Buscar

TN SII e Intolerancia Lactose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 14. TN em Síndrome do Intestino 
Irritável e Intolerância à Lactose
Profa. Ma. Flávia R. Paggiaro Tintori Cardoso
flavia.tintori@docente.unip.br
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
LIMEIRA 
2020
Nutrição Clínica 
Microbiota intestinal
Relembrando alguns conceitos ...
Disbiose
Alterações qualitativas e quantitativas na microbiota do 
estômago, ID e cólon
Probióticos e diferentes funções
Doses: A partir de 1x109 
Probióticos e diferentes funções
Síndrome do Intestino Irritável (SII)
“Caracterizada por desconforto ou dor abdominal crônica 
recorrente e hábitos intestinais alterados (diarreia x 
constipação)”
• Sintomas comuns: inchaço, gases, sensação de evacuação 
incompleta, dor abdominal.
• Critérios de Roma: os desconfortos devem estar presentes pelo 
menos por 3 dias no mês (últimos 3 meses)
• A prevalência de doença de Crohn é 4 x maior em indivíduos 
com SII.
• A causa é desconhecida, e a fisiopatologia não é 
completamente compreendida. 
• O diagnóstico é clínico mediante relato de sintomas 
(relação com evacuação, associação com alterações na 
frequência de evacuação ou consistência das fezes) + 
exames + exclusão de outras DII. 
• O tratamento é sintomático, consistindo em manejo 
dietético e tratamento farmacológico, incluindo 
anticolinérgicos e agentes que atuam nos receptores de 
serotonina.
Síndrome do Intestino Irritável (SII)
Terapia Nutricional
Objetivos:
- Garantir a ingestão 
adequada de nutrientes;
- Adequar a dieta ao padrão 
gastrointestinal específico 
da SII (diarreia ou 
constipação);
- Esclarecer o papel dos 
alimentos no manejo dos 
sintomas.
Relação CHO x SII
• Os carboidratos de cadeia curta são altamente 
fermentáveis e osmótivos, sendo absorvidos lentamente 
ou não digeridos no intestino delgado. 
• Estes foram nomeados em 2005 pelo grupo Monash
como oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos, 
monossacarídeos e polióis, ou abreviados pela sigla 
FODMAP em um artigo sobre a ligação entre a dieta 
ocidental (rica em FODMAPs) e o estilo de vida em 
pacientes com doença de Crohn (Gibson PR, Shepherd 
SJ. Personal view: food for thought–western lifestyle and 
susceptibility to Crohn’s disease. The FODMAP hypothesis. Aliment 
Pharmacol Ther 2005). 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15948806
TN e FODMAP em SII
• A dieta low FODMAPs traz a sigla das letras iniciais dos 
carboidratos altamente fermentativos: 
oligossacarídeos (trigo, centeio, diversas frutas, 
legumes e leguminosas), dissacarídeos (lactose do 
leite e derivados), monossacarídeos (frutose das 
frutas e mel) e polióis (presente em algumas frutas e 
adoçantes).
• Portanto a dieta reduzida em FODMAP restringe os 
alimentos que contém frutose, lactose, FOS e GOS e 
álcoois de açúcar (sorbitol, manitol, xilitol) e 
demonstrou redução no sintomas de SII.
• Além dos FODMAPs, alimentos com quantidades 
excessivas de gorduras, cafeína, álcool podem ser mal 
tolerados nos pacientes com SII.
• Deve-se avaliar as intolerâncias e alergias 
cuidadosamente – Evitar restrições desnecessárias = 
frustração e dieta incompleta.
• Propor alternativas dietéticas
• Considerar a utilização de probioticos
• Pode ser útil eliminar e reintroduzir alimentos 
sistematicamente para determinar se um paciente 
está realmente reagindo a um alimento.
TN complementar
Alto teor de FODMAPs
• Vegetais: cebola, alho, aspargo, alcachofra, ervilha, 
beterraba, couve, aipo, milho, couve-flor
• Frutas: maçã, pera, manga, melancia, pêssego, ameixa, 
abacate
• Leite e derivados: leite de vaca, iogurte, queijo fresco, 
ricota, creme de leite, sorvete
• Proteínas: feijão, grão-de-bico, soja
• Pães e cereais: trigo ou centeio e massas
• Industrializados: com xarope de milho, glicose, 
sacarose e adoçantes como xilitol, manitol e sorbitol
• Oleaginosas: castanha-de-caju, pistache
Baixo teor de FODMAPs
• Vegetais: alface, abobrinha, berinjela, espinafre, 
cenoura, pepino, ervas aromáticas
• Frutas: tomate, banana, laranja, tangerina, uva, melão, 
kiwi, morango, framboesa, maracujá, abacaxi
• Leite e derivados: leite de vaca, iogurte e queijo, todos 
sem lactose, queijos duros e leite de amêndoas
• Proteínas: carne, peixe, frango, tofu
• Pães e cereais: massas sem glúten, aveia, arroz, quinoa
• Industrializados: biscoito sem glúten, bolacha de arroz
• Oleaginosas: amêndoas e sementes de abóbora
Probióticos em SII
• Nos estudos publicados, a redução da distensão 
abdominal e da flatulência são achados constantes 
nos tratamentos com probióticos.
• Algumas cepas podem melhorar a dor e dar alívio 
geral. A literatura sugere que certos probióticos 
podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de 
vida em pacientes com dor abdominal funcional. Ex: 
Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium infantis, 
Streptococcus thermophilus.
• Recomenda-se a incorporação gradual de probióticos 
na dieta num período de 2 a 3 semanas. 
Probióticos em SII
Referências
• Fodor I, Man SC, Dumitrascu DL. Low fermentable
oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides, 
and polyols diet in children. World J Clin Cases, 2019.
• Brandt LJ, Chey WD, Foxx-Orenstein AE, Schiller LR, 
Schoenfeld PS, Spiegel BM, Talley NJ, Quigley EM. An
evidence- based position statement on the
management of irritable bowel syndrome. Am J 
Gastroenterol 2009
• Gibson PR. History of the low FODMAP diet. J 
Gastroenterol Hepatol 2017
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31616683
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19521341
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28244673
Intolerância à lactose
“Caracteriza-se principalmente pela diminuição 
parcial ou total da atividade da enzima lactase na 
mucosa do intestino delgado dos indivíduos 
acometidos pela doença”
Intolerância à lactose
• Ocorrem alterações nos processos metabólicos de 
digestão e absorção dos alimentos devido 
deficiência enzimática (beta galactosidase = 
lactose), mecanismo totalmente diferente da 
alergia ao leite. 
• Possibilidades de etiologia: defeito genético, sendo 
o quadro de ausência completa da enzima uma 
alteração muito raro ou situações que envolvam a 
intolerância primária e intolerância secundária. 
Lactose x Lactase
• A lactose é um dissacarídeo (glicose + galactose) 
presente no leite de todas as espécies. 
• A lactase é uma enzima localizada na superfície 
mucosa intestinal, que atua na hidrolise desse CHO, 
promovendo a absorção desses monossacarídeos.
Com a diminuição da atividade da lactase, a lactose 
permanece na luz intestinal sendo fermentada pela flora 
intestinal e irá exercer força osmótica, aumentando o fluxo 
de fluídos para o interior do intestino, podendo ocorrer 
distensão dor ou cólica abdominais, náusea, borborigmo, 
flatos e diarreia. Ao conjunto desses sintomas chamamos de 
INTOLERÂNCIA À LACTOSE.
Intolerância primária
• A hipolactasia primaria é uma condição 
autossômica recessiva que tem como resultado o 
declínio fisiológico parcial ou total da produção da 
enzima lactase nas células intestinais, provocando 
a não absorção da lactose.
• A prevalência de deficiência primária varia em 
relação à idade, dieta, raça ou etnia, sendo a 
seleção genética responsável por essa grande 
variação. Geralmente associada à polimorfismos no 
gene LCT .
• Na grande parte da população os sintomas têm 
início durante a adolescência e a vida adulta. Os 
sintomas clínicos variam de pessoa para pessoa, 
dependendo diretamente da quantidade de lactose 
ingerida e do nível de produção de lactase.
• A intolerância congênita à lactose difere da 
hipolactasia primária por se tratar da ausência total 
ou parcial da enzima lactase e não uma diminuição 
da enzima, como ocorre na intolerância primária. 
Intolerância primária
Intolerância secundária
• Consequência de lesões da mucosa gastrointestinal 
(enterócitos) que reduz a atividade da enzima. 
• FATORES: ressecção intestinal, gastroenterite 
aguda, medicamentos (quimioterapia), terapiade 
radiação, diarreia persistente, diarreia crônica, 
giardíase, doença celíaca, doença de Crohn, 
enterites infecciosas, doença diverticular do cólon.
A hipolactasia secundaria é completamente 
reversível quando estabelecido um tratamento 
para a doença responsável pela condição primária 
e a lesão da mucosa é recuperada, dispensando a 
necessidade de restrição dietética da ingestão de 
leite e seus derivados.
Intolerância secundária
• A exclusão de leite e produtos lácteos da dieta, 
geralmente ocorre por auto-percepção de 
intolerância a lactose que na maioria das vezes não 
é confirmada por diagnóstico clínico. 
• Outra causa, é a confusão entre alergia e 
intolerância à lactose, levando a retirada 
precipitada do leite e produtos lácteos da dieta, o 
que só deve acontecer quando diagnosticada a 
alergia à proteína do leite.
TN na intolerância a lactose
TN na intolerância a lactose
• A aceitação do leite e seus derivados por pessoas 
intolerantes varia de acordo com o nível de intolerância 
apresentado.
• Genética ou primária: retirada total ou parcial do leite 
e seus derivados, devendo-se fazer a suplementação 
com cálcio. (Considerar outros nutrientes... 
Monitorar!)
• Em casos de menor gravidade, podem-se utilizar outras 
fontes de lactose hidrolisada (em até 80%) disponíveis, 
fato esse que torna a ingestão residual de 20% tolerável 
para os pacientes com baixa de lactase. 
TN na intolerância a lactose
• Restrição inicial e introduzir gradualmente lactose –
conforme sintomas e tolerância.
• Leite até 1 copo bem tolerado com refeições.
• Leite com baixo teor de lactose, coalhada e queijos 
possuem menor teor de lactose, bem tolerados.
• Adicionar a lactase com certos alimentos 
(principalmente refeições densas de lactose –
sobremesas e preparações cremosas, com uso de 
leite ou preparações com recheio de queijo e molhos 
a base de leite. 
Mattar R, Mazzo DFC, Carrilho FJ. Clin Exp Gastroenterol 2012; 5:113-21 
Lactase
Probióticos
• Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii
subsp. Bulgaricus melhoram a digestão da lactose e 
reduzem os sintomas relacionados com sua intolerância. 
Isto foi confirmado por uma série de estudos controlados 
com indivíduos que consumiam iogurte com culturas 
vivas.
• Má digestão da lactose - redução dos sintomas 
associados: Iogurte com culturas vivas de Lactobacillus
delbrueckii subsp. bulgaricus e Streptococcus
thermophilus. Dose: Pelo menos 10 8 UFC de cada cepa 
por grama de produto. 
Referências
Referências

Continue navegando