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NUTRIÇÃO NORMAL IV – NUT 157 2009.1 QUALIDADE DO FERRO DA DIETA Segundo a FAO/WHO - 2001: Estes organismos estabeleceram os valores recomendados para ferro alimentar, baseando-se na quantidade de ferro biodisponível na dieta. Dietas com 5% de ferro biodisponível: Ocorrem em dietas simples e monótonas, com quantidades insignificantes de carne/peixes, baixo teor de ácido ascórbico e alta quantidade de fitato e tanino. Ex: 5% de 10 mg = 0,5 mg é absorvido. Dietas com 10% de ferro biodisponível: Ocorrem em dietas que incluem pequenas quantidades de carnes e alto teor de fitato. Tem frequentemente uma refeição principal. Ex: 10% de 10 mg = 1,0 mg é absorvido. Dietas com 12% de ferro biodisponível: Ocorre em dietas variadas, que contêm: 1) quantidades moderadas de carnes/peixes nas duas principais refeições diárias, 2) quantidades moderadas de carnes/peixes nas duas principais refeições diárias, baixo teor de fitato e cálcio ou 3) quantidades de carnes/peixes em 60% nas duas principais refeições diárias, alto teor de fitato e cálcio. Ex: 10 mg = 1,2 mg é absorvido. Dietas com 15% de ferro biodisponível: Ocorre em dietas variadas, que contêm: 1) quantidades muito altas de carnes e fontes alimentares de ácido ascórbico, 2) quantidades muito altas de carnes nas duas principais refeições diárias e alto teor de ácido ascórbico ou 3) quantidades altas de carne/peixe nas duas principais refeições diárias. Ex: 15% de 10 mg = 1,5 mg é absorvido. NUTRIÇÃO NORMAL IV – NUT 157 2009.1 QUALIDADE DO ZINCO DA DIETA Segundo a FAO/WHO - 2001: Para zinco foram estabelecidos valores recomendados com base na: baixa, moderada (média) ou alta biodisponibilidade de zinco da dieta. Critério para classificar a dieta de acordo com a biodisponibilidade do zinco. Classificação nominal Características dietéticas principais Biodisponibilidade alta Dietas refinadas pobres em fibras de cereais, pouco teor de ácido fítico e com razão molar de fitato:zinco menor que cinco; quantidade adequada de proteína principalmente de fontes não vegetais, tais como carne, peixe. Inclui dietas de fórmulas semi-sintéticas baseadas em proteína animal. Biodisponibilidade moderada Dietas mistas que contêm proteína animal. A razão molar de fitato:zinco da dieta total está dentro do intervalo de 5 a 15 ou não excedendo 10 se mais que 50% da ingestão de energia for considerada a partir dos cereais e farinhas não refinadas e não fermentadas, ao passo que a dieta é fortificada com sais de cálcio inorgânico (> 1 g Ca2+/dia). A biodisponibilidade do zinco melhora quando incluem na dieta fontes de proteína animal. Biodisponibilidade baixa Dietas com elevadas quantidades de cereais integrais, não fermentados e não germinados*, especialmente quando fortificados com sais de cálcio inorgânico e quando a ingestão de proteína animal é insignificante. A razão molar de fitato: zinco da dieta total excede 15**. Produtos de proteína de soja que contêm alto teor de fitato constituem a principal fonte de proteína nesta dieta. Dietas nas quais, aproximadamente 50% da ingestão de energia for considerada a partir dos seguintes alimentos com teor elevado de fitato (sozinhos ou em conjunto): trigo de alta extração (+ 90%), arroz, grãos de milho e farinhas, farelo de aveia; sorgo; ervilhas da angola farinhas de tubérculos, de feijão comum, de feijão fradinho. Ingestão elevada de sais de cálcio (> 1 g Ca2+/dia), seja como suplemento ou contaminantes adventícios (por exemplo geofagia calcárea) potencializam os efeitos inibitórios das dietas da categoria C; baixa ingestão de proteína animal exacerba esses efeitos. * A germinação de muitos grãos ou fermentação (levedação) de muitas farinhas podem reduzir a potência antagonista; a dieta deve então ser relocalizada para a categoria B. ** Dietas vegetarianas com proporçoes de fitato/zinco que excedem 30 não são desconhecidas; para tais dietas, uma admissão de 10% de disponibilidade de zinco ou menos pode ser justificada, especialmente se a ingestão de proteínas for baixa e/ou aquela de sais de cálcio for excessiva, por exemplo > 1,5 g de Ca/dia Fonte: FAO/WHO. FAO/WHO expert consultation on human vitamin and mineral requirements. 2001. www. ftp://ftp.fao.org/es/esn/nutrition/Vitrni/vitrni.html
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