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Cinética QUÍMICA A - QUI09677 Aula 10 José Guilherme Aquino Rodrigues Prof. Dr. Zeca 21/06/2023 1 • A Cinética química é que estuda a velocidade com que ocorrem de as reações químicas. • CinéticaMovimento ou Mudança • Energia cinética é a energia associada ao movimento de um objeto • Em Química - A palavra cinética refere-se à variação de concentração de um reagente ou de um produto com o tempo. 2 Cinética Química • Existem muitas razões para estudar a velocidade de uma reação. • Curiosidade intrínseca sobre a razão pela qual as reacções têm velocidades tão diversas. • fotossíntese têm uma escala de tempo na ordem de 10-2 -10-6 s • Outras como o passagem da grafite ao diamante ocorrem na escala dos milhões de anos… 3 Cinética Química • A cinética é o estudo da velocidade na qual as reações químicas ocorrem; • A cinética química é um assunto de importância vasta; • Por exemplo, pode prever a rapidez com que um medicamento é capaz de agir no organismo; 4 Cinética Química • Fatores que afetam as velocidades das Reações • Superfície de Contato dos Reagentes • As Concentrações dos Reagentes • A Temperatura na qual a reação ocorre • A Presença de um catalisador 5 Cinética Química • Quanto maior a superfície de contato, maior é a velocidade da reação. • Quanto maior for a superfície de contato, mais moléculas estarão em contato umas com as outras, maior será a probabilidade de ocorrerem choques efetivos e mais rápida será a reação. Figura 1 - Reação entre antiácido efervescente e água em duas situações diferentes: no primeiro copo, o antiácido está em pó; no segundo, está em comprimido 6 Cinética Química: Superfície de Contato dos Reagentes • A maioria da reações químicas ocorrem mais rapidamente se a concentração de um ou mais dos reagentes for aumentada. Quando aumentamos a concentração dos reagentes, aumentamos o número de moléculas ou partículas reagentes por unidade de volume e, consequentemente, o número de colisões entre elas aumenta, resultando em uma maior velocidade da reação. 7 Cinética Química: Concentrações dos Reagentes • As velocidades de reações químicas aumentam conforme a temperatura aumenta; • Aumenta a energia cinética das moléculas; • Por exemplo, refrigerar alimentos perecíveis como o leite, onde as reações das bactérias que levam o leite a estragar ocorrem mais rapidamente à temperatura ambiente do que em temperaturas mais baixas. 8 Cinética Química: Temperatura Água quente • Catalisadores são substâncias que aumentam a velocidade de determinadas reações sem participar delas, ou seja, sem serem consumidas durante a reação. • Eles afetam os tipos de colisões ( o mecanismo) que levam à reação. 9 Cinética Química: Presença de um catalisador CA é a espécie formada transitoriamente pelas moléculas de reagentes, como resultado da colisão, antes da formação do(s) produto (s). Complexo ativado 10 Cinética Química: complexo ativado Reação exotérmica Análise dos diagramas 11 Cinética Química Reação endotérmica Análise dos diagramas 12 Cinética Química • A velocidade de uma reação química – sua taxa de reação - é a variação na concentração dos reagentes ou produtos por unidade de tempo. Considere a reação BA B A 13 Cinética Química: Velocidade de reações http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCOyi7YrThckCFUEikAodIAgFnA&url=http://tteiadeensino.blogspot.com/2014/06/cinetica-quimica-iii-calculo-das.html&bvm=bv.106923889,d.Y2I&psig=AFQjCNHJcNg2FW7datw0M2o24MrD2pntYQ&ust=1447237708435292 • Existem duas maneiras de medir a velocidade da reação A B: – A velocidade na qual o produto é formado; – A velocidade na qual os reagentes são consumidos Velocidade Média em relação a B: Δt BΔ v Velocidade Média em relação a A: Δt AΔ v 14 Cinética Química: Velocidades de reação Em geral, para a reação dDcCbBaA 15 Cinética Química: Velocidade de Reação e a Estequiometria Exercício: a) Como a velocidade de desaparecimento do ozônio (O3) relaciona-se com a velocidade de aparecimento do oxigênio (O2) na seguinte equação, considerando a reação elementar. 2O3(g) 3O2(g) b) Se a velocidade de aparecimento de O2 é 6,0 x 10 -5 mol/Ls em determinado instante, qual é o valor da velocidade de desaparecimento de O3 nesse mesmo instante? 16 Cinética Química A decomposição de N2O5 ocorre de acordo com a seguinte equação: 2N2O5(g) 4NO2(g) + O2(g) Se a velocidade de decomposição de N2O5 em determinado instante for 4,2 x10 -7mol/L.s, qual é a velocidade de aparecimento de NO2 e O2? Considere a reação elementar. 17 Cinética Química dDcCbBaA Velocidade Instantânea de uma reação elementar A Velocidade de uma reação química elementar, a uma dada temperatura, é diretamente proporcional ao produto das concentrações dos reagentes em mol/L, elevada aos seus respectivos coeficientes estequiometricos. ba .[B]k[A]v 18 Cinética Química Onde: V é a velocidade instantâna da reação; K é a contante de velocidade [A] concentração do reagente A em mol/L [B] concentração do reagente B em mol/L a e b são os coeficientes estequiometricos ba .[B]k[A]v 19 Cinética Química A reação a seguir se processa em uma única etapa: A + 2B C Qual a velocidade desta reação quando K = 0,3 L/mol.min, [A] = 2,0 M e [B] = 3,0 M ? 20 Cinética Química Os expoentes que constam na lei de velocidade determinarão a ordem da reação. No caso da reação genérica: aA + bB cC + dD V= K.[A]a . [B]b Onde: a + b é a ordem global da reação a é a ordem da reação em relação ao reagente A b é a ordem em relação ao reagente B . 21 Cinética Química: ordem da reação. São aquelas em que a velocidade da reação é diretamente proporcional à concentração de uma única espécie, elevada à primeira potência. A P V = K.[A] 22 Cinética Química: reações de primeira ordem. São aquelas em que a velocidade da reação é diretamente proporcional à concentração de uma única espécie (não necessariamente), elevada á segunda potência, ou de duas especies elevadas à primeira potência cada uma. 2A P V = K.[A]2 A + B C V = K.[A]1.[B]1 Ordem da reação 23 Cinética Química: reações de segunda ordem. Normalmente, as reações ocorrem em mais de uma etapa, e cada uma possui a sua própria lei de velocidade. No entanto, essas etapas ocorrem com velocidades que podem ser bem diferentes. A etapa mais lenta limita a velocidade total da reação e ela acaba sendo a etapa determinante (limitante) da velocidade. 24 Cinética Química: etapa lenta da reação determina a velocidade Se uma reação ocorrer em várias etapas sua velocidade é dada pela etapa mais lenta. A + A A2 (etapa lenta) A2 + B A2B (etapa rápida) 2 A + B A2B (reação global) A velocidade desta reação será dada por: v = k . [A]2 25 Cinética Química A velocidade inicial de uma reação A + B C foi medida para várias concentrações iniciais diferentes de A e B, e os resultados são como seguem: Experimentos [A] (mol/L) [B] (mol/L) Velocidade inicial ( mol/L.s) 1 0,1 0,1 4,0x10 -5 2 0,1 0,2 4,0x10 -5 3 0,2 0,1 16x10 -5 Determine: a) A lei de velocidade para a reação b) A constante de velocidade c) A velocidade de Reação quando[ A] = 0,05 mol/L e [B]= 0,1 mol/L 26 Cinética Química Os seguintes dados foram medidos para a reação do óxido nítrico com hidrogênio: 2NO(g) +2H2(g) N2(g) +2H2O(g) Experimentos [NO] (mol/L) [H2] (mol/L) Velocidade inicial ( mol/L.s) 1 0,1 0,1 1,23x10 -3 2 0,1 0,2 2,46x10 -3 3 0,2 0,1 4,92x10 -3 Determine: a) A lei de velocidade para a reação b) A constante de velocidade c) A velocidade de Reação quando[ NO] = 0,05 mol/L e [H2]= 0,15 mol/L. 27 Cinética Química O monóxido de nitrogênio (NO) reage com hidrogênio, segundo a reação: 2NO +H2 N2O +H2O Sabendo que a reação se processa em uma única etapa, determine: a) Lei da velocidade b) Ordem da reação c) Molecularidade 28 Cinética QuímicaExpressa o número de espécies que participam como reagentes em uma etapa elementar, formando o complexo ativado. Unimolecular: Quando uma reação utiliza uma única espécie para formar o complexo ativado. Bimolecular: Quando a formação do complexo ativado envolver duas espécies (iguais ou diferentes) Trimolecular: Quando envolver três espécies. 29 Cinética Química: molecularidade Quando uma reação não é elementar, existe um modo prático para determinar ou confirmar a expressão da lei da velocidade. São realizados diversos experimentos variando a concentração de reagente e verificando a sua influencia na velocidade. Se a mudança de concentração de um reagente alterar a velocidade, este faz parte da equação de velocidade. Caso não ocorra alteração, significa que esse reagente não faz parte da equação. 30 Cinética Química: Determinação experimental da lei da velocidade Para a reação 2A+ B C + 3D foram obtidas as seguintes velocidades iniciais: (a) Escreva a equação de velocidade da reação (b) Calcule o valor da constante de velocidade (c) Calcule a velocidade de consumo de A, quando [A] = 0,100 mol/L e [B] = 0,200 mol/L. 31 Cinética Química Relação entre a concentração e o tempo “”Reações ordem zero é quando as reações não dependem da concentração de nenhum dos reagentes” 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − Δ[𝐴] Δ𝑡 A Produto 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[𝐴] 𝑘 = − Δ[𝐴] Δ𝑡 𝑘 = − 𝑑[𝐴] 𝑑𝑡 −𝑘𝑑𝑡 = 𝑑[𝐴] −𝑘න 0 𝑡 𝑑𝑡 = න 𝐴 0 𝐴 𝑡 𝑑[𝐴] −𝑘𝑡 = [𝐴]𝑡−[𝐴]0 𝐴 𝑡 = −𝑘𝑡 + [𝐴]0 𝑦 = 𝑚𝑥 +b 𝐴 𝑡 𝑡 Reação de Ordem 0 0 𝑘 = 𝑚 32 Cinética Química Unidade de k: mol/L s Relação entre a concentração e o tempo “À medida que a reação avança, a concentração dos reagentes diminui” - um outra medida que relaciona a concentração com tempo – é o TEMPO DE MEIA-VIDA “ 𝒕𝟏 𝟐 É o tempo necessário para a concentração do reagente diminuir para metade do seu valor inicial “ 𝑘𝑡 = [𝐴]0 − 𝐴 𝑡 [𝐴]𝑡= [𝐴]0/2 𝑡1 2 = [𝐴]0 2𝑘 33 Cinética Química 𝐴 𝑡 = −𝑘𝑡 + [𝐴]0 𝑘𝑡 = [𝐴]0 −[𝐴]0/2 𝑘𝑡1 2 = [𝐴]0/2 Relação entre a concentração e o tempo “A velocidade da reação é directamente proporcional a concentração de um dos reagentes” 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − Δ[𝐴] Δ𝑡 A Produto 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[𝐴] 𝑘 𝐴 = − Δ[𝐴] Δ𝑡 𝑘 𝐴 = − 𝑑[𝐴] 𝑑𝑡 −𝑘𝑑𝑡 = 𝑑[𝐴] 𝐴 −𝑘න 0 𝑡 𝑑𝑡 = න 𝐴 0 𝐴 𝑡 1 𝐴 𝑑[𝐴]] −𝑘𝑡 = ln[𝐴]𝑡 − ln[𝐴]0 ln 𝐴 𝑡 = −𝑘𝑡 + ln[𝐴]0 𝑦 = 𝑚𝑥 +b Reação de 1ª Ordem 1 𝑘 = 𝑚 34 Cinética Química: Uma representação gráfica de ln[A]t versus t é uma linha reta com inclinação -k e intercepta em ln[A]0. Unidade de k: 1/s Relação entre a concentração e o tempo “À medida que a reação avança, a concentração dos reagentes diminui” - um outra medida que relaciona a concentração com tempo – é o TEMPO DE MEIA-VIDA “ 𝒕𝟏 𝟐 É o tempo necessário para a concentração do reagente diminuir para metade do seu valor inicial “ 𝑡 = 1 𝑘 ln [𝐴]0 [𝐴]𝑡 [𝐴]𝑡= [𝐴]0/2ln A t = −kt + ln[A]0 ln 2 = 0,693 𝑡1 2 = 0,693 𝑘 35 Cinética Química 𝒕𝟏 𝟐 = 𝟏 𝒌 𝐥𝐧 𝟐[𝑨]𝟎 [𝑨]𝟎 Relação entre a concentração e o tempo Reações de segunda ordem – ”Quando a velocidade depende da concentração de um reagente ao quadrado, ou quando a soma das concentrações (x+y) é 2. 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − Δ[𝐴] Δ𝑡 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘[𝐴]2 𝑘[𝐴]2= − 𝑑[𝐴] 𝑑𝑡 −𝑘𝑑𝑡 = 𝑑[𝐴] [𝐴]2 −𝑘න 0 𝑡 𝑑𝑡 = න 𝐴 0 𝐴 𝑡 [𝐴]−2 𝑑[𝐴] 1 [𝐴]𝑡 = 𝑘𝑡 + 1 [𝐴]0 Reação de 2ª Ordem A+B Produto 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑘 𝐴 B , onde A = [B] 36 Cinética Química 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = − Δ[𝐵] Δ𝑡 Unidade de k: L /mol s 1 [𝐴]𝑡 = 𝑘𝑡 + 1 [𝐴]0 Relação entre a concentração e o tempo TEMPO DE MEIA-VIDA para reações de segunda ordem pode ser dado por: [𝐴]𝑡= [𝐴]0/2 1 [A]0/2 = kt1 2 + 1 [A]0 TEMPO DE MEIA-VIDA de uma reação de segunda ordem é inversamente proporcional à concentração inicial do reagente. 𝑡1 2 = 1 𝑘[𝐴]0 Maior numero de moléculas disponíveis para colidirem umas com as outras Tempo de meia vida é mais baixo nos instantes iniciais 37 Cinética Química Exercício: A decomposição térmica da fosfina (PH3) em fósforo e hidrogênio molecular é uma reação de primeira ordem. A meia vida da reação é 35s a 680 0C. Calcule: a) A constante de velocidade de primeira ordem para a reação; b) O tempo necessário para a decomposição de 95% da fosfina. 38 Cinética Química Cinética Química: modelo da colisão • A ideia central do modelo de colisão é de que as moléculas devem colidir para reagir; • Quanto maior o número de colisões por segundo, maior a velocidade de reação; • Para uma reação ocorrer é necessário mais do que simplesmente uma colisão; • Apenas aproximadamente uma em cada 1010 colisões produz uma reação. 39 • Fator Orientação • Para que uma reação ocorra, as moléculas dos reagentes devem colidir com a orientação correta e com energia suficiente para formar os produtos. Considere: Cl + NOCl NO + Cl2 • Existem duas maneiras possíveis para que os átomos de Cl e as moléculas de NOCl possam colidir; uma é efetiva; a outra não é. 40 Cinética Química: modelo da colisão Cinética Química: modelo da colisão Cl NOCl Cl + NOCl NO + Cl2 Cl2 NO Cl NOCl Cl NOCl 41 • Energia de Ativação • Em 1888, o químico sueco Arrhenius: as moléculas devem possuir uma quantidade mínima de energia para que elas reajam. Por quê? • Para que formem produtos, as ligações devem ser quebradas nos reagentes. • A quebra de ligação requer energia. • A energia de ativação, Ea, é a energia mínima necessária para iniciar uma reação química. 42 Cinética Química: modelo da colisão RT Ea Aek Arrhenius foi o primeiro cientista a reconhecer a dependência da constante de velocidade com a temperatura, através da expressão matemática: onde, k é a constante de velocidade; A é conhecido como “constante de Arrhenius” Ea corresponde à “energia de ativação”; R é a constante dos gases T é a temperatura absoluta. (1) 43 Cinética Química: Equação de Arrhenius A RT E k a lnln Aplicando o logaritmo natural nos dois lados da Equação (1) RT Ea Aek temos • A partir da equação acima, um gráfico de ln k versus 1/T terá uma inclinação de – Ea/R . (1) (2) 44 Cinética Química: Equação de Arrhenius • Fornece-nos um meio de determinarmos o valor da energia de ativação a partir de medições da constante de velocidade a, pelo menos, duas temperaturas diferentes, pela seguinte equação: 122 1 11ln TTR Ea k k (3) OBS.: Temperatura em kelvin 45 Cinética Química: Equação de Arrhenius • A 3000C, a constante de velocidade para uma determinada reação é 2,41x10-10 s-1. A 4000C , k é igual a 1,16x10-6 s-1. Qual o valor de Ea para esta reação? Dado R= 8,314 J/mol K Use a seguinte equação: 122 1 11ln TTR Ea k k 46 Cinética Química • Obrigado 47 Brown nona edição 14.2 14.6 14.16 14.24 14.32