deve apresentar as instruções tanto para a equipe interna quanto para o transportador assim como o modelo da caixa de transporte É recomendável o controle da temperatura das cxs de transporte gelo reciclável - até 30 horas de validade; gelo comum - até 15 horas (telelab) Processos Operacionais: O laboratório deve monitorar a fase analítica por meio de controle interno e externo da qualidade. O laboratório deve manter cadastro dos laboratórios de apoio, possuir contrato formal, avaliar a qualidade dos mesmos. Deve manter contrato formal com os laboratórios de apoio, bem como indicar quais exames são enviados. O laboratório de Apoio, deve estar de acordo com esta Resolução.Responsabilidade de quem Contrata. Os laudos devem ser arquivados por 5 anos. Controle de Qualidade: Os controles de Qualidade Interno e Externo devem ser documentados. Controle Interno deve ser realizado com Amostras Soros Controles Comerciais, regularizados junto a ANVISA. Formas alternativas são aceitas desde que descritas na literatura e permitam avaliação da precisão do equipamento. O laboratório deve manter registros dos controles internos. Controle Externo: O laboratório deve participar de Ensaios de Proficiência para todos os exames realizados na sua rotina. Os resultados devem ser anotados e tomadas providências quando houver não conformidades. Item 9.31. : O laboratório clínico deve participar de Ensaios de Proficiência para todos os exames realizados na sua rotina. Item 9.3.2.: Para os exames não contemplados por programas de Ensaio de Proficiência, o laboratório deve adotar formas alternativas de Controle Externas de Qualidade descritas na literatura científicas. O laboratório deve registrar os resultados do Controle Externo e tomar providências quanto aos resultados rejeitados 6.2. Fase Analítica estabelece que a execução dos Testes Laboratoriais Remotos 6.2.13 A execução dos Testes Laboratoriais Remotos –TLR (Point-of-care) e de testes rápidos, deve estar vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou serviço de saúde pública ambulatorial ou hospitalar. 6.2.14 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico é responsável por todos os TLR realizados dentro da instituição, ou em qualquer local, incluindo, entre outros, atendimentos em hospital-dia, domicílios e coleta laboratorial em unidade móvel. 6.2.15 A relação dos TLR que o laboratório clínico executa deve estar disponível para a autoridade sanitária local. 6.2.15.1 O laboratório clínico deve disponibilizar nos locais de realização de TLR procedimentos documentados orientando com relação às suas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica, incluindo: a) sistemática de registro e liberação de resultados provisórios; b) procedimento para resultados potencialmente críticos; c) sistemática de revisão de resultados e liberação de laudos por profissional habilitado. 6.2.15.2 A realização de TRL e dos testes rápidos está condicionada a emissão de laudos que determine suas limitações diagnósticas e demais indicações estabelecidos no item 6.3. 6.2.15.3 O laboratório clínico deve manter registros dos controles da qualidade, bem como procedimentos para a realização dos mesmos. 6.2.15.4 O laboratório clínico deve promover e manter registros de seu processo de educação permanente para os usuários dos equipamentos de TLR. O item 6.2.13 estabelece que a execução dos Testes Laboratoriais Remotos O serviço de saúde deve disponibilizar a relação de todos os TRL realizados por ele, bem como os procedimentos documentados, contemplando as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. Os procedimentos e resultados do controle de qualidade destes testes devem estar devidamente registrados. A sistemática de registro e liberação de resultados provisórios relacionados ao TLR, o procedimento para resultados potencialmente críticos e a sistemática de revisão de resultados e liberação de laudos por profissional habilitado são temas obrigatórios nestes procedimentos, mas não excluem outros pontos que possam complementar e auxiliar na compreensão do teste pelos seus executores e pelo paciente. A realização de TRL está condicionada a emissãode um laudo que deixe claro suas limitações diagnósticas e demais indicações estabelecidas na etapa pós-analítica, que serão confirmados em teste laboratorial a ser realizado no serviço de saúde. Equipamentos e Instrumentos: O laboratório deve possuir equipamentos de acordo com sua complexidade, e sua demanda. Manter instruções escritas referentes aos equipamentos em língua portuguesa. Registrar manutenções Preventivas e Corretivas. Calibrar Equipamentos de Medição. Registro deTemperatura. Registrar a compra de produtos para diagnósticos, a fim de garantir a rastreabilidade. Produtos de Diagnósticos devem estar registrados na ANVISA. Biossegurança: • Disponibilizar para os funcionários, instruções escritas de Biossegurança. • Instruções de uso de EPI, e EPC. • Manuseio e transporte de material biológico. • Instruções escritas para limpeza e desinfecção. • Os saneantes usados para o processo de limpeza devem estar regularizados pela ANVISA. Liberação de Laudos: • O Laboratório deve possuir instrução escrita sobre liberação de laudos. O laudo deve ser legível e assinado por um profissional legalmente habilitado : Farmacêutico, Biomédico, Patologista. Dados mínimos que um laudo deve conter. Nome do Exame,Tipo de Amostra, Método Analítico e Unidade de Medição. Valores de Referência, Limitações daTécnica, e dados para interpretação. Amostras com restrição devem constar no laudo. Observação A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, 2014, a Nota Técnica 39, com esclarecimentos sobre a RDC Anvisa 302/2005, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para funcionamento de laboratórios clínicos. Exemplo de mapa de processos em laboratório clinico CVS -13 Diretoria Técnica do Centro de Vigilância Sanitária/SP - Portaria CVS-13, em 04 de novembro de 2005. Alguns Itens da CVS-13 Princípios e Objetivos Disciplinar o funcionamento dos Laboratórios de Análises, Pesquisas e Congêneres. Normalizar o funcionamento dos Postos de Coletas. Disciplinar os procedimentos de transporte de material humano. Disciplinar a veiculação de publicidade e o fornecimento de informações que possam induzir ou estimular a realização de exames sem indicação médica ou de cirurgião dentista. Alguns Itens da CVS-13 Licença de Funcionamento pela Vigilância Sanitária: Documento com relação de exames realizados pelo próprio laboratório. Documento com relação de exames realizados por laboratório de Apoio. Os laboratórios de Apoio têm que ser formalmente contratados e no contrato tem que estar especificado quais os exames serão realizados. Alguns Itens da CVS-13 Implantar a Comissão Interna de Garantia da Qualidade (CIGQ), e indicar seus membros. Cronograma contendo as medidas destinadas a viabilização do programa. Cronograma de atividade de atualização técnica dos profissionais. (A RDC 302 diz que é obrigado a participação de todos os laboratórios e para todos os analitos realizados). Alguns Itens da CVS-13 4.20 - Comissões Permanentes O Item 4.20, trata de instituição de CIPA.( Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) Mas só há obrigatoriedade de implantação de CIPA para empresas com mais de 20 funcionários. Implantar Comissão Interna de Garantia de Qualidade (CIGQ): Deverá ser formalmente instalada pelo Responsável Técnico sendo composta do Coordenador e mais 2 profissionais de nível Universitário, pertencentes ao quadro de funcionários do laboratório. Alguns Itens da CVS-13 A partir da publicação da CVS 13, é obrigatório a calibração e manutenção periódica dos equipamentos, assim como o treinamento dos profissionais, como parte integrante do Programa de Garantia de Qualidade, de responsabilidade da Comissão Interna de Garantia da Qualidade. DAS RESPONSABILIDADES TÉCNICAS A assunção de responsabilidades técnicas pelos Laboratórios Clínicos Autônomos, Unidades de Laboratórios Clínicos e Postos de Coletas Descentralizados poderá ser pleiteada pelos seguintes profissionais legalmente habilitados: a) médico b) farmacêutico c) biomédico Alguns Itens da CVS-13 Coleta de materiais: Profissionais habilitados Nível Superior: Nível Técnico: concluíram curso em nível de ensino de 2º grau Nível Intermediário (médio): Auxiliares: nível de ensino de 1º grau graduação e/ou em caráter extracurricular, frequentaram disciplinas que confiram capacitação para execução das atividades de coleta. MANUAIS DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POP) relativos especificamente a 1- fase pré-analítica (POP Tipo I ou POP I); 2- fases analíticas inerentes a cada campo de diagnose (POP Tipo II ou POP II); 3- coleta domiciliar de material humano (POP Tipo III ou POP III); 4- transporte de amostras coletadas (POP Tipo IV ou POP IV). RDC 306/2004 Regulamento Técnico que dispõem sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. RDC 306 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Não é somente sobre o lixo infectante. Ao contrário, dispõem sobre todas as categorias de resíduos, inclusive os não infectantes. O regulamento aplica-se a todos os geradores de resíduos de serviços de saúde – RSS. Todo gerador de resíduos deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde – PGRSS. RDC 222 Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. RDC 222 Logo no início onde descreve o escopo de abrangência da Resolução, a RDC 222 explicita no Capítulo I, Seção I, Artigo 2º: “Esta Resolução se aplica aos geradores de resíduos de serviços de saúde – RSS cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS; sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa”. Esse detalhamento dos tipos de serviços de saúde e de ensino, para os quais a legislação atua, não era descrito na RDC 306. Isso é um ponto positivo porque não era incomum ouvirmos de Gestores de Saúde de rede privada, se a instituição dele tinha que seguir tal Resolução, já que a mesma anteriormente não especificava essa questão. RDC 222 Outro ponto que destaco ainda nesse mesmo Artigo 2º na nova RDC 222, no seu Inciso 1º, que refere à abrangência de quem são os geradores de RSS, agora incluídos – “serviços de piercing e salões de beleza e estética”. Muito pertinente a inclusão desses dois serviços, tendo em vista o risco à saúde inerente às atividades que desenvolvem. Sim, agora temos respaldo nessa nova RDC para compartilhar o local chamado “Expurgo” com “Abrigo Temporário de RSS” . Porém, ATENÇÃO – só é permitido apenas para os resíduos Grupos A, D e E, e “A área deverá ser compatível com os três tipos de resíduos”. Essa era uma dúvida e questionamento constantes por parte dos profissionais de saúde para a equipe de Controle de infecção. RDC222 O local chamado “Sala de Utilidades” já era contemplado na RDC anterior para compartilhamento com o “Abrigo Temporário de RSS”. Outra novidade na atual RDC é a especificação dos tipos de resíduos armazenados nesse “Abrigo Temporário de RSS” compartilhado com “Sala de Utilidades” ou “Expurgo”, os quais não eram citados anteriormente. O que chama atenção de forma preocupante é em relação à classificação dos tipos de RSS, pois a nova RDC 222 traz algumas alterações, principalmente no Grupo A – subgrupo A1, A2 e A3, onde todos os detalhamentos de tratamento e acondicionamento desses tipos de resíduos estão bastante resumidos. Nesse sentido, a nova RDC deixa a desejar com um texto mais genérico. RDC 222 No Grupo B a legislação exclui ainda qualquer menção sobre geração de resíduos das atividades assistenciais domiciliares, item que era pontuado na RDC anterior [Capítulo VI – “Manejo de RSS”]. Eis um ponto de muita preocupaçãopara os profissionais de saúde que atuam em Home Care, já que agora não tem mais orientações sobre como manejar esses resíduos de assistência de saúde domiciliar. No Grupo C há reformulação de todos os itens sobre esse resíduo radioativo e as características dos recipientes para acondicionamento não são mais descritas na atual legislação. RDC 222 No que se refere ao Grupo D, fica excluída a simbologia de cores para segregação dos diferentes tipos de resíduos desse Grupo, a qual era contemplada na RDC 306. Por outro lado, um ponto positivo é a inclusão aqui nesse Grupo do “descarte dos Equipamentos de Proteção Individual [EPIs], desde que não contaminados por matéria biológica, química ou radioativa”, algo que não era descrito na RDC anterior. Ainda destaca-se na nova Resolução a ampliação da lista dos tipos de resíduos que podem ser classificados como tal, por exemplo: “Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado, Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada e Pelos de animais”, não citados na legislação anterior. RDC 222 Finalmente no Grupo E também eliminou qualquer menção sobre geração de resíduos das atividades assistenciais domiciliares, o que mais uma vez é um ponto muito negativo na assistência de saúde domiciliar. Ainda nesse Grupo dos perfurocortantes a nova RDC 222 retira o segundo critério – “nível do preenchimento deve ficar à 5 cm de distância da boca do recipiente” – estabelecido para o nível de preenchimento dos recipientes de acondicionamento desse material [RDC 306]; ficando apenas com um único critério, e sendo alterado [era 2/3], aquele que menciona – “devem ser substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir 3/4 (três quartos) da capacidade” [RDC 222]. Descreve ainda que “seringas e agulhas podem ser desconectadas desde que com o auxílio de dispositivo de segurança”, mantendo a proibição anterior de desconexão de seringas e agulhas de forma manual. NR 32 – NORMA REGULAMENTADORA Nº 32 Ministério do Trabalho através da Portaria nº 485, em 11 de novembro de 2005. NR 32 Estabelece Diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção á segurança e a saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Chama a atenção para obrigatoriedade da realização do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), pelas empresas. NR32 Padronização dos Processos Instruções deTrabalho Adequação do Laboratório Conhecimento das Normas Instruções,Padronizações e Informações nos SetoresTécnicos. Dentro dos Setores Técnicos além das Padronizações, são necessários Controles de Qualidade, Avaliações e informações aos colaboradores. NIT DICLA - 083 - NORMA DICLA 083 O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), autarquia executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com sede em Brasília (DF), criado pela Lei Nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973, é o órgão executivo central do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). Uma das principais atividades do INMETRO é a de acreditar laboratórios que voluntariamente optem pela decisão (INMETRO, 2012). Na organização interna do INMETRO, a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE/INMETRO), criada pelo decreto nº 6.275 de 28 de novembro de 2007, é a unidade responsável por todos os aspectos referentes à acreditação, incluindo as decisões de acreditação, atuando assim como organismo de acreditação e avaliação de conformidade. Dentro da CGCRE/INMETRO, a DICLA (Divisão de Acreditação de Laboratórios) é a responsável pela coordenação, gerenciamento e execução das atividades relacionadas ao monitoramento e reconhecimento de instalações de teste segundo os princípios da BPL (Boas Práticas de Laboratório) (INMETRO, 2012). NIT DICLA - 083 - NORMA DICLA 083 A acreditação tem varias modalidades que se encaixa para cada perfil de atuação do laboratório. As modalidades são (INMETRO, 2010A): Laboratórios Clínicos: segue a NIT-DICLA 083 (Critérios Gerais para Competência de Laboratórios Clínicos). Ensaio de Campo: segue a BPL segundo a NIT-DICLA 034 (existem documentos complementares: NIT-DICLA 036 a 041 e 043 a 045). Ensaio de Laboratório: segue a BPL segundo a NIT-DICLA 035 (existem documentos complementares: NIT-DICLA 036 a 041 e 043 a 045). Laboratório de Calibração e Ensaio: segue a NBR ISO/IEC 17025. BIBLIOGRAFIA Bibliografia Básica CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração: abordagens prescritivas e normativas. 7a. ed. Manole, vol. 1 , 2014. BURMESTER, Haino. Gestão da Qualidade Hospitalar - Série Gestão Estratégica de Saúde- 1ª edição. Saraiva, 2013. XAVIER, Ricardo. Laboratório na prática clínica: Consulta rápida, 2ª edição. ArtMed, 2011. ❖MOTTA, V.T; CORRÊA, J.A;MOTTA, L.R. Gestão da Qualidade no Laboratório Clinico, 2ª edição. Ed.MÉDICA MISSAU, 2011. BIBLIOGRAFIA Bibliografia Complementar Academia Pearson - Gestão da qualidade. Pearson Education do Brasil, São Paulo, 2011. CARDOSO, Telma A. de O.; VITAL, Nery C.; NAVARRO, Marli B. M. de A.; Biossegurança, Estratégias de Gestão, Riscos, Doenças Emergentes e Reemergentes.Santos, 2012. COMPRI-NARDY, Mariane B.; STELLA, Mércia Breda; OLIVEIRA, Carolina de. Práticas de Laboratório de Bioquímica e Biofísica. Guanabara Koogan, 2009. RAMOS, Edson. Controle Estatístico da Qualidade. Porto Alegre, Bookman, 2013. SANTOS, Paulo Caleb Júnior de Lima. Hematologia - Métodos e Interpretação - Série Análises Clínicas e Toxicológicas. Roca, 2012. OGUSHI, Quicuco, ALVES, Sérgio L. Administração em Laboratórios Clínicos: Gestão da qualidade, estrutura operacional e componentes financeiros. São Paulo: Atheneu, 1998. Beijos, obrigada! Boa semana!!
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