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DIETÉTICA E GASTRONOMIA HOSPITALAR Victor Hugo Cordeiro Rosa Gastronomia Hospitalar Conteúdo do slide • Conceitos Gerais • Gastronomia • Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) • Gastronomia Hospitalar (definição, objetivos, papel do Nutricionista, Vantagens e fatores determinantes de custo) Conceitos Gerais • Alimentação • Nutrientes É toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, pastoso, líquido ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo vivo os elementos necessários à sua formação, desenvolvi mento e manutenção (ORNELLAS, 2006). São substâncias que estão inseridas nos alimentos e possuem funções variadas no organismo. São eles: proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas, sais minerais e fibras (CUPPARI, 2003). Gastronomia ❑ Grécia antiga: “gastros” (estômago) e “nomos” (lei) ❑ É um ramo da culinária que compreende os métodos, as técnicas e os procedimentos destinados a transformar os alimentos apresentados pela natureza ❑ É uma culinária desenvolvida dentro dos princípios científicos ou técnicas alicerçadas em anos de descobertas e experiências que visam equilibrar sabores e ingredientes, com finalidades não só de cunho estético, mas harmonização dos diversos elementos que compõem as necessidades nutricionais do individuo Gastronomia “Arte de cozinhar e preparar as iguarias de modo a tirar-se delas o máximo prazer. OU Arte de escolher e saborear os melhores pratos (Michaelis, 2009).” “A gastronomia associa-se também ao resgate cultural e das antigas tradições, devido ao seu significado simbólico (Schluter, 2003).” Unidade de Alimentação e Nutrição • De acordo com o MS todo hospital deve prestar o Serviço de Alimentação (SA) → Unidade de apoio destinada a fornecer refeições a pacientes e funcionários “Unidade gerencial do serviço de nutrição e dietética onde são desenvolvidas todas as atividades técnico-administrativas necessárias para a produção de alimentos e refeições, até a sua distribuição para coletividades sadias e enfermas, além da atenção nutricional a pacientes na internação e em ambulatórios” (Resolução CFN 380/2005). Formas de Gerenciamento • Autogestão: A própria instituição possui e gerencia a unidade, produzindo as refeições para seus clientes; • Terceirização: A instituição cede seu espaço de produção e distribuição para uma empresa especializada na administração de SA, liberando-se dos encargos de gestão da UAN. Sistema de Distribuição • Sistema centralizado: Refeições preparadas e porcionadas na cozinha. Vantagens: > controle do porcionamento, supervisão, controle higiênico-sanitário e desperdício (↓ de sobras) • Sistema descentralizado: Refeições preparadas na cozinha e transportadas para as unidades de internação, onde são porcionadas. Desvantagens: Dificuldade de supervisão, erros mais frequentes, > risco de contaminação (manipulação) e apresentação ruim das refeições, > desperdício • Sistema misto: É o mais utilizado em hospitais; Refeições principais são porcionadas na cozinha e alguns itens (bebidas) porcionados nas unidades ou copas de apoio. O que é Gastronomia Hospitalar? Gastronomia Hospitalar Arte de integrar a patologia do paciente com uma dieta individualizada junto a técnicas culinárias e gastronômicas, de uma forma interativa com o processo de escolha, tornando assim um prazer o momento da alimentação, sem esquecer do comprometimento dos profissionais que devem utilizar toda a sua criatividade para interagir com os recursos disponíveis (IRIBARREM, 2006) Gastronomia Hospitalar “Aplicação de conceitos gastronômicos, diante das dietas hospitalares, a fim de melhorar as características sensoriais das preparações em todos os seus aspectos, promovendo nutrição e saúde, humanização e respeito ao paciente” (ROBERTO et al., 2013) Gastronomia Hospitalar A gastronomia e a dietética se unem para permitir o encontro de ideias para cozinhar bem, de maneira saudável, aprendendo a cultivar os sentidos para manter a saúde e a estética. História e Evolução da Gastronomia Hospitalar Modificação no padrão de produção e distribuição dos alimentos Refeições servidas sem sal, gordura e tempero, as quantidades eram fracionadas de acordo com sexo, idade e doença A alimentação ganhou importância pelo seu impacto nos processos de prevenção e cura de doenças Século XVIII: Criação dos hospitais de caridade Início do século XIX: O objetivo era minimizar possíveis danos à saúde Século XX História e Evolução da Gastronomia Hospitalar 1997: Assistência dietoterápica adequada a clientela 2001: Avanço considerável entre dietética e nutrição Conceito de gastronomia hospitalar Investimento para mudar o conceito de comida de hospital História e Evolução da Gastronomia Hospitalar • Atualmente, várias portarias sancionadas pela ANVISA, regulamentam a atuação do nutricionista em ambiente hospitalar pela íntima correlação entre estado nutricional e aceitação alimentar com dias de internação, custos e mortalidade • A gastronomia hospitalar desponta como grande ferramenta terapêutica, a favor da alimentação oral História e Evolução da Gastronomia Hospitalar • As dietas hospitalares inicialmente eram feitas por religiosas, a alimentação provinha de hortas, pomares e até de galinheiros existentes na sede dos hospitais • A evolução das dietas ocorreu ao longo dos anos, até que surgiu o profissional nutricionista e os estudos delimitando o tema alimentação e nutrição Como o nutricionista se encaixa nesta realidade? Papel do Nutricionista na Gastronomia Hospitalar Necessidade do paciente Dietas Nutricionista Conhecer a composição dos alimentos Conhecimento de técnicas gastronômicas Elaboração de cardápios inovadores Papel do Nutricionista na Gastronomia Hospitalar • Implementação de testes experimentais de alimentos na cozinha experimental, para auxiliar no desenvolvimento de cardápios • Treinamento e desenvolvimento de pesssoal através de oficinas de culinária para decoração de pratos, reconhecimento e aplicação de técnicas culinárias clássicas e inovadoras associadas à dietoterapia • Desenvolvimento de novos produtos e preparações dietéticas para aprimoramento de cardápio e dietas restritas Importância da Gastronomia Hospitalar • A prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados é muito elevada, além de ser importante fator de prognóstico • Medidas como personalizar a dieta para grupos de doenças e situações clínicas têm mostrado grande eficácia Importância da Gastronomia Hospitalar Objetivos da Gastronomia Hospitalar • O alimento ofertado ao paciente dever ser adequado às necessidades nutricionais associadas com os mais diversos quadros clínicos, mas também, deve respeitar as características sociais, culturais, religiosas e hábitos alimentares anteriores a internação • Oferecer cardápio equilibrado havendo controle e/ou exclusão de determinados nutrientes/consistências visando à oferta de nutrientes necessários para a manutenção ou recuperação do estado nutricional associando ao tratamento instituído. Objetivos da Gastronomia Hospitalar • Melhorar a apresentação e aceitação da dieta pelos pacientes/clientes • Planejar, elaborar e avaliar os cardápios, adequando-os ao perfil da clientela atendida, respeitando os hábitos alimentares e de acordo com as suas necessidades Objetivos da Gastronomia Hospitalar • A aceitação alimentar... ✓É inversamente proporcional à → Permanência em internação e à percepção da gravidade da doença; ✓ E é diretamente proporcional à → Temperatura adequada, à possibilidade de escolha do cardápio e à empatia da equipe que serve as refeições Qual a importância do cardápio hospitalar? Importância dos cardápios hospitalares • Quando a dieta hospitalar é capaz de superar as expectativas dos pacientes, há melhor ingestão alimentar, resultando em melhores condições nutricionais e impacto positivo na saúdedo paciente • Comfort Food → Comida caseira “É um alimento que conforta ou dá amparo; qualquer alimento (frequentemente com um alto teor de açúcar ou carboidratos) que está associado com a infância ou com comida caseira.” O comfort food foi aplicado para atender solicitações especiais, contribuindo para o tratamento e conforto do paciente durante o período de internação, tornando-se uma importante aliada no processo de recuperação. Gastronomia Hospitalar • Investimentos: ❑ Investimentos e modernização de recursos de hotelaria hospitalar ❑ Devem priorizar recursos humanos e treinamento, tecnologia, uniformes e utensílios ❑ Fornecedores, parcerias e financiamentos ❑ Benefícios alcançados são maiores do que os custos Gastronomia Hospitalar ❑ Estudos de perspectivas de mercado ❑ Flexibilidade na linha de atendimento ao cliente/paciente ❑ Sistema de opções de cardápios para dietas restritas Gastronomia Hospitalar • Recursos ❑ Tecnológicos: pratos, talheres, panelas, utensílios diversos, software para avaliar dietas, controle de produção e avaliação nutricional, palms para solicitar dietas ❑ Gestão de Pessoas: profissionais qualificados ligados a essa área – nutricionista, chefe de cozinha, cozinheiros, auxiliares de cozinha, etc ❑ Parceria entre o chefe de cozinha e as nutricionistas → Juntar a técnica à prática Gastronomia Hospitalar ❑ Ambiental: áreas físicas como a própria cozinha, as câmaras frias, o pré-preparo, etc ❑Material: a matéria-prima quantitativa e qualitativa Política Empresarial • Implantação ❑ Planejamento de cardápio, mediante pesquisa prévia de cardápios nutritivos, práticos e bem aceitos ❑ Padrão de dietas que permitam flexibilidade de atendimento e possibilitem treinamento eficaz da equipe em todos os níveis funcionais; ❑ Flexibilidade de atendimento com opções de alimentos e preparações, pesquisa e desenvolvimento de fornecedores; Política Empresarial • Implantação ❑ Preparações diferenciadas em cortes, modo de preparo e apresentação, com identificação e implementação de enfeites comestíveis em linha de montagem ❑ Divisão racional da equipe de preparo de alimentos por lote de alimentos e por preparações, evitando-se fluxo cruzado e permitindo focalização no preparo; ❑ Treinamento em linha de montagem centralizada, com utilização de utensílios funcionais; Política Empresarial • Implantação ❑ Desenvolvimento de talentos e habilidades manuais entre os colaboradores ❑ Investimento em cardápio de eventos especiais, com mensagens em bandejas de refeições Vantagens • Aumento da produtividade; • A satisfação garantida dos pacientes e seus familiares; • Maior procura pelas pessoas para credenciamento do hospital; • Cardápio variado; menor desperdício • Controle das compras → planejamento direcionado Vantagens • Padronização de fichas técnicas • O paciente se torna mais receptivo ao tratamento, facilitando o trabalho de toda a equipe • Marketing sem custo nenhum, aquele que é praticado pelos pacientes, pois a hotelaria adaptada com responsabilidade constitui por si, uma ferramenta marketing de grande retorno Fatores determinantes no custo • Tipo de cardápio; tipo de paciente • Média de permanência dos pacientes • Equipamentos disponíveis • Política da instituição • Espaço físico “Sendo assim, fica o entendimento de que a alimentação é prazer, a nutrição é ciência e a gastronomia é arte. Isoladamente esses itens parecem ser apenas conceituais, entretanto, estarão fazendo gastronomia hospitalar, aqueles que entenderem que a união dos três conceitos, fará a diferença.” (ROBERTO et al., 2013)
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