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Aula 7 - Pericardite

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Carla Bertelli – 3° Período 
Pericardite 
Aula 7 
 
 
Tem duas camadas, o pericárdio visceral e o 
parietal – mantem toda a estrutura segura, 
tem o liquido pericárdico que lubrifica e faz a 
aderência entre as duas camadas 
 
 
 
Tem 2mm de espessura 
 
É muito bem inervado – por isso dói muito na 
inflamação 
 
 
Tem uma propriedade fibro elástica – mas 
bem mais fibrosa do que elástica 
 
Líquido Pericárdico contém várias 
substancias importantes como os 
prostanoides, peptídeo natriurético e 
endotelinas 
 
No entanto isso pode inflamar e causar 
consequências 
 
Ele é sensível a dor, inflamação e distensão 
 
Interdependência do volume intrapericárdico 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Hidropericardio 
→ Hemopericárdio 
→ Quilopericárdio 
→ Piopericardio 
→ Pneumopericardio 
 
→ Pericardite Aguda 
→ Crônica 
→ Derrame Pericárdico e Tamponamento 
Cardíaco 
→ Constritiva 
 
 
 
É uma apresentação muito heterogêneo as 
apresentações de pericardite, o espectro é 
muito grande, mas para se ter pericardite se 
classifica: dor torácica tipicamente aguda e 
pleurítica, melhorando sentando-se e 
inclinando-se para a frente 
 
Ele vai ter fricção pericárdica, alterações no 
ECG e derrame pericárdico 
 
Biomarcadores – PCR sempre vai subir 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
2 dos 5 critérios indica diagnóstico 
 
Apresentação Clínica – Dor torácica tipo 
pleurítica, atrito pericárdico e alteração no ECG 
 
Ou ele é constritivo (pode ter calcificação) ou 
não constritivo (agudo, recorrente ou crônico) 
 
Constritivo e Não Constritivo 
 
 
 
 
Dor torácica pré-cordial, de dor longa, 
pleurítica, com irradiação que piora 
quando deita e melhora em posição 
genopeitoral 
 
Posição Genopeitoral – tira a 
pressão/descomprime o coração, fazendo 
com que ele fique mais folgado, e isso diminui 
a dor 
 
→ Causa dispneia e taquipneia 
→ Febre, fadiga, mialgia 
→ Atrito pericárdico – patognomônico 
 
 
 
 
Mortalidade baixa, porém, quando ele passa 
de uma pericardite aguda para uma constritiva 
a mortalidade pode aumentar 
 
A mortalidade em pacientes hospitalizados é 
rara (1%) e na maioria das vezes não 
relacionado à pericardite. No entanto, a 
morbidade pode ser substancial e é atribuída 
a dor incapacitante, ao desenvolvimento de 
ataques recorrentes, efeitos adversos do 
tratamento e progressão para fisiopatologia 
constritiva 
 
→ Idiopática – sem causa definida 
(infecciosa) 
 
→ Causa Viral – segunda causa mais 
comum, coxsakie, é um enterococcus 
 
→ Neoplasias 
 
→ Lesões pós cirurgias cardíacas 
 
→ Paciente Renal Crônico 
 
 
SINTOMAS (SLIDES) 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
REVISÃO DE SISTEMAS 
 
 
 
EXAME FÍSICO 
 
 
Inspeção – Nada característico, apenas 
etiologia específica. Pulso Acelerado. 
 
Não encontro nada específico 
 
Palpação – Avaliação da distensibilidade 
pulmonar, frêmito reduzido (derrame pleural), 
pulso acelerado 
 
Percussão – Relacionado ao derrame pleural 
 
Ausculta – Taquicardia e Atrito Pericárdico 
(patognomônico), não tem lubrificação entre 
as duas pleuras 
 
Nessa fase não tem mais complicações nessa 
fase de início de uma inflamação pericárdica, 
aqui por enquanto não muda muita coisa 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
 
Supra ST e Queda de PR 
 
 
 
CAUSA 
 
 
 
PERICARDITE AGUDA OU DOENÇA SISTÊMIA COM 
ENVOLVIMENTO PLEUROPULMONAR 
 
Pericardite aguda pode evoluir com derrame 
pericárdico ou não, e derrame pericárdico 
também pode cursar sem pericardite 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
PRECAUÇÃo 
 
Critérios que preocupam mais, dura mais de 3 
semanas, o paciente demora mais pra curar 
fazendo com que não seja uma pericardite 
simples, chance de ser outra causa 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
 
Recorrente 
Derrame Pericárdico 
Pericardite Constritiva 
 
 
 
 
PERICARDITE CRÔNICA 
 
Paciente permanece com sintomas mesmo 
após 3 semanas, em que ele continua 
sintomático 
 
Pode ser principalmente por conta da 
Tuberculose 
 
 
 
 
PERICARDITE CONSTRITIVA 
 
É uma ‘’organização’’ da aguda, quando a 
camada do pericárdio vai endurecer, não 
elástico, que vai travar o coração – quando 
trava o ventrículo, em termo de sintomas ele 
aperta o coração, o ventrículo não enche 
como deve e o paciente tem um DC menor, 
estimula o SRAA e gera dispneia, edema de 
membros inferiores, turgência jugular. 
 
DC reduzido, coração não enche direito, mas 
contrai normal, FE normal 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
PERICARDITE RECORRENTE 
 
Paciente que tem intervalo de pelo menos 4 a 
6 semanas entre um quadro de pericardite e 
outro, é bastante comum 
 
Se ocorre em menos de 4 semanas é 
denominado de pericardite incessante 
 
 
 
 
DERRAME PERICÁRDICO 
 
No raio-x, aspecto em moringa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAMPONAMENTO CARDÍACO 
 
Aumento da pressão intrapericárdica, ocorre 
uma restrição de enchimento e ocorre 
sintomas de ICC 
 
 
 
Agudo – Paciente que tem um risco de morte 
eminente, do nada 
 
Subagudo – Vai acumulando líquido em vários 
dias 
 
Alternância de Amplitude 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 1 
 
Característica da dor, pode se irradiar, tem 
que prestar atenção nisso 
 
Não precisa necessariamente ter um atrito 
pericárdico 
 
PERICARDITE AGUDA A RESPOSTA 
 
C. F. Z., 41 anos, brasileira, feminina, casada, 
natural de Curitiba (PR), procedente de 
Cascavel, escriturária. Atendida em 10 de 
janeiro 2005, com queixa de desconforto na 
região anterior do tórax e dor no ombro direito 
há alguns dias; a dor no ombro era intensa, 
piorava com o decúbito e melhorava com a 
posição ereta, em pé ou sentada. Negava 
outra sintomatologia como febre, dispnéia ou 
palpitações. Procurou serviço de emergência 
onde foi atendida por ortopedista que, após 
exame e RX do ombro, prescreveu 
antiinflamatório não hormonal injetável, com 
resposta analgésica praticamente nula. Além 
do medicamento, estava em uso de 
Amiodarona 200 mg/dia. Nos antecedentes 
mórbidos, relata haver passado por cirurgia 
cardíaca no Hospital Santa Casa em Curitiba 
no dia 30 de novembro de 2004, para correção 
de defeito no septo inter atrial (CIA). A 
septoplastia foi realizada com sucesso, tendo 
alta dias após, com a medicação descrita. 
Ao exame físico, mostrou-se em bom estado 
geral, fácies de dor, mucosas coradas, afebril. 
Curativo esternal de toracotomia 
apresentando boa cicatrização. A PA era 
10x7cmHg, FC 80 bat/min, o ritmo cardíaco 
era regular. Hiperfonese discreta de P2, sem 
desdobramento. Não se ouviram ruídos 
anormais – sopros ou atrito pericárdico. O 
abdome, os membros e o exame dos pulmões 
não revelaram alterações relevantes. 
 
ECG – ritmo sinusal regular, complexos de 
baixa voltagem, alterações da repolarização 
ventricular de v1 a v4 – ondas T negativas. O 
segmento ST não mostrava alterações. 
RX TORAX– não se detectaram alterações 
pleuropulmonares de relevância; área 
cardíaca aumentada +++/4+. 
ECOCARDIOGRAMA – Derrame pericárdico 
moderado, envolvendo todo o coração, sem 
sinais de restrição ao enchimento ventricular. 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 2 
 
Pode ser de etiologia viral ou idiopática 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pericardite – Livro PORTO 
 
A etiologia das pericardites agudas pode ser viral, 
bacteriana ou acompanhada de afecções sistêmicas, 
especialmente do grupo das colagenoses (moléstia 
reumática, lúpus eritematosos disseminado, artrite 
reumatoide), neoplásicas (infiltração leucêmica), 
metabólicas (uremia), infarto agudo do miocárdio e 
traumáticas. 
 
As infecções bacterianas apresentam-se como 
propagação de processos infecciosos pulmonares 
ou fazem parte de um quadro septicêmico. Os 
germes mais frequentes são os pneumococos, os 
estafilococos e os estreptococos. 
 
A pericardite viral, cujo principal agente etiológico é 
o vírus Coxsackie B, é mais frequente em 
adolescentes, havendo um período prodrômico com 
febre e mal-estar, assemelhando-se a um quadro 
gripal, mas tendo como sintomaindicativo do 
comprometimento pericárdico a dor retroesternal 
ou precordial contínua que se agrava com a 
respiração profunda, tosse e movimentação do 
tórax. A pericardite viral pode ocorrer sob a 
manifestação de ligeira epidemia. 
 
A pericardite tuberculosa pode apresentar-se em 
um tipo agudo, mas, na maioria dos casos, tem 
evolução crônica, com sintomatologia muito discreta 
ou nula. 
 
Nas pericardites que aparecem nas colagenoses, 
neoplasias e uremia, além da dor precordial, sobressai 
a sintomatologia da doença principal. 
 
 
Ao exame físico, o achado que possibilita o 
diagnóstico de pericardite, independentemente de 
sua natureza, infecciosa ou não, é o atrito 
pericárdico, que é a expressão tátil ou estetacústica 
das alterações da superfície dos folhetos 
pericárdicos, os quais se tornam rugosos, irregulares 
e recobertos por uma substância fibrinosa. 
 
A este tipo de pericardite, designa-se pericardite 
seca, todavia, qualquer que seja a etiologia do 
processo inflamatório do pericárdio, pode haver 
acúmulo de líquido no saco pericárdico, recebendo, 
então, denominação de pericardite serofibrinosa. 
Carla Bertelli – 3° Período 
O derrame pericárdico modifica completamente as 
manifestações clínicas da pericardite. Em primeiro 
lugar, diminui ou suprime a dor ao afastar um do 
outro os folhetos parietal e visceral do pericárdio. 
Pelo mesmo motivo, o atrito pericárdico desaparece. 
 
Quando o derrame é volumoso e de instalação 
rápida, a principal consequência é a dificuldade no 
enchimento do coração; este quadro denomina-se 
tamponamento cardíaco. O fator responsável pelas 
alterações hemodinâmicas é a pouca distensibilidade 
do pericárdio quando o acúmulo de líquido se faz 
rapidamente. 
 
 
As manifestações clínicas do tamponamento 
cardíaco decorrem da congestão dos pulmões, que 
se exterioriza por dispneia e tosse seca e aumento 
brusco da pressão venosa que causa congestão do 
fígado, cuja expressão semiológica é a dor no 
hipocôndrio direito, principalmente ao palpar este 
órgão. O mecanismo da dor é a distensão da cápsula 
de Glisson. 
 
Nos derrames de instalação mais lenta não ocorre a 
síndrome de tamponamento cardíaco, e o quadro 
clínico vai surgindo vagarosamente, com cansaço, 
dispneia de esforço, hepatomegalia e ascite. 
 
O derrame pericárdico apresenta sinais físicos 
característicos: ictus cordis invisível e impalpável; 
bulhas cardíacas hipofonéticas; pressão venosa 
elevada, provocando ingurgitamento jugular e 
hepatomegalia; pulso radial diminuído de amplitude, 
surgindo o chamado pulso paradoxal (ou seja, a 
amplitude do pulso radial diminui durante a inspiração, 
em vez de aumentar, como acontece em condições 
normais 
 
O eletrocardiograma evidencia complexos QRS de 
baixa voltagem e a radiografia de tórax mostra 
aumento global da área cardíaca. 
 
O estudo ecocardiográfico é o principal exame 
complementar nestes casos, pois, além de 
comprovar o diagnóstico de derrame - 
diferenciando-se claramente das grandes 
cardiomegalias -, é capaz de avaliar a quantidade de 
líquido no saco pericárdico. 
A punção pericárdica pode tomar-se necessária, 
sendo uma medida de urgência com o objetivo de 
aliviar o tamponamento cardíaco; contudo, pode ter 
apenas finalidade diagnóstica para análise das 
características do líquido. 
 
A pericardite constritiva tem como principal 
característica a ocorrência de espessamento 
fibrótico do pericárdio que adere ao miocárdio, 
formando uma carapaça rígida que dificulta o 
enchimento diastólico do coração. Na fase avançada, 
encontra-se quase sempre extensa calcificação. 
 
A tuberculose é a causa mais comum. As 
manifestações clínicas dependem do grau da 
perturbação hemodinâmica, sendo constituídas dos 
sinais e sintomas indicativos de congestão sanguínea 
no território pulmonar e na grande circulação, além 
das manifestações decorrentes de diminuição do 
débito cardíaco. 
 
Astenia, dispneia, estertores pulmonares, jugulares 
ingurgitadas, hepatomegalia, edema generalizado e 
ascite são frequentes. 
 
Ao exame do pulso radial, é possível constatar 
diminuição da amplitude e pulso paradoxal. 
 
A ausculta do coração, percebe-se uma 3ª bulha 
cardíaca bem nítida, originada no abrupto 
enchimento ventricular no início da diástole. 
 
No eletrocardiograma, observa-se alteração difusa da 
repolarização ventricular. 
 
A radiografia do tórax mostra um coração não 
aumentado de tamanho - daí surgiu uma observação 
prática muito útil: em pacientes com quadro de 
insuficiência cardíaca congestiva com coração de 
tamanho normal, deve-se pensar sempre em 
pericardite constritiva. A calcificação ao redor do 
coração reforça este diagnóstico. 
 
Os estudos ecocardiográfico e tomográfico 
evidenciam as lesões pericárdicas.

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