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Exame Clínico e Descrição de Lesões

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ESTOMATOLOGIA – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
EXAME CLÍNICO E DESCRIÇÃO DE LESÕES 
 
ANAMNESE 
• Exame subjetivo. 
• História objetiva da doença. 
• Inicia-se no primeiro contato com o paciente. 
• Diálogo do paciente com o profissional. 
• Obtenção de informações que irão ser úteis 
para o diagnóstico, tratamento e prognóstico. 
• Deve conter: 
→ Identificação. 
→ Queixa principal. 
→ História da queixa principal. 
→ Hábitos. 
→ História familiar. 
→ História médica pregressa. 
→ História odontológica pregressa. 
→ História social. 
→ Revisão dos sistemas do organismo. 
EXAME CLÍNICO 
• Inspeção. 
→ Observar de forma geral e local. 
• Palpação. 
→ Tocar com a mão para conhecer 
textura, consistência, espessura, 
sensibilidade e volume. 
• Olfação. 
• Auscultação. 
→ Escuta dos sons internos do corpo. 
• Frequência cardíaca palpando a artéria 
carótida ou radial. 
• Medir a temperatura. 
→ Ideal: <36,7 ºC. 
• Frequência respiratória: 14 a 16 bpm. 
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA 
• Localização. 
• Tamanho. 
• Limites. 
• Cor. 
• Forma. 
• Inserção ou base. 
• Consistência. 
• Superfície. 
• Contorno. 
• Margens. 
• Textura. 
• Número de lesões. 
• Tempo de evolução. 
• Histórico de dor. 
• Hábitos do paciente. 
• Tratamentos prévios. 
• A conclusão do exame clínico levanta 
diagnósticos e hipóteses diagnósticas. 
MANOBRAS SEMIOTÉCNICAS EM PÓSSIVEIS 
ALTERAÇÕES 
• Punção. 
• Percussão. 
• Raspagem. 
→ Utilizada principalmente em casos de 
candidíase. 
→ Verificar se a lesão é destacável ou 
não. 
• Vitropressão (diascopia). 
→ Pressão com lâmina de vidro. 
• Teste de vitalidade. 
• Punção aspirativa. 
• Manobra de Valsalva. 
→ Utilizada para verificar se existe 
algum tipo de comunicação buco-sinusal. 
• Sinal de Nikolsky. 
→ Manobra utilizada em pacientes com 
pênfigo vulgar. 
→ Consiste no fácil deslocamento da 
pele com uma simples pressão digital. 
DESCRIÇÃO 
NOMENCLATURA 
• Forma da lesão. 
• Lesões fundamentais. 
• Facilitar a comunicação. 
• São determinadas previamente. 
MÁCULA 
• Área focal (até 5 mm) de mudança de cor, não 
elevada ou deprimida. 
• Alteração de coloração da mucosa sem 
elevação do tecido. 
→ Não muda nada, só a cor. 
• Petéquia: mácula associada à eventos 
hemorrágicos (múltiplos pontos 
avermelhados). 
• Ex.: mácula melanótica. 
 
MANCHA 
• Área focal (>5 mm) de mudança de cor, não 
elevada ou deprimida. 
• Equimose: derrame sanguíneo subepitelial, 
sem criar espaço morto. 
• Ex.: Melanoma. 
 
PLACA 
• Lesão ligeiramente elevada, com superfície 
plana/ não destacável. 
PSEUDOMEMBRANA 
• Resultado da descamação epitelial devido à 
deposição de microrganismos. 
• Ex.: candidíase pseudomembranosa. 
CROSTA 
• Resultado do ressecamento de serosidades. 
• Geralmente em cima de úlceras. 
 
PÁPULA 
• Clássicas em lesão por HPV. 
• Lesão sólida, elevada e menor que 5 mm 
(diâmetro). 
 
NÓDULO 
• Lesão sólida, elevada e maior que 5 mm 
(diâmetro). 
• Ex: fibroma traumático. 
 
VESÍCULA 
• Lesão com conteúdo líquido e menor que 5 
mm. 
• Ex: herpes. 
BOLHA 
• Lesão com conteúdo líquido e maior que 5 mm. 
• Ex.: rânula. 
 
PÚSTULA 
• Bolha preenchida por conteúdo purulento. 
• Ex.: abscesso periapical crônico. 
 
EROSÃO 
• Perda da superfície epitelial. 
• Sem exposição do tecido conjuntivo. 
• Pode ser bolha/ vesícula rompida. 
• Sem sensibilidade. 
• Ex.: língua geográfica. 
ÚLCERA 
• Perda total da superfície epitelial. 
• Com exposição do tecido conjuntivo. 
• Leões dolorosas (exposições nervosas). 
FISSURA 
• Ulceração estreita. 
• Semelhante a fenda ou sulco. 
• Ex: queilite angular. 
TAMANHO 
• Maior diâmetro. 
• Noção dimensional. 
→ Dica: medir tamanho da unha para ter 
uma noção. 
• Se possível correlacionar (ex.: 2x1 cm). 
COR 
• Semelhante a mucosa. 
• Branca. 
• Translúcida. 
• Avermelhada. 
• Enegrecida. 
• Arroxeada. 
• Amarelada. 
• Branco-avermelhada. 
• Branco-amarronzada. 
SUPERFÍCIE 
• Lisa 
• Verrucosa. 
• Ulcerada. 
IMPLANTAÇÃO 
• Séssil: base é maior que o diâmetro. 
• Pedunculada: diâmetro maior que a base. 
 
CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS 
• Radiopaca. 
• Radiolúcida. 
• Unilocular. 
• Multilocular. 
HIPÓTESE CLÍNICA 
• Resultado do somatório do exame clínico. 
• Pode ser um ou mais. 
• Seguindo as lesões existentes. 
• Orientação ao patologista. 
DTM 
ANAMNESE 
• Saber do paciente qual o horário dos 
sintomas (ao acordar, pela manhã, à tarde ou 
à noite). 
• Qual o tempo de duração. 
• Quais as características da dor (crônica, 
aguda, pulsátil, ardente, em choque). 
• Dor de cabeça, dor na face, dor no pescoço, 
ombros, nuca, em outras regiões do corpo e 
se tem dificuldade para movimentar a cabeça. 
• Localização (dor na cabeça, na face, pescoço, 
ombros, nuca). 
• Traumatismo recente. 
• Tratamento médico atual. 
• Dor nos ouvidos, sensação de ouvido tampado, 
dificuldade auditiva e barulhos nos ouvidos 
tipo zumbido ou outros. 
• Dor nos olhos, vermelhidão conjuntiva, 
lacrimejamento, coceira. 
• Perguntar sobre sono: apertamento e 
bruxismo. 
• Hábitos comportamentais: alimentação, 
exercícios, psicólogo, neurologista ou 
psiquiatra. 
• Hábitos parafuncionais: posturais, roer unha, 
mascar chiclete, sucção digital. 
• Exame físico: intra e extraoral. 
• Observar a postura do paciente. 
• Avaliação clínica. 
• Avaliação de exames complementares. 
• Avaliar a presença de alterações como: 
cáries, úlceras, recessões, oclusões, contatos 
prematuros... 
• Avaliação dos modelos montados em 
articulador semiajustável.

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