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DESCRIÇÃO Aplicação do conceito de integral de linha de campos escalares e campos vetoriais. PROPÓSITO Calcular a integral de linha para campos escalares e vetoriais, bem como a sua aplicação em campos conservativos e a do teorema de Green. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Calcular a integral de linha de campos escalares MÓDULO 2 Calcular a integral de linha de campos vetoriais MÓDULO 3 Calcular integrais de linha de campos conservativos MÓDULO 4 Aplicar o Teorema de Green BEM-VINDO AO ESTUDO DAS INTEGRAIS DE LINHA E CAMPOS VETORIAIS! MÓDULO 1 Calcular a integral de linha de campos escalares INTRODUÇÃO Existem alguns problemas práticos para os quais é necessário calcular o efeito de uma função escalar sobre uma determinada trajetória. Imagine que você conheça a densidade linear de massa de um objeto que tem a forma de uma curva. Essa densidade linear define como a massa se distribui pelo comprimento do objeto em cada ponto dele. Se essa densidade não for constante, deve ser analisado o efeito desta função em cada ponto do objeto, e depois somar todos esses valores. A integral de linha de campos escalares é a ferramenta matemática que fornece uma solução para esses problemas. Nós já conhecemos a integração simples que permitiria a integração de uma função real para um intervalo [a,b]. Essa integral simples permitiria resolver esse tipo de problema caso a função dependesse apenas de uma variável e a forma da curva fosse uma reta obtida pela variação dessa variável de a até b. A integral de linha amplia essa possibilidade, permitindo trabalhar com um campo escalar, que depende de várias variáveis, integradas por uma curva que tem um trajeto qualquer. Neste módulo, você vai conhecer a definição e como calcular a integral de linha. INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS ESCALARES Iniciaremos nosso estudo apresentando uma curva parametrizada. CURVA PARAMETRIZADA A curva paramétrica γ t : a, b ⊂ R → Rn, com n inteiro maior do que 1, é percorrida variando o valor do parâmetro t. Vejamos dois exemplos: EXEMPLO 1 A curva γ(t) = (cos t, sen t), para 0 ≤ t ≤ 2π. Observe que x(t) = cos t e y(t) = sen t. Assim x2(t) + y2(t) = 1, representando uma circunferência de raio 1 no plano XY, com a variação do valor de t. EXEMPLO 2 A curva γ(u) = (2 cos u, 2 sen u, u), para 0 ≤ u ≤ 10. Observe que x(u) = cos u, y(u) = sen u e z(u) = u. Assim x2(u) + y2(u) = 4 e z(u) = u, representando uma hélice circular, no espaço XYZ, com raio 2 e com z variando de 0 até 10, com a variação do valor do parâmetro u. Considere que esta curva é derivável em seu domínio. A derivada de γ(t) representa a taxa de variação instantânea de γ(t) em relação ao parâmetro t. Portanto, podemos usar uma aproximação, tal que o comprimento de um arco (“pedaço”) desta curva será dado por: ∆ s = γ ' t ∆ t Com ∆ t = tf - ti, sendo tf e ti os valores do parâmetro para o ponto inicial e final do pedaço da curva analisado. É óbvio que essa aproximação será mais precisa para quando ∆ s → 0. RELEMBRANDO O CONCEITO DE CAMPO ESCALAR Vamos relembrar a função escalar ou campo escalar, já estudada em outra oportunidade. AS FUNÇÕES ESCALARES SÃO FUNÇÕES F: S ⊂ ℝN → ℝ, ONDE S É UM SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝN COM N INTEIRO E N > 1. ASSIM, CADA ELEMENTO X1, X2, …, XN ∈ S DE ENTRADA SERÁ ASSOCIADO A UM ÚNICO NÚMERO REAL DENOTADO POR F X1, X2, …, XN NA SUA IMAGEM. Vamos considerar o caso onde essa função escalar f apresenta em seu domínio os pontos percorridos pela curva γ(t). Assim, γ(t) ⊂ S, para t ∈ [a, b]. ( ) [ ] | ( )| ( ) ( ) PROBLEMA A SER RESOLVIDO PELA INTEGRAL DE LINHA DE UMA FUNÇÃO ESCALAR Imaginemos agora um problema em que desejamos obter o efeito da função em cada arco (“pedaço”) dessa Curva C. Imagine que conhecemos o valor da densidade linear de massa de um objeto (δ) que tem a forma de uma Curva C, definida por uma parametrização γ(t). Essa densidade linear é representada por uma função que tem um valor diferente em cada ponto dessa Curva C. Por exemplo, no caso do ℝ3, a densidade linear seria uma função δ(x, y, z). Como o objeto tem a forma de uma curva definida por sua parametrização, podemos dizer que a função densidade será dada por δ = f(γ(t)), onde γ(t) representa cada ponto da curva. Como a densidade linear de massa é a razão entre a massa pelo comprimento, se desejarmos obter o valor da massa em um pedaço ∆ L do objeto, ela será obtida por: ∆ M = Δ ∆ L Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Assim, se fizermos esse pedaço ser tão pequeno quanto desejarmos, isto é, ∆ L → 0, podemos definir que ∆ m = f(γ(t)) ∆ L = f(γ(t)) γ ' t ∆ t. Vamos usar um raciocínio análogo ao da Soma de Riemann, utilizada na definição de integrais simples. Vamos pegar o objeto, na forma da curva, e dividir em m pedaços. A massa total pode ser obtida por: M = LIM M →∞ ∑ MI = 1 ∆ M I = LIM M →∞ ∑ MI = 1F Γ TI Γ ' TI ∆ TI Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Esse limite do somatório, quando existir, será representado na forma de uma integral e denominado integral de linha de um campo escalar. Repare, portanto, que a integral de linha de funções escalares é uma ferramenta definida para determinar o valor do produto de uma função escalar pelo comprimento em uma trajetória definida por uma curva. No exemplo anterior, foi usada a densidade linear de massa, mas há várias aplicações práticas nas áreas de Eletromagnetismo, Física, estudo de escoamento de fluidos, entre outras. Vamos, agora, definir matematicamente a integral de linha de uma função escalar. INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO ESCALAR Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de função escalar é semelhante à integral simples de uma função real, com a seguinte diferença: | ( ) | ( ( )) | ( ) | A INTEGRAÇÃO É FEITA POR MEIO DE UMA TRAJETÓRIA DEFINIDA POR UMA CURVA (OU LINHA) QUALQUER, E QUE O INTEGRANDO SERÁ O PRODUTO DE UMA FUNÇÃO PELO COMPRIMENTO DE UM PEDAÇO INFINITESIMAL DA TRAJETÓRIA. Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : [a, b] ⊂ ℝ → ℝn, com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio. Seja uma função escalar f: S ⊂ ℝn → ℝ, com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função. A integral de linha da função escalar f sobre C será definida por: ∫ C F(Γ(T))DL = B ∫ A F(Γ(T)) Γ ' T DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Outra denominação para essa integral é integral de linha com relação ao comprimento de arco. Essa denominação é para diferenciar da integral de linha de campos vetoriais, que será estudada posteriormente. Repare na simbologia: a letra C colocada abaixo da integral representando que está se integrando sobre a Curva C. Como estamos obtendo uma integração sobre a Curva C, para cada ponto do percurso é obtido o valor de f γ t0 vezes o comprimento infinitesimal ∆ s(t0 . Lembrando que ∆ s(t0 = γ ' t0 ∆ t. Fonte: EnsineMe Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ2 e ℝ3, considerando que a Curva C é definida pelas parametrizações γ(t) = (x(t), y(t)), no caso do ℝ2, e γ(t) = (x(t), y(t), z(t)), para ℝ3. Assim: ∫ C F(X, Y)DL = B ∫ A F(X(T), Y(T)) DX( T ) DT 2 + DY ( T ) DT 2 DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ou ( ) | ( ) | ( ( )) ) ) | ( )| √( ) ( ) ∫ C F(X, Y, Z)DL = B ∫ A F(X(T), Y(T), Z(T)) DX( T ) DT 2 + DY ( T ) DT 2 + DZ ( T ) DT 2 DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Observe que, após a montagem da integral de linha, o problema recai no cálculo de uma integral definida simples com o integrando sendo uma função real. EXEMPLO Calcule o valor da integral de linha ∫C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1, e a Curva C é a semicircunferência de centro na origem com raio 2 e com y≥ 0. RESOLUÇÃO Vamos inicialmente definir a Curva C. Como ela é uma semicircunferência de raio 2, temos que: γ(t) = (2cos t, 2 sen t) Observe que x2(t) + y2(t) = 4cos2t + 4sen2t, que é uma circunferência no plano XY de raio 2. Como desejamos apenas a parte de cima dessa semicircunferência, isto é, y ≥ 0. O parâmetro t não irá variar de 0 até 2π, que seria o caso da circunferência inteira, e sim de 0 até π. Montando o integrando da integral de linha f(γ(t)) γ ' t . Como γ(t) = (2cos t, 2 sen t), então x(t) = 2 cos t e y(t) = 2 sen t. f(x, y) = 2xy + 1 → f(γ(t)) = 2 (2 cos t)(2 sen t) + 1 = 8 cos t sen t + 1 = 4 sen(2t) + 1 f(x, y) = 4 sen(2t) + 1 x'(t) = 2 ( – sen t) e y’(t) = 2 cos t → γ’(t) = ( – 2 cos t , 2 sen t) γ ' t = √(-2 cos t)2 + (2 sen t)2 = √4 cos2t + 4 sen2t = √4 = 2 Dessa forma: ∫ C f dl = π ∫ 0 f(γ(t)) γ ' t dt = π ∫ 0 2(4 sen(2t) + 1) dt ∫ C f dl = 8 1 2 - cos 2t π 0 + 2t|π0 = - 4 cos2π - cos0) + 2(π - 0) = 2π A integral de linha independe da parametrização utilizada para a curva. Em outras palavras, se usarmos duas parametrizações diferentes, desde que as duas definam a mesma curva, a integral de linha tem que dar o mesmo resultado. EXEMPLO Calcule o valor da integral de linha ∫C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1, e a Curva C é definida pela equação γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u) com - π 4 ≤ u ≤ π 4 √( ) ( ) ( ) | ( ) | | ( ) | | ( ) | ( ( ) | ( javascript:void(0) RESOLUÇÃO Observe que este exemplo é igual ao anterior, pois γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u) com - π 4 ≤ u ≤ π 4 representando a semicircunferência de raio 2 no plano XY com y ≥ 0. Assim, γ ' u = (-2sen 2u)', (2cos 2u)' = - 4cos 2u, - 4 sen 2u Portanto, γ ' u = √(-4 cos 2u)2 + (-4 sen 2u)2 = √16 cos2 2u + 16 sen2 2u = √16 = 4 E: f(x, y) = 2xy + 1 → f(γ(t)) = 2 ( - 2sen(2u))(2cos(2u)) + 1 f(γ(t)) = - 8cos(2u)sen(2u) + 1 = - 4sen(4u) + 1 Dessa forma: ∫ C f dl = π ∫ 0 f(γ(u)) γ ' u du = π 4 ∫ - π 4 4(-4 sen(4u) + 1)du ∫ C f dl = 16 1 4 - cos 4u π 4 - π 4 + 4u| π 4 - π 4 = - 4 cosπ - cos - π + 4 π 4 - π 4 = 2π Observe que, apesar da mudança de parametrização para a curva, a integral de linha não mudou de valor. Repare que quando o caminho C é uma reta sobre o eixo x, y ou z, a integral de linha se transforma na integral simples de uma função real. ( ) ( ) ( ) | ( ) | ( ) ( ) | ( ) | ( ( ) | ( ( )) ( ( )) javascript:void(0) EXEMPLO Se a Curva C for a reta no plano XY que une os pontos (a,0) e (b,0), assim: ∫ C f(x, 0)ds = b ∫ a f(x(t), 0) dx ( t ) dt 2 + (0)2dt = b ∫ a f(x(t), 0) dx ( t ) dt dt ∫ C f(x, 0)ds = b ∫ a f(x(t), 0)dx(t) = b ∫ a f(x)dx Por fim, para definirmos a integral de linha, supomos que a equação que parametriza a curva apresenta derivada. Outra forma é dizer que a curva é suave. QUANDO TEMOS UMA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA QUE APRESENTA PONTOS ONDE NÃO EXISTE DERIVADA, PARA CALCULAR A INTEGRAL DE LINHA, DEVEMOS DIVIDIR O PERCURSO EM PEDAÇOS QUE, JUNTOS, OBTÊM TODA A CURVA, MAS QUE SÃO INDIVIDUALMENTE SUAVES. Observe a figura a seguir, a curva não apresenta derivadas no ponto c e d. Repare que forma um “bico”, tendo limites laterais diferentes da variação da função. Outra forma de não ter a derivada no ponto é se a curva não fosse contínua. Observe: Fonte: EnsineMe Se desejarmos calcular uma integral de linha do ponto t = a até o ponto t = b, não poderíamos aplicar a forma direta, pois a curva não é integrável em todo o percurso. É possível que você esteja se perguntando: Qual seria a solução? Dividir a trajetória em três trechos: t = a até t = c t = c até t = d t – d até t = b Assim: ∫ C F(Γ(T))DS = C ∫ A F(Γ(T)) Γ ' T DT + D ∫ C F(Γ(T)) Γ ' T DT + B ∫ D F(Γ(T)) Γ ' T DT √( ) | ( ) | | ( ) | | ( ) | Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Toda vez que conseguirmos dividir a Curva C dessa forma, dizemos que ela é suave em partes. EXEMPLO Determine a integral de linha do campo escalar f x, y = x2y sobre a Curva C definida pelos pontos (x,y) tais que γ(t) = (t, |t|) com -1 ≤ t ≤ 1. RESOLUÇÃO Observe que não existe a derivada para γ(t) quanto t = 0. Assim, para realizar a integral de linha, dividiremos a curva em duas partes: γ(t) = (t, - t), - 1 ≤ t ≤ 0 (t, t), 0 ≤ t ≤ 1 Obtendo a derivada de γ(t): γ'(t) = (1, - 1), - 1 ≤ t ≤ 0 (1,1), 0 ≤ t ≤ 1 Para ambos os casos γ ' t = √1 + 1 = √2 Acontece que o valor de f(x, y) = xy em relação à parametrização da curva será: f(x, y) = xy → f γ(t) = t2(- t) = - t3, - 1 ≤ t ≤ 0 t2. t = t3, 0 ≤ t ≤ 1 Assim: ∫ C f dl = 1 ∫ -1 f(γ(u)) γ ' u du = 0 ∫ -1 f(γ(u)) γ ' u du + 1 ∫ 0 f(γ(u)) γ ' u du ( ) { { | ( ) | ( ) { | ( ) | | ( ) | | ( ) | javascript:void(0) ∫ C f dl = 0 ∫ -1 - t3 √2dt + 1 ∫ 0 t3 √2 dt = - √2 1 4 t 4 0 -1 + √2 1 4 t 4 1 0 ∫ C f dl = - √2 4 0 4 - (-1)4 + √2 4 1 4 - 04 = √2 2 APLICAÇÃO DE INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS ESCALARES Vale a pena recordamos algumas aplicações possíveis da integral de linha para campos escalares. Muitas dessas aplicações, quando temos uma configuração em duas ou três dimensões, são solucionadas por integrais duplas ou triplas. Em relação ao nosso problema atual, trabalharemos um objeto no espaço que possua uma dimensão. MEDIDA DE COMPRIMENTO Um objeto definido pela Curva C, com equação paramétrica γ(t), pode ter seu comprimento medido considerando na integral de linha à função escalar como unitária. COMPRIMENTO = ∫ C DL = B ∫ A Γ ' T DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde o ponto inicial da curva a ser medida se dá para o parâmetro t = a, e o ponto final, para o parâmetro t = b. EXEMPLO Qual é o comprimento total da hélice circular com a equação paramétrica definida por γ(u) = (3 cos u, 3 sen u, u), para 0 ≤ u ≤ 5. RESOLUÇÃO Se γ(u) = (3 cos u, 3 sen u, u) → γ'(u) = (-3 sen u, 3 cos u, 1). Assim, |γ'(u)| = √9sen2u + 9cos2u + 1 = √9 + 1 = √10. ( ) ( ) | | ( ) ( ) | ( ) | javascript:void(0) Portanto: Comprimento = ∫ C dl = 5 ∫ 0 √10 du = √10(5 - 0) = 5√10 DENSIDADES LINEARES Dependendo das dimensões de um objeto, podemos definir a massa do mesmo em relação a sua dimensão pela densidade de massa. Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será medida em kg/m. Assim, cada parte infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por: Δ = LIM ∆ L→0 ∆ M ∆ L = DM DL (KG/M) DM = Δ DL Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Quando esse objeto tiver a forma de uma Curva, definida pela equação γ(t): MASSA(M) = ∫ C Δ(Γ(T))DL = B ∫ A Δ(Γ(T)) Γ ' T DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal COMENTÁRIO O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser definidas pelas suas densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc. CENTRO DE MASSA A densidade linear de massa também pode ser usada para obter as coordenadas do centro de massa de um objeto. O CENTRO DE MASSA É UM PONTO HIPOTÉTICO, ONDE, NA MECÂNICA CLÁSSICA, SE CONSIDERA QUE TODA MASSA DO SISTEMA FÍSICO ESTARÁ CONCENTRADA. | ( ) | As coordenadas do centro de massa de um objeto são obtidas dividindo o momento pela massa total. Para um objeto com densidade linear dada por δ(x, y, z), as coordenadas do centro de massa, de um corpo de massa m, onde m = ∫ C δ(γ(t))dl, podem ser obtidas pelas expressões: X̄ = ∫ C X DM M = ∫ C X Δ ( Γ ( T ) ) DL M Ȳ = ∫ C Y DM M = ∫ C Y Δ ( Γ ( T ) ) DL M Z̄ = ∫ C Z DM M = ∫ C Z Δ ( Γ ( T ) ) DL M MOMENTO DE INÉRCIA O momento de inércia quantifica a dificuldade de mudar um estado de rotação de um objeto em torno de um eixo e de um ponto. Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-loou alterar sua rotação. Podemos definir o momento de inércia para um sólido definido no espaço. Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade linear de massa δ(x, y, z). Esse objeto tem forma definida por uma Curva C e sua equação paramétrica γ(t). O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO X: Ix = ∫ C y2 + z2 dm = ∫ C y2 + z2 δ(x, y, z)dl O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Y: Iy = ∫ C x2 + z2 dm = ∫ C x2 + z2 δ(x, y, z)dl O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z: Iz = ∫ C x2 + y2 dm = ∫ C x2 + y2 δ(x, y, z)dl RESUMO DO MÓDULO 1 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) TEORIA NA PRÁTICA Um objeto tem a forma de uma hélice circular de raio 2 e altura π. Sabe-se que a densidade linear de massa desse objeto vale δ(x, y, z) = 2y sen z. Para esse objeto colocado no espaço xyz, determine: a massa do objeto, sabendo que a forma do objeto pode ser parametrizada por γ(t) = (2cos t, 2 sen t , t) com ≤ t ≤ π. RESOLUÇÃO INTEGRAL DE LINHA – DENSIDADES LINEARES MÃO NA MASSA 1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO F X, Y, Z = X2Y + Z SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T , 2T2, T + 5 COM 0 ≤ T ≤ 5: A) 5 ∫ 0 t4 + t + 5 √t2 + 2 dt B) 5 ∫ 0 2t4 + t + 5 √16t2 + 2 dt C) 1 ∫ 0 2t4 + t + 5 √t2 + 4 dt ( ) ( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) D) 5 ∫ 0 t2 + t √16t2 + 2 dt E) 1 ∫ 0 4t4 + 5 √6t2 + 4 dt 2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL PARA CALCULAR O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE UM QUARTO DE CIRCUNFERÊNCIA NO PLANO XY, DE RAIO 2, COM CENTRO NA ORIGEM, E COM X E Y MAIOR OU IGUAL A ZERO. SABE- SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = √2X2 + Y2. A) ∫ π 20√4 cos2t - 1 dt B) ∫π04 √4 cos2t + 1 dt C) ∫ π 208 √4 cos2t + 1 dt D) ∫ π 208 √4 sen2t + 1 dt E) ∫π08 √4 cos2t + 1 dt 3. DETERMINE ∫ C X2 + Y DL ONDE C É UM ANEL CENTRADO NA ORIGEM DE RAIO 4: A) 16 π B) 32 π C) 64 π D) 128 π E) 256 π 4. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ C 15 (X + 3Y) DL, ONDE A CURVA C É DEFINIDA PELA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA Γ(T) = T, 2T2, 3T3 COM 0 ≤ T ≤ 1: A) 90 B) 91 C) 92 D) 93 E) 94 5. DETERMINE AS COORDENADAS DA ORDENADA DO CENTRO DE MASSA DE UM FIO COM A FORMA DE UMA HÉLICE CIRCULAR COM EQUAÇÃO PARAMÉTRICA DADA POR Γ(T) = (2 COST, T, T SEN T), ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) COM 0 ≤ T ≤ 2. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DESSE FIO É IGUAL À QUARTA POTÊNCIA DA DISTÂNCIA DE UM PONTO DO FIO ATÉ A ORIGEM DO SISTEMA CARTESIANO. A) 3 111 B) 10 7 C) 5 7 D) 5 11 E) 13 3 6. SEJAM O CAMPO ESCALAR F X, Y = EX+ Y E O QUADRADO CENTRADO NA ORIGEM COM LADO 2 NO PLANO XY. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO DE ARCO DA FUNÇÃO F SOBRE OS LADOS DO QUADRADO: A) 2 e2 - e -2 + 1 B) 2 e2 + e -2 C) 2 e2 - e -2 - 1 D) 2 e2 - e -2 E) 2 e4 - e -2 GABARITO 1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f x, y, z = x2y + z sobre a curva definida pela equação γ(t) = t , 2t2, t + 5 com 0 ≤ t ≤ 5: A alternativa "B " está correta. Como γ(t) = t , 2t2, t + 5 : γ ' t = (t)' , 2t2 ' , (t + 5)' = (1 , 4t, 1) |γ'(t)| = √12 + (4t)2 + 12 = √16t2 + 2 f x, y, z = x2y + z → f(γ(t)) = t2 2t2 + (t + 5) = 2t4 + t + 5 Assim: ∫ C f dl = 5 ∫ 0 f(γ(t)) γ ' t dt = 5 ∫ 0 2t4 + t + 5 √16t2 + 2 dt ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ) ( ) ( ) | ( ) | ( )( ) 2. Assinale a alternativa que apresenta a integral para calcular o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na forma de um quarto de circunferência no plano XY, de raio 2, com centro na origem, e com x e y maior ou igual a zero. Sabe- se que a densidade linear de massa do objeto vale δ(x, y, z) = √2x2 + y2. A alternativa "C " está correta. Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( 2cos t , 2 sen t, 0) para 0 ≤ t ≤ π 2 . Assim, γ'(t) = (- 2sen t , 2 cos t, 0) → |γ'(t)| = √4 sen2t + 4cos2t + 0 = √4 = 2. Mas, Iz = ∫ C x2 + y2 dm = ∫ C x2 + y2 δ(x, y, z)dl. Então: x2 + y2 em relação ao parâmetro t será 4cos2t + 4 sen2t = 4. δ(x, y, z) = √2x2 + y2 → δ(γ(t)) = √2. 4cos2t + 4 sen2t → δ(γ(t)) = √8 cos2t + 4 sen2t = √4 cos2t + 1 Dessa forma: Iz = ∫ π 20 x2 t + y2 t δ(γ(t)) γ ' t dt Iz = ∫ π 204. √4 cos2t + 1 . 2dt = ∫ π 208 √4 cos2t + 1 dt 3. Determine ∫ C x2 + y dl onde C é um anel centrado na origem de raio 4: A alternativa "C " está correta. Necessitamos, inicialmente, parametrizar a Curva C. Como a curva é um anel (circunferência) de raio 4, teremos que γ(t) = (4 cos t, 4 sen t) com 0 ≤ t ≤ 2π. Assim: γ'(t) = - 4sen t , 4 cos t → |γ'(t)| = √( - 4sen t)2 + (4cos t)2 = √16 = 4 f(x, y) = x2 + y → f(γ(t)) = (4cos t)2 + 4 sen t = 16cos2t + 4 sen t Assim: ∫ C f dl = 2π ∫ 0 f(γ(t)) γ ' t dt = 2π ∫ 0 4 16cos2t + 4 sen t dt ∫ C f dl = 64 2π ∫ 0 cos2tdt + 16 2π ∫ 0 sen tdt Usando a fórmula do arco duplo 2 cos2t = 1 + cos 2t ( ) ( ) ( ( ) ( )) | ( )| ( ) ( ) ( ) | ( ) | ( ) ∫ C f dl = 32 2π ∫ 0 (1 + cos 2t)dt + 16 2π ∫ 0 sen tdt = 32 2π ∫ 0 dt + 32 2π ∫ 0 cos2tdt + 16 2π ∫ 0 sen tdt ∫ C f dl = 32 t|2π0 + 32 1 2sen 2t 2π 0 - 16 cos t|2π0 ∫ C f dl = 32 (2π - 0) + 16(sen 4π - sen 0) - 16 cos 2π - cos 0) = 64π 4. Determine a integral de linha ∫ C 15 (x + 3y) dl, onde a Curva C é definida pela equação paramétrica γ(t) = t, 2t2, 3t3 com 0 ≤ t ≤ 1: A alternativa "B " está correta. Como γ(t) = t, t2, 2 3 t 3 , então γ ' t = 1, 2t, 2t2 Assim, |γ'(t)| = √1 + 4t2 + 4t4 = 1 + 2t2 2 = 1 + 2t2 . Como f(x, y) = 15 x + 3y → f(γ(t)) = 15 t + 3.2t2 = 15 1 + 6t2 Portanto, ∫ C f dl = 1 ∫ 0 f(γ(t)) γ ' t dt = 15 1 ∫ 0 1 + 6t2 1 + 2t2 dt A solução agora cai na de uma integral definida: ∫ C f dl = 15 1 ∫ 0 1 + 8t2 + 12t4 dt ∫ C f dl = 15t|10 + 15.8 1 3 t 3 1 0 + 15. 12 1 5 t 5 1 0 = 15 1 + 8 3 + 12 5 = 15. 91 15 = 91 5. Determine as coordenadas da ordenada do centro de massa de um fio com a forma de uma hélice circular com equação paramétrica dada por γ(t) = (2 cost, t, t sen t), com 0 ≤ t ≤ 2. Sabe-se que a densidade linear desse fio é igual à quarta potência da distância de um ponto do fio até a origem do sistema cartesiano. A alternativa "B " está correta. INTEGRAL DE LINHA – CENTRO DE MASSA | ( ( ) ( ) ( ) ( ) √( ) ( ) ( ) ( ) ( ) | ( ) | ( )( ) ( ) | | ( ) 6. Sejam o campo escalar f x, y = ex + y e o quadrado centrado na origem com lado 2 no plano XY. Determine a integral de linha em relação ao comprimento de arco da função f sobre os lados do quadrado: A alternativa "D " está correta. INTEGRAL DE LINHA GABARITO VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO F(X, Y) = 2XY SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = 2T2 , 2T + 10 COM 0 ≤ T ≤ 2: A) 1 ∫ 0 8t2 t + 5 √4t2 + 2 dt B) 2 ∫ 0 t2 t + 5 √t2 + 2 dt C) 2 ∫ 0 16t2 t + 5 √4t2 + 1 dt D) 2 ∫ 0 16t2 t + 1 √t2 + 1 dt E) 1 ∫ 0 16t2 √t2 + 1 dt 2. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE UMA SEMICIRCUNFERÊNCIA NO PLANO XY, DE RAIO 1, COM CENTRO NA ORIGEM E COM X MAIOR OU IGUAL A ZERO. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = X. A) 0 B) 1 C) 2 ( ) ( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( ) D) 3 E) 4 GABARITO 1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f(x, y) = 2xy sobre a curva definida pela equação γ(t) = 2t2 , 2t + 10 com 0 ≤ t ≤ 2: A alternativa "C " está correta. Como γ(t) = 2t2, 2t + 10 : γ ' t = 2t2 ' , (2t + 10)' = (4t , 2) |γ'(t)| = √(4t)2 + 22 = √16t2 + 4 = 2√4t2 + 1 f x, y = 2xy → f(γ(t)) = 2 2t2 (2t + 10) = 8t2 t + 5 Assim, ∫ C f dl = 2 ∫ 0 f(γ(t)) γ ' t dt = 2 ∫ 0 16t2 t + 5 √4t2 + 1 dt 2. Determine o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na forma de uma semicircunferência no plano XY, deraio 1, com centro na origem e com x maior ou igual a zero. Sabe-se que a densidade linear de massa do objeto vale δ(x, y, z) = x. A alternativa "C " está correta. Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( sen t , cos t, 0) para 0 ≤ t ≤ π. Assim, γ'(t) = (cos t , - sen t, 0) → |γ'(t)| = √ cos2t + sen2t + 0 = √1 = 1. Mas, Iz = ∫ C x2 + y2 dm = ∫ C x2 + y2 δ(x, y, z)dl. Então: x2+ y2 em relação ao parâmetro t será sen2t + cos2t = 1. δ(x, y, z) = x → δ(γ(t)) = sen t. Dessa forma: Iz = ∫ π 0 x 2 t + y2 t δ(γ(t)) γ ' t dt = ∫π0sen tdt = -cos t| π 0 = cos 0 - cosπ) = 2 ( ) ( ) ( ) ( ( ) ) ( ) ( ) ( ) | ( ) | ( )( ) ( ) ( ) ( ( ) ( )) | ( )| ( MÓDULO 2 Calcular a integral de linha de campos vetoriais INTRODUÇÃO Nós já estudamos em outras oportunidades a função real, a função escalar e a função vetorial. Neste módulo, definiremos o quarto tipo de função que está faltando: os campos vetoriais. OS CAMPOS VETORIAIS SÃO AS FUNÇÕES EM QUE TANTO OS ELEMENTOS DO DOMÍNIO QUANTO OS DA IMAGEM SÃO VETORES. No módulo passado, foi definida a integral de linha para campos escalares. Aqui, vamos definir e aplicar a integral de linha para campos vetoriais. CAMPOS VETORIAIS Dependendo da definição do conjunto domínio e do contradomínio de uma função matemática, definimos vários tipos diferentes de função. A função real, a função escalar e a função vetorial já foram estudadas por nós em outras oportunidades. Vamos relembrá-las: FUNÇÃO REAL FUNÇÃO VETORIAL FUNÇÃO ESCALAR Tem domínio e contradomínio contidos no conjunto dos números reais. Assim, a entrada e a saída são números reais. Tem domínio contido no conjunto dos números reais e contradomínio no conjunto ℝm, com m inteiro e maior do que um. Dessa forma, sua entrada é um número real, mas sua saída é um vetor com m componentes. Tem domínio contido no conjunto ℝn, com n inteiro maior do que um, e contradomínio no conjunto dos números reais. Portanto, sua entrada é um vetor com n componentes e a saída é um número real. Nesse momento, vamos definir o quarto tipo de função, denominada campo vetorial. O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO QUE TEM DOMÍNIO CONTIDO NO CONJUNTO ℝN E CONTRADOMÍNIO CONTIDO NO CONJUNTO ℝM, COM M E N INTEIROS E MAIORES DO QUE 1. Em outras palavras, tanto a entrada quanto a saída dessa função são vetores. O valor de m e n podem ser iguais ou até mesmo diferentes. Um outro nome para os campos vetoriais é função de diversas variáveis reais a valores vetoriais. Vamos definir formalmente o campo vetorial. DEFINIÇÃO O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO → F : S ⊂ ℝN → ℝM, ONDE S É UM SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝN E TANTO M QUANTO N SÃO INTEIROS MAIORES DO QUE UM. Assim a cada elemento x1, x2, …, xn ∈ S ⊂ ℝ n, será associado um único vetor → F x1, x2, …, xn = y1, y2, …, ym ∈ ℝ m. Portanto, a imagem da função será dada por: IM F = → F X1, X2, …, XN = Y1, Y2, …, YM ∈ RM / X1, X2, …, XN ∈ S ⊂ RN Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A imagem do campo vetorial é um vetor e cada uma de suas componentes serão funções escalares que dependerão das variáveis independentes de entrada. Para o caso de uma função → F : S ⊂ ℝ3 → ℝ3, podemos escrever o campo vetorial em relação às suas funções escalares componentes, como: → F(X, Y, Z) = 〈P(X, Y, Z), Q(X, Y, Z), R(X, Y, Z)〉 = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EXEMPLO Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = 〈ex+ y, 2z2 + 10, ln (y + 1), x + y + z〉. Determine as imagens de → F para quando o elemento de entrada for (– 1, 0, 2). RESOLUÇÃO Repare que o campo vetorial → F apresenta domínio no ℝ3 e imagem no ℝ4. Assim, terá em sua entrada um vetor de 3 componentes e a saída um vetor do ℝ4. Dessa forma, → F(-1,0, 2) = 〈e -1 + 0, 2.22 + 10, ln (0 + 1), - 1 + 0 + 2〉 = 〈e -1, 18, 0, 1〉 O campo vetorial tem várias aplicações práticas. ( ) ( ) ( ) { ( ) ( ) ( ) } javascript:void(0) EXEMPLO O mapeamento de velocidade de um líquido, isto é, em cada ponto do espaço, definido por variáveis (x,y,z), tem definido um vetor velocidade com suas três componentes (vx, vy, vz) que dependem das variáveis de entrada. Outro exemplo é o valor de uma força tridimensional em cada ponto de um sólido. Que também associa em cada ponto espacial (x,y,z) um vetor força. O campo elétrico em cada ponto do espaço. Quando estudamos campos escalares, vimos o gradiente de uma função escalar, que foi definida como: ∇F X1, X2, …, XN = ∂ F ∂ X1 X1, X2, …, XN , …, ∂ F ∂ XJ X1, X2, …, XN , …, ∂ F ∂ XN X1, X2, …, XN Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Repare que o gradiente de uma função escalar é um campo vetorial, pois apresenta um vetor com n componentes na entrada e n funções escalares na saída. O campo vetorial, por ser um vetor, obedece a todas as operações e propriedades vetoriais. EXEMPLO Determine o produto vetorial entre a imagem dos campos vetoriais → F(x, y, z) = 〈x + y, x - z, z〉 e → G(x, y, z) = 〈2y - z, 3x + y, y + 1〉 no ponto (1,1,1). RESOLUÇÃO Calculando as imagens dos campos vetoriais no ponto (1,1,1): → F(1,1, 1) = 〈1 + 1,1 - 1,1〉 = 〈2,0, 1〉 → G(1,1, 1) = 〈2 - 1, 3 + 1,1 + 1〉 = 〈1,4, 2〉 → F(1,1, 1)X → G(1,1, 1) = x̂ ŷ ẑ 2 0 1 1 4 2 = (0 - 4)x̂ + (1 - 4)ŷ + (8 - 0)ẑ = - 4x̂ - 3ŷ + 8ẑ INTEGRAL DE LINHA PARA CAMPO VETORIAL A integral de linha de um campo escalar f: S ⊂ ℝn → R sobre uma Curva C definida pela equação parametrizada γ(t) já foi estudada e tem a forma: ( ) ( ( ) ( ) ( )) | | javascript:void(0) ∫ C F(Γ(T))DS = B ∫ A F(Γ(T)) Γ ' T DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Podemos, de forma análoga, definir uma integral de linha para um campo vetorial. A PRINCIPAL DIFERENÇA É QUE O CAMPO VETORIAL APRESENTA COMO IMAGEM UM VETOR E NÃO UM NÚMERO REAL, COMO NO CASO DO CAMPO ESCALAR. Para definir essa integral de linha, vamos seguir um exemplo prático que seria o cálculo do trabalho de uma força sobre uma trajetória. Seja a Curva C definida pela equação parametrizada γ(t). Imagine um objeto tendo como trajetória a Curva C. Assim, a posição do objeto para o instante to, seria dada por γ t0 . Seja um campo vetorial que representa uma força → F. Considere que as posições definidas pela trajetória façam parte do domínio do campo vetorial. Assim, em cada posição, teremos um valor para o vetor → F. No instante t0, o objeto estará na posição γ t0 , e sobre essa posição existirá um campo vetorial de valor → F γ t0 . Fonte: EnsineMe Necessitaremos definir um sentido para essa trajetória. Tanto faz qual seja, mas após a sua definição, a parametrização da curva deve respeitar o sentido escolhido. Em nosso exemplo, consideraremos sentido positivo da esquerda para direita. Quando não é informada a orientação da curva, considera-se o sentido de percurso o do crescimento do parâmetro. Aprendemos, na Física, que o trabalho que uma força exerce sobre um deslocamento vale o produto escalar entre a força e o vetor deslocamento. ATENÇÃO Lembre-se que o vetor deslocamento é o que tem início na posição inicial do objeto e extremidade na posição final. Como consideramos o sentido positivo da esquerda para a direita, o vetor deslocamento terá sempre esse sentido. Durante o percurso, a força pode variar. Assim, temos que fazer o percurso tão pequeno quanto pudermos para usarmos a condição que a força não varia nesse trecho. Dessa forma, podemos dizer que o trabalho realizado pela força → F γ t0 para um deslocamento | ( ) | ( ) ( ) ( ( )) ( ( )) infinitesimal ∆ γ, no ponto t0, será dado por: ∆ Τ = → F Γ T0 . ∆ → Γ T0 = → F Γ T0 . → Γ T0 + ∆ T - → Γ T0 COM ∆ T → 0 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considere que a equação parametrizada da curvaapresenta derivada, isto é, que a curva é suave no seu domínio. Como o vetor ∆ → γ t0 será tão pequeno quanto desejarmos, podemos afirmar que ele terá a direção da reta tangente à curva e usará o teorema do valor médio para calcular esse vetor por meio da derivada: ∆ → Γ T0 = → Γ T0 + ∆ T - → Γ T0 = → Γ' T0 ∆ T Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Então, ∆ τ = → F γ t0 . ∆ → γ t0 = → F γ t0 . → γ' t0 ∆ t com ∆ t tendendo para zero. COMENTÁRIO Observe a figura anterior, como → γ' t0 terá a direção da tangente à curva: ∆ τ = → F γ t0 . → γ' t0 ∆ t = → F γ t0 → γ' t0 cos α ∆ t Onde α é o ângulo entre o vetor → F e a tangente à curva da trajetória no ponto t0. Se considerarmos a componente do vetor → F na direção e sentido da trajetória → FT , como → FT = → F cos α: ∆ Τ = → F Γ T0 . → Γ' T0 ∆ T = → FT Γ T0 → Γ' T0 ∆ T Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em cada posição da trajetória, tanto o módulo do campo vetorial quanto o ângulo, que o vetor força faz com o deslocamento, pode mudar. Para calcular o trabalho total exercido pela força → F desde um instante t = a até um instante t = b, necessitaremos somar todos os trabalhos realizados em cada trecho da trajetória. Seguindo um raciocínio análogo que foi feito com a Soma de Riemann, dividiremos as trajetórias em partições tão pequenas quantos desejarmos e calcularemos o trabalho para cada uma dessas partições infinitesimais. Quando o tamanho das partições tenderem a zero, ou como outra forma de pensar, quando o número de partições tenderem ao infinito, o trabalho total será obtido pelo somatório do trabalho em cada partição. ( ( )) ( ) ( ( )) ( ( ) ( )) ( ) ( ) ( ( ) ( )) ( ) ( ( ) ) ( ) ( ( )) ( ) ( ) ( ( ) ) ( ) | ( ( )) | | ( )| ( ) | | | | ( ( )) ( ) | ( ( )) | | ( ) | Τ = LIM M →∞ ∑ MI = 1 ∆ ΤI = LIM M →∞ ∑ MI = 1 → F Γ TI . → Γ' TI ∆ TI Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ATENÇÃO Quando o tamanho de cada partição tender a zero, será o mesmo que fazer a variação da parametrização ∆ t tender a zero, garantindo a aproximação do vetor deslocamento através de sua derivada. Esse limite é semelhante ao da integral simples, sendo definido como a integral de linha do campo vetorial → F sobre a Curva C, definida por γ(t): LIM M →∞ ∑ MI = 1 → F Γ TI . → Γ' TI ∆ TI = ∫ B A → F(Γ(T)). → Γ'(T)DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Deduzimos a integral de linha para campo vetorial por meio de um exemplo prático de cálculo de trabalho. Existem, porém, diversas outras aplicações. Toda vez que desejarmos obter o efeito de um campo vetorial sobre uma trajetória, a integral de linha para campo vetorial será usada. Vamos, agora, definir matematicamente a Integral de linha de um campo vetorial. INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de campo vetorial é semelhante a integral de linha de campo escalar, com a diferença que desejamos o efeito da projeção do campo vetorial sobre a trajetória e não apenas o módulo do campo. Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : a, b ⊂ ℝ → ℝn, com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio. Seja uma função escalar → F : S ⊂ ℝn → ℝn, com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função. A integral de linha do campo vetorial → F sobre C é definida por: ∫ C → F. D → Γ = ∫BA → F(Γ(T)). → Γ'(T)DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ATENÇÃO ( ( )) ( ) ( ( )) ( ) ( ) [ ] É preciso tomar cuidado, pois no integrando temos um produto escalar entre dois vetores e não uma multiplicação simples. Observe que, após a montagem da integral de linha e o cálculo do produto escalar, o problema recai no cálculo de uma ou mais integrais simples com os integrandos sendo funções reais. Quando essa curva for fechada, podemos representar a integral pela simbologia a seguir: ∮ C → F. D → Γ = ∫BA → F(Γ(T)). → Γ'(T)DT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Lembre-se, também, que caso a Curva C não seja suave em todo seu domínio, devemos dividir a trajetória em pedaços onde a curva é suave, da mesma forma que fizemos para integral de linha em campos escalares para curvas suaves em partes. Da mesma forma, a integral de linha de campo vetorial também independe da parametrização da curva utilizada. Agora, veremos dois exemplos para entender melhor. EXEMPLO 1 Determine o valor da integral de linha ∫ C → F. d → γ, onde → F(x, y, z) = 〈2x, - y, 3z〉 e a Curva C é definida pela equação γ(t) = 1 - t2, 2t, t com 0 ≤ t ≤ 2, com orientação positiva no sentido do crescimento do parâmetro t. EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO Como → F(x, y, z) = 〈x, y, z〉 e γ(t) = 1 - t2, 2t, t , então: → F(γ(t)) = 〈2 - 2t2, - 2t, 3t〉 γ'(t) = (-2t, 2, 1) Assim, → F(γ(t)). → γ ' (t) = 2 - 2t2 (-2t) + (-2t). 2 + 3t. 0 = 4t3 - 4t - 4t = 4t3 - 8t ∫ C → F. d → γ = ∫20 4t 3 - 8t dt = t4 2 0 - 4t 2 2 0 = 16 - 4.4 = 0 ( ) ( ) ( ) ( ) | | javascript:void(0) Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ3. Seja a Curva C definida pelas parametrizações γ(t) = (x(t), y(t), z(t)). Dessa forma, γ '(t) = (x'(t), y'(t), z'(t)) = dx dt (t), dy dt (t), dz dt (t) , Considere o campo vetorial: → F(x, y, z) = 〈P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)〉 = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ. Assim: ∫ C → F(γ(t)). d → γ = ∫ba → F(γ(t)). → γ'(t)dt ∫ C → F(γ(t)). d → γ = ∫ba P(x, y, z) dx dt + Q(x, y, z) dy dt + R(x, y, z) dz dt dt Os valores de dx dt (t), dy dt (t), dz dt (t) são obtidos pelas coordenadas de γ '(t). Esta expressão pode ser simbolizada como: ∫ C → F(γ(t)). d → γ = ∫ C (P dx + Qdy + Rdz) A forma p(x, y, z)dx + Q(x, y, z)dy + R(x, y, z)dz é denominada de forma diferencial definida. Para o caso do ℝ2, só não teríamos a parcela R dz. ( ) [ ] ( ) EXEMPLO 2 Determine o valor de ∫ C x2dx + 2y dy, sendo a Curva C definida por γ(t) = 2t2, cos t), com 0 ≤ t ≤ π 2 . Considere a orientação positiva da curva no sentido do crescimento do parâmetro t. RESOLUÇÃO Pelo enunciado, → F(x, y, z) = 〈x2, 2y〉. Assim, ∫ C x2dx + 2y dy = π 2 ∫ 0 2t2 2 dx dt + 2cos t dy dt dt. Mas, dx dt = 2t 2 ' = 4t e dx dt = (cos t) ' = - sen t. Então: ∫ C x2dx + 2y dy = π 2 ∫ 0 4t4. 4t + 2cos t ( - sent) dt = π 2 ∫ 0 16t5 - 2cos t sen t dt ∫ C x2dx + 2y dy = π 2 ∫ 0 16t5 - sen 2t dt = 16 1 6 t 6 π 2 0 + 1 2cos (2t)| π 20 = 8 3 π6 64 = π6 24 RESUMO DO MÓDULO 2 TEORIA NA PRÁTICA ( [( ) ] ( ) [ ] [ ] [ ] | javascript:void(0) Um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q, localizada na origem do sistema cartesiano, apresenta uma equação dada por → E x, y, z = k Q x2 + y2 + z2 3 / 2 x x̂ + y ŷ + z ẑ [Volts/m], onde k é uma constante real positiva. Determine a diferença de potencial elétrico entre os pontos finais e iniciais de uma Curva C dada pela equação γ(t) = (t, t, t), com 1 ≤ t ≤ 2, sabendo que a diferença de potencial é dada pela equação: ∆ V = V f - V i = - ∫ C → E. d → γ [Volts] RESOLUÇÃO CAMPOS VETORIAIS MÃO NA MASSA 1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM CAMPO VETORIAL COM DOMÍNIO NO R3: A) f y = y2 + 2 ln y B) → F(t) = 〈2t, t + 1, cos t〉 C) → F(u, v, w) = 〈2v, u + w〉 D) f(x, y, z) = 2x + zln y E) → F(x, y) = 〈x + y, y + 2, yln x〉 2. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS → F(X, Y) = 〈X + Y, X2 + 3, Y - 1〉, → G(U, V, W) = 〈U + V, V + W, U + W〉 E → H(X, Y, Z) = 〈X2 + Y, Z2, 3Y〉. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL → T(X, Y, Z), PARA O PONTO (X,Y,Z) = (1, 0, 2). SABE-SE QUE → T(X, Y, Z) = 2 → F(X, Y) × → G(X, Y, Z) - 3 → H(X, Y, Z) . A) 6 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) B) 7 C) 8 D) 9 E) 10 3. DETERMINE A INTEGRALDE LINHA ∫ C → F. D → Γ, SENDO O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = XYX̂ + YZŶ + XZẐ E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T2, T3, T , PARA 0 ≤ T ≤ 1 . A) 27 28 B) 23 24 C) 29 28 D) 21 23 E) 19 21 4. DETERMINE A INTEGRAL ∫ C (X DX + Y DY + ZDZ) COM C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA Γ(T) = T3, T2, T COM 0 ≤ T ≤ 2. CONSIDERE A ORIENTAÇÃO DO PERCURSO NO SENTIDO DE CRESCIMENTO DO PARÂMETRO T. A) 32 B) 40 C) 42 D) 48 E) 50 5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∫ C (XZ DX + Y DY + DZ). A CURVA C É DEFINIDA PELA INTERSEÇÃO DA ESFERA DE RAIO 2, CENTRADA NA ORIGEM, AS REGIÕES X ≥ 0, Y ≥ 0 E Z ≥ 0 E O PLANO X = Z. O SENTIDO DO PERCURSO DA CURVA C SERÁ ENTRE SEU PONTO INICIAL (0,2,0) ATÉ √2, 0, √2 . A) - 5√2 + 6 3 B) 5√2 -6 3 C) 2√2 -6 3 D) 2√2 + 6 3 ( ) ( ) ( ) E) 5√2 + 6 3 6. UMA FORÇA → F(X, Y, Z) = 〈X + 2, Y + 1〉 ATUA SOBRE UM OBJETO QUE SE MOVIMENTA SOBRE UMA CURVA, QUE, POR SUA VEZ, É UM ARCO DE CICLOIDE DE EQUAÇÃO Γ(T) = (2(T - SEN T), 2(1 - COS T)) COM 0 ≤ T ≤ 2Π DETERMINE O TRABALHO REALIZADO POR ESTA FORÇA: A) 8π2 B) 8π(π - 1) C) π(π + 1) D) 8π(π + 1) E) 8π2 - 1 GABARITO 1. Assinale a alternativa que apresenta um campo vetorial com domínio no R3: A alternativa "C " está correta. A alternativa a apresenta uma função real. A alternativa b apresenta uma função vetorial com imagem no ℝ3. A alternativa d apresenta uma função escalar com domínio no ℝ3. As alternativas c e e apresentam campos vetoriais, porém somente a alternativa c apresenta domínio no ℝ3, sendo a alternativa verdadeira. O domínio do campo vetorial da alternativa e é o conjunto ℝ2. 2. Sejam os campos vetoriais → F(x, y) = 〈x + y, x2 + 3, y - 1〉, → G(u, v, w) = 〈u + v, v + w, u + w〉 e → H(x, y, z) = 〈x2 + y, z2, 3y〉. Determine o módulo da imagem do campo vetorial → T(x, y, z), para o ponto (x,y,z) = (1, 0, 2). Sabe-se que → T(x, y, z) = 2 → F(x, y) × → G(x, y, z) - 3 → H(x, y, z) . A alternativa "A " está correta. Calculando os valores das imagens dos campos vetoriais: → F(1,0) = 〈1 + 0, 12 + 3, 0 - 1〉 = 〈1,4, - 1〉 → → F(1,0) = 〈2.1,2.4,2. ( - 1)〉 = 〈2,8, - 2〉 → G(1,0, 2) = 〈1 + 0, 0 + 2, 1 + 2〉 = 〈1, 2,3〉 → H(1,0, 2) = 〈12 + 0, 22, 3.0〉 = 〈1, 4,0〉 → 3 → H(1,0, 2) = 〈3, 12,0〉 ( ) Assim, → G(1,0, 2) - 3 → H(1,0, 2) = 〈1 - 3,2 - 12,3 - 0〉 = 〈-2, - 10,3〉 → T(1,0, 2) = 〈2,8, - 2〉X〈-2, - 10,3〉 = x̂ ŷ ẑ 2 8 -2 -2 -10 3 → T(1,0, 2) = (24 - 20)x̂ + (4 - 6)ŷ + (-20 + 16)ẑ = 4x̂ - 2ŷ - 4ẑ → T(1,0, 2) = √42 + ( - 2)2 + 42 = √16 + 4 + 16 = √36 = 6 3. Determine a integral de linha ∫ C → F. d → γ, sendo o campo vetorial → F(x, y, z) = xyx̂ + yzŷ + xzẑ e a Curva C definida pela equação γ(t) = t2, t3, t , para 0 ≤ t ≤ 1. A alternativa "A " está correta. Como → F(x, y, z) = xyx̂ + yzŷ + xzẑ e γ(t) = t2, t3, t → F(γ(t)) = 〈t2. t3, t3. t, t2. t〉 = 〈t5, t4, t3〉 γ(t) = 2t, 3t2, 1 Portanto, → F(γ(t)). → γ '(t) = 2t. t5 + 3t2. t4 + 1. t3 = 5t6 + t3 Assim, ∫ C → F. d → γ = ∫10 5t 6 + t3 dt = 5 1 7 t 7 1 0 + 1 4 t 4 1 0 = 5 7 + 1 4 = 27 28 4. Determine a integral ∫ C (x dx + y dy + zdz) com C definida pela equação paramétrica γ(t) = t3, t2, t com 0 ≤ t ≤ 2. Considere a orientação do percurso no sentido de crescimento do parâmetro t. A alternativa "C " está correta. Como γ(t) = t3, t2, t γ'(t) = 3t2, 2t, 1 Analisando a integral de linha pedida: → F(x, y, z) = 〈P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)〉 = x x̂ + yŷ + zẑ Assim: ∫ C → F(γ(t)). d → γ = ∫20 → F(γ(t)). → γ '(t)dt ∫ C → F(γ(t)). d → γ = ∫20 x dx dt + y dy dt + z dz dt dt | | | | ( ) ( ) ( ) ( ) | | ( ) ( ) ( ) [ ] ∫ C → F(γ(t)). d → γ = ∫20 t 3 3t2 + t2 2t + t. 1 dt = ∫20 3t 5 + 2t3 + t dt ∫ C → F(γ(t)). d → γ = 3 1 6 t 6 2 0 + 2 1 4 t 4 2 0 + 1 2 t 2 2 0 = 26 2 + 24 2 + 22 2 = 32 + 8 + 2 = 42 5. Determine o valor da integral ∫ C (xz dx + y dy + dz). A Curva C é definida pela interseção da esfera de raio 2, centrada na origem, as regiões x ≥ 0, y ≥ 0 e z ≥ 0 e o plano x = z. O sentido do percurso da Curva C será entre seu ponto inicial (0,2,0) até √2, 0, √2 . A alternativa "B " está correta. INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL 6. Uma força → F(x, y, z) = 〈x + 2, y + 1〉 atua sobre um objeto que se movimenta sobre uma curva, que, por sua vez, é um arco de cicloide de equação γ(t) = (2(t - sen t), 2(1 - cos t)) com 0 ≤ t ≤ 2π Determine o trabalho realizado por esta força: A alternativa "D " está correta. INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL GABARITO VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS → G(U, V) = 〈2U + V, V2, U + 2〉, → F(X, Y, Z) = 〈X + 2Y, Y + 2Z, Z - 2X〉 E → H(U, V, W) = 〈U2 + 2, V2, 3W〉. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL → R(X, Y, Z) [ ] ( ) | | | ( ) PARA O PONTO (X, Y, Z) = (– 1 , 1, 0). SABE-SE QUE → R(X, Y, Z) = 3 → G(X, Y) × → F(X, Y, Z) - → H(X, Y, Z) . A) 6 B) 6√2 C) 12 D) 6√3 E) 10√2 2. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ C → F. D → Γ, SENDO O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = 2Y2ZX̂ + XZŶ + Z2Ẑ, E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T2, T, T2 , PARA 0 ≤ T ≤ 1. A) 3 4 B) 5 7 C) 6 5 D) 9 8 E) 2 3 GABARITO 1. Sejam os campos vetoriais → G(u, v) = 〈2u + v, v2, u + 2〉, → F(x, y, z) = 〈x + 2y, y + 2z, z - 2x〉 e → H(u, v, w) = 〈u2 + 2, v2, 3w〉. Determine o módulo da imagem do campo vetorial → R(x, y, z) para o ponto (x, y, z) = (– 1 , 1, 0). Sabe-se que → R(x, y, z) = 3 → G(x, y) × → F(x, y, z) - → H(x, y, z) . A alternativa "B " está correta. → G(-1,1) = 〈2. (-1) + 1, 12, - 1 + 2〉 = 〈-1,1, 1〉 3 → G(-1,1) = 〈3. ( - 1), 3.1,3.1〉 = 〈-3,3, 3〉 → F(-1,1, 0) = 〈-1 + 2.1, 1 + 2.0, 0 - 2. ( - 1)〉 = 〈1, 1,2〉 → H(-1,1, 0) = 〈( - 1)2 + 2, 12, 3.0〉 = 〈3, 1,0〉 Assim → F(-1,1, 0) - → H(-1,1, 0) = 〈1 - 3,1 - 1,2 - 0〉 = 〈-2,0, 2〉 → R(-1,1, 0) = 〈-3,12,3〉X〈-4,0, - 2〉 = x̂ ŷ ẑ -3 3 3 -2 0 2 ( ) ( ) ( ) | | → R(-1,1, 0) = (6 - 0)x̂ + (-6 + 6)ŷ + (0 + 6)ẑ = 6x̂ + 6ẑ → R(-1,1, 0) = √62 + 02 + 62 = √72 = 6√2 2. Determine a integral de linha ∫ C → F. d → γ, sendo o campo vetorial → F(x, y, z) = 2y2zx̂ + xzŷ + z2ẑ, e a Curva C definida pela equação γ(t) = t2, t, t2 , para 0 ≤ t ≤ 1. A alternativa "C " está correta. Como → F(x, y, z) = 2y2zx̂ + xzŷ + z2ẑ e γ(t) = t2, t, t2 : → F(γ(t)) = 〈2. t2. t2, t2. t2, t4〉 = 〈2t4, t4, t4〉 γ(t) = (2t, 1,2t) Portanto: → F(γ(t)). → γ '(t) = 2t. 2t4 + 1. t4 + 2t. t4 = 4t5 + t4 + 2t5 = 6t5 + t4 Assim: ∫ C → F. d → γ = ∫10 6t 5 + t4 dt = 6 1 6 t 6 1 0 + 1 5 t 5 1 0 = 1 + 1 5 = 6 5 MÓDULO 3 Calcular integrais de linha de campos conservativos INTRODUÇÃO O rotacional e o divergente de um campo vetorial são dois operadores diferenciais aplicados em um campo vetorial que são bastantes utilizados em diversas áreas de aplicação. Esses operadores quando aplicados a campos reais apresenta um significado físico, como será estudado neste módulo. Baseado no resultado de alguns operadores diferenciais, o campo vetorial pode ser classificado como campo conservativo. ESSE TIPO DE CAMPO TEM UMA PROPRIEDADE IMPORTANTE: A SUA INTEGRAL DE LINHA INDEPENDER DO CAMINHO DE INTEGRAÇÃO, DEPENDENDO APENAS DO PONTO FINAL E INICIAL. Na física, por exemplo, trabalha-se com diversos tipos de campos conservativos que são associados a suas funções potenciais. Podemos citar o campo gravitacional e o campo elétrico. Os campos conservativos também serão estudados neste módulo. | | ( ) ( ) ( ) | | OPERADORES DIFERENCIAIS Antes de estudarmos o campo conservativo, precisamos definir alguns operadores diferenciais para um campo vetorial. Já estudamos em outras oportunidades o gradiente de um campo escalar. COMENTÁRIO O gradiente é um operador aplicado em uma função que tem saída real e tem como resultado um vetor, composto pelas derivadas parciais da função que foi operadamatematicamente. Além do gradiente, podemos definir dois outros operadores diferenciais que são o rotacional e o divergente, que serão aplicados em campos vetoriais. ROTACIONAL DE UM CAMPO VETORIAL Seja um campo vetorial → F : S ⊂ ℝ3 → ℝ3 representado por suas funções componentes da forma: → F(X, Y, Z) = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Suponha que as funções P, Q e R são funções escalares que admitem derivadas parciais em S. Assim, o rotacional de → F, simbolizado por rot → F é também um campo vetorial definido por: ROT → F = ΔR ΔY - ΔQ ΔZ X̂ + ΔP ΔZ - ΔR ΔX Ŷ + ΔQ ΔX - ΔP ΔY Ẑ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Essa expressão também pode ser representada por meio do cálculo de um determinante: ROT → F = X̂ Ŷ Ẑ Δ ΔX Δ ΔY Δ ΔZ P Q R ( ) ( ) ( ) | | Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Definindo o operador ∇ = ∂ ∂x , ∂ ∂y , ∂ ∂z no ℝ 3, o determinante acima pode ser analisado como rot → F = ∇ × → F, por isso que ∇ × → F também é uma simbologia usada para o rotacional de → F. Observe que o rotacional é um operador aplicado a um campo vetorial e tem como resultado também um campo vetorial. O rotacional só será definido para um campo do R3 e seu caso particular no R2. COMENTÁRIO A interpretação geométrica do rotacional de um campo vetorial é que ele é um vetor que representa quanto o campo se rotaciona em torno de um ponto, por isso o nome rotacional. Se um campo apresenta rotacional nulo é denominado de campo irrotacional. EXEMPLO Determine o rotacional do campo vetorial → F(x, y, z) = 2x2z x̂ + 3xyz ŷ + y2 ẑ no ponto (1,1,2). RESOLUÇÃO rot → F(x, y, z) = x̂ ŷ ẑ δ δx δ δy δ δz P Q R Assim: rot → F(x, y, z) = x̂ ŷ ẑ δ δx δ δy δ δz 2x2z 3xyz y2 Resolvendo o determinante: rot → F(x, y, z) = δ δy y 2 - δ δz 3xyz x̂ + δ δz 2x 2z - δ δx y 2 ŷ + δ δx 3xyz - δ δy 2x 2z ẑ ( ) | | | | ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) javascript:void(0) rot → F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x2 - 0 ŷ + (3yz - 0)ẑ rot → F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x2 ŷ + (3yz)ẑ Para (1,1,2): rot → F(1,1, 2) = (2 - 3)x̂ + (2)ŷ + (3.2)ẑ = - x̂ + 2ŷ + 6ẑ Como lembrado no item anterior, o gradiente de uma função escalar (∇ f) é um campo vetorial. Existe uma propriedade que diz que, para qualquer função escalar: rot(∇ f) = 0 DIVERGENTE DE UM CAMPO VETORIAL Seja um campo vetorial → F : S ⊂ ℝn → ℝn, com n inteiro maior do que 1, representado por suas funções componentes da forma → F = f1, f2, …, fn . Considere que as derivadas parciais de primeira ordem de todas as componentes no domínio de → F ⃗ existem. Assim, define o divergente de um campo vetorial, representado por div → F ⃗, por: DIV → F = ∂ F1 ∂ X1 + ∂ F2 ∂ X2 + … + ∂ FN ∂ XN Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Definindo o operador ∇ = ∂ ∂x1 , ∂ ∂x2 , …, ∂ ∂xn no ℝn, o divergente pode ser considerado o produto escalar entre o operador ∇ e o campo vetorial → F. Por isso, também, se usa a simbologia ∇ . → F para representar o divergente de um campo vetorial → F. Observe que o divergente é aplicado em um campo vetorial, mas tem como resultado um campo escalar. NO CASO DE UMA FUNÇÃO → F : S ⊂ ℝ3 → ℝ3 COM A SEGUINTE REPRESENTAÇÃO: No caso de uma função → F : S ⊂ R3 → R3 com → F(x, y, z) = P(z, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ ( ) ( ) ( ) ( ) div → F(x, y, z) = ∂P ∂x (x, y, z) + ∂Q ∂y (x, y, z) + ∂R ∂z (x, y, z) PARA O CASO DO ℝ2, COM → F(X, Y) = P(X, Y)X̂ + Q(X, Y)Ŷ: Para o caso do ℝ2, com → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ div → F(x, y) = ∂P ∂x (x, y) + ∂Q ∂y (x, y) EXEMPLO Determine o divergente do campo vetorial → F(x, y, z) = 2x2z x̂ + 3xyz ŷ + y2 ẑ no ponto (1,1,2). RESOLUÇÃO Se → F(x, y, z) = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ, então: div → F(x, y, z) = ∂P ∂x (x, y, z) + ∂Q ∂y (x, y, z) + ∂R ∂z (x, y, z) div → F(x, y, z) = ∂ ∂x 2x 2z + ∂ ∂y (3xyz) + ∂ ∂z y 2 = 4xz + 3xz + 0 = 7xy No ponto (1,1,2): div → F(1,1, 2) = 7.1. 1 = 7 A INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO DIVERGENTE DE UM CAMPO VETORIAL É QUE ELE MEDE QUANTO UM CAMPO SE ESPALHA (DIVERGE) A PARTIR DE UM PONTO, POR ISSO O NOME DIVERGENTE. Pode também ser analisado que se temos um campo vetorial que mede um fenômeno físico, o ponto onde o divergente é diferente de zero, são os pontos onde o campo é criado (fonte de campo) ou destruído (sumidouro de campo). Existe uma propriedade que mostra que para um campo vetorial: div rot → F = 0 ( ) ( ) ( ) javascript:void(0) Por fim, o divergente pode ser combinado com o gradiente, definindo um novo operador diferencial denominado de Laplaciano de um Campo Escalar ∇ 2f : ∇2F = ∇ . ∇F OU ∇2F = DIV GRAD F Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o caso de um campo escalar f(x,y,z), com domínio no ℝ3: ∇2F (X, Y, Z) = ∂2F ∂ X2 (X, Y, Z) + ∂2F X, Y , Z ∂ Y2 (X, Y, Z) + ∂2F ∂ Z2 (X, Y, Z) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o caso de um campo vetorial, define o Laplaciano de um Campo Vetorial ∇ 2 → F pelo laplaciano de cada componente do campo vetorial. Assim no caso do ℝ3, com: → F(X, Y, Z) = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ ∇2 → F(X, Y, Z) = ∇2P(X, Y, Z)X̂ + ∇2Q(X, Y, Z)Ŷ + ∇2R(X, Y, Z)Ẑ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CAMPOS CONSERVATIVOS O campo vetorial → F: S ⊂ ℝn → ℝn, com n inteiro e maior do que 1, será um campo conservativo se existir um campo escalar f: S ⊂ ℝn → ℝ tal que: ∇F = → F EM S A FUNÇÃO ESCALAR F É DENOMINADA DE FUNÇÃO POTENCIAL DE → F EM S. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ( ) ( ) ( ( ) Um ponto importante que podemos citar é que se → F for contínuo em S, a função potencial f será contínua e derivável no domínio S. Observe que o campo vetorial será conservativo se puder ser representado pelo gradiente de uma função escalar. De início, para que isso seja possível, o domínio e a imagem precisam ter a mesma dimensão. COMENTÁRIO Repare que se o domínio estiver em ℝn, a imagem, obrigatoriamente, deve estar em ℝn. Em outras palavras, não existe campo conservativo para um campo vetorial → F: S ⊂ ℝn → ℝm, com n diferente de m. Para o caso de n = 2 e n = 3, que são os casos principais de nossos problemas, uma condição necessária, mas não suficiente para que o campo vetorial seja conservativo é que rot → F seja nulo, isto é, que o campo seja irrotacional. Ou seja, o rotacional nulo é necessário para que um campo seja conservativo. Quando o rotacional do campo é diferente de zero, o campo, com certeza, não é conservativo. Apenas um cuidado: pode ocorrer campos com rotacional nulo que não são conservativos. Por isso que a condição não é suficiente. Mais à frente, analisaremos a condição suficiente para garantir que um campo vetorial seja conservativo. EXEMPLO Verifique se o campo vetorial → F(x, y, z) = 2x2z x̂ + 3xyz ŷ + y2 ẑ é um campo conservativo RESOLUÇÃO Já calculamos em um exemplo anterior o rotacional deste campo vetorial Assim, rot → F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x2 ŷ + (3yz)ẑ. Repara que esse campo não é irrotacional, pois existem pontos onde o rotacional não é nulo. Assim, podemos garantir que o campo vetorial → F não é conservativo. Na Física, trabalhamos com diversos campos conservativos. EXEMPLO O campo elétrico será representado pelo gradiente de uma função escalar que denominamos de potencial elétrico. Por isso que o campo é conservativo e terá propriedades relacionadas a sua integral de linha. Essas propriedades serão vistas no próximo item. ( ) javascript:void(0)INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS CONSERVATIVOS Quando o campo vetorial for conservativo, vamos verificar que podemos aplicar um teorema semelhante ao Teorema Fundamental do Cálculo que denominaremos de Teorema Fundamental para Integrais de Linha. Seja C uma curva suave definida por γ(t), com a ≤ t ≤ b. Seja → F um campo vetorial contínuo e conservativo, com função gradiente f, então o Teorema Fundamental para Integrais de Linha nos diz que: ∫ C → F(Γ(T)). D → Γ = ∫BA∇F(Γ(T)). → Γ'(T)DT = F(Γ(B)) - F(Γ(A)) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em outras palavras, a integral de linha só depende do valor da função potencial nos pontos final e inicial. Dizemos que a integral de linha de um campo conservativo independe da trajetória. A INTEGRAL DE LINHA DE QUALQUER CAMPO VETORIAL INDEPENDE DO PARÂMETRO. SE O CAMPO FOR CONSERVATIVO, ALÉM DE INDEPENDER DA PARAMETRIZAÇÃO, A INTEGRAL DE LINHA INDEPENDERÁ DO CAMINHO TRAÇADO. SE O CAMPO FOR NÃO CONSERVATIVO, A INTEGRAL DE LINHA DEPENDERÁ DO CAMINHO PERCORRIDO ENTRE OS PONTOS INICIAIS E FINAIS. Um ponto importante é que a volta do teorema não vale para qualquer região. Em outras palavras, se o valor da integral de linha de um campo for independente do caminho para todas as curvas dentro de uma região, dependendo apenas dos pontos inicial e final, só podemos garantir que esse campo será conservativo se a região for uma região conexa. Outra conclusão importante do teorema é que, caso o campo seja conservativo, a integral de linha através de um percurso fechado será obrigatoriamente nula. Ou se o valor da integral de linha através de qualquer percurso fechado for nulo, o campo será conservativo. Os teoremas e suas conclusões não foram demonstrados, mas essas demonstrações podem ser estudadas, se for o caso, nas obras de referência deste tema. Obs.: Uma região será conexa se quaisquer dois pontos da região puderem ser sempre ligados por uma poligonal totalmente contida na região B. Por exemplo, uma região que é dividida em duas regiões separadas não é uma região conexa. DICA Toda vez que formos calcular a integral de linha de um campo vetorial, temos que observar antes se o campo é ou não conservativo, pois assim podemos resolvê-la de forma muito mais rápida. EXEMPLO javascript:void(0) Seja o campo conservativo → F(x, y) = 〈1 + 4xy, 2x2 - y2〉. Determine a sua integral de linha entre o ponto inicial (1,1) até o ponto final (2,2). Sabe-se que a função potencial de → F vale f(x, y) = x + 2x2y - 1 3y 3 para todo seu domínio ℝ2. RESOLUÇÃO O enunciado já informa que o campo é conservativo. Repare que: rot → F(x, y, 0) = x̂ ŷ ẑ δ δx δ δy δ δz 1 + 4xy 2x2 - y2 0 = = δ δy 0 - δ δz 2x 2 - y2 x̂ + δ δz 1 + 4xy - δ δx 0 ŷ + δ δx 2x 2 - y2 - δ δy 1 + 4xy ẑ = (0 - 0)x̂ + (0 - 0)ŷ + (4x - 4x)ẑ = 0 Mostrando que o campo atende a condição necessária por ser irrotacional, isto é, seu rotacional é nulo para todos os pontos (x,y,z). O enunciado já forneceu a função potencial do campo vetorial, observe: ∂ f ∂x = 1 + 4xy = Fx ∂ f ∂y = 2x 2 - y2 = Fy Provando que ∇ f = → F. Resolvendo a integral de linha, repare que o exemplo não informou qual é o caminho a ser traçado, pois, ao afirmar que o campo era conservativo, a integral de linha só depende do seu ponto inicial e final. | | ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) javascript:void(0) ∫ C → F(γ(t)). d → γ = f(γ(b)) - f(γ(a)) = f(2,2) - f(1,1) ∫ C → F(γ(t)). d → γ = 2 + 2. 22. 2 - 1 32 3 - 1 + 1. 12. 1 - 1 31 3 = 38 3 Vamos apenas escolher um caminho para provar que a integral de linha para este campo vetorial, para qualquer caminho, tem que fornecer o valor calculado. Seja o caminho γ(t) = (t, t) para 1 ≤ t ≤ 2. Neste caso, γ'(t) = (1,1) e → F(γ(t)) = 〈1 + 4t2, t2〉 → F(γ(t)). → γ '(t) = 1 + 4t2 + t2 = 1 + 5t2 ∫ C → F. d → γ = ∫21 → F(γ(t)). → γ'(t)dt = ∫21 1 + 5t 2 dt = t|21 + 5 t3 3 2 1 ∫ C → F. d → γ = (2 - 1) + 5 8 3 - 1 3 = 1 + 35 3 = 38 3 Fornecendo o mesmo valor obtido anteriormente. Esse conceito de campo conservativo pode parecer novo para você, mas já foi utilizado diversas vezes em seus estudos de Física. OS CAMPOS GRAVITACIONAL, ELÉTRICO E DE FORÇA DA MOLA SÃO CONSERVATIVOS, E VOCÊ APRENDEU QUE O TRABALHO QUE ESSAS FORÇAS EXERCIAM SÓ DEPENDIA DOS PONTOS INICIAL E FINAL. Outra forma de abordar isso era com a criação da Energia potencial, que dependia apenas do ponto do objeto. Só resta buscarmos uma forma de verificar se um campo é conservativo, isto é, uma condição suficiente para essa garantia. Antes disso, necessitamos definir alguns pontos: Uma curva será simples se nenhum ponto dela se intercepta. ( ) ( ) ( ) | ( ) Fonte: EnsineMe Uma região B será simplesmente conexa quando toda curva simples fechada dentro de sua região contornar apenas pontos que pertence à região B. Em outras palavras, a região B não pode ter buracos ou ser constituída por regiões separadas, veja: Fonte: EnsineMe Agora vamos definir uma condição suficiente para o campo vetorial ser conservativo. SEJA →F: S ⊂ ℝN → ℝN, PARA N = 2 OU N = 3, UM CAMPO VETORIAL DIFERENCIÁVEL EM S. SE O DOMÍNIO S FOR SIMPLESMENTE CONEXO E O ROT →F FOR NULO, ENTÃO →F SERÁ UM CAMPO CONSERVATIVO. Assim, a condição de simplesmente conexo para o domínio do campo vetorial garante que caso o campo seja irrotacional, o campo vetorial será conservativo. Os casos mais comuns serão aqueles em que o domínio da função será o próprio ℝn. Podemos observar que o conjunto ℝn é simplesmente conexo. Assim, para esse caso, basta garantirmos que o campo vetorial seja irrotacional. Para o caso do ℝ2, seja → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ, então o rotacional do campo será: ROT → F = X̂ Ŷ Ẑ Δ ΔX Δ ΔY Δ ΔZ P Q 0 = ΔQ ΔX - ΔP ΔY Ẑ POIS P E Q SÓ DEPENDEM DE X E Y. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Neste caso, para o rotacional ser nulo δQ δx - δP δy = 0. . Assim, dizemos que se → F for conservativo, então δQ δx = δP δy . E se o domínio do campo vetorial → F for simplesmente conexo e δQ δx = δP δy em todos os seus pontos, então → F é conservativo. EXEMPLO Seja o campo vetorial → F(x, y) = 〈4xy, x2 - y2〉. Verifique se é um campo conservativo. RESOLUÇÃO Como o domínio de → F é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, basta verificarmos se será um campo irrotacional. No caso do ℝ2, basta verificarmos se δQ δx = δP δy , com → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ ∂Q ∂x = ∂ ∂x x 2 - y2 = 2x ∂P ∂y = ∂ ∂y (4xy) = 4x Como ∂Q ∂x ≠ ∂P ∂y então, o campo não é irrotacional e não será conservativo. EXEMPLO Seja o campo vetorial → F(x, y) = 〈8 - 3xy2, 2y2 - 3yx2〉. Verifique se é um campo conservativo. | | ( ) ( ) javascript:void(0) RESOLUÇÃO Como o domínio de → F é o ℝ2, que é um conjunto simplesmente conexo, então basta verificarmos se será um campo irrotacional. No caso do ℝ2, basta verificarmos se δQ δx = δP δy , com → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ ∂Q ∂x = ∂ ∂x 2y 2 - 3yx2 = - 6xy ∂P ∂y = ∂ ∂y 8 - 3xy 2 = - 6xy Como ∂Q ∂x = ∂P ∂y , com domínio no ℝ 2, o campo será conservativo. Por fim, para o caso de um campo ser conservativo, existem formas de obter a sua função potencial. Essa metodologia não será vista neste módulo, mas pode ser estudada, se for o caso, nas referências deste tema. RESUMO DO MÓDULO 3 TEORIA NA PRÁTICA Sabe-se que um campo elétrico gerado por determinada carga puntiforme, localizada na origem do sistema cartesiano, tem uma equação dada por: → E(x, y, z) = 100 x2 + y2 + z2 3 / 2 x x̂ + y ŷ + z ẑ [Volts/m]. Esse campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada por: ( ) ( ) ( ) ( ) javascript:void(0) V(x, y, z) = - 100 x2 + y2 + z2 1 / 2 [Volts/m]. Determine a integral de linha para o campo elétrico entre os pontos√2, 2√3, √2 e 2√2, 4, 1 através de uma Curva C. A Curva C será contida na interseção de um paraboloide e um cone. RESOLUÇÃO INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO CONSERVATIVO MÃO NA MASSA 1. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = ZEYX̂ + 3 ARCTG(Y)Ŷ + X2 + 3Y Ẑ. DETERMINE O VALOR DO ROTACIONAL ∇X → F NO PONTO (1,0,2): A) x̂ - ŷ + 2ẑ B) 3x̂ + 2ŷ + ẑ C) 3x̂ - 2ŷ + 2ẑ D) - ŷ + 2ẑ E) 3x̂ - ẑ 2. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = 2ARCTG(Z) X2 X̂ + 3ZEY Ŷ + √3X + Y Ẑ. DETERMINE O VALOR DO SEU DIVERGENTE ∇ · → F NO PONTO (2,0,1). A) π 2 + 3 B) π - 3 C) π 4 + e 3 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) D) 21 E) π 2 3. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y) = 〈2XCOS Y + YCOS X, - X2SEN Y + SEN X〉. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL SOBRE UMA ELIPSE NO PLANO XY DE EQUAÇÃO 9X2+ 7Y2 = 23, PARA UM PERCURSO QUE SE INICIA E TERMINA, APÓS UMA VOLTA COMPLETA NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, NO PONTO 1, √2 . A) 4 B) -4 C) 3 D) -2 E) 0 4. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM CAMPO CONSERVATIVO: A) → F(x, y) = 2xy x̂ + x3 + 1 ŷ B) → F(x, y) = 2y x̂ + y + x3 ŷ C) → F(x, y) = 2xy x̂ + x2 + 1 ŷ D) → F(x, y) = 2x x̂ + x3 + 1 ŷ E) → F(x, y) = 2xy2 x̂ + x3 + x ŷ 5. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = 〈2Y2SENZ, 4 XY SEN Z, 2XY2COS Z〉. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA AFIRMATIVA FALSA RELACIONADA AO CAMPO VETORIAL → F: A) Domínio do campo vetorial é o conjunto R3. B) O campo vetorial → F é irrotacional. C) O campo vetorial → F é conservativo. D) O divergente do campo vetorial → F no ponto (1,1, π 2 ) vale 3. E) O divergente do rotacional do campo vetorial → F é nulo. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = 〈2Y2SENZ, 4 XY SEN Z, 2XY2COS Z〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA Γ(T) = T2 + 1, 3√27 - 19T3, √7T2 + 9 DESDE O PONTO INICIAL (1,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (2,2,4). SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA PELO CAMPO ESCALAR F(X, Y, Z) = 2XY2SEN Z. A) 3 sen 4 - 2 sen 3 B) 4 sen 4 + 3 sen 3 C) 6 sen 4 + 8 sen 3 D) 18 sen 4 - 16 sen 3 E) 16 sen 4 - 18 sen 3 GABARITO 1. Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = zeyx̂ + 3 arctg(y)ŷ + x2 + 3y ẑ. Determine o valor do rotacional ∇ X → F no ponto (1,0,2): A alternativa "C " está correta. rot → F x, y, z = x̂ ŷ ẑ δ δx δ δy δ δz zey 3 arctg(y) (x2 + 3y Assim, resolvendo o determinante: rot → F(x, y, z) = δ δy (x 2 + 3y - δ δz 3 arctg(y) x̂ + δ δz ze y - δ δx (x 2 + 3y ŷ + δ δx 3 arctg(y) - δ δy ze y ẑ rot → F(x, y, z) = (3 - 0)x̂ + ey - 2x ŷ + zey ẑ rot → F(x, y, z) = 3x̂ + ey - 2x ŷ + zey ẑ Para o ponto (1,0,2): rot → F(1,0, 2) = 3x̂ + e0 - 2.1 ŷ + 2. e0 ẑ = 3x̂ - 2ŷ + 2ẑ 2. Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = 2arctg(z) x2 x̂ + 3zey ŷ + √3x + y ẑ. Determine o valor do seu divergente ∇ · →F no ponto (2,0,1). A alternativa "A " está correta. ( ( ) ( ) ( ) | ) | ( ) ( )) ( ( ) )) ( ( ) ( )) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Se → F(x, y, z) = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ, então: div → F(x, y, z) = ∂P ∂x (x, y, z) + ∂Q ∂y (x, y, z) + ∂R ∂z (x, y, z) div → F(x, y, z) = ∂ ∂x 2arctg(z) x 2 + ∂ ∂y 3ze y + ∂ ∂z √3x + y = 4xz + 3xz + 0 = 7xy div → F(x, y, z) = 2arctg(z) ∂ ∂x x 2 + 3z ∂ ∂y e y + √3x + y ∂ ∂z (1) = 2arctg(z). 2x + 3ze y No ponto (2,0,1): div → F(2,0, 1) = 2 arctg(1). 2.2 + 3.1. e0 = 8 π 4 + 3 = π 2 + 3 3. Seja o campo vetorial → F(x, y) = 〈2xcos y + ycos x, - x2sen y + sen x〉. Determine o valor da integral de linha deste campo vetorial sobre uma elipse no plano XY de equação 9x2+ 7y2 = 23, para um percurso que se inicia e termina, após uma volta completa no sentido anti-horário, no ponto 1, √2 . A alternativa "E " está correta. Considerando → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ: δQ δx = - 2xsen y + cosx e δP δy = - 2xsen y + cosx Assim como δQ δx = δP δy e o domínio do campo vetorial é o ℝ 2, que é um conjunto simplesmente conexo, o campo vetorial será conservativo. A integral de linha de um campo conservativo para um percurso que se inicia e acaba no mesmo ponto é zero. 4. Assinale a alternativa que apresenta um campo conservativo: A alternativa "C " está correta. Como o domínio de todos os campos apresentados está no ℝ2, que é simplesmente conexo, a condição de irrotacional é suficiente para o campo ser conservativo. No caso do R2, o rotacional será nulo para um campo → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ se δQ δx = δP δy , Para alternativa da letra a: δQ δx = 3x 2 e δP δy = 2x Para alternativa da letra b: δQ δx = 3x 2 e δP δy = 2 Para alternativa da letra c: δQ δx = 2x e δP δy = 2x, sendo a resposta correta para questão. Para alternativa da letra d: δQ δx = 3x 2 e δP δy = 0 Para alternativa da letra e: δQ δx = 3x 2 + 1 e δP δy = 4xy ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5. Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = 〈2y2senz, 4 xy sen z, 2xy2cos z〉. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmativa falsa relacionada ao campo vetorial → F: A alternativa "D " está correta. OPERADORES DIFERENCIAIS 6. Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = 〈2y2senz, 4 xy sen z, 2xy2cos z〉. Determine a integral de linha deste campo vetorial em relação à curva γ(t) = t2 + 1, 3√27 - 19t3, √7t2 + 9 desde o ponto inicial (1,3,3) até o ponto final (2,2,4). Sabe-se que este campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar f(x, y, z) = 2xy2sen z. A alternativa "E " está correta. INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO CONSERVATIVO GABARITO VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = 2YZ X̂ + 2Z2EX Ŷ + (3X + 1) Ẑ. DETERMINE O VALOR DO ∇X → F NO PONTO (0,1,2): A) rot → F(0,1, 2) = - x̂ + ŷ + 4ẑ B) rot → F(0,1, 2) = - 8x̂ - ŷ + 4ẑ ( ( ) C) rot → F(0,1, 2) = 8x̂ - ŷ + ẑ D) rot → F(0,1, 2) = - 2x̂ - ŷ + ẑ E) rot → F(0,1, 2) = 3x̂ - 1 + 4ẑ 2. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y, Z) = 〈16 XZCOS Y, - 8ZX2 SEN Z, 8X2COS Y〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA Γ(T) = T2 - 1, √16T2 + 9, 3 √27 - 19T3 DESDE O PONTO INICIAL ( – 1 ,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (0,5,2). SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA PELO CAMPO ESCALAR F(X, Y, Z) = 8ZX2COS Y. A) 24 cos 3 B) 24 sen 3 C) - 24 cos 3 D) 24 cos 3 - 12 sen 3 E) 24 cos 3 + 12 sen 3 GABARITO 1. Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = 2yz x̂ + 2z2ex ŷ + (3x + 1) ẑ. Determine o valor do ∇ X → F no ponto (0,1,2): A alternativa "B " está correta. Primeiro temos que calcular o rotacional para depois tirar o divergente dele. rot → F(x, y, z) = x̂ ŷ ẑ δ δx δ δy δ δz 2yz 2z2ex (3x + 1) Assim, resolvendo o determinante: rot → F(x, y, z) = δ δy 3x + 1 - δ δz 2z 2ex x̂ + δ δz 2yz - δ δx 3x + 1 ŷ + δ δx 2z 2ex - δ δy 2yz ẑ rot → F(x, y, z) = 0 - 4zex x̂ + (2y - 3)ŷ + 2z2e x - 2z ẑ rot → F(x, y, z) = - 4zexx̂ + (2y - 3)ŷ + 2z2e x - 2z ẑ ( ) ( ) | | ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ) ( ) ( ) No ponto (0,1,2): rot → F(0,1, 2) = - 4.2. e0x̂ + (2.1 - 3)ŷ + 2.22. e 0 - 2.2 ẑ rot → F(0,1, 2) = - 8x̂ - ŷ + 4ẑ 2. Seja o campo vetorial → F(x, y, z) = 〈16 xzcos y, - 8zx2 sen z, 8x2cos y〉. Determine a integral de linha deste campo vetorial em relação à curva γ(t) = t2 - 1, √16t2 + 9, 3√27 - 19t3 desde o ponto inicial ( – 1 ,3,3) até o ponto final (0,5,2). Sabe-se que este campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar f(x, y, z) = 8zx2cos y. A alternativa "C " está correta. O enunciado diz que o campo é conservativo. Mas como o domínio é ℝ3, determine o valor do rotacional deste campo e prove que será nulo, confirmando a informação. Como o campo é conservativo, a integral de linha independe da curva e depende apenas dos pontos inicial e final: ∫ C → F(γ(t)). d → γ = f(γ(b)) - f(γ(a))= f(0,5, 2) - f(-1,3, 3) Mas f(x, y, z) = 8zx2cos y ∫ C → F(γ(t)). d → γ = (8.2. 0. cos 5) - 8.3. (-1)2cos3 = - 24 cos 3 MÓDULO 4 Aplicar o Teorema de Green INTRODUÇÃO O cálculo de uma integral de linha e o de uma integral dupla podem ser relacionados por meio do chamado Teorema de Green. Através dele, você obtém a integral de linha de um campo vetorial resolvendo uma integral dupla de uma função real. Vamos estudá-lo? TEOREMA DE GREEN O Teorema de Green permite relacionar a integral de linha por meio de uma curva fechada simples C com a integral dupla sobre a região B formada por esta curva. A região B será formada por todos os pontos da fronteira C e os pontos dentro da curva fechada, veja a figura. ( ) ( ) ( ) Fonte: EnsineMe Necessitamos orientar a curva, assim para o Teorema de Green, a orientação positiva será quando a curva for percorrida no sentido anti-horário apenas uma vez. Vamos, agora, enunciar o teorema. A demonstração desse teorema para uma região retangular, pode ser estudada, se for o caso, nas obras de referência que se encontram no fim deste tema. Quando se trata de uma região qualquer, a demonstração do teorema é bastante complexa. DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE GREEN SEJA C UMA CURVA PLANA SIMPLES, FECHADA, CONTÍNUA POR TRECHOS E ORIENTADA POSITIVAMENTE. SEJA B A REGIÃO DELIMITADA POR C. SEJAM AS FUNÇÕES ESCALARES P E Q DERIVÁVEIS EM UM CONJUNTO ABERTO QUE CONTENHA D, ENTÃO: ∮ C P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∬ B ∂ Q ∂ X - ∂ P ∂ Y DS Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EXEMPLO Determine a integral de linha ∮ C x4 - y3 dx + x3 + y3 dy, sobre a curva γ(t) = (cos t, sen t), com 0 ≤ t ≤ 2π percorrida no sentido do crescimento do parâmetro t. RESOLUÇÃO Se desejássemos resolver a integral de linha da forma direta: ( ) ( ) ( ) javascript:void(0) Com γ(t) = (cos t, sen t) → γ'(t) = ( - sen t, cos t): ∮ C x4 - y3 dx + x3 + y3 dy = ∫2π0 x 4 - y3 dx dt + x 3 + y3 dy dt dt Com γ(t) = (cos t, sen t) → γ'(t) = ( - sen t, cos t): = ∫2π0 cos 4t - sen3t - sen t + cos3t + sen3t cos t dt = = ∫2π0 - cos 4tsen t + sen4t + cos4t + sen3tcos t dt Que seria uma integral definida resolvida usando a substituição de variável que vai requerer muito trabalho. Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que, ao crescer o parâmetro, a curva é percorrida no sentido anti-horário, que é o sentido definido como positivo para o teorema de Green. ∮ C P(x, y)dx + Q(x, y)dy = ∬ B ∂Q ∂x - ∂P ∂y ds P(x, y) = x4 - y3 → δP δy = - 3y 2 Q(x, y) = x3 + y3 → δQ δx = 3x 2 Assim: ∬ B ∂Q ∂x - ∂P ∂y ds = ∬B 3x2 - -3y2 dxdy = ∬ B 3x2 + 3y2 dxdy ( ) ( ) [( ) ( ) ] [( )( ) ( ) ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ( ) Ao analisarmos a Curva C fechada, que se trata de uma circunferência de raio 1. Assim, fica mais simples resolver a integral dupla pelas coordenadas polares: ∬ B 3 x2 + y2 dxdy = ∫2π0 ∫ 1 03ρ 2 ρdρdθ = ∫2π0 ∫ 1 03ρ 3 dρdθ ∫2π0 ∫ 1 03ρ 3 dρdθ = θ|2π0 . 3 1 4ρ 4 1 0 = 2π. 3 4 = 3π 2 REPRESENTAÇÃO VETORIAL PARA TEOREMA DE GREEN Observe que estamos trabalhando com funções e áreas no R2. Se considerarmos que → F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ, , então ∂Q ∂x - ∂P ∂y é o seu rotacional, com direção do eixo x, isto é, perpendicular ao plano XY. Portanto, o Teorema de Green pode ser representado por: ∮ C → F. D → Γ = ∬ B ∇X → F . Ẑ DS Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal TEOREMA DE GREEN PARA UNIÃO DE REGIÕES Se a região B for uma união finita de regiões simplesmente conexas, podemos também aplicar o Teorema de Green. Veja a figura, na qual a região B será a união das regiões B1 e B2. Fonte: EnsineMe Seja C1 o contorno da região B1, no sentido positivo, e C2, o contorno de B2, no sentido positivo. Repare que, na fronteira que une as duas regiões, C1 e C2 estarão em sentidos contrários e se anularão. ( ) | ( ) ( ) Assim, se considerarmos C o contorno apenas externo da região, podemos dizer que: ∬ B1∪B2 ∂ Q ∂ X - ∂ P ∂ Y DS = ∫ C1∪C2 P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∫ C P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal TEOREMA DE GREEN PARA REGIÃO COM FUROS Quando a região B não for simplesmente conexa, isto é, quando apresentar furos, teremos que fazer uma adaptação do Teorema de Green para sua aplicação, aplicando-o por meio de uma diminuição de áreas. Seja a região B abaixo desenhada: Fonte: EnsineMe Observe que a região B agora será definida por uma área entre duas curvas, que serão suas fronteiras C1 e C2. Ambas as curvas são orientadas em seu sentido positivo, isto é, anti-horário. Dessa forma, podemos afirmar que: ∬ B ∂ Q ∂ X - ∂ P ∂ Y DS = ∫ C1 P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY - ∫ C2 P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A combinação acima pode ser feita para quantos buracos houver na região. Se você quiser fazer o contorno externo C1 no sentido anti- horário, e os contornos que definem os buracos no sentido horário, o sinal muda para essa integral de linha dos buracos. Suponha que a região B é definida externamente pelo contorno C1, orientado no sentido positivo, e tem dois buracos definidos, respectivamente, por C2 e C3, ambos orientados no sentido negativo (horário), assim: ∬ B ∂Q ∂X - ∂P ∂Y DS = ∫ C1 P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY + ∫ C2 P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY + ∫ C3 P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ( ) ( ) ( ) TEOREMA DE GREEN PARA CÁLCULO DE ÁREAS O Teorema de Green pode também ser utilizado como outra forma de se calcular a área de uma região B. Na verdade, será o cálculo da área por meio de uma integral de linha. Lembrando que se o teorema nos apresenta a seguinte relação: ∮ C P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∬ B ∂ Q ∂ X - ∂ P ∂ Y DS Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Mas sabemos que a área da região B pode ser calculada como: A = ∬ B DS Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Se observarmos o Teorema de Green na parte da integral dupla, seria o mesmo que fazer o termo ∂Q ∂x - ∂P ∂y igual a 1. Existem várias possibilidades para esta combinação. E, para cada uma delas, teremos uma integral de linha diferente a ser calculada, através da curva fechada C que contorna a área analisada. P(X, Y) = 0 E Q(X, Y) = X A = ∬ B ds = ∮ C x dy P(X, Y) = – Y E Q(X, Y) = 0 A = ∬ B ds = ∮ C - y dx P X, Y = - 1 2Y E Q X, Y = 1 2X A = ∬ B ds = ∮ C 1 2x dy - 1 2ydx A escolha do tipo utilizado dependerá da curva que determina a área. Sempre devemos buscar a integral mais simples. Exemplificaremos este cálculo na seção “Teoria na prática” deste módulo. ( ) ( ) ( ) ( ) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) RESUMO DO MÓDULO 4 TEORIA NA PRÁTICA Determine a área da elipse de equação 3x2 + 2y2 = 6 através de uma integral de linha. RESOLUÇÃO TEOREMA DE GREEN MÃO NA MASSA 1. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∮ C 2EYDX - 2XEYDY, ONDE A CURVA C É UM QUADRADO CENTRADO NA ORIGEM, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, COM LADOS (1,1), ( – 1,1), (– 1, – 1) E (1, – 1). A) 2 e -1 + 3e B) 8 e -1 - 2e C) 8 e -2 + e ( ) ( ) ( ) D) 6 e -1 - e E) 8 e -1 - e 2. SEJA O CAMPO VETORIAL → F(X, Y) = 〈Y2, XY〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESSA FUNÇÃO SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0), (0,2) E (2,0). A) 1 3 B) - 1 3 C) - 4 3 D) 4 3 E) 2 3 3. SEJA A REGIÃO S DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE: ∮ C1 Y DX = - 16, ∮ C2 X DY = 4 E ∮ C3 (X DY - Y DX) = 10. DETERMINE A ÁREA DE B: A) 4 B) 5 C) 6 D) 7 E) 8 4. SEJA A REGIÃO B DELIMITADA EXTERNAMENTE POR UMA CURVA CIRCUNFERÊNCIA CENTRADA NA ORIGEM DE RAIO 2. INTERNAMENTE, ESTA REGIÃO APRESENTA
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