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Política Externa Brasileira (Imperio - República Velha - Era Vargas)

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Política Externa do Império 
 
• Política interna 
• Economia 
• Política Externa 
• Sistema internacional 
 
 O cenário brasileiro na pré-independência era marcado pelo seu isolacionismo no sistema internacional 
como forma de diminuir a influência portuguesa e britânica no país, além de ser caracterizado pelo seu interesse no 
controle da região do Prata que expandiria seu poder no continente e evitaria o surgimento de supremacias. 
 
(1822-1844) Primeira Fase: Acomodação 
Esse período pode ser caracterizado pela política de neutralidade e pela soberania de dependência. O Estado 
brasileiro passava por uma política de reconhecimento de sua dependência, o que era caracterizado por alguma 
presença no sistema internacional em função de suas relações com Inglaterra e Portugal. Esse fato levava a uma 
política de concessões do Estado brasileiro aos dois países europeus, marcado por certo grau de dependência e pela 
submissão às suas pressões. Essa etapa também é marcada pela adesão ao liberalismo comercial e ao sistema de 
tratados internacionais. 
 
(1844-1870) Segunda fase: Reação 
O Império passa a adotar uma política de reação à hegemonia europeia ao perceber que os tratados 
internacionais limitavam sua soberania e o interesse nacional. Em relação ao entorno regional, o Estado brasileiro 
adotou uma política de intervenção, adentrando conflitos e exercendo manobras no continente. Seu objetivo era livre-
navegação do Rio da Prata e a delimitação de suas fronteiras. É nesse período que o Brasil participa da Guerra do 
Paraguai ao lado de Argentina e Uruguai, em função da sua apreensão com o desenvolvimento e pretensão 
expansionista do governo paraguaio. 
 
(1871-1889) Terceira fase: Consolidação 
A última fase é marcada pela consolidação do Estado brasileiro e pelo início da transição do modelo 
monárquico pelo republicano. A política externa brasileira passa por um novo retraimento em função de causas 
internas (introspecção nacional marcada pela propaganda republicana, questão religiosa, questão militar, 
abolicionismo e fragilidade da monarquia) e causas externas (envolvimento na questão do Prata, relação com os 
vizinhos e Guerra do Paraguai). Além disso, as diretrizes do final do Império podem ser marcadas pela distensão nas 
relações envolvendo o Rio da Prata e pelo universalismo, que impulsionou a diversificação das relações econômicas 
com outros países não restritos ao contexto regional. Há também o início da diplomacia de prestígio pela política 
Externa ativa e atribuída ao Chefe de Estado. 
 
 
 Política Externa da República Velha 
 
O período que se estende da Proclamação da República em 1889 até 1930, é chamado de “Primeira República” 
ou “República Velha”. Sua principal característica foi o absoluto domínio das oligarquias agrárias e a nova direção que 
se imprimiu às relações internacionais. 
 
(1889-1902) Transição do Modelo Monárquico para o Republicano 
A República foi proclamada através da união de elementos da classe dominante (cafeicultores), classe média 
(militares) e burguesia (setores que aspiravam a indústria), todos objetivando derrubar a monarquia que não atendia 
mais aos seus interesses. 
Com a queda da monarquia, instalou-se um governo provisório, que contava com representantes da 
aristocracia cafeeira. Seus objetivos eram: a consolidação do novo regime, sua institucionalização e a execução de 
reformas administrativas. O período que durou de 1889 até 1894, foi denominado de “Crise da República”, pois havia 
disputas entre a oligarquia cafeeira e a burguesia, que desejava novas atividades econômicas. Além disso, contou com 
a oposição e resistência da imprensa e do Congresso Nacional. 
Esse foi um período de afastamento pois os presidentes da época não defendiam nitidamente novos atores e 
seus papéis. A partir de 1884 até 1902, novos donos do poder poderiam ser identificados e desenhava-se a política 
dos governadores (política do café com leite) e isso refletia os interesses das oligarquias. 
 
(1902-1912) Período Rio Branco / Americanização 
A gestão Rio Branco representou um ponto de inflexão na política brasileira em dois sentidos: na consolidação 
da chancelaria brasileira e suas funções e na reorientação da política externa brasileira e diretrizes apresentadas. 
Como linhas gerais, podemos destacar: busca de uma supremacia compartilhada na América do Sul, 
restauração do prestígio internacional do Brasil, defesa absoluta da soberania, defesa da agroexportação, solução dos 
problemas de fronteiras, aproximação com os EUA, cautela com a opinião pública. 
Rio Branco reconhecia o peso dos EUA na nova distribuição internacional de poder mundial, considerando-o 
líder do continente americano frente às pretensões europeias. Esse subsistema norte-americano de poder era 
caracterizado também pela consideração da América Latina como área de influência dos EUA. 
Esse período é marcado pela mudança de eixo no sistema internacional e pela ampliação dos contatos 
internacionais, sobretudo continentais. As principais questões de Política Externa referiam-se ao Acre, América do Sul 
e fronteiras. 
 
(1912-1930) Alinhamento Automático 
Nesse período, que se estende até o início do Governo Vargas, há a intensificação da americanização, ou seja, 
o reforço do alinhamento automático e da subserviência aos EUA. Há também a proeminência do campo econômico-
comercial, no qual os EUA aparecem como propulsor da agroexportação e o café como principal produto brasileiro. 
Há novos constrangimentos internacionais, como a 1º Guerra Mundial, no qual o Brasil ainda segue com seu 
alinhamento automático, expressando sua preferência pelo bloco dos Aliados. Posteriormente à Guerra, o Brasil 
adentra a Liga das Nações, porém além da instituição se mostrar falha, o país não tem seus interesses atendidos e 
decide-se retirar da Liga em 1928. Ao fim desse período, há outro constrangimento internacional: a crise de 29, que 
afeta diretamente a política econômica cafeeira da época e seu principal mercado exportador, os EUA. 
 
Política Externa da Era Vargas 
 
(1930-1945) Era Vargas /Equidistância pragmática 
 
O período é caracterizado pela “equidistância pragmática”, pelo fato de o Brasil ter procurado tirar proveito 
da disputa então existente entre os dois blocos de poder, vale dizer, Estados Unidos e Alemanha. 
A Era Vargas é marcada pelo processo de barganha entre EUA e Alemanha no novo jogo de poder internacional 
em questões políticas e econômicas (jogo duplo), disputa interna entre o setor tradicional (agroexportador) e a 
burguesia industrial (ambos setores com forte determinação econômica), crise interna, a necessidade de um novo 
projeto de desenvolvimento via política externa e os investimentos na indústria nascente. 
Em relação aos constrangimentos internacionais, há o impacto da 2º Guerra Mundial, no qual é possível notar 
o jogo duplo de política externa entre EUA e Alemanha. Em função disso, houve o reforço na força militar do país, que 
temia que a guerra levasse a implicações no território nacional. No contexto regional, adotou-se uma atitude de 
prestígio do pan-americanismo, que é observada quando do alinhamento aos EUA na 2º Guerra Mundial.

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