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Disciplina: Educação profissional, Teoria e prática. 
Professora: Aline Pinho Mattos. 
Tema: Resenha Crítica AV1 (valor: 4 pontos)
Aluno(a): Danielly Oliveira Coelho 
Matrícula: 201804001831 
Referência: Educação Profissional: reflexões sobre a construção da autonomia nas relações de trabalho a partir do processo educativo Gisela Lange do Amaral Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul Rio‐Grandense giseladoamaral@gmail.com X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.
A presente resenha crítica, baseia-se após a leitura do texto Educação Profissional: Reflexões sobre a construção da autonomia nas relações de trabalho a partir do processo educativo.
Tratando-se de Educação profissional, pode-se concluir que na sociedade em que estamos inseridos, atualmente o ensino é voltado em função de satisfazer as necessidades trabalhistas do país, há a preocupação de manter a produção em massa, a movimentação da economia e a objetivação dos lucros. 
Por conta disso há oferta pelo governo aos alunos de nível médio, cursos técnicos com a finalidade de capacitar os mesmos para a absorção imediata no mercado de trabalho, porém, há a obstrução do acesso para os educandos que escolhem essa modalidade de formação ao estudo dos aprendizados gerais necessários para a ampliação dos conhecimentos e aumento das chances de ingresso ao Ensino superior.
Os questionamentos levantados buscam proporcionar reflexões sobre a metodologia do ensino atualmente utilizada e buscar por um ensino integrado, para que além da formação técnica para a absorção no mercado de trabalho este tenha a oportunidade de aprender também sobre os conhecimentos do ensino geral de nível médio, visando a formação profissional técnica caso seja a sua escolha também obtenha a capacitação sobre todas as esferas de ensino. Desta forma, havendo a autonomia sobre as escolhas ocupacionais do aprendiz. Preocupação essa desnecessária para quem tem condições para pagar pelos estudos e sai na frente atingindo as melhores qualificações, e profissões, tornando um ambiente de elite inacessível para os menos afortunados. 
O sistema capitalista em grande parte determina como funcionará a vida em sociedade através de determinações que ao longo do tempo tornam-se um padrão a ser seguido. As pessoas que tem condições de bancar tais critérios, possuem vantagens sobre a população menos favorecida que não possui tais poderes aquisitivos para investir em si e nos seus semelhantes, dessa forma não podem atender aos padrões pré estabelecidos nem mudar a realidade familiar. Não recebem o apoio do governo, que é um direito de cidadania, obrigando-se a aceitar seu futuro ou as poucas oportunidades que vierem, sendo justas, compensatórias ou não. 
Nesse momento, referindo-se aos programas governamentais que disfarçados de benefícios acabam por ser fatores determinantes muitas vezes definitivo e conformador à vida profissional dessas pessoas. A população de massas, é sempre a menos favorecida em questão de recursos, as prioridades são definidas a partir das expectativas de governantes bem remunerados, que não precisam de tais auxílios governamentais para viver, ou seja, a empatia não tem espaço nesse cenário. Também durante muito tempo era papel do pobre que não tem condições de atender as necessidades do mundo capitalista, somente ter uma opção que é aceitar o futuro que lhe cabe, ambiente esse que está mudando, pois cada vez mais há a luta pela liberdade de expressão e autonomia, a começar pela mudança no ponto de vista, por condições melhores de vida e mudar as futuras gerações. 
Através do aprendizado cada vez mais o aluno desenvolve o senso crítico e descobre que há muito a conhecer fora do senso comum pré-determinado pela massa arbitrária, torna-se um ser emancipado dos padrões socioculturais e não mais se cala sobre os acontecimentos atuais e batalha para mudar a sua realidade 
Tais condições não agradam o sistema capitalista, pois é mais difícil manobrar mentes pensantes, suas regras exploratórias seriam questionadas, e atrasariam o processo de ganhos nacionais, o que justifica até os momentos atuais o apartheid cultural em que vivemos. 
A educação é uma porta aberta, onde as pessoas podem através do estudo mudar esse cenário para melhor, porém é preciso que haja as ferramentas de auxílio para êxito de tal acontecimento. É sair do idealismo e promover o senso de justiça e de igualdade entre os seres humanos, que só poderá tornar-se real se todos estiverem dispostos a tais mudanças. 
É necessário dentro da Educação profissional transpor o suporte para tais reflexões tornarem-se reais, as instituições formarem profissionais completos, e desenvolvê-los de maneira unilateral, conciliar a relação entre o conhecimento e as práticas trabalhistas. 
Incluir na matriz curricular, disciplinas formadoras de seres completos, dentro e fora do sistema capitalista, educar para a vida em sociedade e como melhorar os hábitos da própria sociedade, como incluir matérias como economia solidária, educação financeira, dentre outros temas. 
Seguindo esse ponto de vista, são mudanças necessárias na matriz curricular da Educação profissional do conhecimento sobre as relações de trabalho para além das relações capitalistas, para que pessoas em tais situações tenham a chance de galgar seu espaço e competir com todas as demais de forma justa e igualitária. Que o respeito aos cidadãos prevaleçam e o ambiente em vivem desenvolva-se.