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3 Semana Integradora, 3 Termo de Medicina Unoeste


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Hipótese: A demência proveniente do alcoolismo pode prejudicar diversos sistemas do
corpo humano, tais como SN, gastrointestinal e cardiovascular que resulta dificuldades na
relação familiar. 
1 - Definir memória, classificar seus tipos,
descrever seus mecanismos e teorias.
(FISIO) 
Memória é a capacidade de se adquirir,
armazenar e evocar informações. A etapa de
aquisição é a aprendizagem do mesmo modo
que a evocação é a etapa de lembrança. São
tão numerosas e diversificadas as memórias
que cada um tem armazenadas no cérebro,
que isso toma praticamente impossível a
existência de duas pessoas iguais. Assim, a
base da individualidade está na memória. O
conjunto das memórias de um indivíduo é
parte importante de sua personalidade.
Para poder discutir esses tipos de memória
vamos usar a classificação comum das
memórias que as divide em (1) memória a
curto prazo, que inclui memórias que duram
por segundos ou, no máximo, minutos se não
forem convertidas em memórias a longo
prazo; (2) memórias de prazo intermediário,
que duram por dias a semanas mas, então,
desaparecem; e (3) memória a longo prazo,
que, uma vez armazenada, pode ser
recordada até anos ou mesmo uma vida
inteira mais tarde.
Além dessa classificação geral de memórias,
também discutimos antes (em conexão com
os lobos pré-frontais), outro tipo de memória
chamada “memória de trabalho”, que inclui,
principalmente, a memória a curto prazo, que
é usada durante raciocínio intelectual, mas é
finalizada conforme cada passo do problema
for resolvido.
Memórias são frequentemente classificadas
segundo o tipo de informação que é
armazenada. Uma destas classificações
divide as memórias em memória declarativa
e memória de habilidades, como a seguir
1. Memória declarativa ou explicita significa
basicamente memória dos vários detalhes de
pensamento integrado como, por exemplo,
memória de experiência importante que inclui
(1) memória do ambiente; (2) memória das
relações temporais; (3) memória de causas
da experiência; (4) memória do significado da
experiência; e (5) memória das deduções
que ficaram na mente do indivíduo.
2. Memória de habilidades ou implicita é,
frequentemente, associada a atividades
motoras do corpo da pessoa, tais como todas
as habilidades desenvolvidas, para bater
numa bola de tênis, incluindo memórias
automáticas para (1) avistar a bola; (2)
calcular a relação e a velocidade da bola com
a raquete; e (3) deduzir rapidamente os
movimentos do corpo e dos braços e da
raquete necessários para bater na bola como
desejado — com todas essas capacidades
ativadas instantaneamente, com base na
aprendizagem anterior do jogo de tênis —
então, continua-se para o próximo lance do
jogo enquanto se esquecem os detalhes do
lance prévio.
MEMÓRIA A CURTO PRAZO
Memória a curto prazo é ilustrada pela
memória que se tem de 7 a 10 dígitos, no
número de telefone (ou 7 a 10 outros fatos
distintos), por alguns segundos, até alguns
minutos de cada vez, mas que dura somente
enquanto a pessoa continua a pensar nos
números ou nos fatos.
Muitos fisiologistas sugeriram que essa
memória a curto prazo seja causada por
atividade neural contínua, resultando de
sinais neurais que se propagam em círculos
em traço de memória temporária de circuito
de neurônios reverberantes. Ainda não foi
possível provar essa teoria. Outra explicação
possível para a memória a curto prazo é a
facilitação ou inibição pré-sináptica, o que
ocorre em sinapses que ficam em fibras
nervosas terminais, imediatamente antes que
formem sinapses com o neurônio
subsequente. As substâncias
neurotransmissoras, liberadas em tais
terminais frequentemente causam facilitação
ou inibição, que duram segundos ou até
vários minutos. Circuitos desse tipo poderiam
levar à memória a curto prazo.
Teorias mais aceitas para a memória de
curto prazo: Sinais neurais se propagam em
círculos e não envolve a expressão gênica.
Inibição pré e pós-sináptica.
MEMÓRIA DE PRAZO INTERMEDIÁRIO
As memórias de prazo intermediário podem
durar por muitos minutos ou até semanas.
Serão por fim perdidas se os traços de
memória não forem ativados o suficiente para
se tornarem mais permanentes; então, são
classificadas como memórias a longo prazo.
Experimentos em animais primitivos
mostraram que memórias do tipo de prazo
intermediário podem resultar de alterações
temporárias químicas ou físicas, ou ambas,
tanto nos terminais présinápticos quanto nas
membranas pós-sinápticas, mudanças essas
que podem persistir por alguns minutos a
várias semanas. Esses mecanismos são tão
importantes que merecem descrição
especial.
MEMÓRIA A LONGO PRAZO
Não existe uma demarcação óbvia entre as
formas mais prolongadas da memória de
prazo intermediário e a verdadeira memória a
longo prazo. Entretanto, em geral se acredita
que a memória a longo prazo resulte de
alterações estruturais reais, em vez de
somente químicas nas sinapses, e que
realcem ou suprimam a condução dos sinais.
Mais uma vez vamos lembrar experimentos
em animais primitivos (nos quais os sistemas
nervosos são muito fáceis de estudar) e que
ajudaram imensamente a compreensão de
possíveis mecanismos da memória a longo
prazo.
Referências Bibliográficas
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de
Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed.,
2017.
2 - Determinar os constituintes das
secreções pancreáticas, suas funções e
seu local de ação. (FISIO) |Parte exócrina| 
A secreção pancreática contém múltiplas
enzimas para digerir todos os três principais
grupos de alimentos: proteínas, carboidratos
e gorduras. Contém ainda grande quantidade
de íons bicarbonato que contribuem de modo
muito importante para a neutralização da
acidez do quimo transportado do estômago
para o duodeno.
As mais importantes das enzimas
pancreáticas na digestão de proteínas são a
tripsina, a quimotripsina e a
carboxipolipeptidase. A mais abundante é a
tripsina.
A tripsina e a quimotripsina hidrolisam
proteínas a peptídeos de tamanhos variados,
sem levar à liberação de aminoácidos
individuais. Entretanto, a
carboxipolipeptidase cliva alguns peptídeos,
até aminoácidos individuais, completando
assim a digestão de algumas proteínas até
aminoácidos.
A enzima pancreática para a digestão de
carboidratos é a amilase pancreática, que
hidrolisa amidos, glicogênio e outros
carboidratos (exceto celulose), para formar
principalmente dissacarídeos e alguns
trissacarídeos.
As principais enzimas para digestão das
gorduras são (1) a lipase pancreática, capaz
de hidrolisar gorduras neutras a ácidos
graxos e monoglicerídeos; (2) a colesterol
esterase, que hidrolisa ésteres de colesterol;
e (3) a fosfolipase, que cliva os ácidos graxos
dos fosfolipídios.
Quando sintetizadas nas células
pancreáticas, as enzimas digestivas
proteolíticas estão em formas enzimáticas
inativas tripsinogênio, quimotripsinogênio e
procarboxipolipeptidase. Elas são ativadas
somente após serem secretadas no trato
intestinal. O tripsinogênio é ativado pela
enzima denominada enterocinase, secretada
pela mucosa intestinal, quando o quimo entra
em contato com a mucosa. Além disso, o
tripsinogênio pode ser ativado,
autocataliticamente, pela própria tripsina já
formada. O quimotripsinogênio é ativado pela
tripsina para formar quimotripsina, e a
procarboxipolipetidase é ativada de maneira
semelhante.
Embora as enzimas do suco pancreático
sejam secretadas em sua totalidade pelos
ácinos das glândulas pancreáticas, os outros
dois componentes importantes do suco
pancreático, íons bicarbonato e água, são
secretados basicamente pelas células
epiteliais dos ductos que se originam nos
ácinos. O bicarbonado e importante pois age
deixando a secreção pancreática mais
alcalina.
SECREÇÃO DE ÍONS BICARBONATO
Enquanto as enzimas do suco pancreático
sejam secretadas pelos ácinos, íons
bicarbonato e água são secretados
basicamente pelas células epiteliais dos
ductos, que se originam nos ácinos. Com
efeito,a secreção de íons bicarbonato pelo
pâncreas estabelece o pH apropriado para a
ação das enzimas digestivas pancreáticas,
que atuam em meio ligeiramente alcalino ou
neutro no pH de 7,0 a 8,0. Ò OBS: quando o
pâncreas é estimulado a secretar quantidade
abundante de suco pancreático, a
concentração dos íons bicarbonato pode
chegar a 145 mEq/L, valor cinco vezes maior
que a concentração do íon no plasma. A
secreção de íons bicarbonato é estimulada
pela secretina, presente em forma inativa
(pró-secretina) nas chamadas células S, na
mucosa do duodeno e do jejuno. As etapas
do básicas do mecanismo celular da
secreção dos íons bicarbonato nos ductos
pancreáticos são, basicamente, os seguintes:
1. O CO2 se difunde para as células a partir
do sangue e, sob influência da anidrase
carbônica, combina-se com a água,
formando ácido carbônico. O H2CO3, por
sua vez, dissocia-ce em íons bicarbonato e
hidrogênio (HCO3 - e H+ ).
2. O movimento global de íons sódio e
bicarbonato do sangue para o lúmen do
ducto cria gradiente de pressão osmótica que
causa fluxo de água também para o ducto
pancreático, formando, assim, solução de
bicarbonato quase isosmótica, a ser liberada
sob determinados estímulos.
Com efeito, quando o quimo ácido com pH
menor que 4,5 a 5,0 entra no duodeno vindo
do estômago, causa liberação de secretina
pela mucosa duodenal para o sangue e a
secretina, por sua vez, faz com que o
pâncreas secrete grandes quantidades de
líquido contendo íons bicarbonato. O
resultado final, no duodeno, é a seguinte
reação:
O ácido carbônico imediatamente se dissocia
em dióxido de carbono e água, enquanto o
dióxido de carbono é transferido para o
sangue e expirado pelos pulmões, deixando,
assim, solução neutra de cloreto de sódio no
duodeno. Dessa forma, o conteúdo ácido
vindo do estômago é prontamente
neutralizado, de maneira que a atividade
digestiva peptídica, adicional pelos sucos
gástricos no duodeno, é imediatamente
bloqueada. Ò OBS: como a mucosa do
intestino delgado não tem proteção contra a
ação do suco gástrico ácido, o mecanismo de
neutralização do ácido é essencial para evitar
o desenvolvimento de úlceras duodenais.
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO
PANCREÁTICA
Três estímulos básicos são importantes na
secreção pancreática:
1. Acetilcolina (ACh): liberada pelas
terminações do n. vago parassimpático e por
outros nervos colinérgicos para o sistema
nervoso entérico.
2. Colecistocinina (CCK): hormônio secretado
pelas células I da mucosa duodenal e do
jejuno superior, quando o alimento entra no
intestino delgado. Produz efeito semelhante
ao causado pela estimulação vagal, porém
mais pronunciado, respondendo por 70% a
80% da secreção total das enzimas
digestivas após refeição.
3. Secretina: hormônio também secretado
pelas células S das mucosas duodenal e
jejunal, quando alimentos muito ácidos
entram no intestino delgado. Conforme
mencionado, estimula a secreção de
bicarbonato de sódio, pelas células ductais e
centroacinares, para neutralizar o conteúdo
ácido proveniente do estômago.
Os dois primeiros desses estímulos, ACh e
CCK, estimulam as células acinares do
pâncreas, levando à produção de grande
quantidade de enzimas digestivas
pancreáticas, mas quantidades relativamente
pequenas de água e eletrólitos vão com as
enzimas. Sem a água, a maior parte das
enzimas se mantém temporariamente
armazenada nos ácinos e nos ductos até que
sejam lavadas por uma secreção mais fluida
que as carregue até o duodeno. A secretina,
em contrapartida, estimula a secreção de
grandes volumes de solução aquosa de
bicarbonato de sódio pelo ducto pancreático.
Efeitos multiplicativos: a secreção
pancreática normalmente resulta de efeitos
combinados de múltiplos estímulos básicos,
e não apenas de um só.
Referências Bibliográficas
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de
Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed.,
2017.
3 - Explicar o controle da produção e
secreção pancreática. (FISIO) 
Estímulos Básicos que Causam Secreção
Pancreática
Três estímulos básicos são importantes na
secreção pancreática:
1. Acetilcolina, liberada pelas terminações do
nervo vago parassimpático e por outros
nervos colinérgicos para o sistema nervoso
entérico.
2. Colecistocinina, secretada pela mucosa
duodenal e do jejuno superior, quando o
alimento entra no intestino delgado.
3. Secretina, também secretada pelas
mucosas duodenal e jejunal, quando
alimentos muito ácidos entram no intestino
delgado.
Os dois primeiros desses estímulos,
acetilcolina e colecistocinina, estimulam as
células acinares do pâncreas, levando à
produção de grande quantidade de enzimas
digestivas pancreáticas, mas quantidades
relativamente pequenas de água e eletrólitos
vão com as enzimas. Sem a água, a maior
parte das enzimas se mantém
temporariamente armazenada nos ácinos e
nos ductos até que uma secreção mais fluida
apareça para lavá-las dentro do duodeno. A
secretina, em contrapartida, estimula a
secreção de grandes volumes de solução
aquosa de bicarbonato de sódio pelo epitélio
do ducto pancreático.
Efeitos Multiplicativos de Diferentes
Estímulos. Quando todos os diferentes
estímulos da secreção pancreática agem ao
mesmo tempo, a secreção total é bem maior
do que a soma das secreções ocasionadas
por cada um deles, separadamente. Por isso,
considera-se que os diversos estímulos
“multiplicam” ou “potencializam” uns aos
outros. Desse modo, a secreção pancreática
normalmente resulta de efeitos combinados
de múltiplos estímulos básicos, e não apenas
de um só.
Fases da Secreção Pancreática
A secreção pancreática, semelhante à
secreção gástrica, ocorre em três fases:
cefálica, gástrica e intestinal. Suas
características são descritas nas seções
seguintes.
Fases Cefálica e Gástrica. Durante a fase
cefálica da secreção pancreática, os mesmos
sinais nervosos do cérebro que causam a
secreção do estômago também provocam
liberação de acetilcolina pelos terminais do
nervo vago no pâncreas. Essa sinalização
faz com que quantidade moderada de
enzimas seja secretada nos ácinos
pancreáticos, respondendo por cerca de 20%
da secreção total de enzimas pancreáticas,
após refeição. Entretanto, pouco da secreção
flui imediatamente pelos ductos pancreáticos
para o intestino, porque somente quantidade
pequena de água e eletrólitos é secretada
com as enzimas.
Durante a fase gástrica, a estimulação
nervosa da secreção enzimática prossegue,
representando outros 5% a 10% das enzimas
pancreáticas secretadas após refeição. No
entanto, mais uma vez, somente pequena
quantidade chega ao duodeno devido à falta
continuada de secreção significativa de
líquido.
Fase Intestinal. Depois que o quimo deixa o
estômago e entra no intestino delgado, a
secreção pancreática fica abundante,
basicamente, em resposta ao hormônio
secretina.
Referências Bibliográficas
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de
Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed.,
2017.
4 - Descrever anatomicamente o sistema
límbico (componentes, relação e função).
(ANATO)
Esse sistema se relaciona às emoções e à
memória. Além disso, o sistema límbico tem
importante controle sobre o SNA, aí se
entende o porquê de as emoções
provocarem manifestações fisiológicas. 
 
Componentes desse sistema são a circuito
de Papez, amígdala e área septal.
Circuito de Papez 
Na face medial de cada hemisfério cerebral
existe um anel formado pelo giro do
cíngulo, giro parahipocampal e
hipocampo, esse anel recebe o nome de
Lobo Límbico. Depois de muitos estudos,
percebeu-se que o lobo límbico atua junto de
outras estruturas do SNC, e que juntos eles
constituem um circuito fechado chamado de
Circuito de Papez.
O Circuito de Papez envolve o hipocampo,
fórnix, corpo mamilar, trato mamilotalâmico,
núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna
e lobo límbico (giro do cíngulo, giro
parahipocampal e hipocampo, em sequência)
*Hipocampo aparece duas vezes para que o
circuito se feche
O Circuito,associado à amigdala e à área septal formam o Sistema Límbico. O Sistema Límbico é
o sistema responsável pelas emoções e pela memória. Com exceção da parte anterior do giro do
cíngulo, todo o Circuito de Papez está envolvido com a memória apenas, não com as emoções. O
restante do Sistema Límbico se relaciona com as emoções, sendo que a amigdala é considerada
a estrutura central do Sistema.
Com base nisso, se divide o sistema límbico
em duas porções seguindo suas funções,
uma porção relacionada às emoções e outra
relacionada à memória (será descrita na
outra questão). A porção relacionada às
emoções envolve o córtex cingular anterior,
córtex insular anterior, córtex préfrontal
orbitofrontal, hipotálamo, área septal, núcleo
Accumbens, habênula e amígdala.
Córtex Cingular Anterior
Sendo a parte anterior do córtex do giro do
cíngulo, é a única parte desse giro
relacionada ao processamento de emoções.
Quando resgatamos a lembrança de alguma
emoção que já vivemos, esse córtex é
ativado. Em pacientes com depressão
crônica há uma atrofia desse córtex.
Córtex Insular Anterior
A parte anterior da ínsula, separada da
posterior pelo sulco central da ínsula,
apresenta um córtex de associação
importante que se relaciona à empatia (se
sensibilizar com o estado emocional de
outras pessoas), conhecimento da própria
fisionomia, sensação de nojo e percepção
dos componentes subjetivos das emoções, o
que permite ao indivíduo realmente sentir as
emoções.
*Pela relação com a empatia, existem
estudos que relacionam lesões insulares à
psicopatia.
Córtex Pré-frontal Orbitofrontal
Essa área terciária se conecta com o corpo
estriado e núcleo dorsomedial do tálamo
formando um circuito. Essa é a área ventral
do lobo frontal e ela engloba os giros
orbitários
Esta área está envolvida com a supressão de
comportamentos socialmente indesejáveis
além da manutenção da atenção. Lesões
nessa área fazem com que o paciente deixe
de reagir a diversas situações.
Hipotálamo
É a estrutura responsável por regular os
processos emocionais, como a raiva e o
medo. É a principal estrutura na coordenação
das manifestações periféricas das emoções
graças as suas conexões com o SNA.
Área Septal
Localizada logo abaixo da parte mais anterior
do corpo caloso, é anterior à lâmina terminal
e à comissura anterior. Essa área abriga os
núcleos septais e ela se conecta com várias
estruturas, como a amígdala, hipocampo,
tálamo, giro do cíngulo, hipotálamo e
formação reticular. Ela ainda recebe fibras da
área tegmentar ventral, o que torna ela parte
do sistema de recompensa/ prazer do
cérebro. Essa área é importante para o
direcionamento da raiva e ela pode alterar a
PA e o ritmo respiratório também.
Núcleo Accumbens
Localizado entre o núcleo caudado e
putâmen, recebe fibras da área tegmentar
ventral do mesencéfalo e envia fibras para a
parte orbitofrontal da área pré-frontal. Ele é a
principal estrutura do sistema de
recompensa/ prazer do cérebro.
Habênula
Se encontra no trígono das habênulas do
epitálamo, lateral à pineal. Ela é formada
pelos núcleos habenulares, sendo que o
núcleo medial recebe fibras dos núcleos
septais (por meio da estria medular do
tálamo) e envia fibras para o mesencéfalo e
para as estruturas do sistema de
recompensa do cérebro. Além disso, ela se
conecta com os núcleos da Rafe.
Todas essas conexões tornam a habênula
responsável por regular os níveis de
dopamina (ela inibe neurônios e diminui os
níveis quando necessário) nos neurônios do
sistema de recompensa do cérebro. Essa
estrutura está muito relacionada com o
sentimento de frustração/ nãorecompensa.
Amígdala
Ou corpo/ complexo amigdaloide, é o
componente mais importante do sistema
límbico. Ela abriga 12 núcleos divididos em 3
grupos, corticomedial, basolateral e central.
O corticomedial tem conexões olfatórias e se
relaciona a comportamentos sexuais, o
basolateral é o que recebe a maior parte das
vias aferentes e do central partem todas as
eferentes. A amigdala se conecta com todas
as áreas de associação secundárias do
cérebro, se conecta com o hipotálamo,
tálamo, área septal e núcleo do trato solitário.
Por meio de suas vias eferentes a amígdala
consegue enviar comandos para o tronco
encefálico, o que dá a ela o comando de
funções viscerais importantes.
Funções da Amígdala
A amigada é a principal estrutura no
processamento de emoções e
desencadeamento dos comportamentos
emocionais. Ela produz as reações de fuga,
defesa e agressão. Tem importante papel em
comportamentos sexuais, no reconhecimento
de expressões faciais de medo e alegria, e
sua principal função é o processamento do
medo. O medo é a reação de alerta frente um
perigo. Ele envolve uma ativação simpática e
vai preparar o organismo para fuga ou
enfrentamento do perigo. A associação de
um som ou uma imagem com um perigo é
feita na amigdala e a resposta a esse perigo
também parte dela.
Sistema de Recompensa
As áreas que quando são estimuladas
causam prazer compreendem o sistema de
recompensa, também chamado de sistema
dopaminérgico mesolímbico. Esse sistema
compreende neurônios da área tegmentar
ventral do mesencéfalo, feixe prosencefálico
medial, área septal, núcleo Accumbens, e
córtex pré-frontal orbitofrontal.
Esse sistema presenteia o indivíduo com a
sensação de prazer quando ele realiza um
comportamento importante para
sobrevivência ou vive alguma situação de
alegria, vitória, conquistas, etc. Drogas como
a heroína e o crack estimulam esse sistema,
por isso dão prazer. Como a estimulação é
exagerada, os neurônios vão perdendo a
sensibilidade e aí surge a dependência, pois
será preciso doses cada vez mais altas para
provocar prazer.
De maneia geral: Áreas Telencefálicas Relacionadas a Memória:
❖ Hipocampo – estrutura profunda encontrada no lobo temporal que forma o assoalho do III
ventrículo – recebe várias aferências de áreas neocorticais – se projeta para os corpos
mamilares pelo fórnice Responsável pela Consolidação de Memória de Curta e Longa
Duração (não é o local de armazenamento, apenas consolidação) + Memória Topográfica
❖ Giro do Cíngulo
Córtex Cingular Posterior (próxima do esplênio do corpo caloso) – recebe aferências
dos núcleos anteriores do tálamo por meio da cápsula interna Responsável pela
Evocação da Memória Topográfica Lesão provoca desorientação e incapacidade de
memorizar caminhos novos
Córtex Cingular Anterior (próxima do joelho do corpo caloso) Maior relação com a
parte emocional – principalmente, tristeza Na depressão = adelgadamento do córtex
❖ Área Pré-Frontal Dorsolateral – anterior a áreas relacionadas a motricidade
Responsável pelo Planejamento e Execução de Estratégias Comportamentais + Avaliação
de Situações (Solução de Problemas) + Memória Operacional (decorar coisas para uso
imediato e esquecimento logo depois)
❖ Ínsula – Córtex Insular Anterior Responsável por emoções como a Empatia e Nojo +
Reconhecimento da Própria Fisionomia
❖ Giros Orbitários – Córtex Pré Frontal Orbitofrontal Responsável pelo Comportamento
Adequado (Supressão do Comportamento Indesejado) + Atenção Lesão Tamponamento
Psíquico (não há reação de tristeza/alegria)
❖ Áreas de Associação – áreas secundárias e terciárias – diferentes tipos de conhecimentos
– interação com o hipocampo Responsáveis pelo Armazenamento de Memórias de
Longa Duração
❖ Hipotálamo – envolvido em várias funções do SNC (regulação do SNA, conexão das infos)
Responsável pela Regulação Periférica Relacionada às Emoções + Motivação
❖ Área Septal – localizada inferior ao rostro do corpo caloso e anterior à comissura anterior e
lâmina terminal Responsável pelo Prazer (Centro do Prazer – Sistema de
Recompensa/Prazer ou Mesolímbico)
❖ Núcleo Accumbens – núcleo da base – localizado entre o putamen e o núcleo caudado –
principal componente do Mesolímbico Responsável pelo Prazer
❖ Habênulas – superior a glândula pineal Sistema de Não Recompensa
❖ Amígdala – profundo ao lobo temporal (uncus) – relaciona-secom a cauda do núcleo
caudado – aglomerado de núcleos Principal responsável pelo Processamento das
Emoções + Medo + Raiva + Hiperssexualidade Lesão = perda do medo e
hiperssexualização
Referências Bibliográficas
MACHADO, A. Neuroanatomia funcional, 3ª.edição.Atheneu. São Paulo, 2013.
5 - Relacionar anatomicamente a memória
aos componentes do sistema límbico.
(ANATO) 
Memória
A memória é a capacidade de adquirir,
armazenar e evocar informações. Adquirimos
informações pelo aprendizado e evocamos
elas pelas lembranças. O conjunto de
memórias é um importante determinante da
personalidade de cada um. Existem vários
critérios para definir os tipos de memória,
sendo que o mais importante é com relação a
natureza da memória. Existe a memória
declarativa onde se tem um conhecimento
que pode ser descrito em palavras, e a
memória de procedimento em que não é
possível descrever a informação de maneira
consciente. Um subtipo de memória de
procedimento é a memória motora, que é a
memória relacionada ao aprendizado da
sequência de movimentos que permitem que
realizemos determinadas atividades, como
nadar.
As áreas cerebrais relacionadas à memória
declarativa pertencem tanto ao telencéfalo
quanto ao diencéfalo. As áreas das duas
porções são unidas pelo fórnix, que une o
hipocampo com o corpo mamilar do
hipotálamo.
*Na porção medial do lobo temporal
percebe-se o hipocampo, giro denteado,
córtex entorrinal e córtex parahipocampal.
Os principais subtipos da memória
declarativa, que são definidos segundo o
tempo que a memória permanece
armazenada, são a memória operacional,
memória de curta duração e memória de
longa duração.
Memória Operacional
É a memória que retém informações por
segundos ou minutos apenas para dar
sequência a uma linha de raciocínio,
responder uma pergunta, memorizar uma
frase para compreender a frase seguinte e
também memorizar um número de telefone
apenas durante o tempo necessário para
discar ele.
Esse tipo de memória é organizado pelo
córtex pré-frontal, o qual seleciona qual
informação deve ser armazenada e qual não.
Esse córtex tem acesso às áreas onde estão
armazenadas as memórias de curta duração
e longa duração. Esse acesso é importante
para ele identificar se a informação já foi
armazenada alguma vez ou não e se ela é
relevante ao ponto de ser armazenada. Com
isso, conclui-se que o córtex pré-frontal é um
gerenciador de memórias que determina o
que deve ser guardado e o que pode ser
esquecido.
*O Alzheimer começa com déficits de
memória operacional
Memórias de Curta e Longa Duração
A memória de curta duração permite guardar
informações por horas (de 3 a 6 geralmente)
até que sejam armazenadas na forma mais
duradoura em áreas de memória de longa
duração.
O tempo que a memória de curta duração
fica guardada é o tempo que leva para se
consolidar a memória de longa duração, a
qual é dependente de mecanismos
complexos que levam horas para
acontecerem.
Com isso, percebe-se que a memória de
curta duração que exige mecanismos simples
para ser processada é importante para
manter a memória viva enquanto se processa
a memória de longa duração para o
armazenamento.
Hipocampo
É uma eminência alongada e curva que se
encontra no assoalho do corno inferior do
ventrículo lateral, logo acima do giro
parahipocampal. O hipocampo recebe vias
aferentes pelo córtex entorrinal e envia vias
eferentes aos corpos mamilares do
hipotálamo pelo fórnix. O hipocampo ainda
recebe fibras da amigdala, núcleo
Accumbens e área tegmentar ventral.
O hipocampo é responsável por reter
informações que formam a memória recente
para consolidar a memória de longa duração
e a armazena no córtex cerebral de acordo
com seu conteúdo. O grau de consolidação
pelo hipocampo é regulado pela amígdala.
Quando a memória é associada a um
momento de grande impacto emocional, a
consolidação é maior.
*Note que a memória de longa duração NÃO
é armazenada no hipocampo, por isso
quando ele é removido cirurgicamente ela
não é perdida.
Além disso, o hipocampo ainda é
responsável por armazenar a memória
espacial, que nos permite nos localizar em
locais que já passamos e ainda criar rotas
para lugares que já conhecemos. Esse tipo
de memória é como um mapa.
*Como no Alzheimer tem um grande
comprometimento do hipocampo o paciente
geralmente perde sua orientação espacial
Giro Denteado
É o giro que fica entre o córtex entorrinal e o
hipocampo, que é contínuo lateralmente com
esse giro. Ao se conectar com o córtex
entorrinal e o hipocampo, constitui a
formação do hipocampo. Esse giro dá a
dimensão temporal das memórias
Córtex Entorrinal
Anterior ao giro parahipocampal, recebe
fibras do fórnix e envia fibras ao giro
denteado que está ligado ao hipocampo. A
função desse córtex é atuar como uma porta
de entrada para o hipocampo pois as
conexões que o hipocampo faz são, em sua
maioria, intermediadas por esse córtex. Com
isso, lesões nesse córtex resultam em déficit
de memória e ele geralmente é a primeira
área afetada pelo Alzheimer.
Córtex Parahipocampal
Sendo contínuo com o córtex cingular
posterior, se encontra posteriormente no giro
parahipocampal. Esse córtex participa da
formação de memórias visuais de locais
novos. O armazenamento dessas memórias
é feito em outro local. Córtex Cingular
Posterior É o local que recebe fibras dos
núcleos anteriores do tálamo, os quais
recebem fibras, através do trato
mamilotalâmico, do corpo mamilar, o que
permite a integração do circuito de Papez.
Esse córtex participa da evocação e
armazenamento da memória topográfica.
Lesões no cíngulo e nos núcleos anteriores
do tálamo causam amnésia, além disso,
lesões no cíngulo causam desorientação e
esquecimento de caminhos já aprendidos
Área Pré-frontal Dorsolateral
É a área integrada com o corpo estriado, sua
função é planejar e executar estratégias
comportamentais diante de cada situação
física e social que o indivíduo se encontra.
Essa área ainda permite avaliar as
consequências de ações, o que torna
possível planejar e organizar ações e
soluções de problemas. Essa área ainda é
responsável pela memória operacional
Áreas de Associação do Neocórtex
Nessas áreas são armazenadas as
memórias de longa duração. Estão incluídas
aqui áreas secundárias sensitivas e motoras,
além de áreas supramodais. Diferentes tipos
de informações são armazenados em
diferentes áreas de associação.
Áreas do Diencéfalo Relacionadas à
Memória
As estruturas do diencéfalo que se
relacionam com a memória são os corpos
mamilares do hipotálamo que recebem, por
intermédio do fórnix, fibras dos córtex
entorrinal e do hipocampo. Através do trato
mamilotalâmico projetam fibras ao tálamo
que se projeta para o córtex cingular
posterior. Todas essas estruturas constituem
o circuito de Papez.
Formação das Memórias
As memórias se formam a partir de sinapses.
As memórias operacionais se formam a partir
de uma excitação de dendritos presentes na
área pré-frontal que não dura muito tempo.
Nas memórias de longa duração acontecem
várias reações bioquímicas e cascatas de
segundos mensageiros que no final ativam
genes que permitem a transcrição de
proteínas que serão usadas para formação
de novas sinapses. Com o tempo o número
das sinapses pode diminuir, o que caracteriza
o esquecimento.
Inserções do Cenário
No cenário serão abordadas áreas do SNC
relacionadas à emoção e à memória. Essas
áreas geram estímulos sensoriais e
percorrem 3 estações.
Primeira Estação
As emoções percorrem um circuito de 3
estações, a primeira estação envolve áreas
terciárias (como a área préfrontal), límbicas e
secundárias (são as áreas responsáveis
pelos sentidos, como a área da visão, da
audição, etc.) sensitivas, essa estação se
conecta com a segunda por conexões
extrínsecas aferentes. *A primeira estação é
responsável por gerar e armazenar
informações
Segunda Estação (Circuito de Papez)
A segunda estação compreende o circuito de
Papez,somente voltado a emoções, que
possui uma conexão intrínseca entre seus
componentes. A segunda estação se conecta
com a terceira por uma conexão extrínseca
eferente.
A informação chega da estação 1 no giro
parahipocampal, segue para o hipocampo e,
por meio do fórnix, chega no corpo mamilar.
A partir dele, graças ao fascículo
mamilotalâmico, a informação chega no
núcleo anterior do tálamo, de onde segue
pela cápsula interna até o giro do cíngulo,
giro parahipocampal e hipocampo
novamente.
*O olfato é transmitido do uncus para o giro
parahipocampal.
Conexões Extrínsecas Eferentes
Existem 4 conexões extrínsecas eferentes: O
feixe prosencefálico medial começa na área
septal, passa pelo hipotálamo e termina na
formação reticular. O fascículo
mamilo-tegmentar segue do corpo mamilar
até a formação reticular a nível de tegmento.
O fascículo retroflexo leva informações do
trígono das habênulas até o núcleo
interpeduncular e, em seguida, até a
formação reticular. A estria medular do
tálamo começa na área septal, ascende para
a área mais superior do tálamo e termina no
epitálamo, especificamente nos núcleos
habenulares.
Terceira Estação
Por fim, a terceira estação é a formação
reticular presente principalmente no
mesencéfalo, que é importante para a
expressão das emoções. Essa efetuação
acontece porque o trato corticoespinal passa
pelo tronco, com isso a formação reticular
envia fibras para ele para conseguir
expressar as emoções. Além disso, no tronco
existem os núcleos dos nervos cranianos e
importantes centros vitais do organismo, com
isso, a formação reticular consegue estimular
essas estruturas e expressar as emoções. A
terceira estação ainda compreende a área
septal, hipotálamo, tálamo e epitálamo
*A conexão extrínseca eferente é uma via de
mão dupla, pois além de receber sinais da
segunda estação ainda envia sinais para ela
(essa via de feedback é chamada de via
mesolímbica)
Componentes das Emoções
As emoções possuem um componente
central (envolve estações 1 e 2) e um
componente periférico (envolve estação 3). O
componente central é responsável por gerar
a informação sensorial subjetiva das
emoções e comportamentos, já o
componente periférico é importante para
expressar as emoções tanto na musculatura
da face quanto das vísceras.
As manifestações fisiológicas são mediadas
pelo SNA, que, por ter centros de controle no
hipotálamo, será estimulado diante de
determinadas emoções. Como ele controla
glândulas, músculo liso e músculo cardíaco,
teremos diversas manifestações fisiológicas
provocadas por emoções, como a taquicardia
e o frio na barriga.
Além dos centros de controle do SNA,
existem áreas motivacionais no hipotálamo,
como os centros de controle da sede, medo,
fome, sono e sexo. Essas áreas serão
estimuladas diante de determinadas
emoções.
Áreas encefálicas relacionadas às
emoções
Tendo conhecimento dos componentes das
emoções, é importante conhecer agora as
áreas encefálicas relacionadas às emoções,
que são a área pré-frontal, tálamo,
hipotálamo, tronco encefálico e o sistema
límbico.
A área pré-frontal é o local de
armazenamento de lembranças, isto é, da
memória remota. Quando lembramos de
algo, essa memória parte da primeira
estação onde está armazenada e se
encaminha para a segunda estação onde
temos consciência dela e sentimos ela.
Quando a lembrança é emocionante, ela
parte da segunda estação para a terceira
estação, onde provoca manifestações
fisiológicas.
A área pré-frontal é uma área terciário que
representa o local da gênese das emoções,
também é área da concentração,
aprendizado, memorização e controle de
comportamentos. Quanto ao tálamo,
somente seu núcleo anterior se relaciona as
emoções, e ele é responsável por controlar o
componente emocional. Quanto ao
hipotálamo, suas estruturas relacionadas às
emoções são os núcleos das paredes laterais
(os núcleos das paredes mediais são aqueles
relacionados ao SNA e às áreas
motivacionais) e o corpo mamilar.
Quanto ao tronco encefálico, para entender
suas funções relacionadas às emoções
deve-se lembrar que ele é o local onde se
encontram os núcleos dos nervos cranianos,
o centro respiratório e vasomotor. Por isso,
ele exerce importante influência na
expressão das emoções.
Componentes do s. límbico
Os componentes corticais são o giro do
cíngulo, giro parahipocampal e o hipocampo.
Os componentes subcorticais são o corpo
amigdaloide, área septal, núcleos mamilares,
núcleos anteriores do tálamo e núcleos
habenulares.
Memória
Memória recente é mantida por pouco tempo
no hipocampo, quando ele é lesado o
paciente apresenta amnésia anterógrada. A
memória remota retém informações por mais
tempo em áreas de associação terciárias,
quando lesadas provocam amnésia
retrógrada.
Lesões no s. límbico
As lesões no s. límbico provocam
agressividade, agnosia visual, hiperatividade
sexual, alterações nos comportamentos
alimentares, medo, raiva, depressão,
ansiedade e amnésia.
Referências Bibliográficas
MACHADO, A. Neuroanatomia funcional,
3ª.edição.Atheneu. São Paulo, 2013.
6 - Identificar a classe, mecanismo de
ação, interferência no sistema nervoso
autônomo simpático e contraindicações
do atenolol. (FARMACO) 
Vias de Administração: Oral
Princípio Ativo: Atenolol
Forma Farmacêutica: Comprimido
Classe: betabloqueador
Grupo Farmacológico: Betabloqueadores
Beta-1 seletivos.
Mecanismo de Ação: O Atenolol é um
bloqueador Beta-1 Seletivo, isto é, age
preferencialmente sobre receptores Beta-1
do coração e tem a seletividade diminuída
com o aumento da dose. Esse fármaco tem
ação inotrópica negativa (diminuição da força
de contração do coração), podendo reduzir a
frequência cardíaca também (efeito
cronotrópico negativo). Com esses efeitos, o
Atenolol vai promover a redução da PA pois,
ao diminuir a FC, se diminui o débito
cardíaco, e ao diminuir a força de contração
do coração está diminuindo o volume
sistólico, ambas sendo variáveis que
determinam a PA.
O Atenolol começa a ter uma ação
significativa dentro de 1 hora após sua
administração por via oral, atingindo seu
efeito máximo em 2 a 4 horas. Esse efeito é
mantido por no mínimo 24 horas.
As drogas antiadrenérgicas, também
chamadas de simpatolíticas, são aquelas que
antagonizam os efeitos da estimulação
simpática por bloquearem os receptores
adrenérgicos. Existem, então, antagonistas
de receptores Alfa-adrenérgicos e
antagonistas de receptores
Beta-adrenérgicos, ambos podendo ser
seletivos ou não. Dentre os antagonistas
Alfa-adrenérgicos, o principal grupo é o de
antagonistas Alfa-1 seletivos. Entretanto,
devido ao medicamento em especifico agir
em receptores Beta será essa classe que
ganhara destaque nesse momento.
*É importante revisar a ação de cada
receptor para entender melhor o efeito dos
antagonistas
Betabloqueadores
TODOS bloqueiam receptores B1. Essas
drogas causam efeito inotrópico negativo e
efeito cronotrópico negativo no coração, já
nos rins eles diminuem a secreção de renina,
o que no final de tudo diminui a formação de
angiotensina I I e diminui a PA.
Betabloqueadores são divididos em 3
gerações.
Os betabloqueadores são usados no
tratamento de HAS, arritmias e insuficiência
cardíaca. A grande importância dos
betabloqueadores na HAS está nos seus
efeitos no coração e rins. Na arritmia o
betabloqueador, geralmente de segunda
geração pela sua seletividade (e por não
interferirem na resistência vascular), é
importante pelo seu efeito cronotrópico
negativo. Por fim, na insuficiência cardíaca o
efeito dos betabloqueadores é importante,
porém não é o momento de compreender
como.
Primeira Geração
A primeira geração de betabloqueadores
compreende Antagonistas Beta
Não-Seletivos, com isso eles bloqueiam
receptores B1 e B2. O principal
representante é o Propranolol.
Segunda Geração
A segunda geração de betabloqueadores se
refere a Antagonistas Beta-1 Seletivos,
sendo os principais exemplos o Atenolol,Bisoprolol e Metoprolol.
Terceira Geração
A terceira geração de betabloqueadores é
formada por Antagonistas Beta que
provocam vasodilatação adicional, os
principais exemplos são o Nebivolol (Beta-1
seletivo) e o Carvedilol. O Nebivolol além de
bloquear os receptores B1 ainda estimula a
liberação de óxido nítrico (provoca
vasodilatação adicional). O Carvedilol, além
de bloquear receptores B1 e B2 ainda
bloqueia receptores A1 de vasos,
promovendo vasodilatação adicional.
Contraindicações
Não é recomendado o uso de
betabloqueadores nãoseletivos (ou seletivos
em grandes quantidades) em pacientes com
asma ou DPOC pela presença de receptores
Beta-2 no m. liso brônquico, ao bloquear
esses receptores se provoca uma
broncoconstrição e uma piora das doenças
respiratórias. Além disso, deve-se atentar a
pacientes com bradicardia grave (FC < 50
bpm) pois todos os betabloqueadores agem
nos receptores Beta-1 do coração
promovendo efeito cronotrópico negativo.
Considerações Adicionais
●Os betabloqueadores de primeira e
segunda geração podem alterar o perfil
lipídico (principalmente de triglicerídeos) do
paciente e elevar os níveis de glicose
sanguínea. Mesmo assim, eles não são
contraindicados para dislipidêmicos e
diabéticos, eles exigem apenas cautela.
●Todos os betabloqueadores, com exceção
do Atenolol, podem ser usados por gravidas
hipertensas. O Atenolol não pode por ele
retardar o crescimento fetal
●Atualmente não se usa tanto os
betabloqueadores de primeira geração por
não terem seletividade. Eles são usados
mais para tremores (receptores B2 nos m. e
enxaquecas (sem explicação farmacológica).
Referências Bibliográficas
FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia –.
Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2010.
7 - Relacionar alcoolismo e sistema
cardiovascular. (PPM) 
As doenças cardiovasculares representam
um grande problema a ser enfrentado no
atual cotidiano da saúde coletiva.
No sistema cardiovascular, o consumo
elevado e frequente de álcool está associado
ao aumento da pressão arterial,
desregulação de lípideos e triglicérides e
maior risco de infarto do miocárdio e doenças
cerebrovasculares. O álcool também eleva a
freqüência cardíaca de consumidores
eventuais, aumentando o desgaste cardíaco
em repouso e o consumo energético pelo
miocárdio.
Estudos apontam uma redução média de 3,3
mmHg (2,5-4,1 mmHg) na pressão sistólica e
2,0 mmHg (1,5-2,6 mmHg) na diastólica com
a redução do consumo de etanol.
O alcoolismo pode induzir muitos efeitos
cardiovasculares. Os principais são o
desencadeamento da crise hipertensiva, a
depressão da contratilidade miocárdica e a
indução de arritmias, com possibilidade de
morte súbita.
Referências Bibliográficas
SOUZA, A; FERNANDO F; CAVALCANTE
DE ABREU, D, N et al; Pessoas em
recuperação do alcoolismo: avaliação dos
fatores de risco cardiovasculares. Disponível
em:
<https://www.redalyc.org/pdf/803/803130600
04.pdf>. Acesso em: 04 ago 2021.
ZAMBRANO, J. E. C; JARAMILLO P. A. V;
LINO, V, E R; Risco cardiovascular
relacionado ao consumo de álcool.
Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbepid/a/jwxgvvN4rV
MTmBvYhxRhvWc/?lang=pt>. Acesso em: 04
ago 2021.
8 - Descrever o procedimento de imobilização provisória do membro inferior. (PPM) 
SEQUENCIA DE PROCEDIMENTOS:
1) ANÁLISE PRIMÁRIA (AVALIAÇÃO PRIMÁRIA)
A avaliação primária começa com uma visão geral simultânea ou global da condição dos sistemas
respiratório, circulatório e neurológico do doente para identificar problemas que podem ameaçar a
vida do paciente.
1.1) Iniciamos com a segurança da cena, para vítima e para os socorristas. Só podemos mover
um paciente de trauma, se o local estiver colocando em risco, tanto a vítima como os
socorristas. Desta forma o local deve estar seguro, livre de possíveis riscos (Carro
pegando fogo, local com gases tóxicos, parede desabando etc).
1.2) Os socorristas de APH (Atendimento Pre Hospitalar) devem sempre estarem usando os
EPIs) Equipamento de Proteção Individual) luvas, óculos, mascaras etc.
1.3) Verificar a cinemática do trauma (queda de moto, acidente de carro, queda da escada etc.)
1.4) Acionar a equipe de socorro, (resgate, SAMU, etc.
2) NÍVEL DE CONSCIENCIA – RESPONSIVIDADE.
2.1 Aproximar do paciente sempre que possível do lado que o rosto da vítima estiver voltado,
evitando assim que mesma movimenta a cabeça.
2.2 Estabilizar manualmente a cabeça da vítima e chama-la ´por três vezes (Sr ou Srª você está
me ouvindo? você está bem? Chame pelo nome, se souber) sem movimenta-la. (se a vítima
estiver inconsciente).
3) ESTABILIZAR A COLUNA CERVICAL MANUALMENTE E VERIFIQUE PERMEABILIDADE DAS
VIAS AÉREAS.
3.1 – Vitima consciente) – Apoiar manualmente a cabeça da vítima para evitar a movimentação
até a colocação do colar cervical e do imobilizador lateral de cabeça, apresentando –se para a
vítima como socorrista, questionar o ocorrido e avaliar a queixa principal.
3.2 – Verificar se as vias aéreas estão pérvias, analisando a presença de secreções ou vômitos
ou alguma dificuldade respiratória ocasionada pelo trauma.
4) VERIFICAR RESPIRAÇÃO
5) VERIFICAR CIRCULAÇÃO
6) VERIFICAR A PRESENÇA DE GRANDES HEMORRAGIAS
7) APLICAR O COLAR CERVICAL.
8) Checar presença de Pressão Arterial, frequência de pulso radial, perfusão periférica, checar
presença de palidez ou sudorese fria.
9 DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA: Realizar uma avaliação preliminar da parte neurológica,
avaliando diâmetro pupilar e nível de consciência. (Escala de Glasgow) Estes temas (Itens 8 e 9 )
serão discutido posteriormente.
10 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA:
Exame físico detalhado da cabeça aos pés.
Iniciando na cabeça, procurando afundamento, deformações, sangramentos etc., apalpando
todos os ossos da face, nariz, comparando o tamanho das pupilas, sangramento no ouvido e
observar a cavidade oral (dentes quebrados, próteses dentarias etc.,
Depois devemos avaliar toda as estruturas ósseas da cavidade torácica, arco costais, esterno, e a
cavidade abdominal (quadrante abdominal).
Logo em seguida a região pélvica e membros
inferiores e posteriores.
Observação. Ao encontrar um ferimento ou
fratura (perda da continuidade óssea)
podendo ser exposta ou fechada e
apresentar alinhada ou angulada) devemos
iniciar o tratamento.
OBSERVAÇÃO:
Resumo geral, nesta aula realizaremos uma
abordagem de um paciente que apresentava
uma fratura fechada de joelho e que se
encontra com respiração e pulso, sem
grandes hemorragias. Realizamos a
avaliação primária e secundárias, aplicamos
o colar cervical, bem como realizamos a
imobilização da referida fratura como
também relembramos a movimentação em
prancha longa com as técnicas rolamento em
monobloco 90º e o método cavaleiro .
Referências Bibliográficas
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – RESGATE E
EMERGÊNCIAS MÉDICAS) CORPO DE
BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
PHTLS – ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO –
OITAVA EDIÇÃO.
9 - Descrever a síndrome que caracteriza
q demência alcoólica. (PPM) 
Síndrome de Wernicke-Korsakoff
A encefalopatia alcóolica (ou Síndrome de
Wernicke) é caracterizada por uma tríade de
sintomas, oftalmoplegia, ataxia e confusão
mental. Quando evolui e o paciente
apresenta amnésia irreversível por atrofia
cerebral, passa a ser chamada de Síndrome
de Wernicke-Korsakoff
Oftalmoplegia é a paralisia dos músculos
oculares, que pode ser externa ou interna,
depende se ela afeta a musculatura
extrínseca ou intrínseca dos olhos. Ela pode
afetar apenas um olho ou os dois.
A ataxia é a marcha sem coordenação, é a
perda do controle muscular durante
movimentos voluntários. A confusão mental e
a amnésia podem se apresentar na forma de
confabulação, que é a criação de histórias
imaginárias expressando uma desorientação
temporal e espacial.
Referências Bibliográficas
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª
Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.
10 - Explicar a fisiopatogenia da
inflamação aguda. (PATO) 
A inflamação aguda apresenta três
componentesprincipais: (1) dilatação de
vasos pequenos, o que desencadeia
aumento no fluxo sanguíneo; (2) aumento
da permeabilidade da microvasculatura,
permitindo que proteínas plasmáticas e
leucócitos deixem a circulação; e (3)
emigração dos leucócitos da
microcirculação, que se acumulam no
foco da lesão e são ativados a fim de
eliminar o agente agressor. Quando um
agente prejudicial, como um microrganismo
infeccioso ou células mortas, é encontrado,
os fagócitos que residem em todos os tecidos
tentam eliminar esses agentes. Ao mesmo
tempo, os fagócitos e outras células
sentinelas teciduais reconhecem a presença
da substância externa ou anormal e reagem
por meio da liberação de moléculas solúveis
que medeiam a inflamação. Alguns desses
mediadores atuam sobre os pequenos vasos
sanguíneos nas proximidades e promovem o
efluxo de plasma e o recrutamento de
leucócitos circulantes para o local em que o
agente lesivo está localizado.
Reações dos Vasos Sanguíneos na
Inflamação Aguda
As reações vasculares da inflamação
aguda consistem em alterações no fluxo
sanguíneo e na permeabilidade dos
vasos, ambos destinados a maximizar o
movimento das proteínas plasmáticas e
dos leucócitos para fora da circulação em
direção ao local da infecção ou lesão. O
extravasamento de líquidos, proteínas e
células sanguíneas do sistema vascular para
tecidos intersticiais ou cavidades corporais é
conhecido como exsudação (Fig. 3.2).
Exsudato é um líquido extravascular que
contém alta concentração de proteína e
detritos celulares. Sua presença indica que
há aumento na permeabilidade de pequenos
vasos sanguíneos, geralmente durante a
reação inflamatória. Em contrapartida, o
transudato é um líquido com baixo teor de
proteínas, pouco ou nenhum material celular
e baixa gravidade específica. É
essencialmente um ultrafiltrado de plasma
sanguíneo que é produzido como resultado
do desequilíbrio osmótico ou hidrostático em
vasos com permeabilidade vascular normal.
Edema é o excesso de líquido no tecido
intersticial ou cavidades serosas; pode ser
um exsudato ou um transudato. Pus, ou
exsudato purulento, é um exsudato
inflamatório rico em leucócitos
(principalmente neutrófilos), detritos de
células mortas e, em muitos casos,
microrganismos.
Alterações no Fluxo e no Calibre Vascular
As alterações no fluxo e no calibre vascular
iniciam-se rapidamente após a lesão e
consistem em:
• Vasodilatação induzida pela ação de vários
mediadores, principalmente histamina, no
músculo liso dos vasos. É uma das primeiras
manifestações da inflamação aguda e pode
ser precedida por vasoconstrição transitória.
A vasodilatação envolve primeiro as
arteríolas e, em seguida, leva à abertura de
novos leitos capilares na área. O resultado é
o aumento do fluxo sanguíneo, que é a causa
do calor e da vermelhidão (eritema) no local
da inflamação.
• A vasodilatação é seguida rapidamente pelo
aumento da permeabilidade da
microvasculatura, com extravasamento de
fluido rico em proteínas (um exsudato) nos
tecidos extravasculares.
• A perda de líquido e o aumento do diâmetro
do vaso desencadeiam lentidão no fluxo
sanguíneo, concentração de hemácias em
vasos pequenos e aumento da viscosidade
do sangue. Essas alterações resultam em
estase do fluxo sanguíneo, engurgitamento
de pequenos vasos cheios de hemácias que
se movem lentamente, características
observadas histopatologicamente como
congestão vascular e, externamente, como
vermelhidão localizada (eritema) do tecido
envolvido.
• À medida que a estase se desenvolve,
leucócitos sanguíneos, principalmente
neutrófilos, acumulam-se ao longo do
endotélio vascular. Ao mesmo tempo, as
células endoteliais são ativadas por
mediadores produzidos nos locais de
infecção e de dano tecidual, e expressam
níveis aumentados de moléculas de adesão.
Os leucócitos então aderem ao endotélio e
logo em seguida migram através da parede
vascular para o tecido intersticial, em uma
sequência descrita mais adiante.
Aumento da Permeabilidade Vascular
(Extravasamento Vascular)
Vários mecanismos são responsáveis pelo
aumento da permeabilidade vascular na
inflamação aguda (Fig. 3.3), e entre eles
estão:
• A retração das células endoteliais que
resulta na abertura de lacunas
interendoteliais é o mecanismo mais comum
de extravasamento vascular. É
desencadeada por histamina, bradicinina,
leucotrienos e outros mediadores químicos.
Ocorre rapidamente após a exposição ao
mediador (em 15 a 30 minutos) e geralmente
é de curta duração; portanto, é denominada
como uma resposta transitória imediata, para
distingui-la da resposta prolongada tardia
após a lesão endotelial, descrita a seguir. Os
principais locais deste rápido aumento da
permeabilidade vascular são as vênulas
póscapilares.
• Lesão endotelial, resultando em necrose e
destacamento de células endoteliais. O dano
direto ao endotélio é encontrado em lesões
graves (p. ex., nas queimaduras) ou é
induzido pela ação de microrganismos e
toxinas microbianas que apresentam como
alvo as células endoteliais. Os neutrófilos que
aderem ao endotélio durante a inflamação
também podem lesar as células endoteliais e
assim amplificar a reação. Na maioria dos
casos, o extravasamento inicia-se
imediatamente após a lesão e é mantido por
várias horas até que os vasos danificados
sejam trombosados ou reparados.
• Aumento do transporte de líquidos e
proteínas, chamada transcitose, através da
célula endotelial. Esse processo,
documentado em modelos experimentais,
pode envolver canais intracelulares que se
abrem em resposta a certos fatores, como o
fator de crescimento endotelial vascular
(VEGF), que promovem extravasamento
vascular. Ainda não foi esclarecida sua
contribuição para a permeabilidade vascular
observada na inflamação aguda em seres
humanos.
Embora esses mecanismos de aumento da
permeabilidade vascular sejam descritos
separadamente, todos provavelmente
contribuem em graus variados na resposta à
maioria dos estímulos. Por exemplo, em
diferentes estágios de uma queimadura
térmica, o extravasamento resulta da
retração endotelial causada por mediadores
inflamatórios e lesão endotelial direta
dependente de leucócitos.
Recrutamento de Leucócitos para Locais de
Inflamação Os leucócitos que são recrutados
para locais de inflamação desempenham a
função-chave de eliminar os agentes
ofensivos. Os leucócitos mais importantes
nas reações inflamatórias típicas são aqueles
capazes de fagocitose, ou seja, neutrófilos e
macrófagos.
Referências Bibliográficas
FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia –.
Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2010.
11 - Compreender o funcionamento do
CAPS (dependentes químicos). (PAPP) 
Os Centros de Atenção Psicossocial e as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) são
portas de entrada para o atendimento na
área de Saúde Mental dentro da Secretaria
Municipal da Saúde de São Paulo.
Um CAPS ou Núcleo de Atenção
Psicossocial é um serviço de saúde aberto e
comunitário do Sistema Único de Saúde
(SUS). Ele é um lugar de referência e
tratamento para pessoas que sofrem com
transtornos mentais, psicoses, neuroses
graves e demais quadros, cuja severidade
e/ou persistência justifiquem sua
permanência num dispositivo de cuidado
intensivo, comunitário, personalizado e
promotor de vida.
CAPS é dividido com as seguintes
modalidades:
❖ CAPS I: Atendimento a todas as faixas
etárias, para transtornos mentais
graves e persistentes, inclusive pelo
uso de substâncias psicoativas,
atende cidades e ou regiões com pelo
menos 15 mil habitantes.
❖ CAPS II: Atendimento a todas as
faixas etárias, para transtornos
mentais graves e persistentes,
inclusive pelo uso de substâncias
psicoativas, atende cidades e ou
regiões com pelo menos 70 mil
habitantes.
❖ CAPS i: Atendimento a crianças e
adolescentes, para transtornos
mentais graves e persistentes,
inclusive pelo uso de substâncias
psicoativas, atende cidades e ou
regiões com pelomenos 70 mil
habitantes.
❖ CAPS ad Álcool e
Drogas: Atendimento a todas faixas
etárias, especializado em transtornos
pelo uso de álcool e outras drogas,
atende cidades e ou regiões com pelo
menos 70 mil habitantes.
❖ CAPS III: Atendimento com até 5
vagas de acolhimento noturno e
observação; todas faixas etárias;
transtornos mentais graves e
persistentes inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende
cidades e ou regiões com pelo menos
150 mil habitantes.
❖ CAPS ad III Álcool e
Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas
de acolhimento noturno e observação;
funcionamento 24h; todas faixas
etárias; transtornos pelo uso de álcool
e outras drogas, atende cidades e ou
regiões com pelo menos 150 mil
habitantes.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS). Brasília, 2017.
Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-infor
macao/acoes-e-programas/centro-de-atenca
o-psicossocial-caps. Acesso em: 05/10/2021.
12 - Descrever baseado em evidências o
que deve ser levado em consideração na
pontuação do Mini-Mental para
diagnóstico clínico da demência e citar
sua função. (MBE) 
Avaliação do Estado Mental 
Fazendo parte do exame neurológico, a
avaliação do estado mental permite ao
médico avaliar elementos clínicos que se
relacionam com doenças neurológicas. É
importante ressaltar que essa avaliação não
se trata de um exame psiquiátrico, pois só
permite a avaliação da orientação temporal e
espacial, memória e linguagem do paciente. 
Para realização dessa avaliação existe um
método quantitativo mundialmente adotado e
de fácil utilização, que é o Mini Exame do
Estado Mental (MEEM). Esse exame deve
ser adaptado para analfabetos, deficientes
visuais e auditivos. O MEEM é um teste que
não serve para dar diagnósticos definitivos,
ele tem como objetivo selecionar indivíduos
com potencial quadro demencial. 
*Se atentar para analfabetos pois eles não
conseguirão realizar algumas etapas, e isso
não significa que eles possuem um quadro
demencial. Esses pacientes podem ser falsos
positivos.
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps
A primeira parte do MEEM é a avaliação da
orientação temporal do paciente. Deve-se
questionar hora aproximada, ano, mês, dia
do mês e dia da semana. Cada acerto
contabiliza um ponto, com isso a pontuação
máxima na orientação é de 5 pontos.
Depois disso, deve-se avaliar a orientação
espacial ao questionar o nome do país, nome
do estado, nome da cidade, nome do bairro e
nome do local da consulta. Novamente, cada
acerto contabiliza um ponto sendo a
pontuação máxima igual a 5 pontos. 
Terminada a avaliação da orientação
temporal e espacial, deve-se avaliar a
memória com 3 testes. Diga ao paciente 3
palavras e peça a ele que repita em seguida,
cada acerto contabiliza um ponto e a
pontuação máxima é de 3 pontos. Peça ao
paciente que subtraia 7 de 100, 5 vezes.
Cada acerto vale um ponto e o máximo é de
5 pontos. Por fim, peça ao paciente que
repita as 3 palavras ditas no primeiro teste,
cada acerto vale um ponto e a pontuação
máxima é de 3 pontos. 
O último momento do teste é a avaliação da
linguagem por meio de 6 testes. Peça ao
paciente que diga o nome de dois objetos
que você apresenta a ele valendo um ponto
cada e a pontuação máxima sendo 2 pontos.
Peça ao paciente que diga “aqui, ali e lá’’
valendo 1 ponto se feito corretamente. Peça
ao paciente que pegue uma folha de papel,
dobre ela em 3 partes e coloque sobre a
mesa, valendo 1 ponto cada etapa
contabilizando 3 pontos no máximo. 
Mostre ao paciente um papel com a frase
“feche os olhos”, peça a ele que leia só para
si e execute o comando valendo 1 ponto.
Peça ao paciente que escreva uma frase
qualquer em um papel valendo 2 pontos. Por
fim, peça ao paciente que copie o desenho
do MEEM, que são 2 pentágonos que se
cruzam, valendo 1 ponto. 
Pontuação 
A pontuação máxima no teste é de 30
pontos. É considerado normal um paciente
que pontue entre 27 e 30. Até 24 acertos
podem ser considerados normais. De 23
acertos para menos existe a probabilidade de
o indivíduo possuir um quadro demencial, e
quanto mais baixa a pontuação, maior o
comprometimento. 
*Pacientes com menos de 4 anos de
escolaridade tem como valor de referência 17
pontos.
Ao buscar evidências de validade baseadas
na estrutura interna para o MEEM,
constatou-se que se trata de uma medida
multidimensional, convergindo com
Schultz-Larsen, Kreiner e Lomholt (2007) e
Brugnolo et al. (2009). Tanto a ACP quanto a
AFC revelaram que o MEEM contém cinco
componentes ou fatores. No último caso, dois
modelos fatoriais analisados se mostraram
estatisticamente aceitáveis — M2 e M3. Além
disso, parece que os componentes
identificados com ACP nesta pesquisa
também podem ser considerados fatores,
pois representaram o melhor modelo na AFC,
sendo, desse modo, os mais adequados para
explicar a estrutura interna dessa medida de
funções cognitivas, que pode resultar em
sugestão de declínio cognitivo em idosos.a
Referências Bibliográficas
Melo D. et al. Miniexame do Estado Mental:
evidências de validade baseadas na
estrutura interna. Avaliação Psicológica,
2017. ISSN: 1677-0471.
13 - Conceituar ECOMAPA e determinar
sua utilidade. (SC)
O ecomapa é o instrumento que representa
as relações entre um núcleo familiar ou um
indivíduo e a comunidade em que ele se
insere.
O ecomapa é importante por permitir a
avaliação da rede de apoio social que o
paciente possui, representar a presença ou a
ausência de recursos sociais, culturais e
econômicos. Com isso, permite identificar
suportes que podem aprimorar a assistência
àquele núcleo familiar, permitindo à equipe
de saúde promover intervenções mais
eficazes.
As áreas que devem ser incluídas no
ecomapa são o ambiente de trabalho, de
lazer, as relações afetivas (como namorados,
amigos, vizinhos, etc.), os grupos sociais
(como igrejas, associações, parceiros de
caminhadas, etc.) e ainda os serviços
comunitários (como igrejas, unidades de
saúde e escolas).
O ECOMAPA identifica as relações e
ligações da família com o meio em que vive.
O Ecomapa é importante para
compreendermos melhor o processo de
adoecimento nas famílias, conhecer a
situação dos seus membros e suas relações
não apenas dentro da família, mas também
com as demais famílias com quem convivem
e estabelecem suas redes de apoio.
Por ser um instrumento voltado à abordagem
familiar permite à equipe de saúde
acompanhar a família e seus membros ao
longo de suas vidas, propiciando a definição
de ações preventivas capazes de promover a
saúde.
Referências Bibliográficas
BÉLANGER, Robert. Técnicas de terapia
familiar.
http://www.er.uqam.ca/merlin/af691572/index.
html. [Capturado em 14/09/2006]
NASCIMENTO, L. C. [et al.]. Contribuições
do genograma e do ecomapa para o estudo
de famílias em enfermagem pediátrica. Rev.
Texto & Contexto de Enfermagem. vol. 14,
n.2, 2005.
ROCHA, S. M. M. [et al.]. Enfermagem
pediátrica e abordagem da família: subsídios
para o ensino de graduação. Rev.
Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão
Preto, vol. 10, n. 5, 2002.
Mato Grosso. Secretaria de Estado de
Saúde. Curso básico em saúde da família:
coletânea de textos. Módulo III. Cuiabá,
2004.