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CRÂNIO, FACE E OLHOS DISCENTE: ANNA BEATRIZ FONSECA – MEDFTC2020.1 – 2º SEMESTRE – TURMA A – TUT 3 I. Crânio: EXAME FÍSICO O exame físico da cabeça é realizado é realizado pela inspeção e palpação. O paciente deve ser examinado na posição sentada. Obs.: Percussão e ausculta da cabeça, não é utilizado com frequência, porém esses métodos semiológicos podem ser utilizados. 1. Inspeção: Posição e movimentos da cabeça: Observar se existe desvio e alteração do movimento. Observa-se a posição e o movimento normal ou anormal da cabeça, desde quando o paciente entra no consultório. o Movimento do “SIM” e movimento do “NÃO”: O movimento do “SIM”, Conhecido como Sinal de Musset, que acontece por causa da insuficiência aórtica – reflete nos grandes vasos. O movimento do “NÃO”, acontece por causa do Parkinson. o Tremor essencial: Ocorre pela Coreia, que são movimentos incoordenados do corpo, não apenas da cabeça. Forma e tamanho: o Normocefalia é o termo que denota um crânio simétrico, arredondado, numa proporção adequada em relação ao tamanho do corpo. Obs.: Lobos e suturas do crânio: Obs.: Lembrar que na infância, o arcabouço ósseo até mais ou menos os 2 anos, não está consolidado. Obs.2: O encontro de suturas, são chamadas fontanelas. A fontanela anterior é chamada de bregmática, e a posterior, chamada de lambdóidea. Alteração na forma: o Plagiocefalia: Deformidade da altura de um lado de cabeça - Uma das suturas lambdoide. o Braquicefalia: Deformidade simétrico dos dois lados da cabeça, aspecto achatado – Suturas lambdoides. o Escafocefalia: Deformidade do aumento anteroposterior da cabeça – Sutura sagital. Obs.: Dolicocefalia – fechamento precoce da sutura sagital. Alteração do tamanho: o Macrocefalia é quando a cabeça, geralmente de criança, tem um tamanho maior do que o esperado para a sua idade. Obs.: Os ventrículos do crânio produzem o liquido encefalorraquidiano, o Liquor, e quando há alteração na produção ou drenagem desse líquido, acontece a Hidrocefalia, um dos tipos de macrocefalia. o Microcefalia é quando a cabeça, geralmente da criança, tem um tamanho menor do que o esperado para a sua idade. 2. Percussão: Ex.: Sinal do pote rachado (Sinal de McEwen): Usado para casos de hidrocefalia. 3. Ausculta: Ausculta da artéria temporal (antes de ausculta fazer a palpação) em busca de sopros no caso de malformação vascular intracraniana. II. Cabeça – calota craniana: EXAME FISICO Couro cabeludo - Cabeça: Inspeção e palpação dos cabelos a fim de perceber se há modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume, depressões e saliência na calota óssea. O couro cabeludo deve ser palpado, portanto, em toda sua extensão à procura de nódulos. O crânio normalmente tem aspecto simétrico e liso. III. Olhos ANATOMIA : O olho é um órgão de forma basicamente esférica, que mede, no seu diâmetro, aproximadamente 24 mm, e é responsável pela visão. A parede do globo ocular é composta de três camadas: a mais externa é protetora e formada pela esclera e pela córnea; a média é altamente vascularizada e pigmentada, composta da coroide, do corpo ciliar e da íris; e a parte interna é a retina, uma camada receptora que contém as fibras formadoras do nervo óptico. Obs.: Lembrar que superior a palpebra superior, se encontra a glândula lacrimal. Estruturas acessórias do olho: EXAME FÍSICO: O exame físico do aparelho visual é feito pela inspeção e palpação. A ausculta raramente tem utilidade. Não existe percussão. Globo ocular e cavidade orbitária: o Inspeção: Observar separação entre as duas cavidades orbitárias, tamanho. o Palpação: Investiga solução de continuidade, fraturas e espessamento. Aparelho lacrimal: Glândula e saco lacrimal o Inspeção: Aumento do volume da glândula lacrimal, vermelhidão na região do saco lacrimal. o Palpação: Consistência, profundidade e sensibilidade. Palpação do saco lacrimal. Obs.: Epífora (lacrimejamento em excesso). Pálpebras: Estrutura de proteção do globo ocular. o Inspeção: Observar cor, textura, posição, movimentos, lesões, edema. o Palpação: Tensão do corpo ocular (pressão ocular). Algumas alterações: Edema (bipalpebral e/ou bilateral), Equimose (mancha escura azulada devido à infiltração de sangue no tecido subcutâneo). I. Ptose: Consiste na queda da pálpebra superior. As causas podem ser variadas, como lesão do nervo oculomotor (III par) e comprometimento da inervação simpática. II. Dermatocalaze: Excesso de pele nas pálpebras superiores e inferiores, acontece com frequência de idosos. III. Entrópio: Consiste na inversão da borda palpebral para dentro. Os cílios inferiores estão virados para dentro, irritam a conjuntiva e a parte inferior da córnea. Acontece com frequência em idosos. IV. Ectrópio: A borda palpebral inferior fica voltada para fora, expondo a conjuntiva palpebral. Quando o ponto lacrimal da pálpebra inferior volta-se para fora, a drenagem da lágrima deixa de ser satisfatória, verificando-se lacrimejamento. V. Calázio: Nódulo inflamatório (edema) não infectuoso da glândula lacrimal da pálpebra. VI. Terçol/Hordéolo: Edema de origem infectuosa na pálpebra, geralmente, inferior. Cílios: o Inspeção: Observar hiperemia, escamas, úlceras. Investigar direção de cílios e sobrancelhas, além de quantidade. o Sobrancelhas: Verificação da forma e incapacidade de movimento. I. Blefarite: Inflamação da pálpebra, normalmente na região onde crescem os cílios, provocando irritação. Conjuntivas e esclera: A conjuntiva é uma membrana mucosa, transparente e fina. o Inspeção e Palpação: Comprimir pálpebras inferiores com os polegares expondo conjuntiva e esclerótica. Deve-se pedir ao paciente para olhar para cima. Para melhor exposição (global) colocar indicador e polegar sob os ossos das sobrancelhas e da mandíbula e afastar as pálpebras. Alterações: Esclera amarelada (devido à icterícia, por exemplo), presença de corpo estranho, dilatação dos vasos da conjuntiva, principalmente na periferia (conjuntivite - hiperemia), pterígio (espessamento vascularizado da conjuntivite). Na primeira imagem, conjuntivite, e na segunda, pterígio. Córnea: o Inspeção: Tamanho, cor, irregularidades, opacificações. I. Melanose: Proliferação de melanócitos na mucosa. Pupila: Forma (arredondada ou levemente ovalada), localização (centrais), tamanho (importante comparar os 2 olhos. o Inspeção: Observar a cor, os desvios, orifícios, inflamações. I. Anisocoria: Tamanho do diâmetro desigual das pupilas. o Reflexo: I. O teste do reflexo pupilar à luz: Deve-se iluminar uniformemente a face do paciente, fazendo incidir um feixe luminoso sobre um dos olhos. A pupila normal contrai-se vigorosa e rapidamente, mantendo-se nesse estado, caracterizando o reflexo fotomotor direto. A pupila do outro olho deve contrair-se simultaneamente e com a mesma intensidade, ou seja, por meio do reflexo fotomotor indireto ou consensual. Obs.: Miose: Pupila contraída. Midríase: Pupila dilatada. Isocóricas: Pupilas iguais. Fotorreagentes: Reagem a exposição da luz. II. Catarata: Opacidade no cristalino – lente do olho. Avaliação funcional: Avaliar movimentação do globo ocular, acuidade visual e fundo de olho. Movimento ocular: Ação dos músculos extrínsecos oculares e sua inervação. Obs.: O nervo associado é o III par, oculomotor. A avaliação da motricidade ocular, envolve uso dos músculos. O exame é feito, pedindo ao paciente que acompanhe com o olhar os movimentos ordenados sem mexer cabeça e pescoço. Acuidade Visual: O exame é testado em cada um dos olhos separadamente.Ao se ocluir o olho que não está sendo examinado, deve evitar pressioná-lo. O método mais utilizado é o da Carta ou Quadro de Snellen. Na carta de Snellen há letras de diferentes tamanhos. É possível determinar o ângulo visual mínimo que corresponde à melhor acuidade visual do paciente, combinando os fatores de tamanho das letras e a distância do paciente ao quadro (6 metros). A acuidade visual é considerada normal com 20/20. Campo visual: O exame é feito para investigar possível lesão ou obstrução do “caminho” da imagem até o cérebro. O exame avaliativo é feito com o médico de lado ou em frente ao paciente. Os dois olhos são examinados, mas com um de cada vez. O médico posiciona o dedo, ou algo simbólico para guiar o olhar do paciente até onde ele consegue enxergar. Exame do fundo do olho (Fundoscopia): Exame utilizado para observar o fundo do olho do paciente, a fim de poder achar alguma irregularidade. A foto acima retrata um fundo de olho absolutamente normal, com o nervo óptico (seta em azul), vasos arteriovenosos (seta em verde), tecido retiniano e mácula (seta em vermelho) livres de quaisquer alterações. Aparelho utilizado para observar o fundo do olho: Oftomoscópio. Obs.: “Teste do Olhinho” – Reflexo Vermelho: Observar o reflexo luminoso na retina do paciente, geralmente crianças, a fim de detectar qualquer alteração que possa causar obstrução no eixo visual.