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Escherichia coli - E coli

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Sabrina B 
 
 
1 
 
 
 Escherichia coli é uma bactéria gram-
negativa pertencente à 
família Enterobacteriaceae. Esta bactéria 
coloniza o intestino de humanos poucas 
horas após o nascimento, permanecendo 
como comensal durante toda a vida. 
Quando as cepas de E. coli adquirem certo 
material genético adicional, elas podem se 
tornar patogênicas ao trato 
gastrointestinal (TGI). Além disso, a 
infecção do trato urinário (ITU) tem como 
principal patógeno a E. coli, acometendo 
principalmente mulheres. A doença 
sistêmica é rara em adultos, mas tem certa 
importância em recém-nascidos e em 
adultos que adquiriram em meio 
hospitalar. 
 
Patogênese da Escherichia coli 
 
ITU: A patogênese da ITU começa com a 
colonização do intróito vaginal ou meato 
uretral por E. coli da flora fecal, seguida 
pela ascensão pela uretra até a bexiga. A 
proximidade anatômica de do ânus com o 
meato uretral nas mulheres, tornam elas 
mais susceptíveis a infecção. A pielonefrite 
se desenvolve quando os patógenos sobem 
para os rins através dos ureteres. 
Infecção no TGI: Escherichia coli são 
habitantes normais do trato 
gastrointestinal humano e estão entre as 
espécies bacterianas mais freqüentemente 
isoladas de culturas de fezes. Existem pas 
de E. coli que circulam amplamente com 
material genético adicional diarreiogênica, 
transformando essa bactéria em um dos 
patógenos entéricos mais virulentos. A E. 
coli diarreiogênica estão entre as causas 
mais frequentes de bacterianas em todo o 
Sabrina B 
 
 
2 
 
mundo gastroenterite. As cepas 
diarreiogênicas são: 
E. coli enterotoxigênica: Esse grupo tem 
produz várias citotoxinas, neurotoxinas e 
enterotoxinas, incluindo a toxina de Shiga e 
provocam diarreia bastante sanguinolenta. 
O principal sorotipo desse grupo é o 
O157:H7. Em alguns casos, uma síndrome 
hemolítico urêmica (SHU) pode ocorrer 
(principalmente em crianças), 
caracterizada por anemia hemolítica 
microangiopática, trombocitopenia e lesão 
renal aguda. A E. coli produtora de toxina 
Shiga é responsável por mais de 90 por 
cento dos casos de SHU em crianças. 
• E. coli enteropatogênica: As cepas 
de E. coli enteropatogênica são 
definidas pelo efeito característico 
de “anexação e apagamento” que 
induzem na interação com células 
epiteliais e pelo fato de não 
produzirem toxina Shiga. A diarréia 
geralmente é aquosa, sem sangue ou 
pus. associada a essa cepa em 
crianças pode ser grave, com 
vômitos e desidratação 
concomitantes. 
• Enteroinvasiva E. coli: Está 
intimamente relacionada 
à Shigella e causa colite semelhante 
à shigelose. A doença clínica começa 
como diarreia aquosa e pode ou não 
evoluir para diarreia com sangue e 
disenteria franca. A infecção pode 
resultar em doença grave. 
• E. coli enteroagregativa: Fimbrias 
de adesão (variantes AAF / 1 – AAF / 
V) estão presentes em quase todas 
as cepas típicas enteroinvasivas. 
Pacientes com infecção sintomática 
geralmente apresentam diarreia 
aquosa sem sangue nas fezes. Este 
grupo foi associado diarreia 
persistente entre crianças estudadas 
e adultos com infecção por HIV, 
particularmente aqueles com 
imunossupressão avançada. 
Bacteremia: A E. coli é frequente como 
patógeno causador de sepse no meio intra 
hospitalar, sendo a primeira causa em 
estudos realizados em unidades não 
intensivas e a quarta causa em UTI nos 
Estados unidos. Em relação a sepse 
neonatal, a Escherichia coli é o germe mais 
frequente entre os gram negativos, 7% do 
total. No entanto, é rara em bebês nascidos 
a termo e mais comum em recém-nascidos 
em unidades de terapia intensiva. 
 
Diagnóstico de Escherichia coli 
O diagnóstico de ITU não complicada é 
clínico e feito em um paciente com sinais e 
sintomas clássicos, ou seja, disúria, 
frequência urinária, urgência e/ou dor 
suprapúbica. Se solicitado urinálise, a 
referência habitual para o diagnóstico de 
ITU pode ser o isolamento de pelo menos 
Sabrina B 
 
 
3 
 
100.000 unidades formadoras de colônia 
(UFC) por mililitro de urina de um único E. 
coli. 
A E. coli pode ser cultivada prontamente a 
partir das fezes em condições aeróbias. No 
entanto, as E. coli patogênicas não são 
distinguíveis das cepas não patogênicas ou 
umas das outras por sua aparência em 
placas de cultura ou pelos resultados dos 
testes bioquímicos usuais. Por esse motivo, 
testes moleculares são necessários para 
diferenciar as cepas diarreiogênicas. 
Tratamento da Escherichia coli 
ITU: Os agentes antimicrobianos de 
primeira linha incluem: 
• Nitrofurantoína mono-
hidratada/macrocristais 100 mg- 
duas vezes ao dia, durante cinco 
dias. 
• Trimetoprim-
sulfametoxazol [160/800 mg]- Dois 
comprimidos, duas vezes ao dia, 
durante três dias. 
• Fosfomicina – 3 gramas de pó 
misturado em água como uma dose 
única 
• Pivmecilinam 400 mg – duas vezes 
ao dia, durante cinco a sete dias. 
Antes do início da terapia, a cultura de 
urina e o teste de suscetibilidade são 
importantes quando disponíveis, devendo 
ser coletadas antes de iniciar a terapia 
antimicrobiana, mas sem necessidade de 
esperar o resultado para início da terapia. 
Está indicado principalmente para 
pacientes com fatores de risco para 
resistência antimicrobiana ou para 
infecção mais grave como aqueles com 
anormalidades urológicas subjacentes, 
condições de imunossupressão e diabetes 
mellitus mal controlado. Essa atitude é 
importante, pois taxas crescentes de 
resistência da E.coli, incluindo as 
cefalosporinas e Trimetoprim-
sulfametoxazol, foram relatadas 
globalmente. 
Infecção do TGI: Os cuidados de suporte 
com fluidos, eletrólitos e gerenciamento 
nutricional são a base do tratamento das 
doenças diarreicas por qualquer 
etiologia. Para pacientes com diarreia que 
têm uma E. coli patogênica identificada no 
teste de fezes, sugerimos não administrar 
antibioticoterapia de rotina. A 
antibioticoterapia com azitromicina ou 
ciprofloxacina é razoável em pacientes com 
diarreia grave, com sangue ou persistente, 
particularmente em crianças ou 
hospedeiros imunocomprometidos.

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