Buscar

AV2%20-%20PRÁTICA%20SIMULADA%20-%20WALLACE

Prévia do material em texto

Preenchido pelo Aluno
	Nome ;
	Matrícula
	Assinatura
	Data
	Preenchido pelo Professor
	Disciplina
 
	Curso
Direito
	Período
	Professor(a)
	Nota
	Nota por extenso
	Visto Professor (a)
	Nota revista
	Nota por extenso
	Visto Professor (a)
Você foi procurado pelo Banco Moeda do Brasil S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, distribuída para a 99ª VT de São Paulo/SP, ajuizada pela ex-funcionária Ana, que foi gerente geral de agência de pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Ana era responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta, podendo, inclusive, admitir e demitir empregados. Na ação, Ana afirma que recebia remuneração no valor R$ 12.000,00, já inclusa a gratificação da função e que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos. Requereu horas extras e reflexos. Ana requereu a reintegração ao emprego, sob o argumento de que efetuou seu registro ao cargo de dirigente sindical, no curso do prazo do aviso prévio. Ana requereu a manutenção do plano de saúde, que assinou no ato da admissão, embora sem previsão do benefício em norma coletiva. Requereu, ainda, a aplicação da multa prevista no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 11/02/2019, uma segunda-feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 21/02/2019, um dia após o prazo, segundo sua alegação. Redija a peça prático-profissional pertinente ao caso.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE SÃO PAULO/SP
Processo nº XXXX
BANCO MOEDA DO BRASIL S/A., já qualificada nos autos da presente ação trabalhista movida por ANA, por seu advogado (procuração em anexo), com endereço profissional xxx e endereço eletrônico xxx, vem perante V.Exa., com fulcro no art. 847 da CLT e art. 335 do CPC c/c art. 769 da CLT, apresentar
CONTESTAÇÃO, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
CONTRATO DE TRABALHO
Ana trabalhou por quatro anos para o Banco Moeda do Brasil na função de gerente-geral de agência, realizando o controle de desempenho profissional e jornada de trabalho dos colaboradores, além das entregas da empresa. Cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 08:00 às 20:00 horas, com intervalo de 20 (vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem justa causa em 11/02/2019, percebendo o salário de R$ 12,000,00 (doze mil reais), além da gratificação de função de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo efetivo.
A reclamante requereu horas extras e reflexos, reintegração do emprego, manutenção do plano de saúde, bem como aplicação de multa, pois alega que foi notificada da dispensa no dia 11/02/2019 e a empresa pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 21/02/2019, um dia após o prazo segundo sua alegação, descrito nos autos. 
MÉRITO
A Reclamante requereu horas extras e reflexos, mas ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência bancária se presume em cargo de gestão, aplicando o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, o pagamento de horas extraordinárias. Logo, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho e seus reflexos, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de função.
DA REINTEGRAÇÃO
O reclamante relata que, efetuou seu registro ao cargo de dirigente sindical no curso do aviso prévio, em razão disso postula a sua reintegração. Ocorre que o registro da reclamante não garante seu emprego, pois foi efetuado no prazo do aviso prévio, conforme determina a Súmula 369, V, do TST. Tornando que seu pedido deva ser julgado improcedente. 
DA MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE
O reclamante requer manutenção do plano de saúde, que assinou no ato da admissão, porém não cabe a justiça do trabalho julgar, sendo obrigação da justiça comum estadual, razão que requer exclusão do processo sem resolução de mérito, de acordo com o artigo 485 do CPC/2015. Diante disso, o pedido deve ser julgado improcedente.
DA APLICAÇÃO DA MULTA
A reclamante requer multa, segundo o artigo 477, § 8º, da CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas dia 21/02/2019, sendo que a dispensa se deu em 11/02/2017. Na ocasião do pagamento, se deu a homologação, segundo Ana, um dia após o prazo.
Nota-se que o prazo de dez dias prescritos no artigo 477,§ 8º, da CLT, exclui o dia da notificação e inclui o dia do vencimento, de acordo com o artigo 132 do Código Civil. Desta forma o prazo terminou exatamente no dia 21/02/2019. Diante disso, requer seja julgado improcedente o pedido do reclamante.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
Com fulcro no art. 791-A da CLT, requer a concessão de honorários de sucumbência a serem fixados entre 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação de sentença, nos moldes do art. 791-A, caput, da CLT.
REQUERIMENTOS:
Isto posto requer a Vossa Excelência; 
1. A improcedência dos pedidos;
2. A condenação da reclamante no pagamento de honorários advocatícios.
PROVAS:
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o depoimento pessoal do reclamante, documental e testemunhal. 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 13/11/2021. 
Advogado xxx OAB xxx.
1