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Hipótese: A demência proveniente do alcoolismo pode prejudicar diversos sistemas do corpo humano, tais como SN, gastrointestinal e cardiovascular que resulta dificuldades na relação familiar. 1 - Definir memória, classificar seus tipos, descrever seus mecanismos e teorias. (FISIO) Memória é a capacidade de se adquirir, armazenar e evocar informações. A etapa de aquisição é a aprendizagem do mesmo modo que a evocação é a etapa de lembrança. São tão numerosas e diversificadas as memórias que cada um tem armazenadas no cérebro, que isso toma praticamente impossível a existência de duas pessoas iguais. Assim, a base da individualidade está na memória. O conjunto das memórias de um indivíduo é parte importante de sua personalidade. Para poder discutir esses tipos de memória vamos usar a classificação comum das memórias que as divide em (1) memória a curto prazo, que inclui memórias que duram por segundos ou, no máximo, minutos se não forem convertidas em memórias a longo prazo; (2) memórias de prazo intermediário, que duram por dias a semanas mas, então, desaparecem; e (3) memória a longo prazo, que, uma vez armazenada, pode ser recordada até anos ou mesmo uma vida inteira mais tarde. Além dessa classificação geral de memórias, também discutimos antes (em conexão com os lobos pré-frontais), outro tipo de memória chamada “memória de trabalho”, que inclui, principalmente, a memória a curto prazo, que é usada durante raciocínio intelectual, mas é finalizada conforme cada passo do problema for resolvido. Memórias são frequentemente classificadas segundo o tipo de informação que é armazenada. Uma destas classificações divide as memórias em memória declarativa e memória de habilidades, como a seguir 1. Memória declarativa ou explicita significa basicamente memória dos vários detalhes de pensamento integrado como, por exemplo, memória de experiência importante que inclui (1) memória do ambiente; (2) memória das relações temporais; (3) memória de causas da experiência; (4) memória do significado da experiência; e (5) memória das deduções que ficaram na mente do indivíduo. 2. Memória de habilidades ou implicita é, frequentemente, associada a atividades motoras do corpo da pessoa, tais como todas as habilidades desenvolvidas, para bater numa bola de tênis, incluindo memórias automáticas para (1) avistar a bola; (2) calcular a relação e a velocidade da bola com a raquete; e (3) deduzir rapidamente os movimentos do corpo e dos braços e da raquete necessários para bater na bola como desejado — com todas essas capacidades ativadas instantaneamente, com base na aprendizagem anterior do jogo de tênis — então, continua-se para o próximo lance do jogo enquanto se esquecem os detalhes do lance prévio. MEMÓRIA A CURTO PRAZO Memória a curto prazo é ilustrada pela memória que se tem de 7 a 10 dígitos, no número de telefone (ou 7 a 10 outros fatos distintos), por alguns segundos, até alguns minutos de cada vez, mas que dura somente enquanto a pessoa continua a pensar nos números ou nos fatos. Muitos fisiologistas sugeriram que essa memória a curto prazo seja causada por atividade neural contínua, resultando de sinais neurais que se propagam em círculos em traço de memória temporária de circuito de neurônios reverberantes. Ainda não foi possível provar essa teoria. Outra explicação possível para a memória a curto prazo é a facilitação ou inibição pré-sináptica, o que ocorre em sinapses que ficam em fibras nervosas terminais, imediatamente antes que formem sinapses com o neurônio subsequente. As substâncias neurotransmissoras, liberadas em tais terminais frequentemente causam facilitação ou inibição, que duram segundos ou até vários minutos. Circuitos desse tipo poderiam levar à memória a curto prazo. Teorias mais aceitas para a memória de curto prazo: Sinais neurais se propagam em círculos e não envolve a expressão gênica. Inibição pré e pós-sináptica. MEMÓRIA DE PRAZO INTERMEDIÁRIO As memórias de prazo intermediário podem durar por muitos minutos ou até semanas. Serão por fim perdidas se os traços de memória não forem ativados o suficiente para se tornarem mais permanentes; então, são classificadas como memórias a longo prazo. Experimentos em animais primitivos mostraram que memórias do tipo de prazo intermediário podem resultar de alterações temporárias químicas ou físicas, ou ambas, tanto nos terminais présinápticos quanto nas membranas pós-sinápticas, mudanças essas que podem persistir por alguns minutos a várias semanas. Esses mecanismos são tão importantes que merecem descrição especial. MEMÓRIA A LONGO PRAZO Não existe uma demarcação óbvia entre as formas mais prolongadas da memória de prazo intermediário e a verdadeira memória a longo prazo. Entretanto, em geral se acredita que a memória a longo prazo resulte de alterações estruturais reais, em vez de somente químicas nas sinapses, e que realcem ou suprimam a condução dos sinais. Mais uma vez vamos lembrar experimentos em animais primitivos (nos quais os sistemas nervosos são muito fáceis de estudar) e que ajudaram imensamente a compreensão de possíveis mecanismos da memória a longo prazo. Referências Bibliográficas GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 2 - Determinar os constituintes das secreções pancreáticas, suas funções e seu local de ação. (FISIO) |Parte exócrina| A secreção pancreática contém múltiplas enzimas para digerir todos os três principais grupos de alimentos: proteínas, carboidratos e gorduras. Contém ainda grande quantidade de íons bicarbonato que contribuem de modo muito importante para a neutralização da acidez do quimo transportado do estômago para o duodeno. As mais importantes das enzimas pancreáticas na digestão de proteínas são a tripsina, a quimotripsina e a carboxipolipeptidase. A mais abundante é a tripsina. A tripsina e a quimotripsina hidrolisam proteínas a peptídeos de tamanhos variados, sem levar à liberação de aminoácidos individuais. Entretanto, a carboxipolipeptidase cliva alguns peptídeos, até aminoácidos individuais, completando assim a digestão de algumas proteínas até aminoácidos. A enzima pancreática para a digestão de carboidratos é a amilase pancreática, que hidrolisa amidos, glicogênio e outros carboidratos (exceto celulose), para formar principalmente dissacarídeos e alguns trissacarídeos. As principais enzimas para digestão das gorduras são (1) a lipase pancreática, capaz de hidrolisar gorduras neutras a ácidos graxos e monoglicerídeos; (2) a colesterol esterase, que hidrolisa ésteres de colesterol; e (3) a fosfolipase, que cliva os ácidos graxos dos fosfolipídios. Quando sintetizadas nas células pancreáticas, as enzimas digestivas proteolíticas estão em formas enzimáticas inativas tripsinogênio, quimotripsinogênio e procarboxipolipeptidase. Elas são ativadas somente após serem secretadas no trato intestinal. O tripsinogênio é ativado pela enzima denominada enterocinase, secretada pela mucosa intestinal, quando o quimo entra em contato com a mucosa. Além disso, o tripsinogênio pode ser ativado, autocataliticamente, pela própria tripsina já formada. O quimotripsinogênio é ativado pela tripsina para formar quimotripsina, e a procarboxipolipetidase é ativada de maneira semelhante. Embora as enzimas do suco pancreático sejam secretadas em sua totalidade pelos ácinos das glândulas pancreáticas, os outros dois componentes importantes do suco pancreático, íons bicarbonato e água, são secretados basicamente pelas células epiteliais dos ductos que se originam nos ácinos. O bicarbonado e importante pois age deixando a secreção pancreática mais alcalina. SECREÇÃO DE ÍONS BICARBONATO Enquanto as enzimas do suco pancreático sejam secretadas pelos ácinos, íons bicarbonato e água são secretados basicamente pelas células epiteliais dos ductos, que se originam nos ácinos. Com efeito,a secreção de íons bicarbonato pelo pâncreas estabelece o pH apropriado para a ação das enzimas digestivas pancreáticas, que atuam em meio ligeiramente alcalino ou neutro no pH de 7,0 a 8,0. Ò OBS: quando o pâncreas é estimulado a secretar quantidade abundante de suco pancreático, a concentração dos íons bicarbonato pode chegar a 145 mEq/L, valor cinco vezes maior que a concentração do íon no plasma. A secreção de íons bicarbonato é estimulada pela secretina, presente em forma inativa (pró-secretina) nas chamadas células S, na mucosa do duodeno e do jejuno. As etapas do básicas do mecanismo celular da secreção dos íons bicarbonato nos ductos pancreáticos são, basicamente, os seguintes: 1. O CO2 se difunde para as células a partir do sangue e, sob influência da anidrase carbônica, combina-se com a água, formando ácido carbônico. O H2CO3, por sua vez, dissocia-ce em íons bicarbonato e hidrogênio (HCO3 - e H+ ). 2. O movimento global de íons sódio e bicarbonato do sangue para o lúmen do ducto cria gradiente de pressão osmótica que causa fluxo de água também para o ducto pancreático, formando, assim, solução de bicarbonato quase isosmótica, a ser liberada sob determinados estímulos. Com efeito, quando o quimo ácido com pH menor que 4,5 a 5,0 entra no duodeno vindo do estômago, causa liberação de secretina pela mucosa duodenal para o sangue e a secretina, por sua vez, faz com que o pâncreas secrete grandes quantidades de líquido contendo íons bicarbonato. O resultado final, no duodeno, é a seguinte reação: O ácido carbônico imediatamente se dissocia em dióxido de carbono e água, enquanto o dióxido de carbono é transferido para o sangue e expirado pelos pulmões, deixando, assim, solução neutra de cloreto de sódio no duodeno. Dessa forma, o conteúdo ácido vindo do estômago é prontamente neutralizado, de maneira que a atividade digestiva peptídica, adicional pelos sucos gástricos no duodeno, é imediatamente bloqueada. Ò OBS: como a mucosa do intestino delgado não tem proteção contra a ação do suco gástrico ácido, o mecanismo de neutralização do ácido é essencial para evitar o desenvolvimento de úlceras duodenais. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO PANCREÁTICA Três estímulos básicos são importantes na secreção pancreática: 1. Acetilcolina (ACh): liberada pelas terminações do n. vago parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o sistema nervoso entérico. 2. Colecistocinina (CCK): hormônio secretado pelas células I da mucosa duodenal e do jejuno superior, quando o alimento entra no intestino delgado. Produz efeito semelhante ao causado pela estimulação vagal, porém mais pronunciado, respondendo por 70% a 80% da secreção total das enzimas digestivas após refeição. 3. Secretina: hormônio também secretado pelas células S das mucosas duodenal e jejunal, quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado. Conforme mencionado, estimula a secreção de bicarbonato de sódio, pelas células ductais e centroacinares, para neutralizar o conteúdo ácido proveniente do estômago. Os dois primeiros desses estímulos, ACh e CCK, estimulam as células acinares do pâncreas, levando à produção de grande quantidade de enzimas digestivas pancreáticas, mas quantidades relativamente pequenas de água e eletrólitos vão com as enzimas. Sem a água, a maior parte das enzimas se mantém temporariamente armazenada nos ácinos e nos ductos até que sejam lavadas por uma secreção mais fluida que as carregue até o duodeno. A secretina, em contrapartida, estimula a secreção de grandes volumes de solução aquosa de bicarbonato de sódio pelo ducto pancreático. Efeitos multiplicativos: a secreção pancreática normalmente resulta de efeitos combinados de múltiplos estímulos básicos, e não apenas de um só. Referências Bibliográficas GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 3 - Explicar o controle da produção e secreção pancreática. (FISIO) Estímulos Básicos que Causam Secreção Pancreática Três estímulos básicos são importantes na secreção pancreática: 1. Acetilcolina, liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o sistema nervoso entérico. 2. Colecistocinina, secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior, quando o alimento entra no intestino delgado. 3. Secretina, também secretada pelas mucosas duodenal e jejunal, quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado. Os dois primeiros desses estímulos, acetilcolina e colecistocinina, estimulam as células acinares do pâncreas, levando à produção de grande quantidade de enzimas digestivas pancreáticas, mas quantidades relativamente pequenas de água e eletrólitos vão com as enzimas. Sem a água, a maior parte das enzimas se mantém temporariamente armazenada nos ácinos e nos ductos até que uma secreção mais fluida apareça para lavá-las dentro do duodeno. A secretina, em contrapartida, estimula a secreção de grandes volumes de solução aquosa de bicarbonato de sódio pelo epitélio do ducto pancreático. Efeitos Multiplicativos de Diferentes Estímulos. Quando todos os diferentes estímulos da secreção pancreática agem ao mesmo tempo, a secreção total é bem maior do que a soma das secreções ocasionadas por cada um deles, separadamente. Por isso, considera-se que os diversos estímulos “multiplicam” ou “potencializam” uns aos outros. Desse modo, a secreção pancreática normalmente resulta de efeitos combinados de múltiplos estímulos básicos, e não apenas de um só. Fases da Secreção Pancreática A secreção pancreática, semelhante à secreção gástrica, ocorre em três fases: cefálica, gástrica e intestinal. Suas características são descritas nas seções seguintes. Fases Cefálica e Gástrica. Durante a fase cefálica da secreção pancreática, os mesmos sinais nervosos do cérebro que causam a secreção do estômago também provocam liberação de acetilcolina pelos terminais do nervo vago no pâncreas. Essa sinalização faz com que quantidade moderada de enzimas seja secretada nos ácinos pancreáticos, respondendo por cerca de 20% da secreção total de enzimas pancreáticas, após refeição. Entretanto, pouco da secreção flui imediatamente pelos ductos pancreáticos para o intestino, porque somente quantidade pequena de água e eletrólitos é secretada com as enzimas. Durante a fase gástrica, a estimulação nervosa da secreção enzimática prossegue, representando outros 5% a 10% das enzimas pancreáticas secretadas após refeição. No entanto, mais uma vez, somente pequena quantidade chega ao duodeno devido à falta continuada de secreção significativa de líquido. Fase Intestinal. Depois que o quimo deixa o estômago e entra no intestino delgado, a secreção pancreática fica abundante, basicamente, em resposta ao hormônio secretina. Referências Bibliográficas GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 4 - Descrever anatomicamente o sistema límbico (componentes, relação e função). (ANATO) Esse sistema se relaciona às emoções e à memória. Além disso, o sistema límbico tem importante controle sobre o SNA, aí se entende o porquê de as emoções provocarem manifestações fisiológicas. Componentes desse sistema são a circuito de Papez, amígdala e área septal. Circuito de Papez Na face medial de cada hemisfério cerebral existe um anel formado pelo giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo, esse anel recebe o nome de Lobo Límbico. Depois de muitos estudos, percebeu-se que o lobo límbico atua junto de outras estruturas do SNC, e que juntos eles constituem um circuito fechado chamado de Circuito de Papez. O Circuito de Papez envolve o hipocampo, fórnix, corpo mamilar, trato mamilotalâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna e lobo límbico (giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo, em sequência) *Hipocampo aparece duas vezes para que o circuito se feche O Circuito,associado à amigdala e à área septal formam o Sistema Límbico. O Sistema Límbico é o sistema responsável pelas emoções e pela memória. Com exceção da parte anterior do giro do cíngulo, todo o Circuito de Papez está envolvido com a memória apenas, não com as emoções. O restante do Sistema Límbico se relaciona com as emoções, sendo que a amigdala é considerada a estrutura central do Sistema. Com base nisso, se divide o sistema límbico em duas porções seguindo suas funções, uma porção relacionada às emoções e outra relacionada à memória (será descrita na outra questão). A porção relacionada às emoções envolve o córtex cingular anterior, córtex insular anterior, córtex préfrontal orbitofrontal, hipotálamo, área septal, núcleo Accumbens, habênula e amígdala. Córtex Cingular Anterior Sendo a parte anterior do córtex do giro do cíngulo, é a única parte desse giro relacionada ao processamento de emoções. Quando resgatamos a lembrança de alguma emoção que já vivemos, esse córtex é ativado. Em pacientes com depressão crônica há uma atrofia desse córtex. Córtex Insular Anterior A parte anterior da ínsula, separada da posterior pelo sulco central da ínsula, apresenta um córtex de associação importante que se relaciona à empatia (se sensibilizar com o estado emocional de outras pessoas), conhecimento da própria fisionomia, sensação de nojo e percepção dos componentes subjetivos das emoções, o que permite ao indivíduo realmente sentir as emoções. *Pela relação com a empatia, existem estudos que relacionam lesões insulares à psicopatia. Córtex Pré-frontal Orbitofrontal Essa área terciária se conecta com o corpo estriado e núcleo dorsomedial do tálamo formando um circuito. Essa é a área ventral do lobo frontal e ela engloba os giros orbitários Esta área está envolvida com a supressão de comportamentos socialmente indesejáveis além da manutenção da atenção. Lesões nessa área fazem com que o paciente deixe de reagir a diversas situações. Hipotálamo É a estrutura responsável por regular os processos emocionais, como a raiva e o medo. É a principal estrutura na coordenação das manifestações periféricas das emoções graças as suas conexões com o SNA. Área Septal Localizada logo abaixo da parte mais anterior do corpo caloso, é anterior à lâmina terminal e à comissura anterior. Essa área abriga os núcleos septais e ela se conecta com várias estruturas, como a amígdala, hipocampo, tálamo, giro do cíngulo, hipotálamo e formação reticular. Ela ainda recebe fibras da área tegmentar ventral, o que torna ela parte do sistema de recompensa/ prazer do cérebro. Essa área é importante para o direcionamento da raiva e ela pode alterar a PA e o ritmo respiratório também. Núcleo Accumbens Localizado entre o núcleo caudado e putâmen, recebe fibras da área tegmentar ventral do mesencéfalo e envia fibras para a parte orbitofrontal da área pré-frontal. Ele é a principal estrutura do sistema de recompensa/ prazer do cérebro. Habênula Se encontra no trígono das habênulas do epitálamo, lateral à pineal. Ela é formada pelos núcleos habenulares, sendo que o núcleo medial recebe fibras dos núcleos septais (por meio da estria medular do tálamo) e envia fibras para o mesencéfalo e para as estruturas do sistema de recompensa do cérebro. Além disso, ela se conecta com os núcleos da Rafe. Todas essas conexões tornam a habênula responsável por regular os níveis de dopamina (ela inibe neurônios e diminui os níveis quando necessário) nos neurônios do sistema de recompensa do cérebro. Essa estrutura está muito relacionada com o sentimento de frustração/ nãorecompensa. Amígdala Ou corpo/ complexo amigdaloide, é o componente mais importante do sistema límbico. Ela abriga 12 núcleos divididos em 3 grupos, corticomedial, basolateral e central. O corticomedial tem conexões olfatórias e se relaciona a comportamentos sexuais, o basolateral é o que recebe a maior parte das vias aferentes e do central partem todas as eferentes. A amigdala se conecta com todas as áreas de associação secundárias do cérebro, se conecta com o hipotálamo, tálamo, área septal e núcleo do trato solitário. Por meio de suas vias eferentes a amígdala consegue enviar comandos para o tronco encefálico, o que dá a ela o comando de funções viscerais importantes. Funções da Amígdala A amigada é a principal estrutura no processamento de emoções e desencadeamento dos comportamentos emocionais. Ela produz as reações de fuga, defesa e agressão. Tem importante papel em comportamentos sexuais, no reconhecimento de expressões faciais de medo e alegria, e sua principal função é o processamento do medo. O medo é a reação de alerta frente um perigo. Ele envolve uma ativação simpática e vai preparar o organismo para fuga ou enfrentamento do perigo. A associação de um som ou uma imagem com um perigo é feita na amigdala e a resposta a esse perigo também parte dela. Sistema de Recompensa As áreas que quando são estimuladas causam prazer compreendem o sistema de recompensa, também chamado de sistema dopaminérgico mesolímbico. Esse sistema compreende neurônios da área tegmentar ventral do mesencéfalo, feixe prosencefálico medial, área septal, núcleo Accumbens, e córtex pré-frontal orbitofrontal. Esse sistema presenteia o indivíduo com a sensação de prazer quando ele realiza um comportamento importante para sobrevivência ou vive alguma situação de alegria, vitória, conquistas, etc. Drogas como a heroína e o crack estimulam esse sistema, por isso dão prazer. Como a estimulação é exagerada, os neurônios vão perdendo a sensibilidade e aí surge a dependência, pois será preciso doses cada vez mais altas para provocar prazer. De maneia geral: Áreas Telencefálicas Relacionadas a Memória: ❖ Hipocampo – estrutura profunda encontrada no lobo temporal que forma o assoalho do III ventrículo – recebe várias aferências de áreas neocorticais – se projeta para os corpos mamilares pelo fórnice Responsável pela Consolidação de Memória de Curta e Longa Duração (não é o local de armazenamento, apenas consolidação) + Memória Topográfica ❖ Giro do Cíngulo Córtex Cingular Posterior (próxima do esplênio do corpo caloso) – recebe aferências dos núcleos anteriores do tálamo por meio da cápsula interna Responsável pela Evocação da Memória Topográfica Lesão provoca desorientação e incapacidade de memorizar caminhos novos Córtex Cingular Anterior (próxima do joelho do corpo caloso) Maior relação com a parte emocional – principalmente, tristeza Na depressão = adelgadamento do córtex ❖ Área Pré-Frontal Dorsolateral – anterior a áreas relacionadas a motricidade Responsável pelo Planejamento e Execução de Estratégias Comportamentais + Avaliação de Situações (Solução de Problemas) + Memória Operacional (decorar coisas para uso imediato e esquecimento logo depois) ❖ Ínsula – Córtex Insular Anterior Responsável por emoções como a Empatia e Nojo + Reconhecimento da Própria Fisionomia ❖ Giros Orbitários – Córtex Pré Frontal Orbitofrontal Responsável pelo Comportamento Adequado (Supressão do Comportamento Indesejado) + Atenção Lesão Tamponamento Psíquico (não há reação de tristeza/alegria) ❖ Áreas de Associação – áreas secundárias e terciárias – diferentes tipos de conhecimentos – interação com o hipocampo Responsáveis pelo Armazenamento de Memórias de Longa Duração ❖ Hipotálamo – envolvido em várias funções do SNC (regulação do SNA, conexão das infos) Responsável pela Regulação Periférica Relacionada às Emoções + Motivação ❖ Área Septal – localizada inferior ao rostro do corpo caloso e anterior à comissura anterior e lâmina terminal Responsável pelo Prazer (Centro do Prazer – Sistema de Recompensa/Prazer ou Mesolímbico) ❖ Núcleo Accumbens – núcleo da base – localizado entre o putamen e o núcleo caudado – principal componente do Mesolímbico Responsável pelo Prazer ❖ Habênulas – superior a glândula pineal Sistema de Não Recompensa ❖ Amígdala – profundo ao lobo temporal (uncus) – relaciona-secom a cauda do núcleo caudado – aglomerado de núcleos Principal responsável pelo Processamento das Emoções + Medo + Raiva + Hiperssexualidade Lesão = perda do medo e hiperssexualização Referências Bibliográficas MACHADO, A. Neuroanatomia funcional, 3ª.edição.Atheneu. São Paulo, 2013. 5 - Relacionar anatomicamente a memória aos componentes do sistema límbico. (ANATO) Memória A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e evocar informações. Adquirimos informações pelo aprendizado e evocamos elas pelas lembranças. O conjunto de memórias é um importante determinante da personalidade de cada um. Existem vários critérios para definir os tipos de memória, sendo que o mais importante é com relação a natureza da memória. Existe a memória declarativa onde se tem um conhecimento que pode ser descrito em palavras, e a memória de procedimento em que não é possível descrever a informação de maneira consciente. Um subtipo de memória de procedimento é a memória motora, que é a memória relacionada ao aprendizado da sequência de movimentos que permitem que realizemos determinadas atividades, como nadar. As áreas cerebrais relacionadas à memória declarativa pertencem tanto ao telencéfalo quanto ao diencéfalo. As áreas das duas porções são unidas pelo fórnix, que une o hipocampo com o corpo mamilar do hipotálamo. *Na porção medial do lobo temporal percebe-se o hipocampo, giro denteado, córtex entorrinal e córtex parahipocampal. Os principais subtipos da memória declarativa, que são definidos segundo o tempo que a memória permanece armazenada, são a memória operacional, memória de curta duração e memória de longa duração. Memória Operacional É a memória que retém informações por segundos ou minutos apenas para dar sequência a uma linha de raciocínio, responder uma pergunta, memorizar uma frase para compreender a frase seguinte e também memorizar um número de telefone apenas durante o tempo necessário para discar ele. Esse tipo de memória é organizado pelo córtex pré-frontal, o qual seleciona qual informação deve ser armazenada e qual não. Esse córtex tem acesso às áreas onde estão armazenadas as memórias de curta duração e longa duração. Esse acesso é importante para ele identificar se a informação já foi armazenada alguma vez ou não e se ela é relevante ao ponto de ser armazenada. Com isso, conclui-se que o córtex pré-frontal é um gerenciador de memórias que determina o que deve ser guardado e o que pode ser esquecido. *O Alzheimer começa com déficits de memória operacional Memórias de Curta e Longa Duração A memória de curta duração permite guardar informações por horas (de 3 a 6 geralmente) até que sejam armazenadas na forma mais duradoura em áreas de memória de longa duração. O tempo que a memória de curta duração fica guardada é o tempo que leva para se consolidar a memória de longa duração, a qual é dependente de mecanismos complexos que levam horas para acontecerem. Com isso, percebe-se que a memória de curta duração que exige mecanismos simples para ser processada é importante para manter a memória viva enquanto se processa a memória de longa duração para o armazenamento. Hipocampo É uma eminência alongada e curva que se encontra no assoalho do corno inferior do ventrículo lateral, logo acima do giro parahipocampal. O hipocampo recebe vias aferentes pelo córtex entorrinal e envia vias eferentes aos corpos mamilares do hipotálamo pelo fórnix. O hipocampo ainda recebe fibras da amigdala, núcleo Accumbens e área tegmentar ventral. O hipocampo é responsável por reter informações que formam a memória recente para consolidar a memória de longa duração e a armazena no córtex cerebral de acordo com seu conteúdo. O grau de consolidação pelo hipocampo é regulado pela amígdala. Quando a memória é associada a um momento de grande impacto emocional, a consolidação é maior. *Note que a memória de longa duração NÃO é armazenada no hipocampo, por isso quando ele é removido cirurgicamente ela não é perdida. Além disso, o hipocampo ainda é responsável por armazenar a memória espacial, que nos permite nos localizar em locais que já passamos e ainda criar rotas para lugares que já conhecemos. Esse tipo de memória é como um mapa. *Como no Alzheimer tem um grande comprometimento do hipocampo o paciente geralmente perde sua orientação espacial Giro Denteado É o giro que fica entre o córtex entorrinal e o hipocampo, que é contínuo lateralmente com esse giro. Ao se conectar com o córtex entorrinal e o hipocampo, constitui a formação do hipocampo. Esse giro dá a dimensão temporal das memórias Córtex Entorrinal Anterior ao giro parahipocampal, recebe fibras do fórnix e envia fibras ao giro denteado que está ligado ao hipocampo. A função desse córtex é atuar como uma porta de entrada para o hipocampo pois as conexões que o hipocampo faz são, em sua maioria, intermediadas por esse córtex. Com isso, lesões nesse córtex resultam em déficit de memória e ele geralmente é a primeira área afetada pelo Alzheimer. Córtex Parahipocampal Sendo contínuo com o córtex cingular posterior, se encontra posteriormente no giro parahipocampal. Esse córtex participa da formação de memórias visuais de locais novos. O armazenamento dessas memórias é feito em outro local. Córtex Cingular Posterior É o local que recebe fibras dos núcleos anteriores do tálamo, os quais recebem fibras, através do trato mamilotalâmico, do corpo mamilar, o que permite a integração do circuito de Papez. Esse córtex participa da evocação e armazenamento da memória topográfica. Lesões no cíngulo e nos núcleos anteriores do tálamo causam amnésia, além disso, lesões no cíngulo causam desorientação e esquecimento de caminhos já aprendidos Área Pré-frontal Dorsolateral É a área integrada com o corpo estriado, sua função é planejar e executar estratégias comportamentais diante de cada situação física e social que o indivíduo se encontra. Essa área ainda permite avaliar as consequências de ações, o que torna possível planejar e organizar ações e soluções de problemas. Essa área ainda é responsável pela memória operacional Áreas de Associação do Neocórtex Nessas áreas são armazenadas as memórias de longa duração. Estão incluídas aqui áreas secundárias sensitivas e motoras, além de áreas supramodais. Diferentes tipos de informações são armazenados em diferentes áreas de associação. Áreas do Diencéfalo Relacionadas à Memória As estruturas do diencéfalo que se relacionam com a memória são os corpos mamilares do hipotálamo que recebem, por intermédio do fórnix, fibras dos córtex entorrinal e do hipocampo. Através do trato mamilotalâmico projetam fibras ao tálamo que se projeta para o córtex cingular posterior. Todas essas estruturas constituem o circuito de Papez. Formação das Memórias As memórias se formam a partir de sinapses. As memórias operacionais se formam a partir de uma excitação de dendritos presentes na área pré-frontal que não dura muito tempo. Nas memórias de longa duração acontecem várias reações bioquímicas e cascatas de segundos mensageiros que no final ativam genes que permitem a transcrição de proteínas que serão usadas para formação de novas sinapses. Com o tempo o número das sinapses pode diminuir, o que caracteriza o esquecimento. Inserções do Cenário No cenário serão abordadas áreas do SNC relacionadas à emoção e à memória. Essas áreas geram estímulos sensoriais e percorrem 3 estações. Primeira Estação As emoções percorrem um circuito de 3 estações, a primeira estação envolve áreas terciárias (como a área préfrontal), límbicas e secundárias (são as áreas responsáveis pelos sentidos, como a área da visão, da audição, etc.) sensitivas, essa estação se conecta com a segunda por conexões extrínsecas aferentes. *A primeira estação é responsável por gerar e armazenar informações Segunda Estação (Circuito de Papez) A segunda estação compreende o circuito de Papez,somente voltado a emoções, que possui uma conexão intrínseca entre seus componentes. A segunda estação se conecta com a terceira por uma conexão extrínseca eferente. A informação chega da estação 1 no giro parahipocampal, segue para o hipocampo e, por meio do fórnix, chega no corpo mamilar. A partir dele, graças ao fascículo mamilotalâmico, a informação chega no núcleo anterior do tálamo, de onde segue pela cápsula interna até o giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo novamente. *O olfato é transmitido do uncus para o giro parahipocampal. Conexões Extrínsecas Eferentes Existem 4 conexões extrínsecas eferentes: O feixe prosencefálico medial começa na área septal, passa pelo hipotálamo e termina na formação reticular. O fascículo mamilo-tegmentar segue do corpo mamilar até a formação reticular a nível de tegmento. O fascículo retroflexo leva informações do trígono das habênulas até o núcleo interpeduncular e, em seguida, até a formação reticular. A estria medular do tálamo começa na área septal, ascende para a área mais superior do tálamo e termina no epitálamo, especificamente nos núcleos habenulares. Terceira Estação Por fim, a terceira estação é a formação reticular presente principalmente no mesencéfalo, que é importante para a expressão das emoções. Essa efetuação acontece porque o trato corticoespinal passa pelo tronco, com isso a formação reticular envia fibras para ele para conseguir expressar as emoções. Além disso, no tronco existem os núcleos dos nervos cranianos e importantes centros vitais do organismo, com isso, a formação reticular consegue estimular essas estruturas e expressar as emoções. A terceira estação ainda compreende a área septal, hipotálamo, tálamo e epitálamo *A conexão extrínseca eferente é uma via de mão dupla, pois além de receber sinais da segunda estação ainda envia sinais para ela (essa via de feedback é chamada de via mesolímbica) Componentes das Emoções As emoções possuem um componente central (envolve estações 1 e 2) e um componente periférico (envolve estação 3). O componente central é responsável por gerar a informação sensorial subjetiva das emoções e comportamentos, já o componente periférico é importante para expressar as emoções tanto na musculatura da face quanto das vísceras. As manifestações fisiológicas são mediadas pelo SNA, que, por ter centros de controle no hipotálamo, será estimulado diante de determinadas emoções. Como ele controla glândulas, músculo liso e músculo cardíaco, teremos diversas manifestações fisiológicas provocadas por emoções, como a taquicardia e o frio na barriga. Além dos centros de controle do SNA, existem áreas motivacionais no hipotálamo, como os centros de controle da sede, medo, fome, sono e sexo. Essas áreas serão estimuladas diante de determinadas emoções. Áreas encefálicas relacionadas às emoções Tendo conhecimento dos componentes das emoções, é importante conhecer agora as áreas encefálicas relacionadas às emoções, que são a área pré-frontal, tálamo, hipotálamo, tronco encefálico e o sistema límbico. A área pré-frontal é o local de armazenamento de lembranças, isto é, da memória remota. Quando lembramos de algo, essa memória parte da primeira estação onde está armazenada e se encaminha para a segunda estação onde temos consciência dela e sentimos ela. Quando a lembrança é emocionante, ela parte da segunda estação para a terceira estação, onde provoca manifestações fisiológicas. A área pré-frontal é uma área terciário que representa o local da gênese das emoções, também é área da concentração, aprendizado, memorização e controle de comportamentos. Quanto ao tálamo, somente seu núcleo anterior se relaciona as emoções, e ele é responsável por controlar o componente emocional. Quanto ao hipotálamo, suas estruturas relacionadas às emoções são os núcleos das paredes laterais (os núcleos das paredes mediais são aqueles relacionados ao SNA e às áreas motivacionais) e o corpo mamilar. Quanto ao tronco encefálico, para entender suas funções relacionadas às emoções deve-se lembrar que ele é o local onde se encontram os núcleos dos nervos cranianos, o centro respiratório e vasomotor. Por isso, ele exerce importante influência na expressão das emoções. Componentes do s. límbico Os componentes corticais são o giro do cíngulo, giro parahipocampal e o hipocampo. Os componentes subcorticais são o corpo amigdaloide, área septal, núcleos mamilares, núcleos anteriores do tálamo e núcleos habenulares. Memória Memória recente é mantida por pouco tempo no hipocampo, quando ele é lesado o paciente apresenta amnésia anterógrada. A memória remota retém informações por mais tempo em áreas de associação terciárias, quando lesadas provocam amnésia retrógrada. Lesões no s. límbico As lesões no s. límbico provocam agressividade, agnosia visual, hiperatividade sexual, alterações nos comportamentos alimentares, medo, raiva, depressão, ansiedade e amnésia. Referências Bibliográficas MACHADO, A. Neuroanatomia funcional, 3ª.edição.Atheneu. São Paulo, 2013. 6 - Identificar a classe, mecanismo de ação, interferência no sistema nervoso autônomo simpático e contraindicações do atenolol. (FARMACO) Vias de Administração: Oral Princípio Ativo: Atenolol Forma Farmacêutica: Comprimido Classe: betabloqueador Grupo Farmacológico: Betabloqueadores Beta-1 seletivos. Mecanismo de Ação: O Atenolol é um bloqueador Beta-1 Seletivo, isto é, age preferencialmente sobre receptores Beta-1 do coração e tem a seletividade diminuída com o aumento da dose. Esse fármaco tem ação inotrópica negativa (diminuição da força de contração do coração), podendo reduzir a frequência cardíaca também (efeito cronotrópico negativo). Com esses efeitos, o Atenolol vai promover a redução da PA pois, ao diminuir a FC, se diminui o débito cardíaco, e ao diminuir a força de contração do coração está diminuindo o volume sistólico, ambas sendo variáveis que determinam a PA. O Atenolol começa a ter uma ação significativa dentro de 1 hora após sua administração por via oral, atingindo seu efeito máximo em 2 a 4 horas. Esse efeito é mantido por no mínimo 24 horas. As drogas antiadrenérgicas, também chamadas de simpatolíticas, são aquelas que antagonizam os efeitos da estimulação simpática por bloquearem os receptores adrenérgicos. Existem, então, antagonistas de receptores Alfa-adrenérgicos e antagonistas de receptores Beta-adrenérgicos, ambos podendo ser seletivos ou não. Dentre os antagonistas Alfa-adrenérgicos, o principal grupo é o de antagonistas Alfa-1 seletivos. Entretanto, devido ao medicamento em especifico agir em receptores Beta será essa classe que ganhara destaque nesse momento. *É importante revisar a ação de cada receptor para entender melhor o efeito dos antagonistas Betabloqueadores TODOS bloqueiam receptores B1. Essas drogas causam efeito inotrópico negativo e efeito cronotrópico negativo no coração, já nos rins eles diminuem a secreção de renina, o que no final de tudo diminui a formação de angiotensina I I e diminui a PA. Betabloqueadores são divididos em 3 gerações. Os betabloqueadores são usados no tratamento de HAS, arritmias e insuficiência cardíaca. A grande importância dos betabloqueadores na HAS está nos seus efeitos no coração e rins. Na arritmia o betabloqueador, geralmente de segunda geração pela sua seletividade (e por não interferirem na resistência vascular), é importante pelo seu efeito cronotrópico negativo. Por fim, na insuficiência cardíaca o efeito dos betabloqueadores é importante, porém não é o momento de compreender como. Primeira Geração A primeira geração de betabloqueadores compreende Antagonistas Beta Não-Seletivos, com isso eles bloqueiam receptores B1 e B2. O principal representante é o Propranolol. Segunda Geração A segunda geração de betabloqueadores se refere a Antagonistas Beta-1 Seletivos, sendo os principais exemplos o Atenolol,Bisoprolol e Metoprolol. Terceira Geração A terceira geração de betabloqueadores é formada por Antagonistas Beta que provocam vasodilatação adicional, os principais exemplos são o Nebivolol (Beta-1 seletivo) e o Carvedilol. O Nebivolol além de bloquear os receptores B1 ainda estimula a liberação de óxido nítrico (provoca vasodilatação adicional). O Carvedilol, além de bloquear receptores B1 e B2 ainda bloqueia receptores A1 de vasos, promovendo vasodilatação adicional. Contraindicações Não é recomendado o uso de betabloqueadores nãoseletivos (ou seletivos em grandes quantidades) em pacientes com asma ou DPOC pela presença de receptores Beta-2 no m. liso brônquico, ao bloquear esses receptores se provoca uma broncoconstrição e uma piora das doenças respiratórias. Além disso, deve-se atentar a pacientes com bradicardia grave (FC < 50 bpm) pois todos os betabloqueadores agem nos receptores Beta-1 do coração promovendo efeito cronotrópico negativo. Considerações Adicionais ●Os betabloqueadores de primeira e segunda geração podem alterar o perfil lipídico (principalmente de triglicerídeos) do paciente e elevar os níveis de glicose sanguínea. Mesmo assim, eles não são contraindicados para dislipidêmicos e diabéticos, eles exigem apenas cautela. ●Todos os betabloqueadores, com exceção do Atenolol, podem ser usados por gravidas hipertensas. O Atenolol não pode por ele retardar o crescimento fetal ●Atualmente não se usa tanto os betabloqueadores de primeira geração por não terem seletividade. Eles são usados mais para tremores (receptores B2 nos m. e enxaquecas (sem explicação farmacológica). Referências Bibliográficas FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia –. Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 7 - Relacionar alcoolismo e sistema cardiovascular. (PPM) As doenças cardiovasculares representam um grande problema a ser enfrentado no atual cotidiano da saúde coletiva. No sistema cardiovascular, o consumo elevado e frequente de álcool está associado ao aumento da pressão arterial, desregulação de lípideos e triglicérides e maior risco de infarto do miocárdio e doenças cerebrovasculares. O álcool também eleva a freqüência cardíaca de consumidores eventuais, aumentando o desgaste cardíaco em repouso e o consumo energético pelo miocárdio. Estudos apontam uma redução média de 3,3 mmHg (2,5-4,1 mmHg) na pressão sistólica e 2,0 mmHg (1,5-2,6 mmHg) na diastólica com a redução do consumo de etanol. O alcoolismo pode induzir muitos efeitos cardiovasculares. Os principais são o desencadeamento da crise hipertensiva, a depressão da contratilidade miocárdica e a indução de arritmias, com possibilidade de morte súbita. Referências Bibliográficas SOUZA, A; FERNANDO F; CAVALCANTE DE ABREU, D, N et al; Pessoas em recuperação do alcoolismo: avaliação dos fatores de risco cardiovasculares. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/803/803130600 04.pdf>. Acesso em: 04 ago 2021. ZAMBRANO, J. E. C; JARAMILLO P. A. V; LINO, V, E R; Risco cardiovascular relacionado ao consumo de álcool. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbepid/a/jwxgvvN4rV MTmBvYhxRhvWc/?lang=pt>. Acesso em: 04 ago 2021. 8 - Descrever o procedimento de imobilização provisória do membro inferior. (PPM) SEQUENCIA DE PROCEDIMENTOS: 1) ANÁLISE PRIMÁRIA (AVALIAÇÃO PRIMÁRIA) A avaliação primária começa com uma visão geral simultânea ou global da condição dos sistemas respiratório, circulatório e neurológico do doente para identificar problemas que podem ameaçar a vida do paciente. 1.1) Iniciamos com a segurança da cena, para vítima e para os socorristas. Só podemos mover um paciente de trauma, se o local estiver colocando em risco, tanto a vítima como os socorristas. Desta forma o local deve estar seguro, livre de possíveis riscos (Carro pegando fogo, local com gases tóxicos, parede desabando etc). 1.2) Os socorristas de APH (Atendimento Pre Hospitalar) devem sempre estarem usando os EPIs) Equipamento de Proteção Individual) luvas, óculos, mascaras etc. 1.3) Verificar a cinemática do trauma (queda de moto, acidente de carro, queda da escada etc.) 1.4) Acionar a equipe de socorro, (resgate, SAMU, etc. 2) NÍVEL DE CONSCIENCIA – RESPONSIVIDADE. 2.1 Aproximar do paciente sempre que possível do lado que o rosto da vítima estiver voltado, evitando assim que mesma movimenta a cabeça. 2.2 Estabilizar manualmente a cabeça da vítima e chama-la ´por três vezes (Sr ou Srª você está me ouvindo? você está bem? Chame pelo nome, se souber) sem movimenta-la. (se a vítima estiver inconsciente). 3) ESTABILIZAR A COLUNA CERVICAL MANUALMENTE E VERIFIQUE PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS. 3.1 – Vitima consciente) – Apoiar manualmente a cabeça da vítima para evitar a movimentação até a colocação do colar cervical e do imobilizador lateral de cabeça, apresentando –se para a vítima como socorrista, questionar o ocorrido e avaliar a queixa principal. 3.2 – Verificar se as vias aéreas estão pérvias, analisando a presença de secreções ou vômitos ou alguma dificuldade respiratória ocasionada pelo trauma. 4) VERIFICAR RESPIRAÇÃO 5) VERIFICAR CIRCULAÇÃO 6) VERIFICAR A PRESENÇA DE GRANDES HEMORRAGIAS 7) APLICAR O COLAR CERVICAL. 8) Checar presença de Pressão Arterial, frequência de pulso radial, perfusão periférica, checar presença de palidez ou sudorese fria. 9 DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA: Realizar uma avaliação preliminar da parte neurológica, avaliando diâmetro pupilar e nível de consciência. (Escala de Glasgow) Estes temas (Itens 8 e 9 ) serão discutido posteriormente. 10 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: Exame físico detalhado da cabeça aos pés. Iniciando na cabeça, procurando afundamento, deformações, sangramentos etc., apalpando todos os ossos da face, nariz, comparando o tamanho das pupilas, sangramento no ouvido e observar a cavidade oral (dentes quebrados, próteses dentarias etc., Depois devemos avaliar toda as estruturas ósseas da cavidade torácica, arco costais, esterno, e a cavidade abdominal (quadrante abdominal). Logo em seguida a região pélvica e membros inferiores e posteriores. Observação. Ao encontrar um ferimento ou fratura (perda da continuidade óssea) podendo ser exposta ou fechada e apresentar alinhada ou angulada) devemos iniciar o tratamento. OBSERVAÇÃO: Resumo geral, nesta aula realizaremos uma abordagem de um paciente que apresentava uma fratura fechada de joelho e que se encontra com respiração e pulso, sem grandes hemorragias. Realizamos a avaliação primária e secundárias, aplicamos o colar cervical, bem como realizamos a imobilização da referida fratura como também relembramos a movimentação em prancha longa com as técnicas rolamento em monobloco 90º e o método cavaleiro . Referências Bibliográficas MANUAL DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO – RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS) CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. PHTLS – ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO – OITAVA EDIÇÃO. 9 - Descrever a síndrome que caracteriza q demência alcoólica. (PPM) Síndrome de Wernicke-Korsakoff A encefalopatia alcóolica (ou Síndrome de Wernicke) é caracterizada por uma tríade de sintomas, oftalmoplegia, ataxia e confusão mental. Quando evolui e o paciente apresenta amnésia irreversível por atrofia cerebral, passa a ser chamada de Síndrome de Wernicke-Korsakoff Oftalmoplegia é a paralisia dos músculos oculares, que pode ser externa ou interna, depende se ela afeta a musculatura extrínseca ou intrínseca dos olhos. Ela pode afetar apenas um olho ou os dois. A ataxia é a marcha sem coordenação, é a perda do controle muscular durante movimentos voluntários. A confusão mental e a amnésia podem se apresentar na forma de confabulação, que é a criação de histórias imaginárias expressando uma desorientação temporal e espacial. Referências Bibliográficas Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan. 10 - Explicar a fisiopatogenia da inflamação aguda. (PATO) A inflamação aguda apresenta três componentesprincipais: (1) dilatação de vasos pequenos, o que desencadeia aumento no fluxo sanguíneo; (2) aumento da permeabilidade da microvasculatura, permitindo que proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação; e (3) emigração dos leucócitos da microcirculação, que se acumulam no foco da lesão e são ativados a fim de eliminar o agente agressor. Quando um agente prejudicial, como um microrganismo infeccioso ou células mortas, é encontrado, os fagócitos que residem em todos os tecidos tentam eliminar esses agentes. Ao mesmo tempo, os fagócitos e outras células sentinelas teciduais reconhecem a presença da substância externa ou anormal e reagem por meio da liberação de moléculas solúveis que medeiam a inflamação. Alguns desses mediadores atuam sobre os pequenos vasos sanguíneos nas proximidades e promovem o efluxo de plasma e o recrutamento de leucócitos circulantes para o local em que o agente lesivo está localizado. Reações dos Vasos Sanguíneos na Inflamação Aguda As reações vasculares da inflamação aguda consistem em alterações no fluxo sanguíneo e na permeabilidade dos vasos, ambos destinados a maximizar o movimento das proteínas plasmáticas e dos leucócitos para fora da circulação em direção ao local da infecção ou lesão. O extravasamento de líquidos, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para tecidos intersticiais ou cavidades corporais é conhecido como exsudação (Fig. 3.2). Exsudato é um líquido extravascular que contém alta concentração de proteína e detritos celulares. Sua presença indica que há aumento na permeabilidade de pequenos vasos sanguíneos, geralmente durante a reação inflamatória. Em contrapartida, o transudato é um líquido com baixo teor de proteínas, pouco ou nenhum material celular e baixa gravidade específica. É essencialmente um ultrafiltrado de plasma sanguíneo que é produzido como resultado do desequilíbrio osmótico ou hidrostático em vasos com permeabilidade vascular normal. Edema é o excesso de líquido no tecido intersticial ou cavidades serosas; pode ser um exsudato ou um transudato. Pus, ou exsudato purulento, é um exsudato inflamatório rico em leucócitos (principalmente neutrófilos), detritos de células mortas e, em muitos casos, microrganismos. Alterações no Fluxo e no Calibre Vascular As alterações no fluxo e no calibre vascular iniciam-se rapidamente após a lesão e consistem em: • Vasodilatação induzida pela ação de vários mediadores, principalmente histamina, no músculo liso dos vasos. É uma das primeiras manifestações da inflamação aguda e pode ser precedida por vasoconstrição transitória. A vasodilatação envolve primeiro as arteríolas e, em seguida, leva à abertura de novos leitos capilares na área. O resultado é o aumento do fluxo sanguíneo, que é a causa do calor e da vermelhidão (eritema) no local da inflamação. • A vasodilatação é seguida rapidamente pelo aumento da permeabilidade da microvasculatura, com extravasamento de fluido rico em proteínas (um exsudato) nos tecidos extravasculares. • A perda de líquido e o aumento do diâmetro do vaso desencadeiam lentidão no fluxo sanguíneo, concentração de hemácias em vasos pequenos e aumento da viscosidade do sangue. Essas alterações resultam em estase do fluxo sanguíneo, engurgitamento de pequenos vasos cheios de hemácias que se movem lentamente, características observadas histopatologicamente como congestão vascular e, externamente, como vermelhidão localizada (eritema) do tecido envolvido. • À medida que a estase se desenvolve, leucócitos sanguíneos, principalmente neutrófilos, acumulam-se ao longo do endotélio vascular. Ao mesmo tempo, as células endoteliais são ativadas por mediadores produzidos nos locais de infecção e de dano tecidual, e expressam níveis aumentados de moléculas de adesão. Os leucócitos então aderem ao endotélio e logo em seguida migram através da parede vascular para o tecido intersticial, em uma sequência descrita mais adiante. Aumento da Permeabilidade Vascular (Extravasamento Vascular) Vários mecanismos são responsáveis pelo aumento da permeabilidade vascular na inflamação aguda (Fig. 3.3), e entre eles estão: • A retração das células endoteliais que resulta na abertura de lacunas interendoteliais é o mecanismo mais comum de extravasamento vascular. É desencadeada por histamina, bradicinina, leucotrienos e outros mediadores químicos. Ocorre rapidamente após a exposição ao mediador (em 15 a 30 minutos) e geralmente é de curta duração; portanto, é denominada como uma resposta transitória imediata, para distingui-la da resposta prolongada tardia após a lesão endotelial, descrita a seguir. Os principais locais deste rápido aumento da permeabilidade vascular são as vênulas póscapilares. • Lesão endotelial, resultando em necrose e destacamento de células endoteliais. O dano direto ao endotélio é encontrado em lesões graves (p. ex., nas queimaduras) ou é induzido pela ação de microrganismos e toxinas microbianas que apresentam como alvo as células endoteliais. Os neutrófilos que aderem ao endotélio durante a inflamação também podem lesar as células endoteliais e assim amplificar a reação. Na maioria dos casos, o extravasamento inicia-se imediatamente após a lesão e é mantido por várias horas até que os vasos danificados sejam trombosados ou reparados. • Aumento do transporte de líquidos e proteínas, chamada transcitose, através da célula endotelial. Esse processo, documentado em modelos experimentais, pode envolver canais intracelulares que se abrem em resposta a certos fatores, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que promovem extravasamento vascular. Ainda não foi esclarecida sua contribuição para a permeabilidade vascular observada na inflamação aguda em seres humanos. Embora esses mecanismos de aumento da permeabilidade vascular sejam descritos separadamente, todos provavelmente contribuem em graus variados na resposta à maioria dos estímulos. Por exemplo, em diferentes estágios de uma queimadura térmica, o extravasamento resulta da retração endotelial causada por mediadores inflamatórios e lesão endotelial direta dependente de leucócitos. Recrutamento de Leucócitos para Locais de Inflamação Os leucócitos que são recrutados para locais de inflamação desempenham a função-chave de eliminar os agentes ofensivos. Os leucócitos mais importantes nas reações inflamatórias típicas são aqueles capazes de fagocitose, ou seja, neutrófilos e macrófagos. Referências Bibliográficas FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia –. Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 11 - Compreender o funcionamento do CAPS (dependentes químicos). (PAPP) Os Centros de Atenção Psicossocial e as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são portas de entrada para o atendimento na área de Saúde Mental dentro da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Um CAPS ou Núcleo de Atenção Psicossocial é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida. CAPS é dividido com as seguintes modalidades: ❖ CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes. ❖ CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. ❖ CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelomenos 70 mil habitantes. ❖ CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. ❖ CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. ❖ CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Brasília, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-infor macao/acoes-e-programas/centro-de-atenca o-psicossocial-caps. Acesso em: 05/10/2021. 12 - Descrever baseado em evidências o que deve ser levado em consideração na pontuação do Mini-Mental para diagnóstico clínico da demência e citar sua função. (MBE) Avaliação do Estado Mental Fazendo parte do exame neurológico, a avaliação do estado mental permite ao médico avaliar elementos clínicos que se relacionam com doenças neurológicas. É importante ressaltar que essa avaliação não se trata de um exame psiquiátrico, pois só permite a avaliação da orientação temporal e espacial, memória e linguagem do paciente. Para realização dessa avaliação existe um método quantitativo mundialmente adotado e de fácil utilização, que é o Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Esse exame deve ser adaptado para analfabetos, deficientes visuais e auditivos. O MEEM é um teste que não serve para dar diagnósticos definitivos, ele tem como objetivo selecionar indivíduos com potencial quadro demencial. *Se atentar para analfabetos pois eles não conseguirão realizar algumas etapas, e isso não significa que eles possuem um quadro demencial. Esses pacientes podem ser falsos positivos. https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps A primeira parte do MEEM é a avaliação da orientação temporal do paciente. Deve-se questionar hora aproximada, ano, mês, dia do mês e dia da semana. Cada acerto contabiliza um ponto, com isso a pontuação máxima na orientação é de 5 pontos. Depois disso, deve-se avaliar a orientação espacial ao questionar o nome do país, nome do estado, nome da cidade, nome do bairro e nome do local da consulta. Novamente, cada acerto contabiliza um ponto sendo a pontuação máxima igual a 5 pontos. Terminada a avaliação da orientação temporal e espacial, deve-se avaliar a memória com 3 testes. Diga ao paciente 3 palavras e peça a ele que repita em seguida, cada acerto contabiliza um ponto e a pontuação máxima é de 3 pontos. Peça ao paciente que subtraia 7 de 100, 5 vezes. Cada acerto vale um ponto e o máximo é de 5 pontos. Por fim, peça ao paciente que repita as 3 palavras ditas no primeiro teste, cada acerto vale um ponto e a pontuação máxima é de 3 pontos. O último momento do teste é a avaliação da linguagem por meio de 6 testes. Peça ao paciente que diga o nome de dois objetos que você apresenta a ele valendo um ponto cada e a pontuação máxima sendo 2 pontos. Peça ao paciente que diga “aqui, ali e lá’’ valendo 1 ponto se feito corretamente. Peça ao paciente que pegue uma folha de papel, dobre ela em 3 partes e coloque sobre a mesa, valendo 1 ponto cada etapa contabilizando 3 pontos no máximo. Mostre ao paciente um papel com a frase “feche os olhos”, peça a ele que leia só para si e execute o comando valendo 1 ponto. Peça ao paciente que escreva uma frase qualquer em um papel valendo 2 pontos. Por fim, peça ao paciente que copie o desenho do MEEM, que são 2 pentágonos que se cruzam, valendo 1 ponto. Pontuação A pontuação máxima no teste é de 30 pontos. É considerado normal um paciente que pontue entre 27 e 30. Até 24 acertos podem ser considerados normais. De 23 acertos para menos existe a probabilidade de o indivíduo possuir um quadro demencial, e quanto mais baixa a pontuação, maior o comprometimento. *Pacientes com menos de 4 anos de escolaridade tem como valor de referência 17 pontos. Ao buscar evidências de validade baseadas na estrutura interna para o MEEM, constatou-se que se trata de uma medida multidimensional, convergindo com Schultz-Larsen, Kreiner e Lomholt (2007) e Brugnolo et al. (2009). Tanto a ACP quanto a AFC revelaram que o MEEM contém cinco componentes ou fatores. No último caso, dois modelos fatoriais analisados se mostraram estatisticamente aceitáveis — M2 e M3. Além disso, parece que os componentes identificados com ACP nesta pesquisa também podem ser considerados fatores, pois representaram o melhor modelo na AFC, sendo, desse modo, os mais adequados para explicar a estrutura interna dessa medida de funções cognitivas, que pode resultar em sugestão de declínio cognitivo em idosos.a Referências Bibliográficas Melo D. et al. Miniexame do Estado Mental: evidências de validade baseadas na estrutura interna. Avaliação Psicológica, 2017. ISSN: 1677-0471. 13 - Conceituar ECOMAPA e determinar sua utilidade. (SC) O ecomapa é o instrumento que representa as relações entre um núcleo familiar ou um indivíduo e a comunidade em que ele se insere. O ecomapa é importante por permitir a avaliação da rede de apoio social que o paciente possui, representar a presença ou a ausência de recursos sociais, culturais e econômicos. Com isso, permite identificar suportes que podem aprimorar a assistência àquele núcleo familiar, permitindo à equipe de saúde promover intervenções mais eficazes. As áreas que devem ser incluídas no ecomapa são o ambiente de trabalho, de lazer, as relações afetivas (como namorados, amigos, vizinhos, etc.), os grupos sociais (como igrejas, associações, parceiros de caminhadas, etc.) e ainda os serviços comunitários (como igrejas, unidades de saúde e escolas). O ECOMAPA identifica as relações e ligações da família com o meio em que vive. O Ecomapa é importante para compreendermos melhor o processo de adoecimento nas famílias, conhecer a situação dos seus membros e suas relações não apenas dentro da família, mas também com as demais famílias com quem convivem e estabelecem suas redes de apoio. Por ser um instrumento voltado à abordagem familiar permite à equipe de saúde acompanhar a família e seus membros ao longo de suas vidas, propiciando a definição de ações preventivas capazes de promover a saúde. Referências Bibliográficas BÉLANGER, Robert. Técnicas de terapia familiar. http://www.er.uqam.ca/merlin/af691572/index. html. [Capturado em 14/09/2006] NASCIMENTO, L. C. [et al.]. Contribuições do genograma e do ecomapa para o estudo de famílias em enfermagem pediátrica. Rev. Texto & Contexto de Enfermagem. vol. 14, n.2, 2005. ROCHA, S. M. M. [et al.]. Enfermagem pediátrica e abordagem da família: subsídios para o ensino de graduação. Rev. Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, vol. 10, n. 5, 2002. Mato Grosso. Secretaria de Estado de Saúde. Curso básico em saúde da família: coletânea de textos. Módulo III. Cuiabá, 2004.