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GABRIELLA PACHECO – MED102 GASTROENTEROLOGIA P1 6º PERÍODO 2022.1 DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Quadro Clínico: Azia e pirose mais de duas vezes por semana. O que procurar? • Sintomas de alarme: disfagia, anemia, sangramento digestivo, vômitos e perda de peso; • Azia e pirose retroesternal, e globus, dor torácica; • Aftas, pigarro, rouquidão, tosse, pneumonias de repetição. Diagnóstico: Sem fatores de risco e com sintoma esofagiano típico, não é necessário exame complementar; caso contrário, começa-se com endoscopia digestiva alta. Conduta: Medidas higienodietéticas, como mastigar bem os alimentos, fracionar as refeições, evitar alimentos que favoreçam o refluxo (cafeína e outras metilxantinas, frituras, condimentos em excesso, bebidas gaseificadas e alcoólicas). IBP em dose-padrão por 6 a 12 semanas (exemplo: pantoprazol 40 mg/d). CÂNCER DE ESÔFAGO Quadro Clínico: Idoso com disfagia. O que procurar? Sinais de anemia, emagrecimento e síndrome consumptiva; Hepatomegalia e linfonodomegalia. Diagnóstico: Endoscopia digestiva alta com biópsia. Conduta: • Exames de estadiamento (tomografia de abdome e tórax); • Rastreamento de outras neoplasias do trato aerodigestivo superior, como exame da cavidade oral, laringoscopia e broncoscopia; • Avaliação clínica pré-operatória e de risco cirúrgico. DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Quadro Clínico: Jovem com epigastralgia. O que procurar? Sintomas de alarme disfagia, anemia, sangramento digestivo, vômitos e perda de peso. Diagnóstico: Endoscopia digestiva alta com pesquisa de Helicobacter pylori. Conduta: • IBP dose-padrão por 12 semanas (exemplo: pantoprazol 40 mg/d); • Exame anatomopatológico; • Se presente, erradicar o Helicobacter pylori (IBP dose- padrão + amoxicilina 1 g a cada 12 horas + claritromicina 500 mg a cada 12 horas por 14 dias); • Dieta sem irritantes gástricos e suspensão do tabagismo. NEOPLASIA GÁSTRICA MALIGNA Quadro Clínico: Dispepsia com mais de 40 anos ou com sinais de alarme: disfagia, anemia, sangramento digestivo, vômitos e perda de peso. O que procurar? Sinais de anemia, emagrecimento e síndrome consumptiva; Hepatomegalia e linfonodomegalia. Diagnóstico: Endoscopia digestiva alta com biópsia. Conduta: • Exames de estadiamento (tomografia de abdome e tórax); • Avaliação clínica pré-operatória e de risco cirúrgico; • Em casos localizados, a gastrectomia com linfadenectomia D2 é o tratamento inicial de escolha. DOENÇA DIVERTICULAR DOS CÓLONS Quadro Clínico: Dor em fossa ilíaca esquerda no PS. O que procurar? • Alterações miccionais e do hábito intestinal; • Sinais inflamatórios sistêmicos e locais; • Dor à descompressão na fossa ilíaca esquerda. Diagnóstico: Marcadores inflamatórios (hemograma e PCR) e tomografia de abdome. Conduta: Na diverticulite aguda: • Casos leves, tratamento clínico: repouso intestinal, hidratação e antibióticos; • Casos complicados: Associar punção de coleções ou cirurgia de urgência. DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS Quadro Clínico: Diarreia com muco e sangue há mais de um mês. O que procurar? • Sinais de desnutrição, anemia e inflamações locais e sistêmicas; Dor, massa e abscesso abdominal; Doença perineal. Diagnóstico: • Hemograma, PCR, VHS, enzimas hepáticas e pancreáticas, albumina, cálcio, eletrólitos e função renal; • Exames de fezes (protoparasitológico, pesquisa de leucócitos e calprotectina); • Colonoscopia com biópsia seriada. Conduta: • Retocolite ulcerativa: derivados ASA (mesalazina ou sulfassalazina para formas leves, e corticoides ou biológicos, para formas mais graves); • Doença de Crohn: corticoides, imunossupressores ou imunobiológicos. GABRIELLA PACHECO – MED102 GASTROENTEROLOGIA P1 6º PERÍODO 2022.1 CÂNCER DE COLÓN E RETO Quadro Clínico: Sangramento indolor ou anemia, dor abdominal, alteração do hábito intestinal em maiores de 45 anos. O que procurar? • Sinais de anemia e de síndrome consumptiva; • Exame completo do abdome, incluindo toque retal. Diagnóstico: Colonoscopia com biópsia. Conduta: • Depois do diagnóstico de câncer, estadiamento. • Para tumores intraperitoneais, tomografia de abdome total e de tórax e antígeno carcinoembrionário (CEA); • Para os de reto, ressonância de pelve (tumor avançado) ou ultrassonografia endoanal (precoce).
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