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MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS Andrea Bittencourt Aula 4 – Conservação pelo tratamento Térmico • Preservação pelo calor: • Inativação enzimática • Diminuição da carga microbiana • Destruição de patógenos • Propriedades orgalépticas desejáveis • Desnturação protérica Pasteurização O método da pasteurização leva este nome em homenagem a Louis Pasteur, o primeiro a perceber que havia a possibilidade e inativação de microorganismos deterioradores em vinho por meio da aplicação de calor. A pasteurização tem como objetivo principal a destruição de microorganismos patogênicos associados ao alimento e objetivo secundário aumentar a vida de prateleira do alimento, reduzindo taxas de alterações microbiológicas e enzimáticas. Produtos pasteurizados podem ainda conter organismos vivos viáveis o que limita sua vida de prateleira, por isso a pasteurização é utilizada em combinação com outros métodos de conservação e muitos produtos pasteurizados são estocados sob refrigeração (Potter & Hotchkiss, 1995). Pasteurização Tipos de pasteurização • Pasteurização lenta – Utiliza-se temperaturas menores durante maior intervalo de tempo. Indicado para pequenas quantidades de leite, por exemplo o leite de cabra. A temperatura utilizada é de 65˚C durante trinta minutos. • Pasteurização rápida - Altas temperaturas durante curtos intervalos de tempo. Utilizada para leite de saquinho, do tipo A, B e C. A temperatura é de 75˚C durantes 15 a 20 segundos, na literatura, freqüentemente encontra-se este tipo de pasteurização com a denominação HTST (High Temperature and Short Time), alta temperatura e curto tempo. • Pasteurização muito rápida, na qual as temperaturas utilizadas vão de 130˚C a 150˚C, durante três a cinco segundos, este tipo é mais conhecido como UHT (Ultra High Temperature) ou longa vida. Pasteurização Esterilização Comercial Para alimentos, quando dizemos esterilização estamos nos referindo, na verdade, à esterilização comercial, ou seja, não atingimos a temperatura que tornaria o alimento completamente estéril. Se isso ocorresse, o alimento tratado não se tornaria interessante para o consumo do ponto de vista nutricional e sensorial. Os alimentos comercialmente estéreis podem conter um pequeno número de esporos bacterianos termorresistentes, que não se multiplicam no alimento. A maior parte dos alimentos enlatados é comercialmente estéril, tendo vida de prateleira de pelo menos dois anos. Mesmo após períodos mais longos de estocagem, sua deterioração, geralmente, ocorre devido a alterações não microbiológicas. Para redução de danos sensoriais e nutricionais aos alimentos tratados pelo calor, submete-se os alimentos ao menor tempo possível de exposição ao calor e utiliza-se temperaturas mais altas. Isso minimiza as possíveis perdas nutricionais e sensoriais e atinge bons resultados no que se refere à segurança microbiológica. Branqueamento Na parte de frutas e hortaliças o branqueamento é freqüentemente utilizado. Este tratamento térmico tem a finalidade de inativar enzimas que poderiam causar reações de deterioração, como o escurecimento. As reações enzimáticas são responsáveis por alterações sensoriais e nutricionais, principalmente no período de estocagem. Segundo Fellows (1998), algumas das razões que justificam a necessidade de inativação enzimática previamente a diferentes tipos de processamento são as seguintes : - Produtos a serem congelados, a temperatura de congelamento geralmente utilizada durante a estocagem (-18ºC) não inibe totalmente a atividade enzimática. - Processos de desidratação, geralmente, não utilizam temperaturas suficientes para inativar enzimas, requerendo um branqueamento prévio para inativá-las. - Processos de esterilização, o tempo necessário para que a temperatura de processo seja atingida, especialmente quando se utilizam recipientes de grandes dimensões, pode ser suficiente para permitir que ocorra atividade enzimática. Fatores que afetam a termorresistência dos microrganismos - Água a resistência térmica das células microbianas aumenta com a diminuição da umidade, pq a desnaturação proteica é mais fácil em ambiente aquoso - Sais e açúcares aumentam a resistência térmica pela diminuição da Aa. - pH células vegetativas e esporos são mais termorresistentes em substratos com pH neutro ou próximo da neutralidade Fatores que afetam a termorresistência dos microrganismos - Proteínas e Gorduras a presença de gordura e proteína aumenta a resistência térmica dos microrganismos, alimentos necessitam de tratamento térmico mais rigoroso - Números de microrganismos quanto maior o número de microrganismos, maior a quantidade de calor necessária para a destruição - Fase de crescimento células na fase estacionária tendem a ser mais termorresistentes do que as células na fase log • REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Franco, Bernadette D. Gombossy de Melo; ANDGRAF, Mariza. Microbiologia dos Alimentos, ed. Atheneu. São Paulo, 2004.
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