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Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
Processamento 
CAVIDADE ORAL 
 
Língua 
Superfície dorsal e ventral. 
 
Palato 
Delimita superiormente a cavidade oral. 
 
Rebordos alveolares 
Arco dentário inferior (mandíbula) e superior (maxila). 
Nessa região há tecido ósseo recoberto por gengiva (tecido 
mole). 
Em toda extensão dos arcos dentários há cavidades 
chamadas de alvéolo dentário. 
Cada alvéolo recebe um dente. 
 
DENTE 
Os tecidos dentários que compõe o dente são: 
 • Esmalte. 
 • Dentina. 
 • Polpa. 
 
Coroa 
Parte visível do dente. 
 
Raízes 
Não são visíveis, estão no interior dos alvéolos. 
Esmalte 
Está presente somente na região de coroa. 
Tecido duro, acelular e inerte – tecido mais mineralizado do 
corpo humano. 
Não temos esmalte cobrindo a dentina radicular, somente a 
dentina coronária. 
 
Dentina 
Presente em toda extensão do dente. 
Forma uma parede rígida. 
Tecido conjuntivo duro, mineralizado, celularizado. 
 
Polpa 
A cavidade pular é dividida em: 
• Câmara coronária (cavidade pulpar da coroa). 
• Canal radicular (cavidade pulpar nas raízes). 
 
Essa cavidade aloja um tecido conjuntivo propriamente dito, 
frouxamente arranjado e muito vascularizado – polpa. 
 
Tecidos periodontais 
Quando a raiz do dente se insere no alvéolo, saem estruturas 
da superfície do dente para a superfície do osso que vão 
sustenta-lo. 
São três componentes que formam a estrutura de 
sustentação/suporte do dente no alvéolo: 
 • Cemento. 
 • Ligamento periodontal. 
odontogênese odontogênese 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
 • Osso alveolar. 
 
! esses tecidos não são dentários, são periodontais, formados 
a partir do folículo dentário. 
 
ODONTOGÊNESE 
Após 37 dias de desenvolvimento, o estomodeu é revestido 
por uma banda contínua de epitélio espessado – 2 ou 3 
camadas de células – que recobre o ectomesênquima. 
Os dentes começam a se formar a partir da 5ª semana da 
vida intrauterina. 
Todos os dentes seguem um processo similar de 
desenvolvimento. 
 
Dentição decídua 
Quatro quadrantes – cada quadrante tem 5 dentes: 
 
 - Incisivo central, incisivo lateral. 
 - Canino. 
 - 1º molar e 2º molar. 
 
Ou seja, há 20 dentes na dentição decídua. 
 
Dentição permanente 
Quatro quadrantes – cada um com 8 dentes: 
 
 - Incisivo central, lateral. 
 - Canino. 
 - 1º e 2º pré-molar. 
 - 1º, 2º e 3º molar. 
 
Ou seja, há 32 dentes na dentição permanente. 
 
! o processo de formação dos dentes decíduos e permanentes 
é igual. 
! a formação dos diferentes tipos de dentes também é igual 
– muda apenas o formato da coroa (morfogênese). 
 
CAVIDADE ORAL PRIMITIVA 
Na 4ª semana de vida intrauterina há surgimento dos arcos 
branquiais. 
 
Tubo neural 
O tubo neural, que vai da porção cefálica até a porção 
caudal, possui na sua região superior células chamadas de 
células da crista neural. 
Ele e, consequentemente, as células da cristal neural possuem 
origem ectodérmica. 
Estas células migram para região do mesoderma, formando o 
ectomesênquima. 
 
Arcos branquiais 
Os arcos branquiais serão revestidos de ectoderma e 
preenchidos por ectomesênquima. 
 
Nos processos maxilar e mandibular, haverá um epitélio oral 
primitivo revestindo o ectomesênquima. 
Esses processos delimitam superior e inferiormente a cavidade 
oral primitiva – estomódeo. 
 
Visualização microscópica 
 
Indução recíproca 
Na quinta semana de vida intrauterina, tanto no processo 
maxilar como no processo mandibular passa a ocorrer uma 
interação entre o epitélio oral primitivo e ectomesênquima 
subjacente. 
Acredita-se que o estímulo dessa interação tenha início no 
epitélio oral primitivo. 
As células epiteliais começam a proliferar, induzindo a 
proliferação das células do ectomesênquima. 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
Ao mesmo passo, a proliferação do ectomesênquima, estimula 
a proliferação epitelial, havendo, assim, uma indução 
recíproca. 
 
Banda epitelial primária 
 
Epitélio oral primitivo → banda oral primária 
→ lâmina vestibular + lâmina dentária. 
 
Essa indução recíproca faz com quem a região mais central 
do epitélio oral primitivo se torne mais espessa. 
A banda epitelial primária subdivide-se nas lâminas 
vestibular e dentária. 
 
Nessa região, o tecido epitelial tende a continuar se 
proliferando em direção ao ectomesênquima. 
Posteriormente surge uma bifurcação formando: 
 • Lâmina vestibular. 
 • Lâmina dentária. 
A lâmina vestibular torna-se tão espessa que as células do seu 
centro não conseguem mais ser nutridas pelo ectomesênquima. 
Consequentemente há morte celular nessa região e formação 
de um sulco – sulco vestibular. 
Ao mesmo passo, a lâmina dentária continua a se proliferar, 
se aprofundando no ectomesênquima. 
 
 
 
Brotamentos epiteliais 
Na lâmina dentária passam a surgir brotamentos epiteliais – 
oriundos de intensas proliferações em determinados pontos. 
Esses brotamentos possuem formato de esférula e cada 
brotamento formará um dente. 
 
! há duas lâminas dentárias, uma revestindo a superfície 
maxilar e a outra revestindo a superfície do arco mandibular. 
 
Sulco vestibular 
É o corredor bucal, espaço entre o rebordo alveolar e a 
boca/bochecha. 
 
Visão microscópia 
 
Lâmina vestibular com região central sofrendo degeneração. 
Paralelamente a lâmina vestibular há a lâmina dentária que 
irá revestir todo a superfície do processo maxilar e toda 
superfície do processo mandibular. 
 
 
6ª a 7ª semana de vida intrauterina 
 
A lâmina dentária é responsável pela formação dos dentes 
na 6ª/7ª semana. 
Em cada altura do rebordo surgem proliferações epiteliais 
oriundas da lâmina dentária. 
Cada esférula dá origem a um dente. 
 
 
Lâmina vestibular 
 
Lâmina dentária 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
FASES DA ODONTOGÊNESE 
A lâmina dentária formada interage com o ectomesênquima 
formando brotamentos. 
 
 
Fase de botão 
Nessa fase temos o germe dentário (‘dente bebê’), onde há 
intensa proliferação celular. 
O germe dentário é formado por um componente epitelial e 
um componente ectomesenquimal adjacente. 
Componente epitelial do germe dentário tem formato de 
botão e há células ectodérmicas condensadas na porção 
inferior. 
 
Fase de capuz 
Nessa fase o germe dental é formado pelo componente 
epitelial (órgão do esmalte) e pelo componente 
ectomesênquimal (papila dentária), ambos com intensa 
proliferação. 
 
Fase de campânula 
As extremidades do capuz se aprofundam no 
ectomesênquima, formando as alças cervicais. 
Nessa fase o germe dentário tem a mesma composição, e o 
componente epitelial tem formato de sino (campânula). 
 
Fase de coroa 
Início do processo de dentinogênese e amelogênese. 
 
Fase de raiz 
A raiz se forma a medida que o dente erupciona 
 
FASE DE BOTÃO 
Verdadeiro início da formação de cada dente, 10 pequenas 
esférulas invadem o estomesênquima em cada arco. 
 
Nessa fase, as células ectomesenquimais são condensadas 
abaixo e ao redor do botão epitelial. 
 
 
 
 
 
 
 
A época de estabelecimento do botão não é a mesma para 
todos os dentes pois acompanha a época de erupção 
dentária. 
 
Ou seja, primeiro surge os botões dos incisivos centrais 
inferiores, depois dois incisivos centrais superiores e assim 
sucessivamente. 
 
FASE DE CAPUZ 
 
Caracteriza-se por intensa proliferação das células epiteliais, 
e é formado pelo órgão do esmalte e pela papila dentária. 
As células epiteliais encontram resistência para sua 
proliferação, devido a presença de um ectomesênquima 
condensado. 
Assim, há um crescimento ‘ao redor’ da região de 
condensação (proliferação do ectomesênquima). 
 
botão 
epitélio oral 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
A fase de capuz se estabelece, então, quandoo botão 
epitelial deixa de ter a forma de esférula e passa a ter a 
forma de capuz. 
 
 
Nessa fase começamos a dar nome a cada componente 
dentário: 
 
Componente epitelial – órgão do esmalte. 
Componente ectomesênquimal – papila dentária. 
 
Órgão do esmalte 
Dará origem ao esmalte. 
• Epitélio externo do órgão do esmalte. 
• Epitélio interno do órgão do esmalte. 
• Retículo estrelado. 
 
A forma estrelada se dá porque a interna produção de matriz 
extracelular promove o afastamento das células epiteliais. 
Contundo, devido as suas estruturas de comunicação/adesão, 
elas permanecem ligadas. 
 
Papila dentária 
Originará a polpa e a dentina. 
Formada por células ectomesênquimais condensadas. 
 
Folículo dentário 
Não fazem parte do germe dentário. 
São células ectomesênquimais presente em torno do germe 
dentário. 
O folículo dentário dá origem aos tecidos periodontais de 
sustentação do dente (cemento, ligamentos periodontais e 
osso alveolar). 
O epitélio tende a continuar o seu crescimento chegando ao 
formato de campânula. 
 
 
 
FASE DE CAMPÂNULA 
Há diminuição da proliferação celular e início do processo de 
morfogênese (a coroa ganha sua forma) e de diferenciação 
celular. 
Nessa fase há os mesmos componentes da fase de capuz, 
porém alterações como: 
 
 • Acentuação da concavidade inferior. 
 • Formação das alças cervicais: aprofundamento do epitélio. 
 • Formação do estrato intermediário. 
 • Células do epitélio externo ficam mais achatadas. 
 • Células do epitélio interno ficam mais colunares. 
 • Lâmina dentária se desintegra. 
 • O epitélio interno do esmalte dobra-se: dar forma à coroa. 
 
 
Odontoblastos 
As células da periferia da papila dentária vão se 
diferenciando em odontoblasto – células especializadas em 
produzir dentina. 
 
Fibroblastos 
Já as células da região central da papila dentina se 
diferenciam em fibroblastos, que passam a produzir matriz 
extracelular – polpa. 
 
Ameloblastos 
As células do epitélio interno passam a se tornar mais 
colunares, diferenciando-se em ameloblastos – células 
produtoras de esmalte. 
 
retículo 
estrelado 
papila 
dentária 
alças 
cervicais 
ep. interno 
ep. externo estrato 
intermédio 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
A histomorfodiferenciação é a característica mais importante 
da fase de campânula. 
 - Diferenciação celular. 
 - Morfogênese: o dente ganha forma. 
 
No final da fase de campânula, vai ocorrendo desintegração 
da ponte epitelial entre o germe e a lâmina dentária. 
 
Epitélio interno → pré-ameloblastos 
 
As células do epitélio interno inicialmente possuem uma forma 
mais cúbica e, no processo de diferenciação, vão se tornando 
colunares. 
Além da mudança do formato, há inversão da polaridade 
nuclear. Nas células cúbicas o núcleo é central, e à medida 
que há a diferenciação o núcleo tende a ir para periferia. 
Quando os pré-ameloblastos se formam (colunares baixos e 
com núcleos excêntricos) liberam fatores de crescimento que 
induzem a diferenciação das células da periferia da papila 
dentária. 
Vão se tornando mais alongadas e emitem prolongamentos 
citoplasmáticos se tornando odontoblastos. 
Os odontoblastos produzem, então, a dentina do manto 
(dentina jovem), que estimula a completude do processo de 
diferenciação dos ameloblastos. 
Os ameloblastos maduros produzem esmalte que é 
depositado sobre a dentina. 
 
Células do epitélio interno → pré-ameloblastos → células 
periféricas da p. dentária → odontoblastos → dentina do 
manto → ameloblastos → esmalte. 
 
Ou seja, há uma indução recíproca que resulta na 
diferenciação das células. 
 
Morfodiferenciação 
A fase de campânula é caracterizada não só pela 
diferenciação celular das células formadoras dos tecidos, 
como também como uma fase onde inicia-se a 
morfodiferenciação. 
A interrupção mitótica das células do epitélio interno do 
esmalte, para início de sua diferenciação em ameloblastos, 
que determina a forma da coroa do dente. 
A atividade mitótica é cessada no local nos locais das futuras 
pontas cúspides, onde há a primeira produção de dentina. 
No epitélio interno há parada da atividade proliferativa 
para que ocorra a diferenciação celular (ameloblastos). 
Na região onde foi interrompida a proliferação e iniciou-se o 
processo de diferenciação há formação de uma dobra. 
 
O processo de parada da proliferação e início da 
diferenciação é progressivo, progredindo da região mais 
apical da coroa para as alças cervicais. 
Onde surgem as dobras serão as regiões de cicatrículas e 
fissuras da coroa do dente – ou seja, as dobras definem a 
forma da coroa. 
No final da fase de campânula já é possível visualizar dentina 
e esmalte. 
 
FASE DE COROA 
A dentinogênese e amelogênese é característica dessa fase. 
 
Caracteriza-se como uma fase de campânula avançada – o 
fim de uma e início de outra se sobrepõe. 
 
Diafragma epitelial 
Na região em que o epitélio interno 
e externo se encontram há 
continuidade de sua proliferação. 
Contudo, a presença do folículo 
dentário e de uma cripta óssea que 
se formou paralelamente ao 
desenvolvimento do dente, cria uma 
resistência. 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
Assim, as células epiteliais não conseguem se aprofundar 
nessa região formando uma dobra – diafragma epitelial – 
que dará início a formação da raiz do dente, através de 
processos de diferenciação celular. 
 
FASE DE RAIZ 
A raiz do dente consiste em dentina coberta por cemento e 
sua formação ocorre enquanto o dente erupciona. 
 
As células do epitélio interno e externo proliferam da alça 
cervical formando uma dupla camada de células denominada 
bainha epitelial radicular de Hertwig. 
Essa bainha cresce em torno da polpa dentária, entre a 
papila dentária e o folículo, até envolve-la completamente, 
exceto na sua porção basal. 
A bainha epitelial de Hertwig é resultado da continuidade da 
proliferação das células epiteliais que encontram resistência 
a sua proliferação no diafragma epitelial. 
A proliferação das células dessa bainha serve de estímulo 
para que os odontoblastos da periferia da papila dentária 
dessa região sofram diferenciação. 
A dentina radicular é produzida pelos odontoblastos que 
tiveram sua diferenciação induzida pela bainha epitelial de 
Hertwig. 
 
O ritmo de proliferação das células da Bainha epitelial de 
Hertwig não consegue acompanhar o desenvolvimento da 
dentina, resultando na fragmentação dessa estrutura. 
À medida que a dentina radicular vai sendo produzida, a raiz 
do dente vai crescendo. 
A fragmentação da bainha permite uma comunicação entre a 
dentina radicular com o folículo dentário. 
Os restos epiteliais da bainha se soltam e ficam dispersos na 
região do folículo dentário, sendo chamados, a partir de 
então de restos epiteliais de Malassez. 
 
! enquanto a raiz está se formando, a bainha de Hertwig 
mantêm uma proliferação, mesmo que mínima. 
! essa bainha é resultado da proliferação de células epiteliais 
internas e externas. 
 
À medida que a dentina radicular é depositada, a raiz vai 
crescendo até que chega na crista óssea. 
Assim, enquanto o processo de risogênese acontece, o dente 
vai adquirindo força eruptiva. 
 
 
Tecidos periodontais 
Além da risogênese e do início do processo eruptivo, nesse 
momento vai ocorrer a formação dos tecidos periodontais. 
 • Cemento. 
 • Osso alveolar. 
 • Ligamento periodontal. 
 
Essas estruturas não fazem parte do dente, apenas o circunda. 
São originados do folículo dentário e atuam como suporte, 
sustentação e inserção. 
Conforme a bainha epitelial radicular de Hertwig se 
fragmenta, células do folículo dentário se tornam justapostas 
à dentina radicular recém-formada. 
 
Cementoblastos 
As células indiferenciadas do folículo dentário que estão mais 
próximas do dente se diferenciam em cementoblastos.Os cemetoblastos produzirão o cemento, que é depositado 
sobre a dentina radicular. 
 
Fibroblastos 
As células um pouco mais afastadas do dente se diferenciarão 
em fibroblastos. 
Estes produzirão o ligamento periodontal, que é um tecido 
conjuntivo propriamente dito. 
 
Osteoblastos 
Já as células mais distantes, próximas à cripta óssea, vão se 
diferenciar em osteoblastos. 
Esses osteoblastos produzirão o osso alveolar que será 
depositado sobre a cripta óssea. 
Ou seja, as células ectomesenquimais indiferenciadas do 
folículo dentário quando em contato com a dentina radicular 
(após fragmentação da Bainha de Hertwig) vão se 
diferenciar em cementoblastos, fibroblastos e osteoblastos de 
acordo com o seu distanciamento da dentina. 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina 
 
 
Entende-se, assim, que na fase de raiz ocorrem três eventos 
simultaneamente: 
 • Formação da raiz do dente. 
 • Erupção dentária. 
 • Formação dos tecidos periodontais. 
 
 
A fase de raiz se completa quando ocorre o fechamento do 
ápice radicular. 
O fechamento do ápice radicular coincide com a erupção 
dentária. 
 
FORMAÇÃO DOS DENTES PERMANENTES 
A dentição permanente também é derivada da lâmina 
dentária. 
Os germes dentários dos dentes que tenham antecessores 
(incisivos, caninos e pré-molares) formam-se como resultado 
da atividade proliferativa da lâmina dentária, na sua 
extremidade mais profunda. 
Essa atividade proliferativa intensa leva a formação de outro 
botão dentário na face lingual do germe do dente decíduo 
na sua fase de capuz, que permanece inativo por um tempo. 
 
 
Já os molares da dentição permanente, que não possuem 
decíduos antecessores, se formam de outra maneira: 
Conforme a mandíbula/maxila crescem, a lâmina penetra o 
ectomesênquima. Essa extensão posterior emite crescimento 
epiteliais que, associados a resposta ectomesenquimal, 
formam os germes dentários do primeiro, segundo e terceiro 
molar. 
 
Ou seja, as dentições primárias e secundárias se formam da 
mesma maneira, porém em épocas diferentes. 
• Decíduos: 6ª e 8ª semana intrauterina. 
• Permanentes sucessores: entre 24ª semana intrauterina e 
10 meses de vida. 
• Primeiro molar: 20ª semana intrauterina. 
• Terceiro molar: 5º ano de vida. 
 
Quando o dente permanente começa a formar raiz e ganhar 
força eruptiva, ele vai empurrando o dente decíduo 
antecessor. Essa pressão provoca a reabsorção da raiz do 
dente decíduo. 
Os dentes que substituem os dentes molares decíduos são os 
primeiro e segundo pré-molares. 
Os brotos dos dentes permanentes surgem na fase capuz do 
dente decíduo. 
 
 
 
Histologia – Odontogênese – Ana Catarina