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Gravidezpartoemecanismosdoparto_20230523195801

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Gestação, complicações, 
assistência e parto.
Prof. Enfª Raíssa Lopes
ESCOLA TÉCNICA POTIGUAR
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
JACQUELINE MEIRA
O que é gravidez?
A gravidez é a geração de um novo ser no organismo de uma
mulher, que demorará cerca 9 meses para se desenvolver. A maneira
mais usual de ter uma gravidez é através do contato sexual, embora
haja outras formas, como a fertilização in vitro.
Quando existe o contato do
espermatozoide no óvulo dá-se a
fecundação. A partir daí, o óvulo já
fecundado sofrerá várias divisões. Alguns
dias depois, este aloja-se no útero, local
onde ficará definitivamente até ao
momento do parto.
CURIOSIDADE
A fertilização in vitro é uma técnica feita em laboratório que permite que
uma mulher engravide sem ser necessariamente pela via sexual. Esta técnica
pode ser feita de duas maneiras:
1 - Convencional: depois do óvulo e os espermatozoides serem coletados,
põem 100 mil espermatozóides à volta do óvulo .
2 - Injeção Citoplasmática de Espermatozóides: o espermatozóide é
escolhido de forma microscópica para ser injetado diretamente no óvulo.
Após a fertilização o óvulo vai para a incubadora durante cerca de 5
dias, depois com um tubo o óvulo será passado para o útero da mulher onde
terá a mesma evolução que teria via sexual.
GESTAÇÃO
 Gestação
 Parto
 Puerpério
CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
 Adaptação do organismo materno para
manutenção e desenvolvimento da gestação
 Alta velocidade de crescimento fetal
ESTADO ESPECIAL
(Episódio)
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
280 dias ou 40ª semanas ou 9 meses 
280 dias 
40 semanas
9 meses
ou
ou
• Da fecundação até final da 12º semana - período
embrionário;
• Aborto/Perda: Da 13º semana à 40º semana período fetal;
• Nascimento com menos de 37º semanas - prematuro (pré-
termo);
• Da 37º à 41º semanas e 6 dias - termo
• A partir de 42º semanas – pós termo
PERÍODOS GESTACIONAIS
• 1º mês – o embrião e o saco amniótico são formados;
• 2º mês – o coração do bebê começa a trabalhar, e ele já tem rins, fígado, 
intestinos e pulmões, já se conseguem ver melhor as pernas e os braços;
• 3º mês – os ossos começam a formar-se;
• 4º mês – começa a ter os primeiros cabelos e reage a alguns ruídos, por 
isso é que se movimentam regularmente;
DESENVOLVIMENTO FETAL
• 5º mês – as glândulas sudoríparas são criadas e a pele do mesmo fica mais 
espessa;
• 6º mês – os pulmões e o cérebro encontram-se na fase final de 
desenvolvimento;
• 7º mês – o bebé está totalmente formado e já distingue a luz da escuridão;
• 8º mês – o bebé está na cavidade pélvica;
• 9º mês – o bebé está pronto a nascer;
 Duração: do 15º dia (inicio da 3a semana) até o final da 12º semana
 Característica principal: diferenciação celular e continuação da hiperplasia. 
FASE EMBRIONÁRIA
3 semanas 4 semanas 5 semanas 6 semanas 7semanas 8 semanas
9 semanas
10 semanas 11 semanas 12 semanas
Fonte: http://www.standupgirl.com/inside/index.html
 Duração: da 13º semana até a 40ª semana
 Característica: Crescimento fetal
FASE FETAL
3 meses
12 sem 4 meses
16 sem
6 meses
24 sem5 meses
20 sem
7 meses
28 sem 8 meses
32 sem
Anatômicas
Hormonais
Metabólicas 
Imunológicas
ORGANISMO MATERNO
Cria ambiente favorável para o 
desenvolvimento do concepto
MUDANÇAS
ADAPTAÇÕES HORMONAIS
 Corpo lúteo  se mantém
até o 4 mês de gestação –
sustentar a gravidez
 Alta produção de hormônios
(mais de trinta hormônios)
 Produção de hormônios
placentários
ADAPTAÇÕES IMUNOLÓGICAS
Imunossupressão
pelo decréscimo da atividade
(tanto número como função)
das células matadoras naturais
e pela queda da função dos
Linfócitos T
Interação mãe-concepto
PLACENTA
Único órgão formado por 
células de dois indivíduos
FUNÇÃO
en.wikipedia.org/wiki/Placenta 
Órgão transitório 
que intermedeia as 
trocas fisiológicas 
entre mãe e feto
Endócrina
Metabólica
Metabólica
No início da gestação sintetiza
glicogênio, colesterol e ácidos graxos
para nutrir o embrião. Posteriormente,
fará as trocas entre mãe e filho por
difusão simples e difusão facilitada
Endócrina
Produz hormônios Gonadotrofina Coriônica
(Glicoproteína), estrógeno, progesterona,
adrenocorticotrófico coriônico, tireotrófico
coriônico e somatomamotrofina coriônica
humana (HCS)
Atividade lactogênica e estimuladora 
do crescimento
PLACENTA
Passagem por difusão simples: Água, 
oxigênio, dióxido e monóxido de carbono, 
glicose, eletrólitos, uréia, ácido úrico e a 
maioria das drogas
Passagem por difusão facilitada: Transporte 
ativo ou pinocitose (englobamento de partículas 
pelas células): vitaminas, hormônios, anticorpos
A passagem livre de certas substâncias, de vírus e microrgasnismos pela 
placenta pode provocar danos e/ou a morte ao feto
2 artérias
carregam sangue 
desoxigenado do feto
1 veia
supre sangue 
oxigenado
As trocas entre mãe
e filho são feitas nos
espaços
intervilosos.
P R É - N ATA L
FLUXOGRAMA PARA DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Atraso ou 
irregularidade 
menstrual, náuseas e 
aumento do abdome
Avaliar ciclo: DUM e Atividade 
Sexual
Solicitar TIG
Negativo
Positivo
Gravidez confirmada
Iniciar acompanhamento 
da gestante
Repetir TIG após 
15 dias
Negativo
Persistir amenorréia
Encaminhar para avaliação 
clínica
Início da gestação Segundo Trimestre Terceiro Trimestre
Amenorréia
ausência de menstruação
Cloasmas - Manchas 
por alterações 
hormonais
Ganho de peso
Sono –
progesterona ação inibidor 
- sono e letargia
Movimentos fetais Dificuldade respiratória
Estrias Gestação -
estiramento excessivo da 
pele (mais frequente seios, 
barriga e coxas)
Mudança no centro 
de gravidade
Afastamentos dos 
pés
Azia – pirose – queimação
(melhora com dieta fracionada)
Náusea e vômitos Sangramento nas 
gengivas
Sialorréia - excesso de saliva
Freqüências Urinárias Cãibras Dor nas costas - dor lombar
Prática de atividade física ajuda 
reduz as dores nas costas
Constipação
Linha nigra
Edema nas pernas - inchaço
Mudança no caminhar 
(marcha anserina)
Contrações uterinas
Produção de secreção láctea
CALENDÁRIO DE CONSULTAS
• TOTAL DE NO MÍNIMO: 6 (seis), com acompanhamento intercalado
entre médico e enfermeiro.
• Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o
seguinte cronograma:
– Até 28ª semana – mensalmente;
– Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
– Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
• Não existe “alta” do pré-natal antes do parto
O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal 
deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se 
encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a 
consulta de puerpério deverá ter sido realizada.
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO 
DE ENFERMAGEM
• Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da
amamentação e da vacinação;
• Verificar/realizar o cadastramento das gestantes no SisPreNatal;
• Conferir as informações preenchidas no Cartão da Gestante;
• Verificar o peso e a pressão arterial e anotar os dados no Cartão da Gestante;
• Fornecer medicação mediante receita, assim como os medicamentos padronizados
para o programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido fólico);
• Aplicar vacinas antitetânica (DT adulto e Dtpa) e contra hepatite B;
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO 
DE ENFERMAGEM
• Realizar atividades educativas, individuais e em grupos (deve-se utilizar a sala de
espera);
• Informar o(a) enfermeiro(a) ou o(a) médico(a) de sua equipe, caso a gestante
apresente algum sinal de alarme, como os citados anteriormente;
• Identificar situações de risco e vulnerabilidade e encaminhar a gestante para
consulta de enfermagem ou médica, quando necessário;
• Orientar a gestante sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das
gestantes faltosas;
• Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar
o processo de aleitamento, orientar a mulher e seu companheiro sobre o
planejamento familiar.
Ficha de AcompanhamentoPré-Natal
Cartão da Gestante
www.chenrique.com
 
 
CÁLCULO DA IDADE 
GESTACIONAL
• Os métodos para esta estimativa
dependem da data da última
menstruação (DUM) - primeiro
dia de sangramento do último ciclo
menstrual referido pela mulher.
• Quando a DUM é conhecida e
certa - É o método de escolha para
se calcular a idade gestacional em
mulheres com ciclos menstruais
regulares e sem uso de métodos
anticoncepcionais hormonais:
CÁLCULO DA IDADE 
GESTACIONAL (IG)
• Objetivo: Estimar o tempo de gestação ou a idade do feto
• DUM conhecida de certeza;
• DUM desconhecida, conhecido o período do mês (início 5, meio 15, 
final 25);
• DUM e período desconhecidos: AU ou USG obstétrica
• Método do calendário x Gestograma
• Uso do calendário: some o número de dias do intervalo entre a DUM e a
data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas);
• Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês
correspondentes ao primeiro dia e mês do último ciclo menstrual e
observe o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual.
• Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se 
conhece o período do mês em que ela ocorreu: 
• Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considere como data 
da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. 
• Proceda, então, à utilização de um dos métodos descritos .
CÁLCULO DA IDADE 
GESTACIONAL (IG)
• Método do calendário
• Somar o número de dias entre a DUM e a data da consulta, dividir o 
resultado por 7:
• Ex: DUM 26/01/13; Consulta 21/03/13
• 5 dias de janeiro 
+ 28 dias de fevereiro 
+ 21 dias de março
54 ÷ 7 = 7 semanas e 5 dias
CÁLCULO DA IDADE 
GESTACIONAL (IG)
CÁLCULO DA DPP
• Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a
duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da
DUM), mediante a utilização de calendário.
• OU somar 07 DIAS ao primeiro dia da última menstruação e subtrair
03 MESES ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar
09 meses, se corresponder aos meses de janeiro a março).
• Esta forma de cálculo é chamada de Regra de Näegele.
– Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número
de dias do mês, passe os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1
(um) ao final do cálculo do mês.
CÁLCULO DA DPP
• Objetivo: Estimar o período provável para o nascimento
• Gestograma x Regra de Naegele
• Regra de Naegele:
• Dia + 7
• Meses: Janeiro a Março + 9
Abril a Dezembro – 3
• Se o nº for > que a qtidade de dias do mês somar 1 ao mês
EXEMPLOS
DUM: 11/09/13
DPP: (dia: 11 + 7 = 18 / mês: 09 - 03 = 06), portanto, DPP = 18/03/14.
DUM: 18/02/14
DPP: (dia: 18 + 7 = 25 / mês: 02 + 09 = 11), portanto, DPP = 25/11/14
DUM: 27/01/14
DPP: (dia: 27 + 7 = 34  34 – 31(Janeiro) = 03 / 01 + 09 + 01 = 11), portanto,
DPP = 03/11/14
VAMOS LÁ!
AGORA É A SUA VEZ!
• 27 + 7 = 34 > 03 dias
• 01 + 09 = 10 + 1 (mês acima) 11 
mês
• DPP – 03/11/2018
• 10 + 7 = 17
• 2 + 9 = 11
• DPP– 17/11/2018
DUM – 27/01/2018 DUM – 10/02/2018
• 13 + 7 = 20
• 9-3 = 6
• DPP – 20/06/2018
DUM - 13/09/2017
Prof. Raíssa Lopes
TRABALHO 
DE PARTO
TRABALHO DE PARTO
• É fundamental para a
humanização do parto o
adequado preparo da gestante
para o momento do nascimento,
e esse preparo deve ser iniciado
precocemente durante o pré-
natal.
• O parto é a expulsão do
feto através das vias
vaginais ou cirurgicamente.
TRABALHO DE PARTO
Parto a termo (tempo normal) -
entre 37 e 41semanas e 6 dias;
Parto pré-termo - antes das 37
semanas (36 semanas e 6 dias);
Parto pós-termo - acontece após
42 semanas.
• Algumas observações:
– Trajeto: Canal de parto
– Objeto: O próprio feto.
– Motor: A força de impulsionar o
objeto pelo trajeto.
E S TÁT I C A F ETA L
ATITUDE OU POSTURA FETAL
• Postura do feto (grau de flexão corporal)
SITUAÇÃO FETAL
• Relação entre o eixo longitudinal da mãe e do feto (Ex.: longitudinal, 
transverso, oblíquo);
POSIÇÃO FETAL
• Relação do dorso fetal com o abdome materno (Ex.: direito, 
esquerdo)
APRESENTAÇÃO FETAL
• Relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna (Ex.: 
cefálica, pélvica, córmica ou podálica).
T I P O S D E 
PA R T O
TIPOS DE PARTO
• Normal ou Eutócito – parto fisiológico, realizado após as 37 semanas de gestação, sem nenhuma
intercorrência obstétrica.
• Espontâneo – que se inicia sem nenhuma intercorrência.
• Induzido – feito sob uso de medicamentos ou manobras.
• Operatório – parto cesária.
• Distócito – parto que não ocorre espontaneamente ou onde ocorrem complicações graves,
gerando riscos para a mãe e para o feto.
ESCOLHA DA VIA DE PARTO
• Dá-se preferencia a via de escolha da parturiente;
• No local onde se sintam seguras;
• Cuidado focado nas necessidades da mulher e em sua segurança, respeitando ao máximo 
seus valores culturais.
• A via de parto natural é que traz menos risco à parturiente e ao neonato e melhores 
condições de puerpério; devendo ser encorajada pelos profissionais de saúde desde o 
pré-natal.
INDICAÇÕES OBSTÉTRICAS DE PARTO CESÁREO
• Absolutas:
– desproporção céfalo-pélvica,
– cicatriz uterina prévia corporal,
– situação fetal transversa,
– herpes genital ativo,
– prolapso de cordão,
– placenta prévia oclusiva total,
– morte materna com feto vivo.
• Relativas: 
– feto não reativo em trabalho de parto, 
– gestante HIV positivo (dependendo da carga viral), 
– descolamento prematuro de placenta (dependendo do estágio do parto),
– apresentação pélvica, 
– gravidez gemelar (depende da relação entre os fetos), 
– cesárea prévia, 
– macrossomia fetal, 
– cérvice desfavorável à indução do parto, 
– psicopatia.
INDICAÇÕES OBSTÉTRICAS DE PARTO CESÁREO
DESVANTAGENS E RISCOS DA CESARIANA
• Período de recuperação mais longo;
• Aumento da morbidade materna: risco de parada cardíaca, hematoma de
parede, histerectomia, maior infecção puerperal, complicações anestésicas,
tromboembolismo venoso e hemorragia que requer histerectomia;
• Aumento do risco de problemas respiratórios neonatais: síndrome respiratória
e taquipneia transitória são mais comuns em cesáreas do que em partos
vaginais e podem determinar hospitalização mais longa.
• Aumento da mortalidade neonatal (as evidências são bastante limitadas);
• Riscos para futuras gestações: riscos para placenta prévia são significativamente
mais comuns após uma ou mais cesáreas.
D I A G N Ó S T I C O 
D O T R A B A L H O 
D E PA R T O 
AT I V O
DIAGNÓSTICO DO 
TRABALHO DE PARTO ATIVO
• Necessário que seja identificado um conjunto de sinais e
sintomas de forma esquemática, a saber:
• Perda do tampão mucoso;
• Formação da bolsa das águas;
• Contrações rítmicas e regulares.
– No início do trabalho de parto as contrações são leves e causam pouco desconforto; podem ocorrer com
intervalos de 10 a 20 minutos e durar de 15 a 30 segundos cada uma.
• Apagamento e dilatação do colo uterino.
• Apagamento - é o processo pelo qual o canal cervical é progressivamente
encurtado até atingir um grau de completa obliteração.
• Dilatação Cervical - é o processo pelo qual o orifício externo do colo
uterino aumenta de um orifício que têm somente uns poucos milímetros de
diâmetro para um que é grande o bastante para permitir que a cabeça do
feto passe através dele (10 centímetros).
P E R Í O D O S D O 
T R A B A L H O D E 
PA R T O
PERÍODOS DO TRABALHO DE 
PARTO
• 1º Dilatação
• 2º Expulsão
• 3º Dequitação
• 4º Pós-parto imediato
DILATAÇÃO
• INÍCIO - contrações regulares e rítmicas
e termina com a dilatação completa do
colo uterino. É uma etapa dividida em duas
fases:
• LATENTE: vai do início do trabalho de
parto até um ponto onde a curva começa
uma definida tendência para cima. Essa fase
pode levar várias horas.
– PRIMÍPARAS - em média de 6 a 4 horas e
normalmente não excede 20 horas.
– MULTÍPARAS - média de 4 a 8 horas e, de
maneira geral,não excede 14 horas.
• ATIVA: Na fase ativa, as contrações
ocorrem entre cada 2 e 5 minutos,
duram em média entre 45 a 60
segundos e são de intensidade
moderada a forte.
• Parturiente agitada, irritável, perde o
controle das técnicas respiratórias,
apresenta náuseas e vômitos.
• 1ª etapa do trabalho de parto -
objetivam o apagamento do colo
uterino, a descida progressiva da
apresentação fetal.
DILATAÇÃO
• Ocorre perda do tampão mucoso – substância que é secretada pelas
glândulas cervicais e que fica acumulado na cérvice durante toda a
gravidez.
– É perdido no início do trabalho de parto.
• Formação da bolsa d’água – função de proteger o feto, função anti-
infecciosa e promover a dilatação.
– Amniorrexe – Rompimento da bolsa espontaneamente.
– Amniotomia – Rompimento da bolsa por instrumento.
EXPULSÃO
• INÍCIO - dilatação total do colo uterino, onde as forças do trabalho
de parto movem o feto através do canal do parto até a sua expulsão;
• CARACTERÍSTICAS - sudorese perioral, aumento do sinal de
sangue pela ruptura das membranas amnióticas (se estas ainda
estiverem íntegras) dos capilares do colo uterino, pressão retal intensa e
reflexo materno ao fazer força para baixo a cada contração expulsiva
(“puxos maternos”).
• À medida que o feto se aproxima do assoalho pélvico, o períneo fica
abaulado e, quando os lábios vaginais se separam, a apresentação fetal
aparece no orifício vaginal, ocorrendo também dilatação do orifício anal
e dores lombares.
O PERÍODO EXPULSIVO OU MECANISMO DE PARTO, OCORRE EM 6 
TEMPOS:
• 1º tempo: INSINUAÇÃO OU ENCAIXAMENTO FETAL (é a passagem da maior
circunferência da apresentação através do canal do estreito superior)
• 2º tempo: DESCIDA DA APRESENTAÇÃO (completando a insinuação, a cabeça
migra até as proximidades do assoalho pélvico, onde começa o cotovelo do
canal)
• 3º tempo: ROTAÇÃO INTERNA DA CABEÇA (ao nível das espinhas ciáticas, a
cabeça sofre movimento de rotação que levará a sutura sagital a se orientar no
sentido anteroposterior da saída do canal)
• 4º tempo: DESPRENDIMENTO DA CABEÇA (terminado o movimento de
rotação, o subocciptal vai se colocar sob a arcada púbica, a sutura sagital
orienta-se em sentido anteroposterior)
• 5º tempo: ROTAÇÃO EXTERNA DA CABEÇA E INTERNA DAS ESPÁDUAS (imediatamente,
a cabeça sofre novo e ligeiro movimento de flexão, pelo seu próprio peso, e vai executar
a rotação externa, voltando o occiptal para o lado onde se encontrava na bacia.
É movimento simultâneo à rotação interna das espáduas, causada pelo movimento de
restituição à orientação primitiva intraútero)
• 6º tempo: DESPRENDIMENTO DAS ESPÁDUAS (nessa altura, a espádua anterior transpõe
a arcada púbica e aparece através do orifício vulvar, fazendo-se movimento de flexão
anterior e após fletindo posteriormente desprende-se a espádua posterior).
O PERÍODO EXPULSIVO OU MECANISMO DE PARTO, OCORRE EM 6 
TEMPOS:
SECUNDAMENTO OU DEQUITAÇÃO OU 
DELIVRAMENTO
• Começa logo após o nascimento do feto e termina com a separação e expulsão da
placenta. Ocorrem contrações fortes, porém menos dolorosas. Para que a placenta seja
expulsa vai ocorrer 3 tempos: Descolamento, Descida e Expulsão.
• FACE FETAL DA PLACENTA - azulada, brilhante, lisa e nela está inserido o cordão
umbilical com duas artérias e uma veia.
– Identifica-se dois folhetos que formam a bolsa das águas: âmnio e cório: aquele
mais interno, que está em contato com o feto e este, mais externo por aderir-se à
face materna. – Baudelocque-Shuntz – Face da placenta)
• FACE MATERNA - rugosidade, cor vermelha, com presença de 12 a 16 cotilédonos
que concretizam a parte funcional da placenta, que ocorrem as trocas materno-fetais
durante o período gestacional – Baudelocque-Ducan – Face da placenta)
MANOBRAS DE JACOB DUBLIN
PÓS-PARTO IMEDIATO OU 
GREENBERG:
• INÍCIO - liberação total da
placenta e estende-se pelas
primeiras 4 horas pós-parto;
• AVALIAÇÃO DA PUÉRPERA
- detectar atonia uterina,
hemorragia puerperal,
anormalidades nos SSVV e
retenção urinária.
INVOLUÇÃO UTERINA
Globo de 
Segurança de 
Pinard: 2h após 
o parto o útero 
deve estar 
abaixo do 
umbigo
A S S I S T Ê N C I A D E 
E N F E R M A G E M 
D U R A N T E O 
T R A B A L H O D E 
PA R T O
SAL A DE PRÉ-PARTO – DIL ATAÇÃO
• Realizar admissão da paciente
• Observar as condições maternas (pulso,
respiração, PA, Vômitos, sangramentos,
temperatura, presença de dor, cefaléia)
• Realizar higiene da vulva e corporal (com
tricotomia se indicado)
• Vestir a paciente com bata do hospital
• Repouso relativo (se bolsa rota) ou absoluto
(se patologias gestacionais)
• Colocar a gestante em decúbito lateral
esquerdo (melhorar aporte sanguíneo para o
feto)
• Orientar relaxamento e execução de
exercícios respiratórios
• Orientar quanto a eliminação vesical e
intestinal
• Oferecer apoio emocional
• Observar as condições fetais (BCF)
• Observar sinais do período expulsivo
• Observar a Dinâmica Uterina
• Se ocorrer amniorrexe , observar a cor do
líquido.
• Puncionar veia periférica para manter
acesso.
• Realizar medicação prescrita.
• Usar métodos não farmacológicos para
analgesia: massagem de conforto, cavalinho,
bola, banho quente.
SALA DE PARTO – EXPULSÃO
• Preparação da sala de parto: bandeja de parto, luvas, gases, seringas, anestésicos, foco de luz, aspirador,
campos operatórios, capotes, máscaras, sondas, cateter de O2, fios de sutura e berço aquecido.
• Realizar admissão na sala.
• Colocar a paciente na mesa em posição ginecológica
• Oferecer apoio emocional
• Cobrir a paciente
• Fazer antissepsia da vulva e parte interna das coxas.
• Controlar AVC ( Acesso venoso central) - gotejamento
• Orientar a paciente para inspirar a bloquear a respiração no momento da contração, fazendo força
(como se fosse defecar) e relaxando ao final da contração.
DEQUITAÇÃO
• Observar a saída da placenta e
perda sanguínea.
• Observar a placenta (integridade)
• Se prescrito, administrar o
retrator uterino – Methergin.
APÓS A DEQUITAÇÃO
• Deixar a paciente repousar,
mostrando o RN a ela.
• Controlar SSVV.
• Não deixá-la sozinha.
• Oferecer apoio emocional.
• Encaminhá-la ao puerpério –
alojamento conjunto.
• Registrar no prontuário: hora, tipo
de parto, dados do RN (sexo, altura,
peso, apgar).
PA R T O 
H U M A N I Z A D O
PUERPÉRIO
PUERPÉRIO
• IMEDIATO – 1º dia (primeiras 24horas)
• MEDIATO – 2º ao 10º dia de pós-
parto.
• TARDIO – do 11º ao 42º dia de pós-
parto.
• Deambular:
– Parto normal – o mais precoce possível.
– Parto cesária – 12 horas pós-parto.
LOQUIAÇÃO
• Lóquios – Sangramento pós-parto (troca de 2 a 3 absorventes por período), dura cerca de 10 a
12 dias em parto normal e cerca de 2 a 3 dias em parto cesárea. Vão clareando e diminuindo o
volume com o tempo.
• Rubros – até 7 dias
• Serosos – do 7º ao 12º dias
• Brancos – a partir do 10º dia
• Durante o parto e pós-parto imediato ocorre leucocitoce, se o débito circulatório diminuir causa
febre (38ºC); se essa febre durar 2 dias ou mais é sinal de infecção. Hemorragias no puerpério são
quando as perdas são maiores que 500ml.
CARACTERÍSTICAS DO 
PUERPÉRIO
• Imediato: A puérpera apresenta exaustão; alterações
de pulso e pressão; edema vulvar, mamas flácidas e com
presença de colostro, lóquios sanguinolentos, fundo de
útero entre cicatriz umbilical e sínfise púbica; diurese
escassa e retorno dos órgãos abdominais para seus
locais anatômicos.
• Mediato: Diurese aumentada, sede, involução uterina
mais acentuada, diminuição do edema vulvar,
reconstituição do colo do útero, lóquios sero-
sanguinolentos, mamas ingurgitadas, iniciando a
lactação.
– Obs.: Entre o 3º e 5º dia pós-parto ocorre a
apojadura (produção excessiva de leite) pelo aumento
dos hormônios prolactina e ocitocina.
• Tardio: Recuperação da genitália, involução
uterina total, (após o 10º dia torna-se impalpável),
Lóquios serosos, diurese espontânea.
• Remoto – endométrio proliferanormalmente,
retorno da menstruação.
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
• Perda sanguínea no período pós dequitação, superior a 500 ml (a perda fisiológica varia entre 300 e 500 ml).
• Causas - hipotonia uterina (90% dos casos); lacerações do colo ou canal de parto; retenção de restos placentários
ou membranas.
• Sinais e Sintomas
• Fluxo abundante de sangue ou em pequena quantidade por um período mais longo, com presença de coágulos;
• Pulso rápido e fino;
• Hipotensão;
• Pele fria, úmida e pegajosa;
• Agitação;
• Choque hipovolêmico
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
TRATAMENTO
• Se for causada por hipotonia, estimula-se o útero a contrair, realizando massagens até senti-lo firme,
comprimindo-o em seguida para expelir o sangue e coágulos acumulados dentro dele;
• Administração de contrator uterino (ocitocina) prescrito (IM ou IV);
• Curetagem uterina;
• Transfusão sanguínea, SN.
• Monitorar o sangramento através da saturação dos absorventes;
• Sutura das lacerações existentes;
• Elevação dos MMII;
• Aquecimento da paciente;
• Administração de O2 (hemorragia grave);
• Observação rigorosa da puérpera após sanar a hemorragia.
VOCÊ SABIA QUE OS BEBEÊS PODEM 
MERGULHAR NA ÁGUA?
É por causa de um reflexo que os 
bebês param de respirar assim que 
mergulham na água. E com a traqueia 
mais elevada (ANATOMIA DO BEBÊ), 
eles podem abrir a boca o tanto que 
quiserem. A água não entra nos 
pulmões, vai direto para o estômago.
https://www.youtube.com/watch?v=lq
wsVosR8zc - BEBÊS
DIREITOS E 
DEVERES DAS 
MULHERES
Prof.ª Enf.ª Natally Pereira
BONS 
ESTUDOS! ! !
REFERÊNCIAS
YAMAGUCHI et al. Drogas de abuso e gravidez. Rev. Psiq. Clín 35, supl 1; 44-47, 2008.
PASTORE, S., VINADÉ, I. A.; Hipertensão Gestacional –Uma revisão de literatura.

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