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Pé diabético 1 Pé diabético Created Tags Diabetes é (conceito) tendo-se um diagnóstico tardio, logo, tem-se acometimento renal, vascular e neurológico Pé diabético é a situação de infecção, ulceração ou também destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferior de pacientes com diabetes. Epidemiologia Incidência de amputação de MMII de 180/100000 diabéticos e incidência de amputação de MMII de 13.8/100000 não-diabéticos Sobrevida pós amputação Imediata: 81% 3 anos: 65% 5 anos: 41% Classificação @January 5, 2023 11:32 AM Pé diabético 2 Pé diabético 3 Etiologia Pé diabético 4 Angiopatia + Neuropatia (periférica e generalizada) + Infecção → ulceração Imunodepressão Neuropatia: é a presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos periféricos com diabetes após eclusão Sensitiva: perda de sensibilidade dolorosa, percepção da pressão, temperatura e da propriocepção Diminuição da percepção de ferimentos ou traumas, podendo resultar em ulceração - ocorre com trauma Motora: atrofia e enfraquecimentos dos músculos intrínsecos do pé Deformidades osteoarticulares → Artropatia de Charcot Hiperceratose local e ulceração (mal perfurante plantar) Porta de entrada para o desenvolvimento de infecções Autonômica: Lesão dos Nn. simpáticos → Perda do tônus vascular → Vasodilatação com aumento da abertura de comunicações arteriovenosas (hiperemia) → passagem do fluxo da rede arterial para a venosa → Redução da Nutrição → Pé quente, edematoso, distensão das veias dorsais → Anidrose (ausência de suor) → Porta de entrada Angiopatia Macroangiopatia: Aterosclerose; fluxo sanguíneo dificultado; isquemia e esclerose Microangiopatia: Espessamento difuso das membranas basais; edema endotelial dos capilares (inflamação); não diminui o lúmen e rigidez Pé diabético 5 Lesões estenosantes → Diminuição do fluxo sanguíneo → Claudicação intermitente (Doença arterial obstrutiva)→ Dor ao repouso → Dano tissular Úlceras Complicação mais frequente 80-90% secundárias a trauma extrínseco 70-100% das leses tem sinais evidentes de neuropatia e apenas 10% das úlceras são puramente vasculares Podem ser: úlceras isquêmicas (vasculares) ou úlceras neuropáticas 💡 Tipos de úlceras Infecção Bactérias Retardo do processo de cicatrização Diagnóstico Clínico e Laboratorial Ostemielite Classificação Diagnóstico clínico Pé de Charcot (neuro-osteoartropatia) Pé diabético 6 Sensoriais Motores Autonômicos Sinais e Sintomas relacionados a neuropatia 💡 A neuropatia diabética é a forma mais comum de polineuropatia periférica de padrão “bota e luva”, afetando mais os pés do que as mãos, ou somente os pés. No caso de sintomas positivos, podemos usar antidepressivos tricíclicos, duais ou mesmo anticonvulsivantes. A amitriptilina pode ser usada no tratamento Macroangiopatia com lesões intermitentes Alteração da cor da pele, alteração da temperatura, alterações tróficas Claudicação intermitente Alteração dos pulsos periféricos Exame físico Pesquisa dos pulsos podálicos: pedioso e tibial posterior para avaliar DVP Verificar se toca em extemidade óssea Testes e exames auxiliares no diagnóstico Teste com o monofilamento 10g: háluz, terceiro dedo, região plantar medial, intermédio, lateral e região dorsal entre hálux e segundo dedo Teste com o diapasão: falange Radiografia simples Doppler Angiografia Mapeamento Doppler Diagnóstico laboratorial Leucocitose e VHS/PCR aumentada Níveis de glicemia elevados Pé diabético 7 Cultura de amostras teciduais e hemocultura/antibiograma Inspeção da úlcera com haste metálica romba estéril (probing) Identificação do paciente de alto risco Neuropatia ausente → uma vez por ano Neuropatia presente → uma vez a cada seis meses Neuropatia presente, sinais de DVP e/ ou deformidade nos pé → uma vez a cada três meses Amputação ou úlcera prévia → uma vez a cada 1-3 meses Tratamento Tratar os processos infecciosos quando presentes Avaliar sempre a necessidade ou não da necessidade de desbridamento cirúrgico Retirar a carga de todas as lesões plantares, seja com gesso de ctt total ou órtese suropodálica Realizar seguimento clínico regular das úlceras, reavaliando e anotando a evolução clínica Após a cicatrização considerar a necessidade do uso de calçado sob medida Avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica nos casos de alteração mecânica ou presença de deformidade que possa contribuir com uma nova ulceração Antibioticoterapia Pé diabético 8 Medidas preventivas Inspeção e Exame regular dos pés e calçados pelo menos uma vez no ano Identificação do paciente de alto risco Educação em saúde Calçados apropriados Tratamento da patologia não ulcerativa 💡 A conduta inicial frente às úlceras perfurantes plantares é o desbridamento associado à antibioticoterapia e cuidados locais. Nos casos em que há oclusão arterial associada, deve-se considerar revascularização do membro. O curativo com sulfadiazina de prata a 1%, um agente antisséptico, pode ser utilizado no tratamento de úlceras rasas não complicadas. Entretanto, a reavaliação é de extrema importância, a fim de verificar melhora da lesão e, caso não ocorra, a prescrição de antibioticoterapia é recomendada. A hiperglicemia piora os quadros infecciosos e o processo Pé diabético 9 de cicatrização. Desta maneira, a dose de insulina deve ser ajustada. Quanto ao uso de antibióticos sistêmicos, poderia ser utilizada cefalosporina de primeira geração, por se tratar de infecção leve, por 1-2 semanas.
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