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Biodisponibilidade 03-11

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 UNIP SOROCABA
NUTRIÇÃO
INGRID TABATTA GENUÍNO SILVA 
LEANDRA GARCIA VERNEQUE 
LUCIANA DA SILVA ARAÚJO 
NATÁLIA CARNAVALE 
MAURÍCIO ANTÔNIO PIRES 
NUTRIÇÃO E BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES
INGESTÃO DE MEDICAMENTOS E BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES 
SOROCABA - SP 
2020 
UNIP SOROCABA
NUTRIÇÃO
INGRID TABATTA GENUÍNO SILVA RA: T665IB4
LEANDRA GARCIA VERNEQUE RA: T440II0
LUCIANA DA SILVA ARAÚJO RA: T976421
NATÁLIA CARNAVALE RA: D77ABI1
MAURÍCIO ANTÔNIO PIRES RA: N304588
NUTRIÇÃO E BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES
INGESTÃO DE MEDICAMENTOS E BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES 
 Trabalho Ingestão de Medicamentos e 
Biodisponibilidades de nutrientes 
 apresentado como parte da avaliação
 da disciplina Biodisponibilidade de 
 Nutrientes do 3º ano de Nutrição da UNIP/Sorocaba sob a orientação da 
Profa. Me. Jackeline Venâncio 
 
 SOROCABA - SP
 2020
SUMÁRIO 
 
 
1.INTRODUÇÃO………………………………………………………………………..…........3 
2.OBJETIVO……………………………………………………………..................................4
3.METODOLOGIA……………………………………………………………………………...4
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO………………………………………………………….....4
 4.1 O TRAJETO DOS FÁRMACOS NO ORGANISMO……………………………..4
 4.2 AS INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTE EM PACIENTES IDOSOS…………………………………………………………………………………………..5
 4.3 INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE…………………………………………...6
5.CONCLUSÃO………………………………………………………………………………...10
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………….................................11 
 
 1. INTRODUÇÃO 
 A junção de medicamento com nutriente é usada como uma alteração de um medicamento ou nutriente, ou também, podendo ser de um estado nutricional com grande resultado da administração de um medicamento, resultando-se que a interação do fármaco nutriente. (Gomez R, Venturini CD. 2009). 
 O alimento tem importância fundamental na vida humana. Tal importância está aplicada a capacidade que os alimentos possuem de fornecer ao corpo humano força e energia, ou seja, nutrientes necessários a seu sustento. A via oral uma e das vias mais utilizadas para aderir os medicamentos, sendo que é a mesma via onde os alimentos são ingeridos (VAQUERO et al., 2010). 
 Para o equilíbrio harmônico desta tarefa é fundamental a sua ingestão em quantidade e qualidade adequadas, de modo que funções específicas como a plástica, a reguladora e a energética sejam satisfeitas, mantendo assim a integridade estrutural e funcional do organismo. No entanto, esta integridade pode se alterar, em casos de falta de um ou mais nutrientes, com conseqüente deficiência no estado nutricional e necessidade de suplementação como um regime dietoterápico. (Oliveira, 1991; Yared Wong et al., 1995).
 A farmacodinâmica é responsável pelo seu importante efeito clínico e fisiológico do medicamento. As atuais interações de medicamentos e alimentação, em pacientes pode haver um prejuízo da interação do medicamento com o alimento, sendo então a causa de uma necessidade de se utilizar medicamentos em tratamentos crônicos e uma possível desnutrição, ocasionado o índice nos custos. (Pronsky ZM, 2005).
 O Efeito terapêutico age como uma resposta variável que depende de fatores individuais, além dos farmacocinéticos. (Moura et al, 2002).
 A Biodisponibilidade está justamente ligado na sua aplicabilidade, isto é, o termo biodisponibilidade é aplicado a vitaminas em alimentos e pode ser determinado como a proporção da quantidade de vitamina ingerida que sofre absorção intestinal e é então utilizada pelo corpo. Sendo assim, a utilização e o transporte da vitamina absorvida nos tecidos incluem absorção celular e conversão para uma forma que realiza alguma função bioquímica. Tendo um acesso por Via intravenosa: 100% atingida e outras vias: com um menor acesso – absorção e metabolismo de primeira passagem. (LEAL et al., 2018). 
 
 
 2. OBJETIVO
 O objetivo do trabalho é apresentar uma revisão dos diversos aspectos envolvidos na ingestão de medicamentos e biodisponibilidade de nutrientes pontuando os fatores de mais relevância para o profissional nutricionista, assim, como dar recomendações que minimizam os efeitos da ingestão de medicamentos e biodisponibilidade de nutrientes.
 3. METODOLOGIA 
 
 Para realização deste trabalho, o tema concebido foi Ingestão de Medicamentos e Biodisponibilidade de Nutrientes. A parte prática do trabalho foi realizada com pesquisas feitas via internet através de artigos científicos, com devidos termos Interação Fármaco-nutriente uma Revisão, Fases Farmacêuticas, FarmacoCinética e FarmacoDinâmica e Medicamentos que Podem Interferir na Absorção de Nutrientes. Assim como na biblioteca virtual através de livros relacionados com o tema. 
 
 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 4.1 O TRAJETO DOS FÁRMACOS NO ORGANISMO
 A interação de um fármaco e de um nutriente pode acontecer sobre os mecanismos envolvidos no processo interativo sendo classificados de acordo com o tipo predominante de fase farmacológica em que ocorrem, farmacêutica, farmacocinética e farmacodinâmica.
· Fase Biofarmacêutica
 Os nutrientes podem inibir ou estimular um metabolismo do medicamento alterando assim a atividade de sistemas enzimáticos da metabolização destes medicamentos, sendo o complexo P450. Os nutrientes podem-se assim causar a indução enzimática, que necessita do aumento de uma dose deste fármaco, ou inibição enzimática, causando a redução da dose ou aumento do intervalo ingeridos. (Reis NT, 2004)
· Fase Farmacocinética
 A duas fases da farmacocinética, a primeira gera fatores que competem por um espaço para a absorção, alterações de pH, diminuição da área absortiva de superfície por uma presença de alimentos, ocorrendo a alteração da capacidade de um órgão de executar movimentos autônomos, podendo substituir o processo de absorção dos fármacos, nutrientes ou ambos. A via oral (v.o.) é a principal via de administração de medicamentos. Sendo assim, se torna possível essas interações fármaco-nutriente e nutriente-fármaco. A alteração do pH no organismo ocorre por causa de nutrientes, onde se influencia a absorção destes fármacos, pois muitos são bases e ácidos fracos. A segunda corresponde àquelas que conjugam os grupos funcionais dos fármacos a moléculas endógenas. Estas reações são catalisadas por enzimas ou sistemas enzimáticos, sendo o fígado o principal local de metabolismo de compostos ativos, em função de seu amplo sistema microssomal. Outros órgãos e tecidos, como pulmões, rins, mucosa intestinal, pele e plasma sangüíneo, também podem participar deste processo (Silva, 1994).
· Fase Farmacodinâmica
 Ocorre devido a interferência das atividades fisiológicas dos medicamentos e compostos alimentares. Ocorre-se por sinergismo, quando se aumenta a resposta terapêutica desejada, como nos casos da associação de medicamentos depressores no sistema nervoso central e também o álcool. Os antagonistas se reduzidos ou anulados, o efeito de um e de outro, como a aceitação da dieta alimentar rica em vitaminas, presente os anticoagulantes cumarínicos, sendo a varfarina, que podendo assim baixar o efeito do medicamento (Reynolds, 1993).
4.2 AS INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTE NOS PACIENTES IDOSOS
 Pacientes idosos por serem mais debilitados e necessitados de estudos pois às prováveis interações fármaco-nutriente ocorre e apresenta resultados. Justificando este fato por serem pacientes que faz um uso significativo de polifarmácia e consomem medicamentos juntamente na hora das refeições, para facilitar a aderência sendo o não esquecimento do consumo, o que aumenta ainda mais o risco de interações como já dito. 
 As interações podem causar uma deficiência nutricional por diversos fatores, como a desnutriçãoe desidratação, hipoalbuminemia, assim, ocorrendo o aumento da passagem livre do fármaco, alteração da gordura corporal e também uma redução de tecido muscular, podendo assim ter uma alteração do metabolismo deste medicamento; As alterações da função renal, pode ocasionar um risco de toxicidade. As alterações mencionadas pode se alterar os efeitos de agentes sedativos, cardiovasculares, diuréticos entre outras funções terapêuticas muito utilizadas por idosos. (Olesen C, Faria MQ, 2014). 
 4.3 INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE
 Através da literatura é possível observar grandes interações de medicamentos e nutrientes, além de apresentar um caráter apenas teórico, podem também apresentar interações importantes que resultam em efeitos relevantes para a prática clínica. Essas interações justificam-se por diversas características como as propriedades físico-químicas das substâncias envolvidas, o momento da ingestão do medicamento com o horário da dieta, a quantidade do nutriente e a dose do fármaco, além de sofrer influência de aspectos inerentes à individualidade biológica do paciente. Como consequência, essas interações podem atenuar ou diminuir a absorção de nutrientes o que poderia levar a uma alteração do estado nutricional desse paciente. (LOMBARDO; ESERIAN, 2014). Algumas dessas interações podem ser observadas no quadro a seguir:
QUADRO 1 – Possíveis interações fármaco-nutriente
	Classe terapêutica
	Fármaco
	Alimento/Nutriente
	Efeito
	Cardiovasculares
	Amilorida
	Cálcio (leite e queijo)
	Depleta a absorção de cálcio (Ca)
	
	Digoxina
	Fibras (cenoura)
	Diminui a absorção do fármaco
	
	Propranolol
	Proteínas (leite)
	Aumenta a biodisponibilidade do fármaco
	Anti-inflamatórios
	Ácido acetilsalicílico
	Vitamina C (maracujá) e 
vitamina K (alface)
	Depleta a absorção dessas vitaminas
	
	Paracetamol
	Fibras (cenoura e alface)
	Diminui a absorção do fármaco
	Diuréticos
	Espironolactona
	Potássio (leite e carne)
	Retém potássio (K)
	
	Furosemida
	Sódio (abóbora, arroz, cenoura, carne)
	Depleta sódio (Na)
	
	Hidroclorotiazida
	Sódio ( queijo, ovo frito e carne)
	Aumenta a absorção do fármaco e depleta sódio (Na)
	Antiulcerosos
	Hidróxido de alumínio
	Ferro (carne e feijão)
	Depleta a absorção de ferro (Fe)
	
	Omeprazol
	Vitamina B12 (frango e leite)
	Depleta a absorção de vitamina B12
	
	Ranitidina
	Vitamina B12 (leite e carne)
	Depleta absorção de vitamina B12
	Laxativos
	Óleo mineral
	Vitamina A (abóbora) Vitamina K (salada de verduras)
	Depleta a absorção de vitaminas A e K
	
	Fenolftaleína
	Vitaminas A, E, K D, lipídeos
	Aumenta o trânsito intestinal, diminui o tempo de permanência, vilosidade intestinal e absorção
	
	Bisacodil
	Lipídeos, Na, K, Ca
	Estimula diretamente a motilidade intestinal; diminui o tempo de permanência e absorção no cólon
	Antibióticos
	Neomicina Isoniazida
	Lípidos, Na, K, Ca, Fe, vitamina B12, vitamina b6
	Danifica a mucosa; diminui a vilosidade intestinal; precipita sais biliares; provoca esteatorréia; diminui atividade da lipase pancreática.
	
	Tetraciclinas
	Cálcio e ferro
	Reduz a absorção por ligações com íons cálcio ou sais de ferro (forma quelada)
	Antineoplásicos
	Metotrexato
	Ácido fólico
	Inibição competitiva da enzima diidrofolato-redutase, com depleção de folato
	Tuberculostáticos
	Isoniazida
	Vitamina B6
	Depleção de vitamina B6 por inibição competitiva pelo fármaco
	Anti-helmínticos
	Praziquantel
	Alimentos de alto conteúdo lipídico e glicídico e carboidratos
	Aumenta a biodisponibilidade do fármaco
	
	
	
	
Fonte: Adaptado de LOPES, et al., 2010; LOMBARDO; ESERIAN, 2014; MOURA; REYES, 2002
 A administração de medicamentos com refeições são recomendadas em três situações fundamentais, segundo aqueles que as recomendam: possibilitar o aumento da absorção da substância; reduzir o efeito irritativo que alguns fármacos promovem sobre a mucosa gastrintestinal; e ingestão conjunta associada em atividades relativamente fixas, como as principais refeições, a fim de auxiliar no cumprimento da terapia. Dito isso, deve-se levar em consideração as respectivas possíveis interações entre os nutrientes e os fármacos elucidadas no quadro 1, que podem ter efeito marcante sobre a extensão, velocidade de absorção e sobre a ação das substâncias, o que pode ocasionar a desnutrição e agravamento clínico dos pacientes. (LOPES et al., 2010; DANTAS, 2015).
 Os medicamentos que são administrados pela via oral devem ser absorvidos pela mucosa gástrica e do intestino delgado. Em alguns casos a absorção do fármaco pode ser comprometida por conta de algum nutriente/alimento. Por exemplo, o captopril (anti-hipertensivo), que é identificado como um dos principais fármacos nas possíveis interações fármaco-nutriente, onde sua absorção é prejudicada quando é administrado durante ou próximo do horário das refeições. (LOPES et al., 2010; DANTAS, 2015)
 É possível observar uma interação fármaco-nutriente bastante frequente entre o ácido acetilsalicílico (AAS), a vitamina K e a vitamina C onde depleta-se uma e aumenta-se a excreção da outra, respectivamente. Também foi observado que o AAS reduz a absorção de vitamina C através da redução da captação pelo organismo, dando a se considerar redução das reservas plaquetárias (LOPES et al., 2010). O AAS promove a redução da vitamina K, produzindo um aumento da excreção, ácido fólico e de aminoácidos. Dito isso, o recomendado seria que esse medicamento fosse ingerido entre 1 hora antes ou 2 horas após as refeições de alimentos ricos em vitamina C, vitamina K e tiamina, evitando assim a diminuição da biodisponibilidade desses micronutrientes (DANTAS, 2015). 
 
Outra forma justamente apresentada ocorre entre um diurético com nutrientes, como o potássio, as carnes e o leite. Diante de estudos o diurético mostra que a espironolactona retém potássio, sendo assim, recomendado não realizar o uso desse diurético em conjunto dos mesmos citados. Aplica-se a mesma recomendação de ingerir o AAS devendo realizar o acompanhamento farmacoterapêutico na parte clínica, do medicamento (LOPES et al., 2010).
 Verificou-se também através do estudo de Lopes et al., 2010 que medicamentos emolientes (laxativos) promove uma redução de caroteno e de vitaminas. Diante a literatura sugere-se que esse fármaco diminui a absorção dessas vitaminas, o que pode levar a deficiência desses micronutrientes lipossolúveis em decorrência do efeito que promove sobre trânsito intestinal. Efeitos semelhantes foram observados na interação entre fenolftaleína e bisacodil, onde há exclusão de lipídeos, vitaminas lipossolúveis, sódio, potássio e cálcio em decorrência de alterações da mucosa intestinal, motilidade e o tempo de permanência intestinal. Objetiva-se atenuar essa interferência na absorção dessas vitaminas e minerais evitando ingerir este fármaco na hora das refeições, evitando absorver inadequadamente estes micronutrientes. (MOURA; REYES, 2002; LOPES et al., 2010)
 Em medicamentos antiulcerosos, observaram-se portanto interações entre fármacos e nutriente, como (carne, frango e leite); Schweigert et al., 2008 registrou que a absorção de nutrientes pode ser depletada na presença desses antiulcerosos, portanto é plausível evitando ingerir alimentos fonte de vitamina B12 próximo do horário da administração deste medicamento. Uma possível interação foi verificada entre alimentos ricos em ferro (Fe) e o medicamento hidróxido de alumínio onde há depleção da absorção de ferro em conjunto a administração deste medicamento. Foi observada também interações com fósforo, através da formação de quelatos, assim como a vitamina A, ácido fólico, cálcio e potássio. Sendo assim, é recomendado que o hidróxido de alumínio seja administrado uma hora antes ou duas horas após a ingestão de alimentos fonte desses micronutrientes com o intuito de diminuir essa depleção (LOPES et al., 2010).
 Nos antibióticos, é possível observar a interação entre alimentos fonte de lipídeos, sódio, potássio, cálcio, ferro, vitamina B12 e B6 e os fármacos neomicina e isoniazida onde há danificaçãoda mucosa e consequentemente diminuição da microvilosidades intestinais. Também há a ocorrência da precipitação de sais biliares e diminuição da lipase pancreática o que pode causar esteatorréia. No caso das tetraciclinas, há depleção de cálcio e ferro por conta da redução da absorção por ligações de íons cálcio e sais de ferro (MOURA; REYES, 2002).
 No praziquantel (anti-helmíntico), a interação fármaco-nutriente se dá através da administração conjunta do fármaco com alimentos em geral, principalmente os ricos em gordura e carboidrato. Essa interação faz com que se eleve a biodisponibilidade do fármaco e consequentemente atenue-se seu efeito farmacológico. Porém, esse aumento de eficácia pode representar risco de toxicidade em consequência da maior probabilidade de efeitos colaterais. Seu mecanismo não foi claramente elucidado, mas pode estar associado a otimização da degradação da forma farmacêutica, melhor dissociação do fármaco na presença desses alimentos e aumento do fluxo sanguíneo hepático, que por sua vez, influencia o tempo de metabolismo hepático e o efeito de primeira passagem pelo fígado (DANTAS, 2015).
 5. CONCLUSÃO 
 O alimento tem diversos papéis para o ser humano, dentre eles o principal é nutrir e fornecer energia para a manutenção do corpo, mantendo o equilíbrio. O alimento interfere diretamente na absorção do fármaco ele muitas vezes interage com o medicamento o que causa problemas clínicos. Os nutrientes podem vir modificar os efeitos dos fármacos por interferirem no seu processo de absorção, distribuição, biotransformação e excreção, como a absorção dos nutrientes e dos fármacos ocorre por mecanismos similares é frequente ocorre essa interação e competição.
 A forma mais usada para administração de um fármaco é a forma oral e sua absorção vem através da difusão passiva e os nutrientes são absorvidos pelo transporte ativo. As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma destas substâncias ou de ambas, interferem também na velocidade e extensão se sua absorção. Sendo indicado somente quando há a possibilidade de aumento de sua absorção, quando há uma redução de efeitos irritantes sobre a mucosa gástrica e quando auxiliam em terapias, ainda assim a influência dos nutrientes sobre a absorção dos fármacos depende do tipo de alimento, da formulação farmacêutica, do intervalo de tempo entre a refeição e sua administração e do volume de líquido com o qual ele é ingerido. Outros fatores que também podem interferir no processo de absorção do fármaco é a modificação do pH do conteúdo gastrointestinal, a velocidade do esvaziamento gástrico, o aumento da atividade peristáltica do intestino, a competição pelos sítios ativos, o fluxo sanguíneo, a ligação direta do fármaco com componentes dos alimentos.
 Existe ainda a possibilidade de interferência dos fármacos no estado nutricional do indivíduo, eles podem modificar o metabolismo dos nutrientes causando muitos danos na saúde do paciente, é de extrema importância não fazer a automedicação e sempre procurar um médico antes de se medicar porque já é comprovado cientificamente que o nutriente interage diretamente com o fármaco tanto para melhorar sua eficácia quanto para diminuir a mesma.
 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8. COSTA, S.C; PEDROSO, I.R.P. A prescrição de medicamentos para idosos internados em serviços de clínica médica: atualização. Rev. Med Minas Gerais v.21 n.2 – 2011 
9. LEAL et al. Revista Rios Saúde 2018, 1:4 http://www.fasete.edu.br/revistariossaude 
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13. LOMBARDO, M. ESERIAN, J. K. Fármacos e alimentos: interações e influências na terapêutica. Revista Infarma Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 188-192, 2014.
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17. SCHWEIGERT, I. D.; PLESTCH, U. M.; DALLEPIANNE, L. B. Interações medicamento-nutriente na prática clínica. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, Porto Alegre, v. 23, n. 1, p. 72-77, 2008.

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