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FACULDADE DE EDUCAÇÃO PAULISTANA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EDUCAÇÃO ESPECIAL COM ÊNFASE EM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL MARIA DAS GRAÇAS SIQUEIRA SANTOS MOURA SÃO PAULO 2023 2 MARIA DAS GRAÇAS SIQUEIRA SANTOS MOURA RELATÓRIO DE ESTÁGIO Relatório de estágio apresentado à Faculdade de Educação Paulistana como requisito parcial para a conclusão do Curso de Pós Graduação em Educação Especial. SÃO PAULO 2023 3 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO MARIA DAS GRAÇAS SIQUEIRA SANTOS MOURA Aprovado em / / Nota: Professor (a) Coordenador (a) de Estágio 4 INTRODUÇÃO A educação especial e inclusão escolar é um grande desafio que vem sendo bastante discutido ao longo dos anos, vários planos e metas foram estabelecidos para que o aluno com deficiência pudesse ser aceito no ensino regular, sabe-se que a inclusão escolar não se dá apenas pela matricula do aluno, mas pela aceitação, inserção, participação, acessibilidade e aprendizagem, ainda assim o movimento da educação inclusiva é um grande desafio na busca de uma educação que privilegie a todos. Nesse sentindo, a escola deve caminhar rumo a uma educação de qualidade para todos, assim como os professores precisam rever suas práticas, refletindo sobre o papel social na inclusão do aluno com deficiência, a fim de garantir o seu acesso e a sua permanência no ensino regular. Silva (2012) acredita que para garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno com necessidades especiais em sala de aula do ensino regular são preciso que a prática do professor seja baseada nas necessidades, nas potencialidades, e nos interesses desses estudantes. A educação especial e inclusiva vem ganhando cada vez mais espaço no sistema educacional, permitindo a todos os seres com deficiência ou não estarem no mesmo ambiente escolar, mas para que ela ocorra com qualidade muito ainda precisa ser feito, as escolas ainda precisam se adequar tanto estruturalmente quanto as práticas dos professores, a caminhada para uma educação inclusiva de fato é longa, mas não é impossível, exige apenas esforço e determinação dos envolvidos. A sala de Atendimento Educacional Especializado veio para reafirmar e garantir o direito à inclusão. No contexto do AEE, cabe ao professor ensinar e utilizar os recursos de Tecnologia Assistiva (TA). A tecnologia assistiva é um recurso ou uma estratégia utilizada para ampliar ou possibilitar a execução de uma atividade necessária e pretendida por uma pessoa com deficiência. A tecnologia assistiva favorece a participação do aluno com deficiência nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns. São exemplos de tecnologia assistiva na escola os materiais escolares e pedagógicos acessíveis, a comunicação alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para 5 mobilidade, localização, a sinalização, o mobiliário que atenda às necessidades posturais, entre outros. O relatório justifica-se ainda pela oportunidade de reflexão na tentativa de tornar a educação inclusiva acessível a todos, cientificamente o relatório proporcionou à pesquisadora a superação de lacunas e o aprofundamento do conhecimento na área. 6 OBJETIVOS O principal objetivo do estágio é proporcionar para os alunos os instrumentos de preparação para a introdução e inserção no mercado de trabalho, mediante ambiente de aprendizagem adequado e acompanhamento pedagógico supervisionado pelo professor em sala de aula. Desta forma, o docente contribui como um facilitador do processo de aprendizagem e profissionalização deste aluno, onde através do estágio, ele se prepara para assumir um papel importante na sociedade, como protagonista e profissional qualificado. A realização do estágio alia conhecimento acadêmico com a experiência vivencial do ambiente de trabalho, porque elucida e complementa na prática os temas abordados nas aulas pelo professor. Assim, o estudante pode reter melhor o conhecimento sobre a profissão escolhida, através da experiência galgada durante o programa de estágio. 7 RELATÓRIO- AULA ONLINE ATIVIDADES NA EDUCAÇÃO ESPECIAL A Prefeitura de Guarulhos , através da Secretaria Municipal de Educação, Desporto e Cultura, desde o dia 27 de abril, vem oferecendo atividades remotas aos alunos de toda a Rede Municipal de EnsinO, portadoras de necessidades especiais. A ação busca dar continuidade ao aprendizado e manter o vínculo dos alunos com as instituições de ensino neste momento em que as aulas presenciais estão suspensas devido à pandemia da Covid-19. As atividades foram planejadas para serem realizadas diariamente, mas sem perder de vista a retomada do conteúdo dado no dia anterior, para dar noção do todo. No planejamento ficou claro, o tempo que a família e o aluno deverão dedicar, para a realização das atividades propostas. Vale ressaltar que ficou claro aos responsáveis, que a realização das atividades domiciliares, requer paciência e dedicação, por isso as atividades propostas pelo professor devem ser bem descritas, proporcionado o máximo de autonomia para o aluno e claro que, para os alunos com maior comprometimento, nem sempre a autonomia total é possível, considerando-se principalmente que todos neste momento, estão em processo de adaptação à nova rotina de atividades acadêmicas. Para pensar em um trabalho remeto com aluno TEA é preciso inicialmente averiguar as características que a criança apresenta (nível cognitivo, se apresenta ou não linguagem, grau de compreensão na comunicação social, intensidade dos comportamento repetitivo e restritivo, dentre outros aspectos), já que o quadro do TEA é bastante heterogêneo e cada criança apresenta sua especificidade. Na aula que assisti foi proposta atividades para aprimorar a consciência fonológica e a relação letra som de forma oral e lúdica utilizando jogos simples, rimas, músicas, coisas presentes nas casas dos alunos etc. por exemplo com que letra começa Feijão? O nome da mamãe começa com que letra? Que outro nome começa igual ao do irmão? 8 A educadora também propôs situações problemas sempre de forma contextualizada, levando o aluno a perceber que a solução das mesmas não deixa de ser uma história que precisa ser entendida, utilizando material manipulável. Propôs atividades lúdicas para serem feitas em família estimulando assim, além do convívio e da interação à coordenação motora ampla, viso motora, ritmo, organização temporal e espacial, habilidades ligadas diretamente ao processo de aprendizagem escolar, tais como: pula-pula no jornal, pintura, pular corda, morto vivo, dança maluca, mímica, telefone sem fio, encontre as tampas para cada pote, entre outros. 9 RELATÓRIO- REFLEXÃO SOBRE A INCLUSÃO Formar uma nova geração a partir de um projeto educacional inclusivo é fruto do exercício diário da cooperação e da fraternidade, do reconhecimento e do valor das diferenças, o que não exclui a interação com o universo do conhecimento científico sistematizado. A educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da ideia de uma formação integral do aluno – segundo suas capacidades e talentos – e de um ensino participativo, solidário e acolhedor. Neste livro, a discorre sobre a inclusão escolar. De forma didática, ela define inclusão escolar, discute as razões pelas quais esse tema tem sido proposto, quem são seus beneficiários e conclui debatendo sobre os possíveis caminhos para se concretizar a inclusão em todas as salas de aula de todos os níveis de ensino. Os anos passam e a necessidade de mudanças aumentam. No contexto escolar oparadigma da mudança, em caráter primordial é a das rupturas de conceitos que uniformizam os sujeitos, e por mais que esse movimento assuste ou cause incertezas, essa mudança é emergencial. Sem a inovação em sala de aula não há como mobilizar trajetos de práticas inclusivas Segundo Mantoan. É impossível negar que além dos paradigmas, a forma de transposição do conhecimento e as relações professor/aluno também necessitam passar por uma reinterpretação. Para Mantoan a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anular ou marginalizar as diferenças na maneira de instruir e formar seus alunos. Os alunos são excluídos da escola simplesmente por não se adaptarem a sua metodologia. As diferenças do educando, na maioria das vezes são vistas pela referida instituição como um entrave e não como uma possibilidade para o processo de aprendizagem. O tempo passa e as diferenças vão sendo percebidas e a maioria das escolas sentem enorme dificuldade em usar a diversidade para recriar a maneira de ensinar e de aprender. 10 O ideal é que as escolas se preparem para incluir a todos não só no momento da aceitação do outro em sala de aula, mas também durante todo o processo de revelação do conhecimento. Partindo dessa premissa, a avaliação não deve ser realizada apenas com a finalidade de avaliar o que o aluno aprendeu, e sim como um termômetro que mede o grau de necessidade de inovar em sala de aula. Se um aluno obtém notas baixas é porque sentiu alguma dificuldade no momento da transposição do conteúdo, então é chegada a hora do professor reestruturar seu planejamento e adaptá-lo às necessidades dos educandos. O profissional biólogo frente ao processo da inclusão escolar precisa superar o sistema tradicional de ensino e recriar o seu modelo educativo com o propósito de ensinar a todos os envolvidos na sistemática de aprendizagem. Essa recriação é uma análise do que ensinamos aos nossos alunos e como os ensinamos isso é sem dúvida, zelar por um ensino de qualidade. Ao contrário do que muitas escolas enfatizam, inclusão não se reduz a mera integração do sujeito em dado espaço, ou ainda, de técnicas "duras" que esmagam a matriz humana do legítimo outro, nesse caso, o educando. Conforme Mantoan, para a inclusão escolar acontecer, é o professor quem deve retomar o poder que está centrado na escola, afinal é ele que faz a educação acontecer. Nós profissionais da educação, temos que celebrar as diferenças e consequentemente quebrar com o pessimismo que se prolifera na tentativa de desmotivar toda a comunidade escolar. É chegada a hora de quebrar os pilares que sustentam uma metodologia excludente, basta querer pois temos as ferramentas em nossas mãos: conhecimento, vontade e capacidade de inovar para trazer um ensino de qualidade a todos. Mantoan faz uma outra abordagem sobre o processo avaliativo dos alunos, coloca avaliação como um instrumento de aperfeiçoamento e depuração do conhecimento, onde o professor, ao usá-la de forma adequada diminui substancialmente o número de alunos excluídos das escolas. Ensinar a turma toda reafirma a necessidade de se promover situações de aprendizagem que formem um tecido colorido de conhecimento, cujos fios expressam diferentes possibilidades de interpretação e de entendimento de um grupo de pessoas que atua cooperativamente, em uma sala de aula. 11 RELATÓRIO- VÍDEO A inclusão escolar requer muitos desafios, mas é importante reiterar que para isso ser efetivado com sucesso, alguns fatores são necessários para fazer valer essa iniciativa, que visa ao aprendizado e à socialização do pequeno: convicção e confiança. A situação por aqui ainda requer muito estudo aprofundado acerca dos métodos que podem surtir efeito na vida de um aluno incluído na educação regular. Na Europa, principalmente em Portugal, as instituições já contam com benefícios voltados para esses casos. Escolas públicas oferecem a seus alunos, além de acompanhamento pedagógico, auxílios multidisciplinares e que contribuem para o desenvolvimento dos estudantes atendidos pela inclusão. Embora haja escolas especiais em Portugal, a intenção do sistema educacional é trazer os alunos para o meio das instituições regulares justamente para validar essa inclusão com os demais estudantes. O plano educacional é composto pelo professor-diretor, professor especial, psicólogo, fonoaudiólogo e até mesmo pelos pais da criança, de forma que atenda às necessidades da criança. Tudo isso no ensino público. Infelizmente, o desafio dos pais e responsáveis pela criança é a questão da acessibilidade. O serviço público é bem deficitário nesse quesito do acesso dos estudantes à inclusão. As instituições particulares são aquelas que costumam oferecer mais variedades inclusivas aos pequenos. No entanto, a realidade é bem diferente, sobretudo quando a maior parte dos pais não tem como arcar com mensalidades dessas escolas, restando o ensino público como única alternativa. Além disso, devido à deficiência da educação no Brasil, o processo de inclusão também fica prejudicado por conta de o processo de inclusão ser iniciado tardiamente. Conseguir uma escola em que haja uma equipe multidisciplinar também é um desafio, pois não são muitas as que oferecem esses serviços. https://institutoneurosaber.com.br/?p=10860 https://institutoneurosaber.com.br/?p=10860 12 Embora estejamos no início do que seja a inclusão escolar e necessitemos de muitas etapas a serem conquistadas, é evidente que podemos modificar tudo isso para melhor. Iniciativas que visem ao conhecimento tendem a sensibilizar a sociedade civil e as autoridades políticas no incremento à inclusão na educação pública. As iniciativas de determinados grupos têm contribuído para o surgimento de uma nova consciência acerca da inclusão escolar. Todos sabem que o caminho é bem longo até que se chegue de fato ao ideal, ao que pode fazer a diferença na vida dessas crianças. Porém, muitos pais também precisam acreditar nessa ideia: que o contato de seus filhos com outros alunos propiciará um aprendizado imenso, tanto pedagógico quanto social. A capacitação de professores também reflete outro desafio a ser superado. Os profissionais precisam passar por treinamentos que aprimorem a aproximação com esses estudantes e que possam oferecer uma educação efetivamente inclusiva. 13 RELATÓRIO- PALESTRA SOBRE TECNOLOGIA ASSISTIVA: “PROGRAMA ESPECIAL – CIÊNCIA E TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO NA TV BRASIL” Neste programa vimos como funciona a Autonomous Chair, uma cadeira de rodas inovadora, desenvolvida por cientistas em Berlim. A Autonomous Chair é uma cadeira de rodas desenvolvida por cientistas da Freie Universität, em Berlim. Ela é equipada com sensores e outros aparelhos que auxiliam na detecção de paredes e obstáculos e evitam a colisão. Além disso, o usuário pode movimentá-la com comandos de pensamento. Dr. Adalberto Llarena, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, explica o funcionamento: “alguns scanners a laser podem detectar pessoas, pés, obstáculos no caminho e situar a cadeira no ambienta. Temos múltiplos meios de pilotar a cadeira de rodas. Num nível superior, você poderia dizer à cadeira de rodas comandos como: 'Por favor, vá para a cozinha. Por favor, vá para o banheiro. Por favor, vá para a sala de estar.' O computador principal controla a cadeira de rodas, processa a linguagem e recebe ordens.” Ainda em Berlim, a equipe de reportagem visita o Museu Science Center Spectrum. O local possui cerca de 150 peças interativas que explicam conceitos tecnológicos de maneira divertida. Hagen, um jovem com síndrome de Down, fez uma visita guiada por Aram Gorges, estagiário científico do museu. A tecnologia contribuiu de forma precisa nas mais diversas áreas no dia a dia do serhumano. Na área profissional forneceu ferramentas que contribuíram para a organização de processos, bem como o controle deles para as empresas na vida pessoal, trouxe comodidade e conectividade, uma vez que as pessoas se mantêm mais próximas através das redes sociais. Na área da educação, os aplicativos invadiram universidades e escolas levando uma forma divertida de ensinar. E assim, podemos citar diversas áreas em que a tecnologia foi incluída com grande receptividade, tornando o cotidiano mais prático e organizado. Dentro do cenário então, berço da tecnologia, nós temos a Revolução Industrial que é onde os processos passaram a ser 14 automatizados, ou seja, a mão-de-obra artesanal foi substituída pelo uso de máquinas, tendo assim um papel crucial no decorrer dos anos dentro dos processos produtivos, claro, sua inclusão não foi simples, tendo em vista que a tecnologia exercia função sobre um processo já existente e que sofreu melhoria. 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com relação à aquisição de benefícios e pontos positivos, o estágio permite o intercâmbio a e troca de novos conceitos e estratégias apreendidos pelo aluno através da vivência diária; a construção de uma rede de contatos com pessoas influentes do meio corporativo; o financiamento das próprias despesas por meio do estágio remunerado; o direito a alguns benefícios, como alimentação e transporte; permite angariar referências profissionais para o currículo. Para o estudante, a prática, a dedicação e a disciplina adquiridas durante o período de estágio agregam valor e conhecimento a sua carreira. Sob este viés, é crucial aproveitar as oportunidades de crescimento e desenvolvimento oferecidas durante este programa, que oferece um novo olhar para o futuro, através da construção de um novo projeto de vida e carreira profissional. O estágio em educação especial e inclusiva forneceu-me um grande aprendizado e uma sólida formação por conta da participação real ao contexto educativo “especial”, por haver a reflexão da realidade ali exposta, onde se analisa os processos de inclusão x exclusão e da capacidade de conquistarmos á modificabilidade cognitiva humana, independentemente das limitações específica de cada pessoa. Em forma de conclusão do trabalho de estágio curricular, pode-se afirmar que as contribuições trazidas pelo trabalho foram gradativamente significativas a minha futura formação docente. Verificou-se que a inclusão social é possível, e através dela se obtêm maiores oportunidades e capacidade de estabelecer laços e se desenvolver fisicamente e cognitivamente todas as pessoas com necessidades especiais. 16 Referências ABRAMOWICZ, A.; WAJSKOP, G. Educação Infantil Creches - Atividades para Crianças de zero a seis anos. 2° ed. São Paulo: Moderna, 1995. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 2001. . . . Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2004.