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INTRODUÇÃO À GASTRONOMIA APLICADA À NUTRIÇÃO CLÍNICA Faculdade Estácio de Sergipe – FASE Fevereiro – 2017 Profa. Leise N. Moreira CONCEITOS GERAIS Alimentação Processo pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior os alimentos que compõem a dieta (Cuppari, 2003). Toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, pastoso, líquido ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo vivo os elementos necessários (NUTRIENTES) à sua formação, desenvolvimento e manutenção (Ornelas, 2006). 2 CONCEITOS GERAIS Nutrição Ciência que estuda os alimentos, seus nutrientes, bem como sua ação, interação e balanço em relação a saúde e doença, além dos processos pelos quais o organismo ingere, absorve, transporta, utiliza e excreta os nutrientes (Cuppari, 2003). Nutrição clínica Atividades de alimentação e nutrição realizadas nos hospitais e clínicas, nas instituições de longa permanência para idosos, nos ambulatórios e consultórios, nos bancos de leite humano, nos lactários, nas centrais de terapia nutricional, nos Spa e quando em atendimento domiciliar (Resolução CFN n0. 380/05). 3 CONCEITOS GERAIS Comer Comida, alimento. Refeição usual. Iguarias, banquetes. Comida Alimento, refeição. Aquilo que se come. O ato de comer. Hábitos Alimentares Conjunto de hábitos envolvendo alimentos e preparações, de uso cotidiano por pessoas ou grupos populacionais, em que há forte influência da cultura, tabus alimentares e tradições de comunidades ou de povos (Resolução CFN n0. 380/05). CONCEITOS GERAIS Dieta Conjunto de alimentos que o indivíduo consome diariamente com as substâncias nutritivas denominadas nutrientes (Cuppari, 2003). Regime alimentício prescrito a um doente ou convalescente. OU Privação de todos ou de alguns alimentos, em caso de doença. OU Emprego metódico das coisas úteis para a conservação da saúde. OU Predominância de um alimento na nutrição: Dieta láctea. D. cetogênica (Michaelis, 2009). Deve incluir alimentos e/ou preparações culinárias que disponibilizem energia e todos os nutrientes em quantidades e proporções equilibradas e suficientes para atender às necessidades nutricionais (Philippi, 2014). 5 CONCEITOS GERAIS Culinária ou arte culinária É a arte de preparar os alimentos, as técnicas de cocção e/ou transformação dos ingredientes com os utensílios característicos de um país ou de determinada região (Freitas e Chaves, 2012). Preparações Culinárias Produtos provenientes de técnicas dietéticas aplicadas em alimentos in natura e em alimentos e produtos industrializados, resultando em pratos simples ou elaborados que irão compor as refeições (Resolução CFN n0. 380/05). 6 CONCEITOS GERAIS Degustação Arte de analisar e apreciar todas as nuances da composição dos alimentos e preparações, utilizando-se dos sentidos naturais do ser humano, podendo ser objeto de prazer ou desprazer (Resolução CFN n0. 380/05). Características Organolépticas São os atributos presentes nos alimentos que impressionam os órgãos do sentido, e que dificilmente podem ser medidos por instrumentos, envolvendo uma apreciação resultante de uma combinação de impressões visuais, olfativas, gustativas e táteis (Resolução CFN n0. 380/05). 7 OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO CLÍNICA Hospitalar/ Ambulatorial Definir, planejar, organizar, supervisionar e avaliar as atividades de assistência nutricional aos clientes/pacientes; Elaborar o diagnóstico nutricional, com dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e dietéticos; Elaborar a prescrição dietética, com base no diagnóstico nutricional; Registrar, em prontuário do cliente/paciente, a prescrição dietética e a evolução nutricional; Promover educação alimentar e nutricional para clientes/pacientes, familiares ou responsáveis; 8 OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO CLÍNICA Hospitalar/ Ambulatorial Estabelecer e coordenar a elaboração e a execução de protocolos técnicos; Orientar e supervisionar distribuição e administração de dietas; Integrar e interagir com equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN), definindo com esta, os procedimentos complementares à prescrição dietética; Estabelecer receituário individualizado de prescrição dietética, para distribuição ao cliente/paciente; Prescrever suplementos nutricionais e alimentos para fins especiais, conforme a legislação vigente, quando necessários à complementação da dieta. 9 DEFINIÇÃO DE GASTRONOMIA Vem do grego gaster (ventre, estômago) e nomo (lei), traduzindo-se literalmente como “as leis do estômago” (Freixas e Chaves, 2008). Culinária desenvolvida dentro dos princípios científicos ou técnicas alicerçadas em anos de descobertas e experiências que visam equilibrar sabores e ingredientes, com finalidades não só de cunho estético, mas harmonização dos diversos elementos que compõem as necessidades nutricionais do individuo (Leite, 2004). 10 DEFINIÇÃO DE GASTRONOMIA Arte de cozinhar e preparar as iguarias de modo a tirar-se delas o máximo prazer. OU Arte de escolher e saborear os melhores pratos (Michaelis, 2009). Também está ligada às técnicas de cocção e ao preparo dos alimentos, ao serviço, às maneiras à mesa e ao ritual da refeição A cozinha e a culinária estão inseridas na gastronomia. A gastronomia associa-se também ao resgate cultural e das antigas tradições, devido ao seu significado simbólico (Schluter, 2003). 11 Pacientes são vistos como hóspedes enfermos e por isso requerem atenção especial, conciliando a saúde e o ato de hospedar bem, tornando o ambiente mais acolhedor para a família e o paciente, humanizando o ambiente e o seu atendimento (Guimarães, 2007). HOTELARIA HOSPITALAR 12 HOTELARIA HOSPITALAR No Brasil vem se desenvolvendo e os hospitais passaram a ter além das funções preventivas, curativas e de atendimento à saúde da comunidade, a função de acolher, propiciar conforto e bem estar ao cliente, além de agregar serviços e ambientes que se comparam a estrutura de um HOTEL. Ele se organiza por meio da interface dos diferentes serviços de apoio, com o objetivo de garantir qualidade, eficiência, eficácia e resolutividade do atendimento ao cliente (Guimarães, 2007). 13 GASTRONOMIA HOSPITALAR Arte de conciliar a prescrição dietética e as restrições alimentares de clientes à elaboração de refeições saudáveis e nutritivas, atrativas e saborosas, afim de promover a aceitação da dieta e a manutenção e/ou recuperação do estado nutricional, considerando as condições socioeconômicas (Philippi e Aquino, 2015). Aplicação de conceitos gastronômicos, diante das dietas hospitalares, para melhorar as características sensoriais das preparações em todos os seus aspectos, promovendo nutrição e saúde, humanização e respeito ao paciente (Roberto et. al., 2013). 14 OBJETIVOS DA GASTRONOMIA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Melhorar a apresentação e aceitação da dieta pelos pacientes/ clientes; Instrumentalizar pacientes/ clientes para o preparo de refeições saudáveis, criativas e saborosas; Planejar, elaborar e avaliar os cardápios, adequando-os ao perfil da clientela atendida, respeitando os hábitos alimentares e de acordo com as suas necessidades; Planejar, coordenar e supervisionar as atividades de seleçãode fornecedores, procedência dos alimentos, bem como sua compra, recebimento e armazenamento de alimentos; 15 GASTRONOMIA HOSPITALAR Desponta como grande ferramenta terapêutica a favor da ALIMENTAÇÃO ORAL, + fisiológica, + barata e associada a < riscos de intercorrências quando comparada a nut. enteral e parenteral (Roberto et. al., 2013). A aceitação alimentar (Roberto et. al., 2013): É inversamente proporcional à Permanência em internação e à percepção da gravidade da doença; E é diretamente proporcional à Temperatura adequada, à possibilidade de escolha do cardápio e à empatia da equipe que serve as refeições. 16 OBJETIVOS DA GASTRONOMIA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo, rendimento e custo das refeições/preparações culinárias; Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições e/ou preparações culinárias; Identificar clientes/pacientes portadores de patologias e deficiências associadas à nutrição, para o atendimento nutricional adequado; Coordenar o desenvolvimento de receituários e respectivas fichas técnicas, avaliando periodicamente as preparações culinárias. 17 ESPAÇO SOCIAL ALIMENTAR O ser humano não come apenas nutrientes, mas sinais e símbolos relacionados aos alimentos Construção e manutenção das identidades sociais. Divisão do espaço social alimentar: Espaço do comestível Escolha feita pelo grupo (habitam locais semelhantes, mas possuem hábitos diferentes); Sistema alimentar Estruturas tecnologias e sociais empregadas da colheita até o preparo, representando necessidades e desejos dos comensais e de seus papéis sociais recíprocos; 18 ESPAÇO SOCIAL ALIMENTAR Espaço do culinário Pode ser geográfico (cozinha dentro ou fora de casa, aberta ou fechada), social (repartição sexual e social das atividades de cozinha) ou abordar as relações formais e estruturais (hierarquia existentes nas UPRs); Espaço dos hábitos de consumo Rituais que cercam o ato de se alimentar (n0. de refeições, formas, horários, comer com garfo, com colher com a mão); Temporalidade alimentar Ciclos de vida dos homens – Alimentos proibidos, autorizados, direitos, obrigações, ...; Espaço de diferenciação social Alimentos X grupos sociais (pode ser atribuído a um grupo e rejeitado por outro). 19 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA No mundo globalizado, tendências e ideias se espalham rapidamente, e novas técnicas de preparo, ingredientes e preparações culinárias influenciam os hábitos à mesa (Freitas e Chaves, 2012). A gastronomia ganhou o mundo e é preciso voltar na história para conhecer as principais tendências culinárias e entender como receitas e/ou técnicas de preparo cruzaram as fronteiras (Philippi e Aquino, 2015). 20 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Realce do sabor; Manutenção das técnicas culinárias da cozinha do “povo”; Contraste de temperaturas; Valoriza o visual e texturas; Privilegiar ingredientes das regiões – frescor e menores perdas nutricionais; Globalização. 21 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha internacional: Originária da França e considerada referência para todo profissional, virou moda na década de 1980 e incorporou muitas receitas clássicas de diversos países ao cardápio internacional. Ex.: o roast-beef inglês, o estrogonofe russo, a polenta e o sorvete italianos, além dos próprios clássicos franceses como suflê, steak au poivre, crêpe suzette. 22 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Fast-food: Inventado nos EUA desde 1950, espalhou-se pela Europa e Brasil na década 1970. Corresponde a refeições que podem ser preparadas e servidas em curto intervalo de tempo e com procedimento reduzidos. Vantagem: Aumento de acesso aos restaurantes devido menor custo do serviço; Desvantagem: Padronização, automatização, redução de novas experiências alimentares importantes para o desenvolvimento do paladar. 23 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Fast-food: 24 “A cozinha dos fast-foods, do McDonald’s, é filha das mudanças desencadeadas desde a metade do século passado até os dias de hoje. Vivemos, hoje, a MacDonaldização do mundo, prevalecendo um gosto pasteurizado e homogêneo, sem graça” (Santos, 2005). As refeições feitas em conjunto, em casa, com horário determinado, um cardápio planejado e o consumo do arroz, do feijão e da farinha de mandioca estão se tornando cada vez mais raras. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Novelle cuisine (Nova Cozinha): Foi uma reação francesa ao fast-food na década de 1970 e da alta cozinha diante dos novos tempos, ao buscar inspiração na culinária japonesa e sua colorida variedade de ingredientes. Características: Produtos estimulavam a visão, olfato e paladar, e os pratos eram servidos em pequenas porções; tempos de cocção foram reduzidos; cozimento a vapor foi valorizado; molhos pesados foram abolidos; buscou-se simplicidade na apresentação; utilização de ingredientes da época; valorização na escolha e na técnica aplicada à matéria-prima. 25 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha do terroir (Cozinha do território ou regional): Foi a resposta à saturação da proposta considerada muitas vezes essencialista e minimalista da novelle cuisine. Defende as tradições e preocupações com a valorização de especialidades regionais, tanto nas receitas como nos produtos, sendo o retorno ao passado numa releitura mais sofisticada e moderna. 26 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha fusion: Ocorreu no ocidente e no oriente no final do séc. XX, por conta da globalização e das migrações, quando ingredientes e técnicas de outras cozinhas passaram a encantar chefs e clientes com combinações exóticas. CONTUDO, as combinações devem ser feitas com muita base, bom- senso e equilíbrio para não se tornar uma cozinha de confusion. 27 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha de vanguarda (Atual, científica ou conceitual): Praticada por chefs que exercem uma cozinha pioneira, desenvolvendo técnicas, ideias e novos conceitos com bases nas tecnologias do sec. XXI, promovendo transformações de texturas, cores e sabores em receitas consagradas. Os chefs passaram a elaborar receitas que desconstroem ou reconstroem as estruturas dos pratos, receitas também chamadas de minimalistas. 28 GASTRONOMIA MOLECULAR CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Gastronomia molecular 29 [...] a investigação dos provérbios culinários, a exploração laboratorial das receitas, a introdução de novos equipamentos, ingredientes e métodos de cozinha, a invenção de novos pratos e, finalmente, a utilização da gastronomia molecular para ajudar o público a compreender como a ciência pode contribuir para o bem estar da sociedade (Dória, 2007, p. 8). É a desconstrução físico-química de alimentos e preparações na cozinha (Dória, 2006). É viável para a prática clínica?? CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha mediterrânea: Considerada levee saudável, baseada em legumes, verduras, frutas, grãos, ervas aromáticas, peixes, azeite e vinho tinto. Seus benefícios foram cientificamente comprovados, principalmente no que se refere às doenças cardíacas. Apesar de parecer atual, há milênios essa cozinha é parte da cultura dos povos banhados pelo Mar Mediterrâneo (África, Europa e Oriente Médio). 30 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Slow-food: Movimento de reação ao ato cotidiano de comer rapidamente iniciado em 1986, pretendendo resgatar a essência do convívio à mesa, do comer e beber devagar, e preservar as tradições de receitas e ingredientes regionais que se perderam com a globalização. Criação do conceito de ECOGASTRONOMIA: Atitude capaz de preservar o gosto dos alimentos, levando em consideração o cultivo e a valorização dos produtos locais na elaboração dos pratos. 31 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Slow-food: 32 Movimento internacional pela educação do gosto e pela biodiversidade alimentar que reúne consumidores, produtores, jornalistas, representantes dos poderes públicos, universidades , institutos de pesquisa e historiadores que procuram embasar a defesa da boa comida, dos produtos originais e de qualidade. Slow-food: 33 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha vegetariana: . 34 O VEGETARIANO É FRAQUINHO? ESCOLHAS HÁBITO ALIMENTAR (CRIANÇA AO IDOSO) EQUILÍBRIO • Estudos mostram que os alimentos de origem vegetal promovem mais qualidade de vida e, consequentemente, maior longevidade, suprindo todas as nossas necessidades (CHO, PTN, GORD, vitaminas, minerais e fitoquímicos) em quantidades excelentes, além de benefícios ao planeta. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha vegetariana: . 35 Na cozinha é possível reunir tudo o que o organismo necessita e transformar em pratos cheios de cor e sabor. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha vegetariana: . 36 SER VEGETARIANO É, ... Não se alimentar de nenhum tipo de carne (vaca, frango, peixe, carneiro, avestruz, escargot, “frutos” do mar, entre outros) nem de produtos feitos com carne (presunto, salsicha, hambúrguer, salame, atum enlatado etc.). SEMIVEGETARIANO É, ... Quem come qualquer tipo de carne, às vezes (no máximo três refeições por semana). CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha vegetariana: . 37 Diferentes formas de vegetarianismo (inclusão ou exclusão de produtos derivados de animais no cardápio diário): VEGETARIANO ESTRITO: Não consome nenhum tipo de carne, ovos, mel, laticínios e produtos que incluam derivados animais entre os ingredientes, como gelatina, albumina, proteínas do leite, alguns corantes e espessantes. LACTOVEGETARIANO: Exclui carne e ovos, mas utiliza laticínios na alimentação. OVOVEGETARIANO: Exclui carne e laticínios, mas utiliza ovos. OVOLACTOVEGETARIANO: Exclui as carnes, mas utiliza ovos e laticínios na alimentação. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha vegetariana: . 38 Reduz mortes por infarto em homens e mulheres Redução de colesterol em ovolactovegetari anos (14%) e veganos (35%) Menor pressão arterial Redução do risco para desenvolver diverticulite e diabetes (50%) Reduz incidência de CA de próstata e intestino grosso Reduz incidência de obesidade Auxilia no tratamento de doença renal Reduz os sintomas da fibromialgia CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha vegetariana: . 39 ATENÇÃO: Não troque a carne por ovos e queijos (substituição inadequada em termos de necessidades nutricionais). Leguminosas são mais adequadas do que a PTS. A ideia de que o consumo de soja é obrigatório = MITO. O tofu (derivado da soja) é uma boa opção, pelo seu alto teor de proteínas e cálcio BIODISPONÍVEL. O QUE SUBSTITUI A CARNE? LEGUMINOSAS: grão-de-bico, ervilhas, lentilhas, favas, soja e todos os tipos de feijão CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Raw food (Cozinha crua): É uma vertente da cozinha vegetariana à base de sucos de vegetais e frutas. Principal técnica: Desidratação dos alimentos em um aparelho especial durante 12 a 18 horas à 420C. 40 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha pura (Orgânica ou sustentável): Todos os ingredientes utilizados são orgânicos, sendo uma alternativa sustentável de produção de alimentos sem agrotóxicos, pesticidas, fungicidas e outros produtos químicos que acarretam sérios problemas ao meio ambiente e à qualidade de vida humana. O cardápio valoriza a alimentação natural e saudável com utilização mínima de alimentos industrializados. 41 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha pura (Orgânica ou sustentável): 42 ALIMENTOS CONVENCIONAIS X ORGÂNICOS Aspecto nutricional: São semelhantes, mas os orgânicos possuem maior teor de vitaminas e de compostos fenólicos. Aspectos sensoriais: Orgânicos possuem mais sabor e aroma quando comparados aos não orgânicos. Aspectos de segurança: - Não há evidências de orgânicos sejam mais suscetíveis à contaminação microbiológica, mas é fato que possuem menos agrotóxicos CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Cozinha pura (Orgânica ou sustentável): 43 DESVANTAGENS: Menor durabilidade, alto custo e FRAUDES CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Comfort food: 44 “São comidas cujo consumo evoca um estado de conforto psicológico e de prazer para a pessoa.” “É um alimento que conforta ou dá amparo; qualquer alimento (frequentemente com um alto teor de açúcar ou carboidratos) que está associado com a infância ou com comida caseira.” CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Comfort food: 45 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Comfort food: 46 O comfort food foi aplicado para atender solicitações especiais, contribuindo para o tratamento e conforto do paciente durante o período de internação, tornando-se uma importante aliada no processo de recuperação. SMALL FOOD Significa alimentos pequenos. São pequenas porções servidas com uma apresentação diferenciada e para consumir usa-se algum tipo de talher ou espetinho. Geralmente é servido em eventos, com beleza na apresentação e preservando os sabores das preparações. Tendência que veio para ficar. Concilia a praticidade com a diversidade. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL DOCES GOURMET São doces com uma apresentação maravilhosa; É uma tendência que também veio para ficar devido a sua variedade e praticidade. Eles são muitas vezes doces tradicionais com um toque diferenciado Versão gourmet. Exemplos: brigadeiro gourmet (revestido em laminas de amêndoas), cupcakes, verrines, e outros. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONAL Ervas e especiarias: Flores comestíveis: CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA GASTRONOMIA INTERNACIONALCENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA DA GASTRONOMIA NACIONAL Nacional Mudanças significativas nos últimos 15 anos Passou a ser uma exigência e diferencial no mercado. Melhor conscientização do paciente. Muitas lutas e conquistas foram empreendidas Falta de entendimento dos gestores dos serviços. Implantada em hospitais públicos e privados Diferenças nos custos. 50 Paciente recebe uma cartela com as opções e ele mesmo monta sua refeição dentro da dieta indicada. A copeira garçonete que dá o tratamento de restaurante. COMFORT FOOD Comida caseira. Concursos para gastronomia hospitalar. 51 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA DA GASTRONOMIA NACIONAL 52 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA DA GASTRONOMIA NACIONAL Gastronomia funcional: Tem como objetivo preservar as características nutricionais, sensoriais e funcionais dos alimentos, através das técnicas adequadas respeitando a individualidade bioquímica de cada um, com foco na melhoria da vida e na longevidade, criando pratos nutritivos e saborosos. Ingredientes: 1 xícara e 1/2 de batata doce cozida e amassada 2 colheres de sopa cheias de goma de tapioca 5 colheres de sopa de frango cozido e desfiado 2 colheres de sopa de farinha de arroz 1 colher de sopa de farinha de amêndoas sal e pimenta a gosto Cobertura: Farinha de linhaça dourada, coco seco ralado, páprica (opcional) e mostarda em pó (opcional) 53 CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA DA GASTRONOMIA NACIONAL Gastronomia funcional: Desafio inicial: Desenvolver preparações para quem possuía alguma restrição alimentar (alergia ao glúten, intolerância à lactose, dentre outros); Depois Conquistou os que buscam uma alimentação mais saudável e querem aprender a substituir seu paladar sem que este perca o sabor. FINALIDADE: Criar pratos pensando no resultado que os alimentos terão no organismo da pessoa. Chesse Cake feito com biscoito sem glúten, ghee, iogurte sem lactose, limão siciliano, farinha de arroz, geleia de frutas vermelhas sem açúcar e adoçante culinário natural. Culinária brasileira: Apresenta grande diversidade por ser um país tropical e com número significativo de imigrantes. Conhecida por algumas preparações como a feijoada, o acarajé, o barreado, o churrasco, a tapioca e outros. A culinária brasileira vem surpreendendo: Redescobertas de pratos, ingredientes e técnicas sendo retomadas nas preparações; Utilização de amêndoas, castanhas, frutas, hortaliças e outros. Resgate de costumes e tradições que estavam esquecidos, nos dias atuais. CENÁRIOS OU TENDÊNCIAS DA DA GASTRONOMIA NACIONAL Nutrição é ciência e gastronomia é arte A composição química do alimento não é suficiente para produzir no homem vontade de se alimentar. É necessário tornar os alimentos atraentes. Cor, aroma, temperatura, consistência, estado físico são fatores que isolada ou conjuntamente exaltam características sensoriais e gastronômicas e influenciam os sentidos (Araújo, 2000). 55 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Resolução CFN N°380/2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. ARAÚJO, V. Alimentos, Nutrição, Gastronomia & Qualidade de Vida. Revista Nutrição em Pauta. Edição jul/ ago, 2000. SCHLUTER, R. G. Gastronomia e turismo. 2ª. Edição. São Paulo: Aleph, 2003. FREIXA, D. & CHAVES, G. Gastronomia no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2008, 304 p. ORNELAS, L. H. Técnica dietética: Seleção e preparo de alimentos. 8ª. Edição (ampl. e rev.). São Paulo: Atheneu, 2006. GUIMARÃES, N. do V. R. R. Hotelaria hospitalar: Uma visão interdisciplinar. São Paulo: Atheneu, 2007. 148p. PAIOTTI, J. Arte e técnica na cozinha: glossário multilíngue, métodos e receitas. São Paulo: Livraria Varela, 2004. ARAÚJO, W. M. C. e TENSER, C. M. R. Gastronomia: cortes e recortes – Brasília: editora Senac – DF, 2006. 264 p. PHILIPPI, S. T.; AQUINO, R. de C. de. Dietética: Princípios para o planejamento de uma alimentação saudável. Baueri, SP: Editora: Manole, 2015. 56
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